Participar desta intervenção mudou completamente minha concepção de grupo, de adolescência, de família, de escola, mas principalmente do significado da palavra amizade e afeto.
Coordenar um grupo não é uma tarefa fácil. De adolescentes então? Será um dos meus maiores desafios! Foram exatamente esses os meus pensamentos quando soube qual seria o público ao desta intervenção. E realmente, não foi uma tarefa fácil, isso porque me deparei com 19 adolescentes, totalmente diferentes, mas com angústias praticamente iguais.
Vi a dor, o medo, a solidão, o desespero, desamparo, o ódio, a raiva, e tantos outros sentimentos que a maioria daqueles adolescentes compartilhavam. Mas também vi a vontade de viver, ser feliz, de amar, sonhar e o cuidado em cada um deles. E como me sinto grata por isso. Como me sinto realizada em saber que pessoas tão novas, mas que viveram tantos momentos de dor, se sentiram à vontade para compartilhar comigo momentos significativos de sua vida.
A cada encontro, a cada história, a cada lágrima e a cada abraço, eu via a certeza de que ações como essa podem mudar vidas, que o fazer a psicologia é muito gratificante, é construir novas possibilidades e isso, para mim, (re)constrói um novo significado do ser psicólogo, do ser gente.
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana. ”
(Carl Jung)
Destaco também a importância do aprendizado em grupo, assim como as supervisões, discussões e escutas compartilhadas das experiências, em cada um dos grupos, pois foram muito enriquecedores, não somente pela troca de conhecimento, mas pela harmonia e afetos presentes nos encontros.
Concluo este semestre com o sentimento de realização e crescimento profissional e humano, confirmando minhas expectativas ao escolher esse campo e sabendo que as experiências vivenciadas nos últimos meses levarei para a minha vida e prática como futura psicóloga.