A apresentação foi inscrita no Eixo “A psicologia e a superação das desigualdades no acesso e qualidade da formação em psicologia”
A professora, psicóloga e coordenadora Dra Irenides Teixeira, o professor Esp. Sonielson Sousa e a acadêmica Hannah Oliveira, todos do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, tiveram um trabalho aprovado para ser apresentado no ‘V Congresso Brasileiro de Psicologia: Ciência e Profissão’ na modalidade de Comunicação Oral.
O evento ocorre no período de 14 a 18 de novembro de 2018, organizado pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP, na UNINOVE – Campus Memorial (São Paulo – SP). O grupo irá apresentar o trabalho sob o título “Mídia como catalisadora de discursos ambivalentes para os jovens da Pós-Modernidade”. O dia e horário da apresentação ainda serão definidos.
O trabalho foi inscrito no Eixo “A psicologia e a superação das desigualdades no acesso e qualidade da formação em psicologia”, na área de ‘Comunicação Social e Psicologia’. O grupo irá abordar, numa revisão bibliográfica, como a dinâmica contemporânea engendrada pela mídia gera uma gama de jovens frustrados.
Mais sobre o trabalho
Com a aparente difusão do poder à massa anônima, já que as estruturas mediadoras da Modernidade, como o papel indutor do estado, por exemplo, se enfraqueceram, a ansiedade e insatisfação tornam-se referências corriqueiras para as populações jovens. Isso provoca um enorme mal-estar geral, sobretudo nos adolescentes e nos jovens adultos, cujos sintomas são percebidos na clínica psicológica.
Desta forma, predomina um cenário onde impera uma espécie de terra de ninguém que se coloca a todo o momento como um desafio a ser constantemente superado. Isto, metaforicamente, é a própria materialização do neoliberalismo, que opera por meio de bases líquidas e que impacta sobremaneira na formação identitária destes jovens.
Por esta ótica, os dispositivos de controle – inserindo aí as relações de poder explicitadas pela imprensa – colocam o jovem numa situação de ambivalência. Estes são submetidos à ideia de trabalhar por um progresso ininterrupto e um excessivo autogerenciamento da vida. No entanto, a possibilidade de que todos usufruam de um processo de individualização e de formação identitária adequada aos padrões liberais de consumo publicizados pela mídia é inalcançável, e a Psicologia tem como papel primordial, no campo social e do ativismo político, criar narrativas de comunicação que denunciem esta dinâmica, sob pena de ver eclodir uma gama ainda maior de distúrbios de ordem emocional/psicológico.