Para celebrar o mês da Psicologia, o (En)Cena relembra a História e identifica a forma de atuação do profissional brasileiro
O mês de agosto é muito importante para a Psicologia no Brasil, pois no dia 27 de agosto, o Brasil celebra o Dia da/o Psicóloga/o. Neste ano comemora-se 56 anos da profissão no Brasil, assegurado pela Lei nº 4.119/1962. Atualmente a Psicologia é vista como Ciência e a cada dia o número de interessados por esta ciência, mas nem sempre foi assim.
Desde a existência do homem na Terra a Psicologia já estava presente, já que este é também, constituído por um aparelho psíquico. Mas o seu desenvolvimento em nosso país iniciou nas Ciências Médicas, em decorrência de estudos advindos por estrangeiros e de estudantes que estudaram no exterior.
Na metade dos anos 50 começou o movimento pela legalização da profissão, quando os diretores da Associação Brasileira de Psicologia apresentaram, para o Ministro da Educação, uma petição para a criação da profissão “psicologista” ou “psicotecnista”.
Inicialmente o profissional tinha uma visão tecnicista, já que sua primeira função foi fazer uso de métodos e técnicas com o intuito de adequar o sujeito com base nas conveniências da elite brasileira, sem respeitar a individualidade de cada um. Era uma psicologia que prometia adequação do homem ao sistema da época; assim como prometia fácil aprendizagem e outras coisas ´´mágicas“.
A partir do Golpe Militar, a Psicologia elitista começou a ser um incomodo dentro a atuação profissional. Assim, a Psicologia passou a ser questionada e demandada sobre uma atuação efetiva de acordo com a necessidade cultural, econômica e social do país.
Nos anos 70, a Psicologia Social através de muitos questionamentos e reflexão, inova a prática, mudando a forma de atuação, levando em consideração o contexto em que o brasileiro estava inserido. Em São Paulo foi inaugurado ambulatórios de saúde, instaurando o campo de psicologia da saúde.
Hoje o profissional atua na área específica da saúde, ajuda na compreensão dos processos intra e interpessoais, utiliza-se do enfoque preventivo ou curativo, atua em instituições formais e informais, realiza pesquisas, faz diagnósticos, realiza acompanhamento psicológico, intervenções psicoterápicas individuais e em grupo e produz conhecimento com base em diferentes abordagens teóricas. Tal atuação é respaldada na ética profissional em perceber o individuo como um ser biopsicossocial e individual. A resolução respalda a atuação do psicólogo em diferentes áreas, tais como: Psicologia Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia de Trânsito; Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Clínica; Psicologia Hospitalar; Psicopedagogia; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia.
Em comemoração a esta data, o Conselho Federal de Psicologia – CFP lançou o Twibbon “A Psicologia muda nossa história”, que pode ser adcionado à foto de perfil nas redes sociais. Basta ir em “Atualizar foto de perfil”; em seguida em “Adicionar tema”; digitar “56 anos da Psicologia” ou “CFP”; clicar no tema e por fim “Usar como foto de perfil”.
REFERÊNCIAS:
RECHTMAN, Raizel. O Futuro da Psicologia Brasileita: uma questão de projeto político. Disponível em < https://www5.bahiana.edu.br/index.php/psicologia/article/view/578 > acessado em 02/08/2018.
CHAVES, Antônio. Memória: 30 anos de regulamentação. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931992000200002 > acessado em 02/08/2018.
CFP. #Psi56anos – Reconhecendo histórias, valorizando contribuições. Disponível em < https://site.cfp.org.br/psi56anos-reconhecendo-historias-valorizando-contribuicoes/ acessado em 02/08/2018.