A fotografia da linha do tempo de uma rosa foi a forma que Fernanda Karoline Bonfim encontrou para demonstrar a dinâmica dos relacionamentos abusivos e seus efeitos nocivos sobre aquele é subjugado. Para tanto, ela se colocou como o ser possessivo e sádico da relação, enquanto a rosa, dominada, a cada dia perdia seu brilho e se tornava mais dura e indiferente aos estímulos. O resultado do trabalho pode ser visto no hall de entrada do auditório central do Ceulp até o dia 25/08, onde também está exposta a rosa utilizada no trabalho.
A rosa foi observada, estimulada e fotografada por um período de 14 dias, dos quais 10 estão em exposição. A analogia da vida de uma rosa com a de uma pessoa não está apenas em imagens, mas também relatada numa espécie de diário da relação. A proposta surgiu durante a disciplina de Fotografia Aplicada à Psicologia, ministrada pela prof. doutora Irenides Teixeira, que também é formada em Fotografia e Arte Terapia, além de Psicologia e Comunicação Social.
O psicólogo Ruan Pimentel, que visitou a exposição, achou muito interessante o trabalho desenvolvido por Bonfim. A sensibilidade e agressividade ao mesmo tempo comportada no trabalho é provocativa, tirando o expectador da indiferença usual de apenas contemplar uma imagem para o exercício de pensar sobre como a violência cotidiana, velada e comum pode ser tão destrutiva.
A exposição “A Rápida Decomposição da Rosa” acontece dentro da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS, que acontece de 21 a 25 de agosto, no Ceulp/Ulbra.