Circuit Breaker é um mecanismo de segurança utilizado pela Bolsa de Valores para interromper todas as operações no momento em que as ações negociadas sofrem grandes quedas consideradas atípicas.
Enquanto a grande mídia ocidental sustenta a narrativa de que o epicentro da Pandemia do COVID-19 estave numa feira de rua suja e úmida na China, reportagens da mídia do Japão e Taiwan começam a levantar evidências de que esse novo coronavírus teria sua origem nos EUA. Isso depois do repentino fechamento no ano passado de um laboratório de armas biológicas em Maryland, por ausência de salvaguardas contra vazamentos patógenos. Em seguida ocorreram crises de “fibrose pulmonar” nos EUA, cuja culpa foi colocada nos cigarros eletrônicos. Juntamente com a “coincidência” da realização dos Jogos Mundiais Militares em Wuhan pouco tempo antes da eclosão da crise, provavelmente o “Evento do Cornavírus” entrará para a História como um dos maiores eventos de engenharia social da humanidade. Marcará o início de uma nova era da biopolítica e bioeconomia: “circuit brakers” que extrapolam a simples ferramenta de frear um mercado financeiro em crise – uma nova forma de consenso social ao colocar todo o cotidiano dos indivíduos e cenários políticos em suspensão. Uma gigantesca “psy op” para criar o cenário geopolítico perfeito de “domínio total de espectro”.
Circuit Breaker é um mecanismo de segurança utilizado pela Bolsa de Valores para interromper todas as operações no momento em que as ações negociadas sofrem grandes quedas consideradas atípicas – espera-se que a tendência seja a amenização das quedas e o mercado volte ao seu movimento considerado natural. Ou seja, proteger o mercado da sua própria “mão invisível”.
De forma inédita, a Ibovespa acionou esse mecanismo três vezes em uma semana, em dias de formação de uma tempestade perfeita: a crise do petróleo com o impasse entre Rússia e Arábia Saudita no momento em que o surto mundial do novo coronavírus foi qualificado como uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde.
E para completar, a decisão intempestiva de Trump que ajudou a derrubar ainda mais as bolsas pelo mundo: a suspensão por 30 dias viagens da Europa para os EUA, exceção aberta ao Reino Unido. Que, sabemos, não se considera parte da Europa. Além de mais uma vez revelar o modus operandi de Trump: seu gosto por muros, bloqueios, barreiras…
A ironia em tudo isso é que com a promoção do COVID-19 a uma pandemia, o circuit breaker, de ferramenta de intervenção do mercado de capitais, parece que transcendeu do sistema financeiro para se tornar uma ampla medida de ação social – de repente, parece que a sociedade está entrando em um estado de suspensão semelhante a dos mercados financeiros.
Cancelamento de eventos esportivos, suspensão de aulas em escolas e universidades, recomendações para evitar aglomerações com mais de 100 pessoas, no Rio a PM poderá interditar praias para evitar aglomerações, manifestações políticas nas ruas programadas da direita à esquerda foram proibidas, acesso a shoppings poderá ser restrito… a recomendação das autoridades é: FICAR EM CASA!
O Congresso ameaça entrar em recesso parlamentar forçado como medida para evitar a propagação do coronavírus. De repente, aos poucos toda a vida econômica, social e política começa a entrar num estado de suspensão no tempo e espaço.
Circuit breaker social
Está se esboçando um gigantesco circuit breaker social, como se configura na Itália, o país mais afetado com 1.266 mortos e quase 20.000 infectados: ruas, cafés, comércio, estádios desertos, jogos e eventos suspensos, enquanto 60 milhões de italianos estão em estado de quarentena.
E junto com tudo isso, um show de “desinformação” da mídia corporativa que ajuda com o tempero do medo e do pânico. Principalmente a mídia televisiva que cria uma “desinformação” a partir da contradição entre o que os apresentadores e repórteres informam e o que a “arte” (infográficos, tabelas etc.) mostram nos cromakeys e efeitos de computação gráfica de estúdio. Como abordamos em postagem anterior – clique aqui.
Um pequeno exemplo entre os diários: na edição de sexta feira do telejornal local Bom Dia SP da TV Globo, um infográfico apresentava as universidades de São Paulo que haviam suspendido as aulas em razão de alunos infectados. Estava lá, no pé da tabela, o nome da Universidade Anhembi Morumbi. Para depois o apresentador detalhar que essa universidade apenas havia suspendido as aulas em uma turma noturna de sétimo semestre de Publicidade, determinando medidas de desinfecção da sala. Enquanto a turma seria transferida para outro prédio.
Foi o suficiente para, naquela manhã, grupos de WhatsApp compartilharem a foto do infográfico global e a Universidade amanhecer deserta com salas vazias e professores solitários. Um deles também compartilhou a foto de uma sala de aula vazia na qual jazia uma mochila em uma carteira: “nem chego perto da mochila”, comentou a assustada postagem da foto… depois se perguntam como o WhatsApp foi o responsável estratégico da vitória do atual presidente…
A nova era da Engenharia Social
Provavelmente o “Evento do Cornavírus” entrará para a História como um dos maiores eventos de engenharia social da humanidade. Marcará o início de uma nova era no sentido de que a vida após o coronavírus e o antes do coronavírus serão surpreendentemente diferentes.
Por que “engenharia social”? Porque estamos entrando na era da biopolítica e bioeconomia que trazem uma vantagem flagrantes nas formas de controle social – o prefixo “bio” transmite uma imagem “apolítica” e de “neutralidade” para o distinto público, naturalizando a economia política: eventos de suposta natureza biopatológica podem conferir aparente “cientificidade”. E dessa maneira, criar consenso social.
Desde a explosão da chamada “bolha das tulipas” de 1637, sabemos que os mercados convivem com bolhas como formas rápidas de ganhos e destruição de riquezas – momentos de otimismo da economia, um excesso de confiança dos investidores que os leva a apostar num cenário de ganhos ininterruptos.
Desde o ano passado, analistas do cassino financeiro global alertavam para a possibilidade de um novo estouro da bolha financeira, igual ou ainda pior ao crash de 2008 – a explosão da bolha dos créditos imobiliários.
Esses especialistas alertavam para o rápido crescimento da China, o crescimento exponencial do crédito estudantil norte-americano, a dívida pública extremamente elevada na Europa. Em especial da Itália – mais de 130% do PIB do país.
No Brasil, a exuberância dos investimentos nas bolsas (apresentada como a bonança financeira para as “sardinhas”, ou seja, as pessoas físicas diante do cenário de juros baixos nos rendimentos fixos) alimentadas por empresas midiáticas como a XP Investimentos, somado à fuga em massa do capital estrangeiro, criavam o cenário perfeito de um estouro iminente.
“Cair, mas com estilo”
E mais! Essa conjuntura da preocupante exuberância de uma bolha financeira contava com um igualmente preocupante cenário geopolítico para os EUA: a guerra comercial com a China. Decididamente os EUA querem arrastar o mundo junto na estratégia geopolítica de quebrar a participação cada vez maior da China da cadeia produtiva global.
Certamente, um novo crash jamais poderia ser igual ao de 2008: em tons dramáticos, assustadores, e que rendeu um punhado de produções cinematográficas que celebrizaram o evento: Trabalho Interno (2010), Margin Call (2011), 99 Holmes (2014), The Big Short (2015), entre outros.
Então… apertem os cintos, porque vamos “cair, mas com estilo” – como Buzz Lightyear definia o seu voo na animação da Pixar Toy Story.
HOW CONVEEEEENIENT! Exclamaria a impagável Church Lady do humorístico Saturday Night Live. Explode uma pandemia do novo coronavírus na província chinesa de Wuhan no final de 2019 que arrastaria o mundo para uma pandemia, derrubando os mercados financeiros globais, trazendo pesados prejuízos econômicos à China e expandindo o conceito de “circuit braker” de ferramenta financeira para estratégia de engenharia social.
Colocar o mundo da economia real em suspensão, enquanto o cassino global recebe pesados aportes de dinheiro público no manjado script da socialização das perdas: Trump injeta mais de US$ um trilhão e meio em liquidez no sistema financeiro, enquanto Bolsonaro fala em ajuda a companhia aéreas e “pacote de medidas econômicas”. Prepare-se para mais socialização das perdas, enquanto os “tubarões” engolem as “sardinhas no cassino financeiro, concentrando ainda mais riqueza.
Temos epidemias o tempo todo no mundo. Além disso, temos eventos violentos ocorrendo continuamente: desde erupções vulcânicas, tsunamis ou tornados, até agitação social ou guerras. Por que, então, foi esse evento que capturou a atenção das pessoas de maneira tão profunda e poderosa?
Na opinião desse humilde blogueiro, porque estava na hora!
Novo coronavírus não é chinês
A mídia ocidental criou a narrativa oficial de que o surto de COVID-19 surgiu na China, precisamente em animais em um mercado de rua sujo e úmido em Wuhan. Mas jamais o mítico “paciente zero” foi localizado e identificado. Isso porque talvez a origem não esteja na China.
Enquanto isso a mídia oriental (Japão e Taiwan) começou a levantar evidências de que esse novo coronavírus teria sua origem nos EUA. Em fevereiro de 2020, uma reportagem da japonesa Asahi (impressa e TV) afirmou que o coronavírus se originou nos EUA, não na China , e que algumas (ou muitas) das 14.000 mortes americanas atribuídas à influenza poderiam ser resultantes do coronavírus. Sugeriu que o governo dos EUA pode não ter conseguido entender o quão desenfreado o vírus foi em solo americano – clique aqui.
Em 27 de fevereiro um programa de TV de Taiwan apresentou diagramas e fluxogramas sugerindo que o coronavírus se originou nos EUA. O homem no vídeo é um dos principais virologistas e farmacologistas que realizou uma pesquisa longa e detalhada da origem do vírus. Ele passa a primeira parte do vídeo explicando os vários haplótipos (variedades), e explica como eles estão relacionados, como um deve ter chegado antes do outro e como um tipo é derivado do outro. Ele explica que isso é apenas uma ciência elementar e nada tem a ver com questões geopolíticas – clique aqui para acessar o vídeo (em chinês).
A lógica básica é que a localização geográfica com a maior diversidade de linhagens de vírus deve ser a fonte original, porque uma única linhagem não pode surgir do nada. Ele demonstrou que apenas os EUA têm todas as cinco linhagens conhecidas do vírus (enquanto Wuhan e a maior parte da China têm apenas uma, assim como Taiwan e Coréia do Sul, Tailândia e Vietnã, Cingapura e Inglaterra, Bélgica e Alemanha), constituindo a tese de que os haplótipos em outras nações podem ter se originado nos EUA.
O virologista afirmou ainda que recentemente os EUA tiveram mais de 200 casos de “fibrose pulmonar” que resultaram em morte devido à incapacidade dos pacientes de respirar, mas cujas condições e sintomas não puderam ser explicados pela fibrose pulmonar. As autoridades do país foram informadas a considerar seriamente essas mortes. Mas apenas culparam os óbitos aos cigarros eletrônicos. Para depois encerrarem a discussão.
Ainda declarou que em setembro de 2019, alguns japoneses viajaram para o Havaí e voltaram para casa infectados, pessoas que nunca haviam estado na China. Isso ocorreu dois meses antes das infecções na China e logo após o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) encerrar repentina e totalmente o laboratório de armas biológicas de Fort Detrick, Maryland, alegando que as instalações não possuíam salvaguardas contra vazamentos de patógenos, segundo o jornal New York Times – clique aqui.
Foi imediatamente após esse evento que surgiu a “epidemia do cigarro eletrônico”. Wuhan tornou-se supostamente o epicentro da pandemia do COVID-19 logo depois dos Jogos Militares Mundiais (18 a 27 de outubro de 2019). Alguns membros da equipe dos EUA, infectados pelo incidente em Fort Detrick e após longo período de incubação, teriam manifestado sintomas menores e infectado potencialmente milhares de residentes locais da província chinesa.
Kristian Andersen, biólogo evolucionária do Scripps Research Institute, analisou sequências do COVID-18 para tentar esclarecer sua origem. Ele disse que o cenário é “inteiramente plausível” de pessoas infectadas trazendo o vírus para a Wuhan de algum lugar externo.
Andersen publicou sua análise dos 27 genomas disponíveis do COVID-19 em 25 de janeiro em um site de pesquisa em virologia. Ele sugere que eles tinham um “ancestral comum mais recente” – o que significa uma fonte comum – desde 1 de outubro de 2019.
A grande mídia ocidental inundou suas páginas por meses sobre o vírus COVID-19 originário do mercado de frutos do mar de Wuhan, causado por pessoas que comem morcegos e animais selvagens. Tudo isso foi provado errado.
O vírus não surgiu no mercado de frutos do mar de Wuhan, como agora ficou provado, mas foi trazido para a China a partir de outro país. Parte da prova dessa afirmação é que as variedades genômicas do vírus no Irã e na Itália foram sequenciadas e declaradas não pertencendo à variedade que infectou a China e, por definição, devem ter se originado em outros lugares.
Parece que a única possibilidade de origem está nos EUA, porque somente esse país tem o “tronco de árvore” de todas as variedades. E, portanto, pode ser verdade que a fonte original do vírus COVID-19 foi o laboratório militar de bioguerra dos EUA em Fort Detrick.
Ponto de inflexão
Essa crise do novo coronavírus representa também um ponto de inflexão. Porque a maneira como as pessoas interagem mudou e se tornou muito diferente do que costumávamos ter há apenas 10 anos. Porque a maneira como as informações são produzidas e transmitidas atingiu um importante ponto de inflexão.
Uma atmosfera de onisciência midiática que cria efeitos mais amplos do que a doença real. O COVID-19 é uma doença real e grave.
Mas, como eu disse, não é o único problema endêmico, epidêmico ou pandêmico que temos. Temos surtos gripais todos os anos e não se verificam regiões ou países inteiros isolados e monitorados.
Temos escassez de alimentos e água em muitas partes do mundo, levando a muito mortes todos os dias, e não há esforços concentrados e coordenados e um alarme midiático para que esses problemas possam ser resolvidos.
Por que? Porque a quantidade de informações em torno desses eventos não é tão relevante quanto as em torno da onipresença das informações sobre o novo coronavírus.
Explicando melhor, parece não haver ligação direta entre a magnitude ou o perigo potencial de um evento específico e a quantidade de informações sobre esse evento.
Domínio de espectro total
As informações de Japão e Taiwan e esse ponto de inflexão criado pela onipresença midiática na qual a quantidade de informações necessariamente não corresponde à magnitude real de um evento, sugere essa dúvida plausível: estamos diante do início de uma nova era de engenharia social?
No Brasil, a pandemia do coronavírus chega num momento muito conveniente, lembrando bastante o conceito de “domínio de espectro total” – conceito de estratégia militar que utiliza um vasto leque de técnicas de guerra psicológica e econômica.
Num momento em que econômica e politicamente o País caminhava para um cenário de acirramento de crise (da iminente explosão da bolha financeira à queima de arquivos vivos comprometedores ao clã Bolsonaro como a morte do ex-PM Adriano Nóbrega e o “conveniente” enfarto fulminante do ex-ministro Gustavo Bebbiano), o “circuit braker” econômico, político e social da pandemia COVID-19 é como se colocasse tudo em suspensão diante de uma emergência biológica.
E desse um conveniente tempo para as peças voltarem a se organizar, como se fosse uma parada técnica ou um intervalo num evento esportivo, demonstrando na prática a estratégia de “domínio de espectro total”:
(a) proíbe-se manifestações de rua;
(b) Assim como a greve dos caminhoneiros serviu de álibi para a estagnação econômica durante a Era Temer, da mesma forma a Pandemia Coronavírus será o bode expiatório para a continuidade do desemprego e da crise. Coloca-se a compulsória agenda neoliberal fora de discussão;
(c) Para a esquerda, a crise biopolítica tem lá sua serventia: livra-se de um potencial fracasso em levar as massas para as ruas, já que nos últimos anos ela se desconectou das bases sociais;
(d) Além disso, as águas da crise da Pandemia movem o moinho da oposição do “quanto-pior-melhor”: a esperança de que a paralisia gestora do Governo e o aprofundamento da crise econômico façam Bolsonaro politicamente sangrar ainda mais;
(e) Porém, para a extrema-direita pouco importa as ruas ficarem desertas e as manifestações de rua proibidas: a força da sua guerra simbólica está nas mídias digitais, respirando a atmosfera das informações contraditórias, medo, pânico e ódio.
Por isso, o circuit braker da Pandemia COVID-19 cada vez mais se assemelha a uma psy op cujo resultado é o domínio total de espectro: colocar todo o espectro político em estado de suspensão, no qual cada lado tenta puxar a brasa da crise para a sua sardinha… Enquanto tudo permanece como está.
REFERÊNCIAS
– New York Times;
– Global Research – Centre of Research on Globalization;
– Isto É;
– Aangirfan;
– Dragos Roua.