: (Re) Aprendendo a aprender – Ressignificando as práticas de ensino carterárias.

A educação em si é formada por distintas figuras que, juntas, criam um movimento dinâmico e contínuo. Os estudantes, por exemplo, formam parte desse ambiente dinâmico e interativo.

O ato de aprender carrega singularidades e desafios que devem ser considerados no processo de formação. Aspectos econômicos, sociais, culturais e geográficos são alguns dos elementos que podem estar diretamente associados ao nível de escolaridade alçado e à valorização da formação acadêmica como estratégia de superação da realidade. Fica a pergunta: como se formar em meio a tantos desafios?

Em prol dessa escuta e da compreensão da realidade atual, o (En)Cena convidou diferentes estudantes, da rede pública e privada para falarem sobre os desafios da formação acadêmica no Brasil. Nesta série de entrevistas eles falam sobre trajetória acadêmica, os aprendizados e os desafios que ainda precisam ser superados. As narrativas nos mostram o cenário atual de precarização não só das estruturas de formação, mas também do baixo índice de criticidade e autonomia dos alunos sobre seu processo de formação. Precisamos (re)aprender a aprender.

Visando preservar a identidade de nossos convidados e pensando na potência do ato de aprender livre de pressões institucionais, optamos por manter em sigilo o nome de todos os entrevistados e das instituições de ensino. Entendemos que suas falas alcançam, contemplam e priorizam, ainda que de modo particular, estudantes da rede pública e privada de nosso país.

O principal objetivo desta série de entrevistas é o de buscar compreender as vivências e as percepções que estudantes carregam do seu processo de formação acadêmica. Dessa forma, buscamos nos aproximarmos da realidade atual para só então questionarmos a respeito das práticas e da constituição do sistema de ensino brasileiro em meios às suas múltiplas determinações. Nossas escolas e professores operam a serviço de quem? Quem e para quem estamos formando nossas crianças, adolescentes e jovens? É possível construir um futuro libertador e democrático por meio da educação? Se sim, quais caminhos devemos trilhar?

Se olharmos com mais acuidade para os métodos e as práticas docentes talvez possamos entender de que forma o ensino pode agregar e impactar a vida dos estudantes.