De Peito Aberto é exibido em Palmas

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O documentário de Graziela Mantoanelli conta a história de seis mães de diferentes realidades durante os primeiros 180 dias de vida dos seus bebês.

Foi exibido na tarde desta terça-feira, 08, em Palmas, o filme De Peito Aberto, um documentário que retrata a dificuldade de seis mães, no desafio de amamentar os seus filhos durante o período (seis meses) recomendado pela Organização Mundial de Saúde para prover aleitamento materno exclusivo.

O curta foi exibido no Cine Cultura, para um público de profissionais do Bando de Leite Humano (BLH), do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), profissionais de diversas áreas da Secretaria de Estado da Saúde (SES), professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e mães lactantes.

Segundo a coordenadora do BLH, Walquiria Pinheiro, “a exibição do filme faz parte de uma agenda nacional, que visa promover a discussão a respeito do aleitamento materno e sua importância para o desenvolvimento do bebê, uma vez que o leite materno é o melhor alimento para um recém-nascido”, destacou.

Para Christine Ranier é fundamental uma rede de apoio para que a mãe consiga amamentar
                                                                                Fonte: André Araújo

Para a enfermeira obstétrica, professora do curso de Enfermagem da UFT, Christine Ranier, “o filme mostra a dificuldade que é para uma mãe amamentar em um processo de solidão, que é fundamental uma rede de apoio para que ela consiga efetivamente realizar este ato, pois mesmo com todas as informações disponíveis, se ela não tiver apoio, ela pode fracassar”, afirmou.

O apoio elencado pela enfermeira foi reforçado por Daniela Mendes, que há dois meses amamenta a primeira filha, Letícia. “No início é realmente muito difícil, mesmo após ler várias matérias a respeito, a gente nunca sabe como é a posição correta, os horários certos e graças a Deus eu tive apoio da minha mãe e do Banco de Leite do Dona Regina, onde me orientaram”, declarou.

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Pesquisa revela que amamentação pode aumentar inteligência

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Estudo comprova que quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. É o que revela uma pesquisa inédita, realizada por pesquisadores da Universidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que acompanhou 3,5 mil recém-nascidos durante mais de três décadas.

Já sabemos que a amamentação oferece muitos benefícios para a saúde e o desenvolvimento dos bebês, pois protege contra diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de reduzir o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. E os efeitos positivos da amamentação em longo prazo acabam de ser revelados nesse estudo, como o impacto direto na inteligência, que é explicado pela presença de ácidos-graxos saturados de cadeia longa no leite materno, essenciais para o desenvolvimento do cérebro.

Segundo a publicação, uma criança amamentada por pelo menos um ano obteve, aos trinta anos, quatro pontos a mais de QI e acréscimo de R$ 349 na renda média. O estudo, realizado desde 1982, foi publicado pela The Lancet, uma das publicações científicas mais importantes do mundo e é o primeiro estudo realizado no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda.

Outra questão inédita do estudo é mostrar que, no Brasil, os níveis de amamentação estão distribuídos de forma homogênea entre diferentes classes sociais, não sendo mais frequente entre mulheres com maior renda e escolaridade.

Para a realização da pesquisa, os responsáveis pelo estudo, Cesar Victora e Bernardo Horta, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), contaram com financiamento do Ministério da Saúde e de entidades como o CNPQ, a FAPERGS, a Wellcome Trust e o International Development Research Center, do Canadá.

“O papel do Ministério da Saúde com a promoção de campanhas educativas e outras ações desenvolvidas a nível nacional, inclusive com o estímulo a adoção da iniciativa Hospital Amigo da Criança e da criação dos bancos de leite, é fundamental nesse processo. Isso se transforma em algo concreto que é o aumento da prevalência de amamentação no Brasil, reconhecido, inclusive, fora do país”, comenta o pesquisador Bernardo Horta.

Para chegar aos resultados os pesquisadores acompanharam 3.493 pessoas nascidas em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 1982. Nos primeiros anos de vida das crianças os pesquisadores coletaram dados sobre o tempo de amamentação de cada criança. Quando estavam com 30 anos, em média, os participantes realizaram testes de QI (Escala de Inteligência Wechsler para Adultos, terceira versão), e as informações sobre grau de escolaridade e nível de renda também foram coletadas.

Os pesquisadores dividiram esse universo de mais de 3,4 mil pessoas em cinco grupos com base na duração do aleitamento quando bebês, fazendo o controle para dez variáveis sociais e biológicas que podem contribuir para o aumento de QI, entre elas, renda familiar ao nascimento, grau de escolaridade dos pais, ancestralidade genômica, tabagismo materno durante a gravidez, idade materna, peso ao nascer e tipo de parto.

Um levantamento do Ministério da Saúde realizado em todas as capitais e Distrito Federal, além de outros 239 municípios e que somou informações de aproximadamente 118 mil crianças – mostra que o tempo médio do período de Aleitamento Materno no país cresceu um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008.

Para a pedagoga Fernanda Schneider, mãe de Ana Luiza, que com 1 ano e 9 meses ainda mama, os benefícios da amamentação na saúde do bebê são muitos. Até hoje sua filha teve poucas gripes, diarreias e nunca precisou tomar antibiótico, nem nenhum medicamento forte, além de paracetamol e xaropes fitoterápicos. Ao entrar para a escola pegou uma virose, mas seu sistema imunológico estava bem forte e combateu sozinho a doença.

Prolongar a amamentação foi uma decisão muito acertada. A Ana Luiza tem uma ótima saúde e o leite materno supre todas as necessidades dela em cálcio, vitaminas, além de passar anticorpos para ela. A amamentação é muito importante também para o vínculo mamãe-bebê. Esse momento é único na vida da mãe, da troca de carinho, de afeto. Não é só o leite que nutre, o amor também”, afirma.

Ainda segundo Fernanda, amamentar não é fácil. O começo geralmente é bem difícil. Então, desde o começo é um desafio e exige perseverança, principalmente da mãe. “Eu tenho como objetivo amamentar até que a Ana Luiza decida parar de mamar. Fazendo um desmame natural e não forçado e traumático. (…) Essa pesquisa mostra que estou no caminho certo”, conclui.

Estudos mostram que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos. Mais do que é evitado pela vacinação ou pelo saneamento básico, segundo a OMS.

Os impactos positivos mostrados pela pesquisa da Universidade de Pelotas são mais um motivo para o investimento contínuo do Ministério da Saúde, pensando no desenvolvimento pleno das crianças durante a vida”, afirma o coordenador de saúde da criança e aleitamento materno do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha.

Acesse o estudo completo aqui.

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As dificuldades para amamentar e os cuidados para amenizar

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Com o passar dos anos, os profissionais da área da saúde passaram a avaliar a necessidade de produtos e atendimentos voltados para o período de lactação das gestantes e os cuidados diários para que o aleitamento materno ocorra de forma natural. Contudo, é cada vez mais frequente a queixa de mulheres relacionada às dores e desconforto que aparecem durante o período de amamentação, por isso, hoje no mercado existem vários medicamentos e formas caseiras de amenizar as dores ou até preparar o bico do seio antes mesmo do bebê nascer, pensando em evitar principalmente as dores.Talita Tedesco é enfermeira e mãe de três filhos, ela diz que em suas três gestações passou por dificuldades durante a amamentação, mesmo assim, insistiu em amamentar os filhos até os 6 meses. “Na primeira gravidez meu bico não estava bem formado, por isso senti muita dor desde a primeira vez que meu filho mamou e para não ferir, eu passava uma pomada indicada pelo médico que não interferia na saúde do bebê e amenizava as dores, prevenindo qualquer ferimento”, explicou Talita dizendo ainda que na segunda e na terceira gestação o período da amamentação foi bem mais tranquilo, já que mesmo com o bico sensível ela conseguiu preparar o seio da melhor forma para poder amamentar os filhos.

Para Ana Heloisa Gama, pediatra e fundadora do curso para gestantes SOS Mamãe & Cia, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses traz inúmeros benefícios para a saúde da criança. “A amamentação protege o bebê contra a maioria das infecções por vírus, bactérias e fungos, além de prevenir a obesidade. Também melhora a formação da arcada dentária e da respiração e auxilia no desenvolvimento cerebral, além de prevenir o desvio de septo e a desnutrição”, explica a especialista. “A cada mamada o bebê recebe todos esses benefícios – e eles são para a vida toda”, conta Ana Heloisa.

 

Os cuidados

Existem uma série de cuidados que podem ser tomados pelas mães para amenizar as dores ou contribuir para uma melhora dos ferimentos que quase sempre aparecem devido principalmente à pega incorreta do bebê no momento em que vai mamar. É importante a mãe se informar sobre dicas que preparam o bico do seio para a amamentação, sobre as posições corretas e também sobre o que fazer com as dores e ferimentos que aparecem durante a amamentação.

·       Vá ao médico, pediatra do seu filho ou no ginecologista para ter as orientações corretas;

·       Não use sabonetes, álcool, pomadas ou perfume nos mamilos, somente água;

·       Faça um banho de sol ou de luz na região, pelo menos 15 minutos;

·       Antes e depois de amamentar passe o próprio leite materno ao redor dos mamilos;

·       Para uso de analgésicos é importante consultar o médico antes de fazer uso de qualquer medicamento.

 

Fonte: GNT.Globo

As mulheres têm mostrado uma preocupação maior envolvida com o período da amamentação que pode não ser tão prazeroso, pois as dificuldades relacionadas à esta fase, já fazem parte da rotina de muitas mães que passam por uma série de procedimentos, em busca de amenizar as dores que podem aparecer, minimizar os ferimentos que surgem como consequência, favorecer a produção diária de leite e sempre, pensando no conforto e na saúde do bebê. Existem vários questionamentos quando o assunto é a amamentação, principalmente em relação ao período, à ausência ou o excesso de leite, a posição ideal para amamentar o recém-nascido e principalmente os questionamentos relacionados às dores ou até feridas que podem aparecer durante este período.

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