Autoestima da mulher: como fica o autocuidado de quem cuida

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A autoestima está ligada ao valor que uma pessoa dá a si mesmo, aos seus sentimentos, em diferentes situações e eventos da vida (SCHULTHEISZ; APRILE, 2013). Enquanto, de acordo com Bub (et al, 2006), o autocuidado é a atitude de cuidar de si mesmo, ligado ao ato de se preocupar ou ocupar-se com seu próprio cuidado com a finalidade de obter uma melhor qualidade de vida. Porém, ao se pensar que a autoestima e o autocuidado são tarefas fáceis de se pôr em prática, verificamos o contexto das mães.

A mulher nos dias atuais, busca cada vez mais exercer seu papel social no contexto em que está inserida e a repartição das tarefas domésticas que por muito tempo foram consideradas como de sua responsabilidade. Apesar disso, ainda se encontra como principal responsável pelo cuidado e zelo da casa e dos filhos. O cuidado, acaba por se encontrar no dia a dia da mulher sempre ligado ao cuidar do outro, dos filhos, do marido, dos pais e das pessoas ao seu redor.

O autocuidado da figura feminina quando ocorre, é caracterizado pela influência das mídias sociais e a crença de que o cuidado da mulher consigo mesmo deve sempre estar voltado a questões estéticas, reforçando a objetificação do corpo da mulher como sendo produto a ser conquistado pelos homens (CHAVES, 2015). O foco da mulher no cuidado do próximo, e a culpa por sentir que não está fazendo o suficiente pelos outros ou por si própria pode reverberar em impactos em sua autoestima.

Fonte: encurtador.com.br/ahsw4

Durante uma roda de conversa intitulada “Autoestima: autocuidado e autoconhecimento” realizada por acadêmicas de Psicologia do Ceulp Ulbra via online com mulheres, o autocuidado foi conceituado pelas participantes ao ato de deliberar tempo para cuidar de si, fazer algo que lhe dê prazer e ter zelo consigo mesmo, cuidando do físico, emocional e espiritual. O que pode reverberar na autoestima e no autoconhecimento de cada pessoa. Porém, foram percebidas as crenças de autocuidado apenas ligadas ao cuidado com o corpo.

Em um pesquisa aplicada também por acadêmicas do curso de Psicologia do Ceulp Ulbra com 200 mulheres sobre os pontos que as afetam durante o processo da pandemia da COVID-19, foi constatado que grande parte das mulheres se sente sobrecarregada com as tarefas domésticas (46%), e em alguns casos sentem falta de uma rede de apoio (17,5%). Foi verificado também que como meio de melhorar a qualidade de vida, atividades como reinventar as tarefas domésticas cozinhando algo diferente (36%) ou procurar assistir/ouvir coisas que que tragam esperança (49,5%), foram praticadas.

Após uma discussão sobre possibilidades de autocuidado não ligados a cuidados estéticos, mas sim a atividades prazerosas do dia a dia ou ao ato de permissão de sentir sentimentos, se auto perdoar ou se permitir experimentar coisas novas. Foram relatadas como autocuidado também em atividades como jardinagem, descanso, cuidado com a casa e com o corpo ligadas a promoção de relaxamento e até mesmo sentir prazer em ter a possibilidade de acordar mais tarde que seus companheiros.

 

REFERÊNCIAS

BUB, M.B.C. et al. A noção de cuidado de si mesmo e o conceito de autocuidado na enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem, v. 15, p. 152-157, 2006. Disponível em:<https://www.scielo.br/j/tce/a/LP6Z97VFMXBTRKkHqwyJQBj/?lang=pt&format=pdf>. Acesso em 15 julho de 2021.

CHAVES, F.N. A mídia, a naturalização do machismo e a necessidade da educação em direitos humanos para comunicadores. In: XVI Congresso de Ciências da Comunicação na Região Norte–Intercom. 2015. Disponível em:<https://www.portalintercom.org.br/anais/norte2015/resumos/R44-0606-1.pdf>. Acesso em 15 julho de 2021.

SCHULTHEISZ, T.S.V.; APRILE, M.R. Autoestima, conceitos correlatos e avaliação. Revista Equilíbrio Corporal e Saúde, v. 5, n. 1, 2013. Disponível em:<https://revista.pgsskroton.com/index.php/reces/article/view/22>. Acesso em 15 julho de 2021.

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Filhos em casa e cuidados com o Covid-19

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Esse ano tem sido diferente em vários aspectos em relação ao ano escolar por conta do Covid-19. A Unesco anunciou que metade dos estudantes do mundo, ou seja, mais de 850 milhões de crianças e adolescentes, estão sem aulas devido à pandemia de coronavírus. Com as crianças em casa, os pais muitas vezes não sabem o que fazer para estimulá-las em relação ao estudo.

A apresentadora Angélica durante esse período de quarentena com os filhos postou uma foto estudando com eles. Uma ideia interessante para os pais, é justamente isso, tentar reforçar com seus filhos o conteúdo escolar que foi ensinado nesse período de ano letivo, reforçando os deveres feitos em sala com o professor.

Outro aliado nesse momento é o Youtube, diversos professores publicam conteúdos importantes, com metodologias e formas diferentes de ensinar. Uma boa sugestão também é estimular a leitura, com o uso de instrumentos como: palavras cruzadas, entre outros. Há também, diversos aplicativos que trabalham matérias como matemática, mas sempre de uma forma mais lúdica.

Fonte: encurtador.com.br/inoE2

Outra opção, são atividades em que os pais ou cuidadores estimulem os pequenos com brincadeiras. Faça atividades para estimulação corporal (correr, pular, pega-pega, pular corda), brincadeiras com jogos de tabuleiro e faz de conta. Uma dica importante, é também incluir as crianças na rotina de casa, como ajudar nos afazeres domésticos, fazer um bolo, rosquinhas, fazer brinquedos com sucatas. Enfim, opção não falta.

Como elas estão mais tempo em casa, podem querer ficar mais tempo na internet. O tempo ideal para as maiores de 6 anos seria por volta de duas horas, no tempo direto ou intercalado. É muito importante combinar com ela e não tirar os eletrônicos da criança de uma hora para outra, pois isso pode causar situações conflitantes e frustrantes. Quando for chegando a hora de desligar, avise que está quase na hora.

Aproveite ainda esse período para falar sobre a importância da higiene como forma de se prevenir para não contrair a Covid-19. Estimule o contato deles com os avós e tios mais velhos utilizando da tecnologia. Ensine a importância de não estar nesse momento presente fisicamente, mas que utilizem da internet para que os mais velhos não se sintam sozinhos.

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