Minas Gerais sediará XII Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica & V Congresso Latino-Americano de Avaliação psicológica

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Ocorrerá dos dias 16 a 19 de novembro de 2016, o XII Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica & V Congresso Latino-Americano de Avaliação psicológica com o tema Personalidade, violência e criminalidade no século XXI, no Espaço Cultural Phoenix da Universidade FUMEC em Belo Horizonte – MG.

A XII edição do Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica convidou um set de especialistas de diferentes áreas do saber científico para discutir possíveis respostas às questões de quais as razões intrínsecas dirigem o ato criminoso, sofisticado ou rudimentar, com ou sem violência, tendo em vista os altos índices de violência em cidades da America latina, construindo um espaço privilegiado para a reflexão e aperfeiçoamento na área de avaliação e medição psicológica.

Entre os eixos temáticos estão: Psicopatia e personalidade antissocial: qual a diferença; É possível identificar a personalidade violenta desde a infância?; Quais instrumentos úteis e disponíveis ao psicólogo?; Bullying escolar tem relação com traços de personalidade? ; e Que tipo de liderança é necessária em contextos organizacionais?

Mais informações sobre o evento, programação e inscrições podem ser obtidas no site do evento.

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Avaliação Psicossocial de Vítimas de Violência Sexual: Desafios da Integralidade do Cuidado

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No dia 22 de agosto de 2016, nas dependências do CEULP/ULBRA, ocorreu como parte da programação da 1ª Semana Acadêmica de Psicologia, a oficina: Avaliação Psicossocial de Vítimas de Violência Sexual, promovida pela coordenação do curso. Ministrada pela psicóloga Lívia Tâmara Barbosa, mestre em ciências da saúde, especialista em saúde pública e psicóloga no Serviço Especializado de atendimento à pessoa em situação de violência sexual (SAVIS) do Hospital Dona Regina, a oficina abrangeu os conteúdos de forma dinâmica e crítica, de modo a facilitar a aprendizagem e envolvimento dos acadêmicos que a acompanhavam.

Abordando um tema atual e recorrente na sociedade, que necessita de atenção especial dos profissionais de psicologia, foram expostos, além da violência sexual, os conceitos de outros tipos de violência, como a física, psicológica, financeira e por negligência, observando as características das vítimas de cada uma delas. Explanou-se também sobre a importância dos direitos humanos como contraponto à violência e a importância da integralidade do cuidado como agente facilitador da resiliência nas pessoas que sofreram abuso.

Segundo a psicóloga, deve-se levar em consideração as particularidades de cada grupo, que tem seus conceitos de violência tangidos por características culturais, religiosas, históricas, políticas e sociais. Estamos inseridos em grupos com características próprias, sendo papel do psicólogo identificar quais técnicas  terão maior aproveitamento com cada indivíduo, dinâmica que também se aplica a pessoas em situação de violência sexual.

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Fonte: http://zip.net/bxtKcs

Atentando-se para uma dúvida comum entre as pessoas e até mesmo entre profissionais, foi analisada a definição do que é violência sexual e os limiares entre ela e outros tipos de violência. Qualquer ato sexual, tentativa de obter um ato sexual, comentários ou investidas sexuais indesejados, ou de alguma forma voltados contra a sexualidade de uma pessoa, independentemente da relação com ela ou o ambiente, são considerados violência sexual.

Dessa maneira, as consequências de tal tipo de violência podem não ser somente físicas, uma vez que a força corporal nem sempre é utilizada, podendo causar danos à saúde mental e bem-estar para com a sociedade, como por exemplo, gravidez, complicações ginecológicas e doenças sexualmente transmissíveis.

Entre as características das pessoas que foram abusadas sexualmente foram citadas: culpabilidade em relação ao ocorrido, baixa auto-estima, problemas de crescimento e desenvolvimento físico-emocional nos casos de crianças e adolescentes, vulnerabilidade ao comportamento suicida, transtornos de ansiedade, depressão e outras psicopatologias. Outras características podem se manifestar dependendo da subjetividade de cada indivíduo e caso ele tenha sofrido outros tipos de violência.

Muito frisado durante a oficina, o termo “integralidade do cuidado” foi descrito como uma bandeira de luta, sendo alcançada através do cuidado integral às vítimas, que por sua vez é a conjunção da atenção emergencial, atenção básica e das redes sociais. A resiliência nos casos de violência se refere à capacidade de uma pessoa de construir ou reconstruir uma trajetória de vida saudável, apesar do ocorrido. Para Lívia, a escuta, o apoio e o atendimento às necessidades do indivíduo, a partir do cuidado integral, servem como fator protetor para a Resiliência.

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Fonte: http://zip.net/bntJnz

Segundo a psicóloga, o indivíduo em situação de violência sexual se recuperaria mais rapidamente com um trabalho em rede, inter setorial, com órgãos como o SAVIS e outros centros de assistência, bem como com um vínculo com a comunidade através de esforços comunitários, campanhas de prevenção, ativismo comunitário e programas nas escolas. Sendo seres biopsicossociais, devemos dissociar a ideia de Resiliência como apenas sendo uma capacidade interna, e sim algo que pode ser alcançado através de interação com o meio social.

Na formação do psicólogo é fundamental o estudo sobre temas como o dessa oficina. Os profissionais de psicologia enfrentam desafios diários com casos de violência sexual, sendo responsáveis por atender as necessidades da pessoa que sofreu abuso e por promover as medidas cabíveis a curto e longo prazo para a recuperação do paciente e prevenção a novas ocorrências.

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Processo de avaliação psicológica na orientação profissional

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A 1ª Semana Acadêmica de Psicologia do CEULP/ULBRA foi composta de diversas atividades que agradaram todos aqueles que tiveram a oportunidade de participar. Durante o evento foram propiciadas diversas experiências e informações que são de suma importância para a formação do psicólogo como profissional emergente. No decorrer da semana foram efetivadas variadas ações tais como seminários, palestras, oficinas e mesas redondas. Desta forma no dia 23 de agosto de 2016, às 9h, nas dependências da instituição, foi realizada uma mesa redonda que tinha como tema principal a orientação profissional. A mesa era composta por psicólogas convidadas: Larissa Machado, Karla Klein e tendo como mediadora Silvana Galante.

A introdução do tema foi realizada com falas da psicóloga Karla Klein, sobre como muitas pessoas que não recebem a devida orientação profissional acabam se sentido insatisfeitas; depois foi relatado as principais causas da evasão universitária, com destaque para a falta de orientação profissional, desconhecimento da metodologia do curso, reprovações sucessivas, problemas financeiros, falta de perspectiva de trabalho, ausência de laços afetivos na universidade, busca de herança profissional, falta de referência familiar, casamento não planejado, e nascimento de filhos.

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Fonte: http://uvceara.com.br/associacoes-poderao-receber-estrutura-para-receberem-mais-alunos-residentes-nos-distritos/sala-de-aula-vazia/

Ao longo do diálogo foi mencionado os fatores decisivos na escolha da profissão, entre eles estão a família – que tem um fator de contribuição de 33,3% na hora da escolha -, a característica profissional – com 30,5 % -, a remuneração – com 26,5% – e a vocação, com 17,5%. Ou seja, esses dados mostram que a escolha da profissão não é um ato isolado. Foi exposto também assuntos como: a centralidade da identidade pela via do trabalho, questão muito presente na sociedade atual, sendo este o fator de adoecimento no trabalho.

Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, até 2020, a Depressão será a maior causa de afastamento do trabalho no mundo. Ainda sobre isso, foram apresentadas informações de suma importância, como o fato de o Brasil ser um país onde a Depressão é, hoje, a segunda causa de afastamento do trabalho, só perdendo para LER (Lesão por Esforço Repetitivo), também denominado Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).

Em seguida ocorreu uma fala sobre o papel do psicólogo neste processo de orientação profissional que tem a função de identificar a maturidade do paciente, conhecer o papel da família no processo de escolha do paciente (pressionadora, ausente, facilitadora). Além disso, o profissional tem que facilitar o processo de autoconhecimento e escolha do cliente utilizando seus métodos e teorias. Também tem que identificar a necessidade de atendimento em outros campos, atuar na orientação profissional, reconhecimento de carreira e preparação para aposentadoria.

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Fonte: http://www.webstudy.pt/formacao_curso_275_2_1.php

A psicóloga Larissa Machado expôs os processos práticos utilizados na orientação profissional levando questionamentos como “onde fazer esse procedimento?”. Os mesmos são realizados em consultórios, contextos escolares, espaços onde se trabalha em grupo (ex: clínica escola – SEPSI), por meio de projetos (ex: faculdades, empresas, ONGS).

Outro aspecto abordado durante a mesa redonda foi o desenvolvimento pessoal e profissional englobando o papel da família, ansiedade versus vestibular, net working (conhecer outros profissionais que atuam em áreas profissionais do interesse do adolescente). Ainda foi falado dos procedimentos usados na orientação profissional, tais como: entrevistas, técnica e dinâmica de grupo, Avaliação do Interesse Profissional (AIP), Escala de aconselhamento profissional (EAP), Escala de maturidade para a escolha profissional (EMEP), Teste das dinâmicas profissionais (TPP), Profissiogame, QUATI- Questionário e avaliação tipológica, e etc. Desta forma é visível que a mesa redonda foi de extrema importância na Semana Acadêmica, pois foi possível aumentar o conhecimento sobre o tema abordado.

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