Polícia Militar do Estado do Tocantins Promove Campanha de Prevenção ao Suicídio no Setembro Amarelo
15 de setembro de 2021 Andréia Nogueira Alves Teles
Mural
Compartilhe este conteúdo:
O setembro amarelo é o mês dedicado a campanha de prevenção ao suicídio que deu início no ano de 2015 e hoje se destaca mundialmente como um período em que são abertos espaços de discussões e debates acerca da temática. O reconhecimento da necessidade de se olhar para esse fenômeno vem sendo construída a partir da realidade a cada dia mais preocupante, em que o risco de suicídio, nas diferentes faixas etárias, demonstra que o manejo em lidar com essa questão deve ser amplamente discutido e aplicado seja no âmbito familiar, social ou profissional.
Segundo Botega (2015) o suicídio é multideterminado por um conjunto de fatores de diferentes naturezas, que são externas ou internas aos indivíduos e podem se combinar de forma complexa e variável. Existem uma influência genética, de elementos da história pessoal e familiar, de fatores culturais e socioeconômicos, de acontecimentos estressantes, de traços da personalidade e também de transtornos mentais.
O alerta quanto aos sinais e principalmente a abertura para a possiblidade de oferecer atenção e acolhimento à dor psíquica expressada pelo indivíduo, pode ser um meio de modificar a situação ao qual o panorama do suicídio se apresenta na atualidade.
Fonte: Governo do Tocantins
A Diretoria de Saúde e Promoção Social da Polícia militar do Tocantins (DSPS), por meio do Centro de Atenção à Saúde Integral do Policial Militar (CAISPM) se prontificou durante todo o mês de setembro a realizar orientações e acolhimento via telefone disponível, para a escuta daqueles que se sentirem atravessados pela temática de alguma forma, sejam os policiais militares, como também toda a sociedade em geral, para que possam ser atendidos por profissionais de saúde, numa perspectiva de atenção psicossocial.
Lembrando que essa pauta se faz necessário ser discutida não somente durante o setembro amarelo, mas a atenção deve acontecer de forma ampla e constante e ocupar cada vez mais os espaços de discussão, para que estratégias possam ser implementadas frente a essa problemática.
Deixar uma pessoa se expressar livremente e adotar uma postura sem julgamento e não diretiva produz benefícios que podem fazer a diferença na vida de alguém que pretende o suicídio, por isso se faz importante campanhas que promovam um oportunidade de fala e de escuta receptiva com imenso valor terapêutico.
REFERÊNCIA
BOTEGA, NJ. Crise Suicida: avaliação e manejo. Artmed, Porto Alegre, 2015.
Compartilhe este conteúdo:
18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
A data é um marco na luta contra crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes
Com foco no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) está participando da Campanha Faça Bonito por meio das gerências da Primeira Infância e da Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. E neste dia 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, irá explicar a diferença entre abuso e exploração sexual infantil, expressões por vezes não compreendidas por toda a sociedade.
Segundo a gerente de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Seciju, Rejane Pereira, a Secretaria vem realizando ações de mobilização com a Rede de Proteção em relação ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, inclusive para esclarecer a população quanto aos termos. “É importante lembrar que há uma diferença entre os termos, sendo o abuso referente à utilização do corpo de uma criança e/ou adolescente por um adulto, ou até mesmo outro adolescente para a prática de qualquer ato sexual tendo ou não contato físico; já a exploração sexual caracteriza-se pela utilização de uma criança e/ou adolescente com a intenção de lucro ou troca, seja financeira ou de qualquer espécie”, explica.
Já a gerente da Primeira Infância da Seciju, Andreia Seles, informou que a violência sexual ainda é uma pratica que existe no país e que se deve proteger as crianças. “Torna-se mais necessário ainda a luta contra essas violências quando se trata de crianças pequenas que ainda não sabem se defender. Os pais e os cuidadores devem incentivar o autocuidado para que as crianças mesmo na primeira infância sejam capazes de dizer ‘não’, evitando assim possíveis abusos, e estimular o relato de violências ocorridas. E nós como adultos temos que ficar atentos a estes crimes, sempre denunciando”, concluiu.
Gerente Andreia Seles explica a importância de a população entender sobre o tema e formas de denunciar/Lauane dos Santos – Governo do Tocantins
A data
O dia 18 de maio, foi escolhido o“Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” (instituído pela Lei Federal 9.970/00),porque nesta data no ano de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Caso Araceli”. Trata-se de uma menina de apenas oito anos de idade que foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta. Apesar de sua natureza hedionda, até hoje este crime está impune.
Faça Bonito
A proposta anual da campanha, que neste ano comemora o 20º ano de mobilização, é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. É preciso garantir a toda criança e adolescente o direito ao seu desenvolvimento de forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual.
O superintendente de Administração do Sistema de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Seciju, Gilberto da Costa Silva, explica sobre as adequações feitas para a realização da campanha no contexto da pandemia. “A Campanha Faça Bonito, com ações de conscientização junto a Rede e sociedade em prol das nossas crianças e adolescentes, têm acontecido em ambiente on-line, não sendo incentivadas atividades presenciais de abordagem direta, a fim de evitar aglomeração de pessoas”, esclarece.
Gerente Rejane Pereira lembra que há diferenças entre abuso e exploração sexual, ainda que as duas envolvam práticas de ato sexuais, com ou sem contato físico, com crianças ou adolescentes/Lauane dos Santos/Governo do Tocantins
Onde denunciar
Caso você suspeite ou tenha conhecimento de alguma criança ou adolescente que esteja sofrendo violência sexual, denuncie. As denúncias podem ser feitas a qualquer uma dessas instituições e de forma anônimas:
Conselho Tutelar da sua cidade;
Disque 100 ou disque denúncia local;
Delegacias especializadas ou comuns;
Polícia Militar, Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal;
Em parceria com Djamila Ribeiro, Boticário lança série “Como ser antirracista”
24 de novembro de 2020 Precisa Assessoria e Comunicação
Mural
Compartilhe este conteúdo:
Iniciativa quer contribuir com reflexões sobre equidade racial e ampliar o acesso sobre o tema para a audiência. Durante quatro episódios, a filósofa e escritora fala sobre práticas e ferramentas para um mundo melhor, com mais respeito e empatia. A exibição será no programa Trace Trends, Rede TV!, e redes sociais da marca
Em parceria com a filósofa e escritora Djamila Ribeiro, o Boticário lança a série: “Como ser antirracista”. Em quatro diferentes episódios – de 5 a 7 minutos cada –, Djamila fala sobre práticas antirracistas para um mundo melhor. Autores negros reconhecidos são citados como referência no programa cocriado pela AlmapBBDO e pela Trace. Também responsável pela produção da série, a plataforma multimídia utiliza o entretenimento afro-urbano para conectar e capacitar a nova geração.
“Racismo Estrutural e Luta Antirracista”; “Branquitude e Privilégios”; “Subjetividades Negras” e “Feminismos e Masculinidades Negras” são os temas dos episódios. O projeto dá continuidade ao movimento pela equidade racial que a marca trouxe em 2020, em que aborda a temática na campanha de Natal, além de outras frentes como o apoio a representatividade racial como a apresentação do Prêmio Sim à Igualdade Racial, promovido pelo Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) em outubro.
Há também iniciativas de sensibilização e treinamentos com colaboradores, e a conexão e cocriação de conteúdos com vozes relevantes como o ator Lázaro Ramos e influenciadores como Tia Má, Nathy Finanças, Família Quilombo e Ad Junior, entre outros.“Temos uma estratégia robusta em diversidade e vamos continuar firmes nessa construção, sabendo que ainda temos grandes desafios pela frente. Como a marca de beleza mais amada do Brasil* compreendemos que nosso papel é estimular e valorizar cada vez mais a pluralidade de pessoas”, comenta Alexandre Bouza, Head do Boticário.
“Como ser antirracista” estreia no dia 24, durante o programa Trace Trends, às 22h30, na RedeTV!. A cada terça-feira um episódio inédito será exibido no canal, além de disponibilizado também nas redes sociais da marca.
Fonte: Arquivo Pessoal
Os episódios e temas
No primeiro episódio, Djamila discute a existência de uma sociedade estruturada sobre um sistema racializado e racista, a qual todos nós fazemos parte. Cita, por exemplo, a diferença entre preconceito e racismo: “Preconceito é um julgamento antecipado, que não tem nenhuma razão ou justificativa. Racismo é um sistema de opressão, que nega direitos”, explica. Fala ainda sobre outros pontos como racismo individual, institucional e estrutural. E decorre sobre o tema ao citar Carolina Maria de Jesus, em seu livro “Quarto do Desejo”: “a desigualdade social no Brasil tem cor e método, atingindo principalmente a população negra”.
Já no episódio 2, “Branquitude e Privilégios”, Djamila comenta sobre as classes sociais perpetuadas sob uma sociedade racista e escravocrata, na qual quem é branco tem privilégios em relação às outras pessoas. “Não dá para avançar na luta e ação antirracista sem que as pessoas brancas reconheçam e desnaturalizem seus privilégios. E isso só é possível quando investigamos a origem social das desigualdades”, diz Djamila.
“Subjetividades Negras”, por sua vez, é o tema do penúltimo episódio desta série, e o destaque fica sobre a necessidade de cada um acabar com o opressor que existe dentro de si, conforme detalha Djamila. “No Brasil, que tem mais de 50% da sua população formada por afrodescendentes, a ausência ou pouca presença de pessoa negras em espaços de poder não costuma causar incômodo ou surpresa em pessoas brancas. A mesma coisa vale pra ausência de clientes negros em restaurantes, shoppings, aviões”, pontua a filósofa e escritora. “Pessoas negras têm capacidade para se destacarem em todas as áreas, não apenas como atletas ou artistas, numa lógica que reduz a potencialidade negra apenas ao talento ou a uma aptidão natural. É preciso romper com a estratégia do negro único. Para além de representatividade, a questão é de proporcionalidade. Quantas pessoas negras fazem parte do seu círculo pessoal? E do círculo profissional?”, questiona.
Fonte: encurtador.com.br/gpHY8
Djamila cita ainda a pensadora feminista negra Audre Lorde, ao dizer que “é necessário matar o opressor que há em nós, e isso não é feito apenas se dizendo antirracista: é preciso fazer cobranças. É preciso buscar conhecimento, aprofundar o debate. Consumir autores e influenciadores negros. Desconfiar de ambientes em que a ausência de pessoas negras não é questionada. Reconhecer a diversidade de pensamentos e histórias dentro da comunidade negra brasileira”.
No quarto e último episódio da série, “Feminismos e Masculinidades Negras”, Djamila reforça que a própria pauta feminina precisa se questionar sobre quem são as mulheres incluídas na sua luta. Destaca trechos do livro “Pele Negra, Máscaras Brancas’, de Frantz Fanon: “a gente não precisa ser igual e se engajar numa luta só. A gente precisa interligar todas as nossas lutas e ter mais diálogos”. Djamila finaliza com uma pergunta para todos nós: “De que forma, juntos, sem ignorar nossas diferenças, conseguimos pensar um projeto mais amplo para um mundo melhor?”
“Essa é uma série que tem muito a ensinar a todos nós. Um conteúdo rico, que contribui para a construção de uma sociedade melhor. E tem tudo a ver com a estratégia de comunicação do Boticário, que há muito tempo traz para a discussão temas relevantes para a sociedade, como a importância do combate ao racismo. Seja através de conteúdos como desta série, adotando o assunto como temas de suas campanhas ou mesmo trazendo a diversidade dos atores, diretores de cena, fotógrafos e equipes de produção em suas peças de comunicação ao longo do ano”, diz Camilla Massari, VP de atendimento da AlmapBBDO.
#OndeTemAmorTemBeleza #QueVocêSejaTudoQueDesejar
Fonte: encurtador.com.br/osQV4
Sobre Djamila Ribeiro
Djamila Ribeiro é mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo. É coordenadora do Selo Sueli Carneiro e da Coleção Feminismos Plurais. É autora dos livros “Lugar de Fala” (Selo Sueli Carneiro/Pólen Livros), “Quem tem medo do Feminismo Negro?” e “Pequeno manual antirracista” (ambos pela Companhia das Letras). É também professora convidada do departamento de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Colunista do jornal Folha de S. Paulo e da revista ELLE Brasil, esteve secretária adjunta de Direitos Humanos de São Paulo em 2016. Foi laureada pelo Prêmio Prince Claus de 2019, concedido pelo Reino dos Países Baixos e considerada pela BBC como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
Sobre O Boticário
O Boticário é uma empresa brasileira de cosméticos, unidade de negócios do Grupo Boticário. A marca de beleza mais amada e preferida dos brasileiros* foi inaugurada em 1977, em Curitiba (Paraná), e tem hoje a maior rede franqueada de cosméticos do país; com mais de 3.700 pontos de venda, em 1.750 cidades brasileiras, e mais de 900 franqueados. Presente em 15 países, há mais de 40 anos desenvolve produtos com tecnologia, qualidade e sofisticação – seu portfólio tem mais de 850 itens de perfumaria, maquiagem e cuidados pessoais. Eleita a marca mais lembrada em Diversidade e Inclusão** e comprometida com a beleza das pessoas e do planeta, o Boticário não realiza testes em animais e investe na melhoria contínua de produtos e processos, para torná-los cada vez mais sustentáveis.
Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. É uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida. Segundo o Ministério da Saúde, a cada dez jovens de 10 a 29 anos que cometem suicídio, seis são negros. O risco na faixa etária de 10 a 29 anos foi 45% maior entre jovens que se declaram pretos e pardos do que entre brancos no ano de 2016.
A diferença é ainda mais relevante entre os jovens e adolescentes negros do sexo masculino: a chance de suicídio é 50% maior neste grupo do que entre brancos na mesma faixa etária. A cartilha “Óbitos por Suicídio entre Adolescentes e Jovens Negros”, lançada pelo Ministério da Saúde, mostra, por exemplo, que entre 2012 e 2016, o número de casos com pessoas brancas permaneceu estável, enquanto o das negras aumentou 12%.
Falar sobre racismo e pensar a população negra é de extrema importância. Não se trata de vitimismo, muito menos de “frescura”, como tem sido dito. O alto índice de suicídio entre jovens na população negra mostra que esses casos estão ligados ao racismo estrutural do nosso do dia a dia.
Fonte: encurtador.com.br/zOYZ8
O racismo estrutural é aquele enraizado na sociedade desde a chegada dos primeiros negros no país. Observando os dados, vemos a vulnerabilidade dessas pessoas frente às questões com alto nível de sofrimento psicológico.
A população negra é maior em relação à população branca do país, mas também sabemos que é a mais pobre e com salários, na grande maioria, menores. Morar em regiões mais pobres e ainda com alto índice de violência são fatores que afetam a saúde mental.
Quem não viu ou nunca viu crianças e jovens em suas escolas “estudando” agachados ou se protegendo deitados no chão até com um professor cantando, para que abafasse sons de tiros? Violência, pobreza e alta marginalização contra essas pessoas são questões que as privam de possibilidades de melhorias e de vislumbrar dias melhores. Esses podem ser gatilhos para questões de saúde mental.
Fonte: encurtador.com.br/iDN08
Quando falamos que não é vitimismo, estamos tratando de racismo. Muitas pessoas questionam por que olhamos para o jovem negro. Na verdade, o cuidado é com a saúde mental da população negra. Qual seria o motivo desse jovem não ser levado a sério? Ele tem alguma diferença para que não seja levado a sério ao falar sobre saúde mental? Não é um direito também querer prezar e pedir auxílio?
Falar sobre a saúde mental desse jovem é de extrema importância, pois as maiores causas de suicídio ligados à população negra são, por exemplo, rejeição, maus tratos, violência, abuso, sensação de não pertencimento e isolamento social.
Não invalidar a dor da população negra é urgente. Precisamos validar e acolher essas pessoas. Infelizmente, por conta de um discurso, pensamento e Academias colonizadas, acabamos negligenciando sua integralidade como ser.
Por isso, devemos estar atentos a todos os jovens que falam sobe isso e não achar que é “frescura” ou “mimimi”. Depressão, ansiedade e suicídio não são brincadeira. Quando alguém fala sobre isso, ouça e aconselhe a procurar um psiquiatra ou psicólogo. Mostre empatia ao que ele sente. Não invalide a dor.
Compartilhe este conteúdo:
Psicologia do Ceulp apoia campanha do Sistema Conselhos sobre direitos humanos
29 de outubro de 2018 Sonielson Luciano de Sousa
Notícias
Compartilhe este conteúdo:
A campanha desse ano foi criada levando considerando o cenário brasileiro de diversas violações de direitos fundamentais.
A coordenação do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra apoia a campanha nacional em defesa dos direitos humanos referendada pelo Sistema Conselhos em Psicologia, e lançada pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP, na segunda metade deste mês de outubro.
O lançamento da ação foi transmitido ao vivo pelos canais do CFP nas redes sociais, e todo o conteúdo se encontra disponível para ampla a irrestrita divulgação. Os conteúdos da campanha possuem a hashtag #ÓdioNão, cujo objetivo é unificar os materiais e facilitar o filtro para ampliar o acesso aos vídeos, imagens e textos produzidos para a campanha.
Fonte: https://goo.gl/FGfVrw
De acordo com informações do CFP, a cada ano as Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia (CDHs-CRPs e CFP) produzem campanhas nacionais para enfrentar as diversas formas de opressões e violências estruturantes da sociedade brasileira. A proposta é reafirmar o compromisso ético-político da Psicologia na promoção de transformações sociais, para garantia do direito de todas as pessoas à vida digna. Na campanha em questão, as minorias historicamente oprimidas no Brasil – como povos tradicionais, população em situação de rua, população negra, população LGBT, usuários de drogas, mulheres, usuários de serviços de saúde mental, crianças e adolescentes vulnerabilizados e pessoas privadas de liberdade – foram destacados na campanha. O objetivo é fazer contraponto aos discursos de ódio contra populações vulnerabilizadas e estimular o respeito e ações humanizadas e humanizadoras.
Fonte: https://goo.gl/q3aGqp
Para a coordenadora do curso de Psicologia do Ceulp, profa. Dra. Irenides Teixeira, ‘não se pode falar em Psicologia sem, em igual medida, falar e defender os aspectos éticos e os direitos humanos. Afinal, a razão de ser da Psicologia é a diminuição do sofrimento humano e a melhoria da qualidade de vida de todos. É necessário que todas as pessoas, sobretudo as que sofrem preconceitos cotidianos, tenham direito a estes preceitos fundamentais para a dignidade humana’.
A campanha deste ano foi criada considerando o cenário brasileiro de diversas violações de direitos fundamentais, que reflete as condições históricas, culturais, simbólicas e materiais que produzem certo ideal de humanidade no qual alguns são dignos de direitos e outros não. –Com informações do CFP.
Compartilhe este conteúdo:
Outubro Rosa: HGP realiza Projeto Cuidando de Quem Cuida
O mês especial chegou!Outubro Rosa, conhecido internacionalmente como o mês de luta contra o câncer de mama além de estimular a participação da sociedade para prevenção da doença. A Secretaria de Estado da Saúde aproveita para alertar sobre a necessidade do diagnóstico precoce da doença, mamografias e autoexames devem fazer parte da rotina das mulheres. A recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres de 50 a 69 anos. No Tocantins foram agendadas 6.634 de janeiro a setembro deste ano.
Uma ação promovida pelo Hospital Geral de Palmas por meio do Ambulatório de Especialidades e com apoio do setor de Humanização realizará através do Projeto Cuidando de Quem Cuida, durante todo o mês exames de prevenção do câncer de mama e colo de útero, para as servidoras do hospital que não possuem plano de saúde. As servidoras poderão procurar na sala de regulação no Ambulatório para agendamento, no horário de 8h ás 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta. Para participar da campanha serão necessários documento de identificação e cabeçalho do contracheque. A ação é voltada as mulheres acima de 50 anos.
Segundo a supervisora do ambulatório, Flaviany Oliveira de Araújo Milhomem, o Outubro Rosa é uma data para focar na prevenção do câncer de mama e do colo do útero. “Como o ambulatório já atende pacientes com câncer, então idealizamos que iniciaríamos o Outubro Rosa, unindo com o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, atendendo as mulheres do HGP, pois tem que se locomover até a unidade de saúde marcar a consulta, depois tem que faltar ao trabalho para consultar, e sendo aqui no ambulatório esse acesso facilita para a servidora. Como já temos uma procura de rotina e não podemos fazer o atendimento, pois são mulheres sem diagnóstico, então nós conversamos com a mastologia e abrimos essas vagas proporcionando a essas mulheres a oportunidade de fazer o rastreamento e para aquelas que tiverem alguma alteração de mama, nódulos palpáveis”, explicou.
O médico mastologista e mastoclínco do Hospital Geral de Palmas (HGP), Roberto Gripp alerta quanto aos sintomas do câncer de mama.”Nós temos que mostrar à mulher que não tem que aguardar qualquer sintoma para procurar a prevenção do câncer de mama. A detecção precoce inclui realizar seus exames com regularidades antes mesmo que ela sinta alguma coisa, mas a partir do momento do seu autoexame, ou exame com profissional, notar algum sintoma como nódulos, secreções,retrações da pele, ela deve buscar realizar investigações por meio de exames necessários e que sejam esclarecidos estes sintomas. Buscar a Unidade Básica de Saúde e explicar ao profissional e se possível ter acesso direto ao mastologista”, orientou.
Fonte: Arquivo Pessoal
Como detectar a doença?
Os métodos de prevenção que a mulher pode detectar a doença, o autoexame (a mulher conhecer o seu corpo e própria mama) e notar pequenas alterações na mama no tecido mamário, nodulações e buscar o diagnóstico da doença. O exame com especialista de maneira regular é importante na detecção da doença e além disso a mamografia (verifica nódulos abaixo de 1 centímetro de tamanho). A detecção precoce é fundamental no tratamento da doença, os tumores localizados num tamanho precoce, ou seja, tumores menores que 1 centímetro , chegam a ter mais 95% de chance de cura, a prevenção leva a mulher detectar a doença no estágio inicial.
A dona de casa, Cecy Bernardes, de 65 anos, moradora de Palmas foi diagnosticada com a doença a cerca de 2 anos e está em fase final de tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no HGP . “Descobri o câncer no início durante consulta com especialista, durante o tratamento passei pela radioterapia e quimioterapia. Todo dia agradeço a Deus por que sei que qualquer pessoa pode passa por isso. Tive o apoio da família com atenção e segurança, que teve um papel muito importante neste processo. Hoje estou finalizando tratamento e aproveito para agradecer de coração a todos os profissionais do HGP pelo cuidado comigo”, declarou.
Tratamento
O especialista explica como funciona o tratamento do câncer de mama nos dias de hoje. “O tratamento do câncer de mama nos dias atuais tem vários avanços melhores dos resultados. Nós temos novas drogas quimioterápicas tem aumentado muito o tempo de vida mesmo nas pacientes mais graves que tem melhorado as condições de vida destas pacientes. No ponto de vista cirúrgico temos novas técnicas para realizar a preservação da mama da mulher com intuito da mulher ter um resultado estético satisfatório e consequentemente um melhor estado psíquico. Sabemos que ajuda na própria recuperação e na manutenção do sistema imunológico desta paciente, são grandes os avanços na radioterapia e quimioterapia o que tem feito que o tratamento do câncer de mama tenha mais e mais sucesso”, destacou.
Em Janeiro de 2014, nasceu em Uberlândia|MG uma campanha com o objetivo de chamar a atenção de toda a sociedade brasileira para a importância de todos os assuntos relacionados ao universo da Saúde – e, em especial, à Saúde Mental.
O mês de Janeiro foi escolhido por, simbólica e culturalmente, representar a renovação das esperanças, projetos e planos de vida das pessoas. A cada Janeiro, em termos simbólicos, novos horizontes se abrem à vida das pessoas, convidando-as a refletirem sobre os caminhos que já percorreram e os destinos aos quais desejam chegar. Esse convite pode ser o convite para uma vida com mais harmonia, mais propósitos e mais sentido existencial.
A cor “branca” foi escolhida por representar a possibilidade de partida de qualquer projeto, de inícios e reinícios possíveis a partir de uma “folha em branco”, um “muro em branco” ou uma “tela em branco”. Além disso, o branco, por ser a somatória de todas as cores, abre os braços para todo e qualquer projeto de vida, sempre, também, simbolizando a paz e a pureza das intenções.
Em 2014, foram realizadas dezenas de palestras em espaços públicos da cidade. Nessas palestras, as pessoas foram convidadas a pensarem sobre si e os outros, suas vidas e suas relações, seus passados e suas expectativas em relação ao futuro, suas condições existenciais e suas múltiplas – mas integradas e simbióticas – saúdes físicas, mentais, sociais e espirituais. Sempre em uma perspectiva holística, integral, plural e humanista.
Agora estamos planejando o Janeiro Branco de 2015. Você quer nos ajudar?
Pegue e a camisa de força, ajeite o fone de ouvido: vem muita maluquice em ritmo de musiquinha…
Com a proximidade das eleições municipais e de todo quadro cômico que se desenha durante o processo, tenho me esforçado ao máximo numa preparação psicológica e emocional à espera dos fatídicos e irreparáveis materiais publicitários desenvolvidos durante a campanha, em alguns casos, pelos próprios candidatos. Pensando bem, irreparável é pouco, a coisa chega a ser irremediável, pois algumas peças são mesmo de morrer, padecem de uma doença crônica chamada amadorismo total, uma disritmia de tudo que deveria ser assertivo para o bom tom das propagandas eleitorais.
Logo, logo as ruas serão invadidas, tomadas por carros de som, equipes vermelhas, verdes, azuis, amarelas, quase tudo muito igual e parecido, porém, com um elemento diferenciador que chama atenção não pela ausência de qualidade, mas sim pela mediocridade emprestada em alto e bom som, tom. Algo que chega cantando. Vêm aí as famosas musiquinhas pessimamente adaptadas com rimas fáceis ou falta destas na tentativa alucinada de expor o nome, número e a legenda do candidato. Tudo no ritmo de axé, axé music, sertanejo, sertanejo universitário, brega, tecnobrega, o mesmo de sempre (percebem?) reinventado com uma moléstia a mais, que é sempre a batida atual do sucesso musical “inteligentemente” escolhido para transformar-se em paródia. Prepare-se para as novas versões de “Ai, se eu te pego” e “Eu quero Tchu, quero Tcha” para falar dos valores e pontos positivos de seus candidatos. É algo triste de se ouvir, pois foge ao conceito original de um verdadeiro jingle de campanha, com todas as suas emoções, funções e obrigações de criar um elo de particularidade entre a mensagem e o candidato. As tais musiquinhas não fazem isso, quando muito caem no ridículo.
Não escondo de ninguém o meu desdém pelas frágeis e tolas paródias. Possuem letras forçadas em versos e rimas que nada oferecem de “bacana” enquanto ferramenta de publicidade. Não sou totalmente contra paródias, mas é verdade que poucas conseguem qualidade e efeito inovador, elementos essenciais numa campanha política. Por isso não cumprem o papel de jingle, no máximo ganham a simpatia e o status de musiquinhas. Somos obrigados a ouvir versões insanas de um sucesso nacional que na maioria das vezes também já cansou em sua versão original. O resultado disso tudo não é saudável, faz um estrago emocional nas pessoas cujo comportamento oscila entre os sentimentos de amor, simpatia, ódio, aversão, aceitação, reprovação e até mesmo momentos de ansiedade. É a manipulação e controle das emoções humanas da forma mais sensacionalista e cruel. Exige do sujeito que ele cante a sua própria tristeza disfarçada de alegria. Nesse tipo de mensagem, peça, ferramenta, deveria vir ao final de cada uma o famoso alerta do tipo “o ministério da saúde adverte, musiquinha de campanha do tipo paródia é prejudicial ao voto, pois é um barulho do tipo que cega a gente de raiva!”. Se você ainda não identificou o problema, vou ser mais enfático sobre o que estou falando: ninguém convence o outro tentando empurrar sequências do tipo “ eu vou votar, eu vou votar, eu vou votar, tá, tá, tá, tá, tá” ao ritmo de “Tchu, Tcha, Tacha Tchu, Tchu Tcha”. Mas é o que ouviremos, não tenha dúvida disso.
Paralelo às musiquinhas, um off à parte: receio que nesta eleição veremos crias do Siquerido. Já parou pra pensar nos mascotes, bonecos, personagens que surgirão tendo o Siquerido como fonte de inspiração e crença máxima de que tudo nesse sentido dá certo, funciona? É o tipo de coisa que sempre surge por parte daqueles que acreditam que “de médico, louco e publicitário todo mundo tem um pouco”. Eu mesmo tenho é medo. Temo pelos tipos de personagens, desenhos ou figura (angelical ou demoníaca) que possam nascer do cruzamento entre um Siquerido de sucesso e a imaginação limitada, repetitiva de quem assume o papel de pai da coisa. O Siquerido teve sua razão e emoção de ser, nasceu de uma necessidade e tinha uma identidade única com o sujeito o qual foi inspirado; cópias, adaptações, criações bizarras, tudo que possa parecer como criativo e inovador nesse sentido vai cair no ridículo. Para estes casos, defendo um controle sério e rígido de natalidade, ou seja, sou a favor do aborto prévio de todo tipo de ideia gratuita inspirada no Siquerido para que sua criatura não venha nos matar de desgosto.
Ligando o play novamente, sou a favor do jingle suave, que emociona, pode ser em qualquer ritmo, mas que seja original, que tenha sua própria cara, alma, perfil e identidade do candidato para empatia fácil e posicionamento único na memória do eleitor. Minha experiência enquanto eleitor e cidadão exige versões menos patéticas e menos poéticas para essas adaptações. Não entregue sua campanha para o queridinho de casa, o certinho da família, o amigo saudável. Esse tipo de negócio exige gente profissional, que vê e faz as coisas sob outra óptica. Pra você, pode parecer tudo muito doido, maluco, diferente e é exatamente isso de que precisa sua campanha: de algo inovador, maluco e gente alucinada que sabe exatamente o que é preciso fazer na disputa frenética por votos. Então, que venham as eleições, suas pérolas e ideias mirabolantes, ambulantes. Eu vou ficar sentado à beira do caminho, à espera de ver o circo passar pra visualizar o que nos traz como espetáculo gratuito na busca pelo meu, o seu, o nosso voto e nossa preciosa e sensacionalista condição de eleitor.