Caso Amber x Depp: o panorama do atual cenário de violência doméstica

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Não é de hoje que a violência doméstica é presente na sociedade. Relatos de agressões verbais podem ser extraídos de uma época que isso sequer era entendido como uma forma de agressão contra o parceiro.

Na dinâmica do casal, o homem sempre esteve apontado como o algoz do relacionamento e o principal causador da violência doméstica. Esta situação é tão reiterada que na modernidade dos tempos, foram criadas diversas leis para coibir a reiteração dessas condutas.

A Lei Maria da Penha e a criação do tipo penal do Feminicídio são exemplos legais da proteção que é concedida pelo Estado em detrimento da mulher, que dada a sua vulnerabilidade física diante do homem, possui um resguardo legal superior a este.

Esta proteção não se limita ao Brasil, no mundo inteiro a sina se repete. O caso de Amber x Depp é o exemplo global mais recente que se tem sobre a violência doméstica. Tudo começou em meados de 2016 com publicações feitas pela atriz alegando supostas violências domésticas que havia sofrido e que, mesmo não indicando o nome do ator Jhonny Depp, atingiram a carreira do ator em cheio.

Houve uma crescente comoção e, à época, era o assunto mais comentado nas mídias sociais. O desfecho da história acabou tomando rumos totalmente distintos em 2022. Depois de uma árdua briga judicial, com diversas testemunhas sendo ouvidas e gravações de áudios que mostravam um comportamento agressivo por parte daquela que se dizia vítima, houve um choque global, muitos ficaram reflexivos sobre como uma mulher poderia ser a autora de violência doméstica também.

Amber, em uma das gravações ainda incita Depp a informar sobre suas brigas, dizendo coisas como “Vai lá, diga ao mundo: Eu, Jhonny Depp, um homem, sou vítima de violência doméstica. E eu fui agredido, e veja quantas pessoas vão acreditar ou ficar do seu lado. Por que você é grande e mais forte”.

A condenação recíproca de Jhonny Depp e Amber Heard no litígio norte americano trouxe à tona para o público geral que o comportamento agressivo não escolhe gênero, muito embora seja um terrível fato de que haja mais feminicídio do que “hominicídios”. 

Sendo diagnosticada como portadora dos Transtornos de Personalidade Histriônica e Borderline, Amber passou a ser vista pelos tribunais da internet, assim como pela corte estadunidense como uma pessoa instável e capaz de fazer os atos que lhe foram imputados, inclusive decepar o dedo do ator.

Fonte: encurtador.com.br/szBMU

A comoção resultante deste caso, evidenciou a quantidade de denunciações caluniosas que ocorrem em todo o país contra homens por parte de suas ex-companheiras que se diziam vítimas de agressões e até estupro. Situação que vem crescendo no Brasil, e abrindo os olhos do Poder Judiciário para observar quando há verdade na fala da pretensa vítima.

A reflexão principal, como dito, é de que não existe um lado próprio a ser defendido nestas situações. Sim, historicamente falando, as mulheres sofreram e ainda sofrem demasiadamente com a violência doméstica, mas, atualmente, já está sendo possível observar que esta balança não pende para um único lado.

Com as respectivas delimitações geográficas, cita-se o caso de um homem que foi vítima de cárcere privado por sua então companheira na cidade de Araguaína- TO, na qual o agrediu por 05 (cinco) dias ininterruptos dada a suspeita de traição.

Fonte: encurtador.com.br/fju16

Vendar os olhos para a violência doméstica sofrida pelos homens por parte de suas companheiras, é vendar os olhos para a verdadeira justiça. Não devemos banalizar e generalizar o comportamento masculino, tampouco tratar como situações raras e isoladas as agressões femininas, que, muitas vezes, ocorrem no campo psicológico.

Violência doméstica, assim como qualquer outro tipo de violência, independente do sexo ou orientação sexual, é crime passível de punição severa e privação da liberdade, devendo ser denunciada e apurada. Não podendo ser utilizada como arma para benefício de um único grupo. 

REFERÊNCIAS

SANTOS, Guilherme Geha dos; e MELLO, Gustavo Adolfo Ramos. Pacientes, problemas e fronteiras: psicanálise e quadros borderline. Psicologia USP [online]. 2018, v. 29, n. 2 [Acessado 21 Outubro 2022], pp. 285-293. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-656420170101>. ISSN 1678-5177. https://doi.org/10.1590/0103-656420170101.

BRASIL, Lei nº. 11.340, de 7 de agosto de 2006, (Lei Maria da Penha).

DESCONHECIDO. AF notícias. Homem mantido em cárcere privado pela esposa apanhava todos os dias: ‘eu não aguentava mais’. Disponível em: <https://afnoticias.com.br/central-190/homem-mantido-em-carcere-privado-pela-esposa-apanhava-todos-os-dias-eu-nao-aguentava-mais> acesso em 20 out 2022.

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Psicologia presente em evento da Quavi sobre relacionamentos amorosos

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A coordenadora e psicóloga Cristina Filipakis, que também atende como terapeuta de casais, destacou a importância de o casal estar atento tanto às demandas individuais quanto às da dupla. 

O curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, através das disciplinas de Antropologia e Psicologia das Relações Familiares, foi parceiro de uma campanha do Dia dos Namorados promovida pela Quavi, a maior empresa de produtos naturais do Tocantins.

O evento, ocorrido na noite desta quinta-feira, dia 06/06, na sede da Quavi em Palmas, contou com a participação da coordenadora de Psicologia do Ceulp, psicóloga Cristina Filipakis, e da médica Ana Virgínia Gama.

Fonte: Divulgação

Na ocasião, Cristina e Ana abordaram os processos de comunicação nas relações amorosas e conjugais. Baseadas em suas experiências acadêmicas e profissionais, elas relataram uma série de situações em que os relacionamentos podem ser repensados e ressignificados, sobretudo naqueles casos de desgastes ocasionados pelo tempo de convivência.

A coordenadora e psicóloga Cristina Filipakis, que também atende como terapeuta de casais, destacou a importância de o casal estar atento tanto às demandas individuais quanto às da dupla, para na medida de cada um respeitar o princípio da privacidade sem negligenciar a dinâmica dos afetos. “Cada casal deve encontrar a sua medida quanto ao princípio da individualidade dos parceiros, ao mesmo tempo que, também, se investe no contato íntimo. Um casal que é muito grudado pode reverberar em algo tão negativo quanto um casal sem muita intimidade”, pontuou.

Fonte: Divulgação

De acordo com a proprietária da Quavi e acadêmica de Psicologia do Ceulp, Maria Fantine, o evento foi um sucesso, uma vez que possibilitou que clientes da empresa e acadêmicos do Ceulp, além do público em geral, pudessem conversar sobre um tema relevante, que deve ser encarado de modo democrático. “Este encontro foi um grande presente para todos nós”, pontuou.

De modo geral, para os casais que optam por manter o relacionamento mas enfrentam algumas dificuldades, a barreira da comunicação é a principal queixa enfrentada por eles. Nestes casos, um acompanhamento psicoterapêutico é uma das melhores estratégias para que eles consigam encontrar estratégias de enfrentamento dos problemas e ressignifiquem o relacionamento.

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