Diante da dor, o indivíduo pode se rebelar e finalmente “acordar” para a vida. A dor faz o homem sentir-se vivo.
Quem quer ficar doente? Eu acredito que ninguém. É comum em nossa cultura sempre felicitarmos o outro com saúde em abundância. Mas qual o significado de saúde e qual o significado de doença? É melhor viver uma vida monótona de 100 anos ou viver uma vida de emoção de 50 anos? Quais vantagens pode-se tirar ao ser acometido por uma doença?
Um dos primeiros benefícios da doença pode ser a ruptura, seja de hábitos, crenças, cultura, quotidiano ou modo de pensar. Nietzsche (2008), em seu livro Ecce homo, relata que a doença o libertou lentamente. Pois através da doença o filósofo declara que passou por uma transformação, já que mudou todos os seus hábitos, pois lhe ordenou o esquecimento, lhe presenteou com a obrigação de sossego, lazer, espera e paciência.
Definitivamente a doença muda a realidade do homem, pois tudo é visto com mais objetividade, precisão e clareza. A partir disto, muda-se então as prioridades, já que o homem analisa o que funcionava, o que funciona e o que pode funcionar. Um exemplo é Nietzsche (2008) que, devido a doença, se mudou de local, para respirar novos ares e apreciar novas paisagens, com o objetivo de ter uma melhor qualidade de vida (THOMASS, 2010).
Fonte: encurtador.com.br/bems2
Diante da dor, o indivíduo pode se rebelar e finalmente “acordar” para a vida. A dor faz o homem sentir-se vivo. Com a correria do cotidiano não paramos para apreciar as coisas simples. Às vezes o respirar passa despercebido, mas o indivíduo acometido por uma asma encontra felicidade e gratidão em cada movimento de inspirar e expirar. Thomas (2010, p. 21) declara que “somos forçados a provar os mínimos detalhes para não sucumbir ao fatalismo”.
A doença também pode ser a cura contra o pessimismo. Nietzsche (2008) declara que por meio da sua doença pôde experimentar coisas boas, e com facilidade conseguiu formular sua filosofia de vida através da sua vontade de viver e ter saúde. O filósofo afirma: não é porque sofremos que temos direito ao pessimismo.
Um homem que já passou pelo pior, tem maior chance de aprender a apreciar o melhor. É como um regenerar-se, com sensibilidade na alegria, cuidado nas palavras e leveza nos atos. Thomass (2010, p. 22) afirma que “somente quando adoecemos descobrimos nossa saúde”. Pois, de acordo com sua linha de pensamento, somente através do adoecimento temos razão para mobilizar nossos instintos de defesa e de cura.
Fonte: encurtador.com.br/fikns
Ainda de acordo com o autor, a saúde não é um estado estático e universal. Não há diferença de natureza entre saúde e doença, mas há diferença de grau. A saúde não é a ausência da doença, mas sim a capacidade de defesa instintiva contra a doença. Logo, há diversos tipos de saúde, e é desafio de cada um descobrir a sua “própria saúde”.
É importante frisar que o indivíduo é subjetivo. Diante disto, Nietzsche formulou o conceito “grande saúde”, que se refere a particularidade de cada pessoa diante de iguais ou diferentes tipos de doenças.
Desse modo a apresenta, pois entende ser a maior mobilização de impulsos na luta, o ensaio de diferentes perspectivas, o que fomenta a exploração e a descoberta de diferentes ópticas e pontos de vista. A seu ver, é esse dinamismo, assemelhado a uma dança de impulsos, o que promove a experimentação de pensamentos e valores, sentimentos e quereres outros. Por esse viés, mesmo a doença, como mobilização do corpo, pode dar oportunidade para experimentações de muitos e opostos modos de pensar (MOREIRA, 2016, P. 44).
A doença gera autoconhecimento, pois temos a oportunidade entender o funcionamento do nosso corpo e capacidade de se reciclar, de modo biopsicossocial. Na literatura existe casos conhecidos de grandes mentes pensantes que fizeram uso de sua doença para potencializar suas habilidades. Francisco Goya, após adoecer, passou a deixar suas obras mais escuras e sombrias. Ludwig van Beethoven sofria de depressão e transtorno bipolar, o que pode ter dado intensidade as suas notas musicais. Machado de Assis sofreu de depressão, e passou a abordar o assunto em suas obras. Edvard Munch sofria de depressão e agorafobia, e a partir de seus delírios supõe que ele criou a obra “O Grito”, em 1893.
No entanto, Nietzsche frisa: “A doença é um poderoso estimulante. Mas é preciso ser suficientemente saudável para este estimulante”. E para isto precisamos estar dispostos a sair da zona de conforto do adoecimento. Como você tem lidado com a sua doença? Como forma de se potencializar para florescer ou como forma de se exaurir?
MOREIRA, A. Nietzsche e a grande saúde: O uso do diagnóstico tipológico contra a metafísica. Estudos Nietzsche, Espírito Santo, v. 7, n. 1, p. 31-55, jan./jun. 2016.
NIETZSCHE, Friedrich. Ecce homo: como alguém se torna o que é. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
THOMASS. B. Afirmar-se com Nietzsche. Vozes Nobilis; Edição: 1 (22 de julho de 2019)
Para o documentário, o poder que cria o corpo, cura o corpo
Cada homem e cada mulher são os arquitetos de sua própria cura e de seu próprio destino (Buda)
‘Heal – O Poder da Mente’ (2017) é um documentário que apresenta histórias reais de pessoas que alcançaram a cura através do poder da mente. Existe uma inteligência que nos dá a vida, que mantém o coração batendo e que digere nossa comida. Segundo o documentário, para que isso seja possível é necessário primeiramente entrar em contato com a inteligência existente dentro de nós: uma mente superior interna que sabe como trazer a curar para o nosso corpo. Em um segundo momento, é necessário fazer o alinhamento do pensamento, que é o início do nosso querer, ter persistência para mentalizar e recomeçar todas as vezes que desconcentramos.
Existe uma conexão entre o corpo e mente, cada órgão do corpo humano tem uma habilidade de se curar sozinho dentro de um ambiente favorável e até mesmo órgãos do corpo que poderíamos pensar que não podem ser curados tais como a medula espinhal e o tecido cerebral, com o poder da mente e dentro das condições e ambientes corretos, tornam isso possível.
Fonte: Documentário do Netflix
Dentro da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que se refere a uma abordagem que se baseia em dois princípios fundamentais – a cognição, que tem uma intervenção controladora sobre nossas emoções e o comportamento, que é a maneira como agimos ou nos comportamos –, é necessário ficarmos alertas para os nossos padrões de pensamentos e nossas emoções. O desenvolvimento de um estilo de pensamento saudável pode reduzir a angústia ou dar maior sensação de bem-estar.
Os processos cognitivos conscientes têm um papel primordial na existência humano e segundo Dalai Lama (1999), se pudermos reorientar nossos pensamentos e emoções e reorganizar nosso comportamento, então poderemos não só aprender a lidar com o sofrimento mais facilmente, mas, sobretudo, até nos anteciparmos antes que ele surja.
Fonte: Documentário do Netflix
Logo, o documentário relaciona o estresse emocional que vem através de tragédias familiares, perdas materiais e físicas com a perda de equilíbrio do corpo. O estresse é quando o ser humano percebe que está de frente com uma ameaça e o organismo prepara-se para lutar ou para fugir. Um ponto a considerar é que o processo de estresse será despertado e desenvolvido de maneira diferente em cada pessoa, considerando que a análise de cada acontecimento como aversivo ou não dependerá de como cada um aprendeu a percebê-la.
Entretanto, nem sempre é possível correr dos fatores estressores externos (contas para pagar, sentimentos etc.). Quando isso ocorre, há liberação de cortisol, adrenalina e noradrenalina no sistema, que pode acarretar o enfraquecimento e a quase exaustão da pessoa ao ponto dela não conseguir adaptar-se ou resistir ao estressor e às doenças físicas que podem vir a surgir, conduzindo-a a um enfraquecimento das respostas psicológicas e fisiológicas.
Fonte: Documentário do Netflix
Existem forças invisíveis que não são levadas em conta pela medicina ocidental e que se transformam nas forças primárias que controlam tudo, incluindo a mente, sendo a consciência que faz a retomada do controle com o que é supremo sobre nossa biologia e que está contextualizada no nosso pensamento. Há energia invisível em nossa mente, que não molda apenas nosso corpo, mas nossa relação com o mundo em que fazemos parte.
O documentário apresenta vários depoimentos de pessoas diagnosticadas com doenças gravíssimas e que utilizaram o poder da mente para conseguir a cura e restaurar o corpo ao seu funcionamento normal. Umas das coisas que essas pessoas têm em comum é a mudança radical de seus hábitos alimentares, uso de ervas medicinais, consciência do seu estado de saúde, seguimento de suas intuições, liberação de emoções reprimidas, aumento das emoções positivas, aceitação do apoio social, aprofundamento da conexão com a espiritualidade e uma forte razão para viver.
Fonte: Documentário do Netflix
Os bloqueios emocionais podem levar a bloqueios físicos. É necessário liberar esses bloqueios, seja através de aulas de Zumba, visita a um xamã, regressão etc.; a descoberta de sua libertação é um caminho amplo e repleto de opções. Para algumas pessoas fazer psicoterapia dá certo, para outras, fazer uma atividade física é mais adequado. Ou os dois. O canto e a meditação são atividades válidas desde que auxilie o abandono do ressentimento, o luto ou o trauma e permita libertar a raiva interna e os sentimentos reprimidos. Ademais, dentro da psicologia, a TCC enfatiza a importância de reconhecer e modificar pensamentos que vem automáticos e que podem influenciar nos esquemas do processamento de informações.
O ser humano está constantemente avaliando a relevância dos acontecimentos internamente que fazem parte de seu contexto e a Terapia Cognitiva Comportamental pode auxiliar pessoas através da cognição, emoção e comportamento.
Conforme o documentário, quando temos uma emoção dentro de nós, essa emoção manda um sinal ao nosso cérebro e a qualidade daquele sinal determina o que o cérebro fará em resposta as emoções. Sentimentos negativos ficam dentro de nós e o que pensamos a seu respeito afeta o templo do corpo e a química do corpo. É preciso, pois, estar alerta para esta dinâmica e, assim, construir uma vida mais saudável e significativa.
FICHA TÉCNICA DO FILME:
HEAL – O PODER DA MENTE
Título Original: Heal Direção: Kelly Noonan Elenco: Kelly Noonam, Deepak Chopra, Michael Beckwith, Joe Dsipenza, Dr. Jeffrey Thompson Ano: 2017 País: EUA Gênero: Filmes biográficos, Documentários
Referências:
BUENO, Gina Nolêto. Tempos Modernos Versus Ansiedade – Aprenda a Controlar sua Ansiedade. In: BUENO, Gina Nolêto; RIBEIRO, Angeluci Reis Branquinho; OLIVEIRA, Iran Johnathan Silva. Tempos Modernos Versus Ansiedade – Aprenda a Controlar sua Ansiedade. Goias: Goiás, 2007. p. 1-16.
WRIGHT, Jesse H.; R.BASCO, Monica; THASE, Michael E. APRENDENDO A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL. Porto Alegre: Artmed, 2008.
Cheiro forte, restos, descuidos, Sol agredindo uma pele envelhecida, inúmeras armadilhas, risos descontidos, brados ao trovão(rá), neologismos, música
Produzir uma torção nos aforismos de uma conjunção de linhas desviantes de forças chamada Estamira Gomes de Sousa.
Desfigurar uma imagem e produzir um duplo completamente dessemelhante, decerto aquém da multiplicidade de cores que circulam esta singular existência
Retirado de: cadaumtemasua.com.br
Bradando sua inquestionável onisciência, Estamira experimentou jogar mentiras na cara daqueles que produzem silenciamento ao que ultrapassa a curva da razão: espertos-ao-contrário!
Ela não é comum (a não ser o seu formato-carne, sanguíneo, par), ela é Estamira, a visão de cada um!
Ela não “foi”, pois a morte é o começo de tudo! Ela “é” e sempre “será”, pois existe/existirá como força de afirmação esquizopoiética de existências que não se prostram diante dos microfascismos de uma máquina capitalística de produção de trocadilos
Trocadilos como manifestação de toda forma de aprisionamento, subjugação, controle e violência (Trocadilo-homem, trocadilo-religião, trocadilo-ciência)
Sua lúcida loucura agenciou a criação da onipotência de uma mulher que tinha tudo para esgueirar-se numa vida sofrida, calada, negada, anulada
Torceu suas certezas e produziu linhas de fuga que a permitiram suportar uma realidade devastada por diversos trocadilos
Apontou o controle remoto que ordena os corpos, coadunando nas entrelinhas com as palavras de Artaud ao declarar guerra aos órgãos
Povoada por diversos astros positivos, fez-se a beira do mundo, posto que está em todos os lugares, sobretudo no que vai além da borda, o que trans-borda: o além dos além (lugar onde nossa razão nos impede de ir)
Sua fala é eminentemente política, pois seu delírio poético produz desvios nas verdades sobre DEUS, o homem, a Psiquiatria, a loucura, o lixo, sobre você no que concerne a resistência dos biopoderes produzidos em diversas línguas e nos atravessam cotidianamente
Num eloquente agenciamento coletivo de enunciação, de d’enunciação da opressão e violência, do status quo e das verdades absolutas, devolte tratos antes tragados a contragosto!
Estamira sentiu na pele os manicômios, físicos e mentais que atravessam os médicos-deuses, os remédios-dopantes e até a família.
Estamira desafia DEUS para resistir ao revir do seu devir reativo.
Retirado de: menos1lixo.virgula.uol.com.br
Exclama o potencial microrrevolucionário do devir minoritário, quebrando molaridades e zombando das falas instituídas.
“A doutora passou remédio pra raiva” Risos!
Num transbordo “além dos além“, povoado de forças desconhecidas, vive a atualização das virtualidades reais num imaginário que tem, existe e é!
Delirar para Estamira talvez seja inventar o esquecimento, experimentar o intempestivo presente no Transbordo-do-Fora, o qual nós seres humanos comuns não temos condições, em virtude da nossa insana razão
É preciso experimentar a lúcida loucura de Estamira para subverter a homogeneização do retorno do mesmo, da cela do passado, do fato, feito, fadado ao fim da vida
Estamirizar é diferir, divergir, esfregar nas caras a existência e permanência de um trocadilo que é o próprio microfascismo que está em nós
Os termos anima e animus são amplamente conhecidos por aqueles que estudam, ou apreciam, a teoria de Carl Jung.
Para entendermos esses termos é importante lembrar que todos nós carregamos uma quantidade pequena de hormônios do sexo oposto em nosso organismo.
Consciente disso, Carl Jung teve a percepção de que todos nós também carregamos em nossa psique nossa contraparte sexual, e nelas estão encerradas as qualidades inerentes ao sexo oposto, mas que não são conscientes. Jung percebeu também que conforme os traços psicológicos de cada indivíduo, as tendências do sexo oposto vão sendo reprimidos e se acumulando no inconsciente.
Anima e animus foram então definidos para designar essas partes reprimidas do sexo oposto em nossa psique. Sendo a anima a contraparte feminina da psique do homem e animus a contraparte masculina na psique da mulher.
Jung (o eu e o inconsciente) diz que a anima, sendo feminina, é a figura que compensa a consciência masculina. Na mulher, a figura compensadora é de caráter masculino e pode ser designada pelo nome de animus.
As palavras anima e animus vêm do latim animare, que significa animar, avivar. Pois tanto a anima quanto o animus se assemelham a espíritos e alma vivificadores para homens e mulheres.
Entramos em contato com a anima e o animus com a projeção sobre uma pessoa do sexo oposto. São eles os responsáveis pela paixão súbita e a sensação de destino que isso acarreta. Por essa razão, o ato de se apaixonar é tão vivificante para as pessoas.
A anima está ligada à emotividade e a capacidade para proximidade e receptividade do homem. Já o animus está ligado às convicções, opiniões e princípios da mulher. Ela é responsável pelo Eros e ele pelo Logos.
Anima e animus precisam ser desenvolvidos, pois eles são personificações o inconsciente. E quando afloram à consciência suscitam no homem e mulher qualidades irritantes e desagradáveis. Não que o inconsciente tenha essas características, mas quando eles começam a influenciar a consciência se apresentam ainda como uma personalidade parcial e ainda não refinada e primitiva. O animus se apresenta como um homem inferior e primitivo, e a anima como uma mulher inferior.
Retirado de: unusmunduspsicologia.blogspot.com
Assim como a sombra eles precisam ser compreendidos, reconhecidos e integrados.
No homem a anima suscita caprichos ilógicos e humores intoxicantes. Ele se torna hiper sensível.
O animus negativo na mulher suscita opiniões ilógicas. Ela se torna arrogante e prepotente, mesmo que ela não queira transparecer isso. Ela fica cheia de opiniões insensatas e obstinadas. Suas opiniões não exprimem o essencial, só conceitos vazios e destituídos de sentido. É como se estivesse tomada por um juiz arbitrário, e tentar convencê-la de que suas opiniões não possuem fundamento é apenas dar murro em ponta de faca.
No entanto, esses aspectos psíquicos precisam ser desenvolvidos. Eles precisam se tornar guias interiores para o desenvolvimento psíquico do ego humano.
Esse outro interior, esse “não eu”, simboliza a nossa alma, aquilo que de mais profundo temos em nós, por isso são tão inspiradores. Essas imagens internas precisam ser integradas e compreendidas, a fim e que se tornem parceiros invisíveis e apoiadores de nossa jornada e não
O animus quando se apropria de uma mulher, age como um demônio e a anima ao se apropriar do homem se comporta como uma bruxa manipuladora, ou como uma sereia sedutora, mas destruidora.
O animus destrói os relacionamentos e os valores do Eros. A anima destrói a auto-estima do homem, sua virilidade, objetividade e poder de decisão. Ele se torna extremamente sensível e perturbado.
Essas más disposições podem levar o homem a vícios, como alcoolismo e drogas, ou a depressão profunda. E em casos mais graves ao suicídio.
Isso acontece devido à falta de percepção e desvalorização do homem em relação ao feminino, e do desconhecimento da mulher do seu lado masculino. Atualmente observo também, uma supervalorização do aspecto masculino que leva a mulher a uma identificação igualmente perigosa com ele.
Uma das formas de conhecer a anima e o animus para que eles possam se desenvolver é através do relacionamento com a mulher e o homem reais.
O relacionamento com pessoas reais podem apontar essas disposições negativas, como os humores opressivos do homem e a falta de calor e afeto da mulher.
A mulher interior e o homem interior podem mostrar que não estão gostando da forma como o homem e a mulher estão levando suas vidas. Eles podem estar sendo lesados e assim as pessoas se distanciam de sua alma.
Ambos precisam de manifestação, precisam se manifestar na vida humana. E a única maneira de isso acontecer é por meio do tipo de vida do homem e da mulher exterior.
Portanto anima e animus podem mudar completamente o rumo de nossas vidas. Se nos dispusermos a escutá-los e nos abrirmos a esses ensinamentos, podemos ter uma vida mais plena de sentido.
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Carl Gustav Jung e a importância psicológica dos mitos
É de nosso amplo conhecimento que os povos antigos, principalmente que marcaram de forma intensa a humanidade, como os Gregos, Egípcios, entre outros, possuíam a sua própria mitologia, povoada de deuses com diversas funções diferentes.
Cada mitologia demonstra a forma como cada uma dessas civilizações pensava a respeito de suas origens e também como imaginavam a estrutura fundamental de sua existência. A Mitologia está muito próxima da Cultura da civilização a qual pertence, revelando assim os processos psíquicos, não apenas da humanidade, mas da civilização a qual pertence.
Conforme Carlos Byington, os mitos nos mostram os caminhos que percorrem a Consciência Coletiva de uma determinada civilização durante a sua formação, e também a delineação do mapa do tesouro cultural através do qual a Consciência Coletiva de um povo pode, a qualquer momento, voltar para realimentar-se e continuar se expandindo.
Retirado de: procrastination.com.br
Conforme Campbell (1990) os mitos nos trazem a percepção das ideias simbólicas e alegóricas e não são histórias literais. Não se apreende o mito via intelecto, pois o mito fala a linguagem da alma.
Eles também não são arquétipos puros, pois os arquétipos não são apreendidos pela consciência. Contudo, eles dão formas aos arquétipos, fornecendo uma roupagem a eles de forma que a consciência possa assimiliar o conteúdo. Os arquétipos não podem ser contatados diretamente pela psique, pois no inconsciente coletivo eles não possuem formas definidas.
Os mitos “transmitem mais do que um mero conceito intelectual, pois, pelo seu caráter interior, eles proporcionam um sentido de participação real na percepção da transcendência”.
Transpondo para o nível individual pode-se afirmar que os mitos nos levam a experiência de nos sentirmos vivos. Traz-nos a sensação de que nossa vida no plano físico tem ressonância com nosso mundo interior, aquele mundo que habita nosso ser mais profundo.
Conforme Campbell (1990):
“Quando a história está em sua mente, você percebe sua relevância para com aquilo que esteja acontecendo em sua vida. Isso dá perspectiva ao que lhe está acontecendo. Com a perda disso, perdemos efetivamente algo, porque não possuímos nada semelhante para pôr no lugar. Esses bocados de informação, provenientes dos tempos antigos, que têm a ver com os temas que sempre deram sustentação à vida humana, que construíram civilizações e enformaram religiões através dos séculos, têm a ver com os profundos problemas interiores, com os profundos mistérios, com os profundos limiares da travessia, e se você não souber o que dizem os sinais ao longo do caminho, terá de produzi-los por sua conta. Mas assim que for apanhado pelo assunto, haverá um tal senso de informação, de uma ou outra dessas tradições, de uma espécie tão profunda, tão rica e vivificadora, que você não quererá abrir mão dele.”
O estudo da Mitologia dos diversos povos nos faz conhecer um pouco melhor os processos psíquicos do inconsciente coletivo. Em termos individuais a Mitologia fornece uma base para o estudo dos sonhos, pois ambos são expressões da atividade inconsciente.
A Mitologia então fornece um material comparativo, fornecendo analogias para os processos que se distinguem da vida cotidiana e que ocorrem em nossos sonhos, em sincronicidades e em fantasias.
Portanto com o conhecimento da Mitologia, o analista consegue auxiliar o paciente a encontrar uma resposta ao que, de outro modo, poderia parecer um indecifrável enigma.
Retirado de: portal-dos-mitos.blogspot.com
Nossa sociedade Ocidental é intensamente afetada pela Mitologia Grega, que com seu panteão aponta para o caminho de desenvolvimento do individuo no ocidente. Além disso, o brasileiro é fortemente afetado em seu inconsciente pelos mitos indígenas e africanos, que povoam nosso imaginário de forma marcante.
Conhecer e buscar o significado desses mitos que dão base a nossa sociedade nos auxilia em nossa jornada enquanto Ocidentais e brasileiros. E de forma individual cada imagem arquetípica se associa a vivências, dons e determinados problemas associados aos deuses mitológicos.
Quando nos identificamos e reconhecemos esses dinamismos atuando em nós, diminui nossa presunção de sermos o centro e alcançamos um significado que emerge das profundezas de nossa alma, nos auxiliando em nossas escolhas de forma mais satisfatória e coerente com a nossa estrutura psíquica. Ou seja, o mito traz o símbolo que une a consciência e o inconsciente, o que traz uma satisfação e um sentido de paz de espírito imenso.
Referências:
BOLEN, J. S. Os deuses e o homem: uma nova psicologia da vida e dos amores masculinos. São Paulo: Paulus, 2002.
CAMPBELL, J. O Poder do Mito. São Paulo: Palas Athena, 1990.
Em 1921, Carl Jung escreveu a obra Tipos Psicológicos e trouxe para a humanidade termos usados até hoje.
É comum definirmos pessoas como extrovertidas e introvertidas, pois todos nós conhecemos pessoas fechadas, ariscas, difíceis de conhecer (introvertidos) e pessoas abertas, sociais, joviais e que sempre estão se relacionando (extrovertidos).
Conforme Carl Jung (1991), extroversão e introversão mostram tipos gerais de atitudes, e elas se distinguem pela direção de interesse e movimento da libido, ou seja, da energia psíquica. Em outras palavras, a atitude da consciência será determinada pela direção de interesse em relação ao objeto. Por objeto, entendemos tudo aquilo que não é o sujeito e que não se liga a pessoa e seu mundo interior, seus desejos e seus medos, incluindo pessoas e estímulos externos.
Os introvertidos são aqueles que hesitam, recuam e enxergam o contato com o objeto com receio e como se fosse algo pesado, massacrante. O mundo externo os desgasta e isso faz com que ajam de forma a atribuir ao objeto um superpoder.
Já os extrovertidos partem rápido e de forma confiante ao encontro do objeto. Aparentemente o objeto tem para ele uma importância enorme, mas no fundo o objeto não tem tanto valor assim e por isso é necessário aumentar a sua importância.
Retirado de: oglobo.globo.com
Resumindo, conforme Silveira (1981) na extroversão a libido fui sem embaraços ao encontro do objeto. Na introversão a libido recua diante do objeto, pois este parece ter sempre em si algo de ameaçador que afeta intensamente o individuo.
Jung tentou, com isso, ilustrar como a consciência se mostrava na prática e como atuava de forma diferente nas pessoas. Não é possível manter as duas atitudes, elas são excludentes. No entanto, é positivo e saudável fazer o uso das duas atitudes.
Nessa obra Jung também definiu as funções psíquicas da consciência: sensação, pensamento, sentimento e intuição. Por função psíquica, entende-se a atividade da psique que apresenta uma consistência interna e que estabelece habilidades, aptidões e tendências no relacionamento do indivíduo com o mundo e consigo mesmo.
Essas quatro funções são classificadas em dois grupos: Irracionais e Racionais.
As irracionais são: Sensação e Intuição. E as racionais: pensamento e sentimento.
A função Sensação privilegia os órgãos dos sentidos; é a função da percepção da realidade. Ela nos diz que algo existe.
Todos nós possuímos essa função, pois todos nós possuímos os 5 sentidos. No entanto, existem pessoas que são guiados de forma mais marcante pela sensação. Essas pessoas são voltadas para o aqui e agora. São práticas e realistas – “Pé no chão”. Mas não utilizam muito a imaginação.
A Intuição percebe as coisas ao redor mediante processos inconscientes e conteúdos subliminares. Pessoas intuitivas, vão além dos fatos, sentimentos e idéias para encontrar a essência da realidade.
Representa o palpite, pressentimento e inspiração. Com ela vemos o todo e não só as partes.
O Pensamento esclarece o que são as coisas. Ela auxilia a julgar, classificar e discriminar uma coisa da outra sem interesse pelo seu valor afetivo.
Pessoas fortemente guiadas pelo pensamento são lógicas, impessoais, intelectuais e objetivos. Lidam melhor com tarefas lógicas e formais. Chamados de reflexivos, são grandes planejadores.
O Sentimento esclarece o valor das coisas. Também há julgamento, mas com outra lógica: a do coração. É importante não confundir sentimento com emoção. Essa função nos dá a noção das experiências subjetivas: prazer, dor, raiva, medo, etc.
Pessoas sentimentais, utilizam seus valores pessoais e os dos outros, para tomarem decisões, mesmo não tendo lógica. Levam em conta o que sentem por alguém ou situação. Tem facilidade no contato social e preocupam-se com a harmonia do ambiente.
Retirado de: www.fasdapsicanalise.com.br
As quatro funções proporcionam a pessoa certa totalidade, dando condições ao ser humano de se posicionar no mundo de forma segura. Além de capacitar o ser humano a se orientar de todas as formas.
Todos nós possuímos as quatro funções, contudo elas não são desenvolvidas da mesma forma. Uma, ou duas, delas acabam se desenvolvendo de forma mais plena em detrimento das outras.
A meta do desenvolvimento humano, com o processo de individuação, seria então a integração de todas as funções, ou seja, um processo de reunir o que está dividido. Bem como do desenvolvimento da introversão e extroversão de forma a chegar a uma harmonia entre essas duas atitudes.
Conhecer o seu tipo psicológico, então, é importante, para que se conheça aquilo que não está desenvolvido e que termina por se tornar mal desenvolvido, atrapalhando a vida cotidiana e os relacionamentos.
Referências:
JUNG, C. G. Tipos Psicológicos 8. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.
SILVEIRA, N. Jung: Vida e Obra. 7 ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1981.
Conforme Carl Jung, o Si-mesmo, ou Self, é uma imagem arquetípica do potencial mais pleno do homem, ou seja, da totalidade. Ele ocupa a posição central da psique como um todo e, portanto, do destino do indivíduo.
É mais abrangente que o ego, que a ele encontra-se subordinado. O ego, então está para o Self, assim como a parte está para o todo.
É muito difícil definir conceitualmente o Self, mas uma definição mais aproximada, mesmo que limitada, seria a da “divindade interior“, a Imago – Dei que cada indivíduo carrega em seu íntimo. Essa imago, então é capaz de produzir sentimentos maravilhosos de êxtase, mas também o mais assombroso temor e respeito.
Retirado de: www.bhmpics.com
E essa imagem é comumente projetada em divindades externas, dentro dos sistemas religiosos.
Jung foi intensamente criticado por apresentar esse conceito de Self. Foi criticado tanto por religiosos como por médicos cientistas. Os religiosos acusaram-no de tentar deduzir Deus a uma função psicológica, ao passo que os médicos estudiosos da época acusaram-no de tentar substituir a ciência pela metafísica, o tornando um místico.
Ele, infelizmente, nunca conseguiu fazer seus críticos entenderem que estava definindo uma realidade psicológica, e não de uma realidade religiosa, nem material ou metafísica.
O que ocorre é que mesmo que exista ou não um Deus literal, e mesmo que o individuo não acredite em nenhum Deus, o arquétipo do numinoso é um recurso inato da humanidade, e extremamente necessário à totalidade psicológica. Todos os indivíduos se sentem impulsionados a buscar essa totalidade, cada um com sua forma peculiar e particular de encarar o numinoso.
É uma força tremenda e compulsiva que leva o ser humano em direção ao significado, ao encontro fatídico do seu destino. Não que o eu não possua livre arbítrio, ele possui e por vezes suas escolhas atrapalham o processo de desenvolvimento da personalidade, porém seu campo de escolha é limitado dentro da órbita da consciência.
A criança, antes da formação do seu ego consciente, possui esse sentido de totalidade inato. Quando adultos esse sentimento é alcançado através de uma união do consciente com os conteúdos inconscientes da sua mente, ou seja, por meio da função transcendente, que nada mais é que o Self.
Retirado de: www.udemy.com
Sobre essa função Jung comenta em A Natureza da psique.
“Por “função transcendente” não se deve entender algo de misterioso e por assim dizer suprasensível ou metafísico, mas uma função que, por sua natureza, pode-se comparar com uma função matemática de igual denominação, e é uma função de números reais e imaginários. A função psicológica e “transcendente” resulta da união dos conteúdos conscientes e inconscientes.”
O Self é tanto a fonte do processo de individuação com seu fim último.
No processo de individuação há confronto do ego com o Self, onde o mesmo deve ser reconhecido, integrado e realizado.
Entretanto, o ego, só irá se defrontar com um fragmento dessa totalidade que irá se manifestar na Imago – Dei, ou seja, na imagem arquetípica do Self. Por isso não se deve confundir o arquétipo do Self com o inconsciente tal e qual. O Self é um conteúdo especial e uma imagem arquetípica da totalidade, do potencial mais pleno do homem, a unidade da personalidade como um todo.
Quando ocorre esse encontro entre ego e essa imagem arquetípica, ele é geralmente carregado de muito temor. O ego assimila esse encontro como uma espécie de morte, pois ele terá de abdicar de ser o centro (e foi assim ele se sentiu até então!). E é nessa hora que o ego pode se esquivar do processo.
Não é nada fácil esse encontro! É por meio do Self, que o individuo é posto em confronto com o bem e mal, com o humano e divino, com o finito e o infinito. O ego compreende a sua finitude e a sua incompletude. O Self é inumano, amoral, pois nele não há divisão entre opostos, não há bem e mal, não há masculino e feminino. Portanto, ele não se limita as nossas expectativas de moralidade.
O meio dito “junguiano” tem deturpado a noção do Self e ingenuamente falam desse encontro, descrevendo-o como um encontro com o anjo da guarda e com seres de luz. E com isso negligenciamos e negamos as trevas, buscando cada vez mais uma perfeição impossível de ser alcançada.
No dicionário crítico junguiano, é dito que Jung enfatizava que o Self deveria ser comparado a um demônio, um poder determinante sem consciência, onde as decisões éticas são relegadas ao homem, à consciência, e, com relação a intervenções do Self, que podem advir através de sonhos, por exemplo, Jung advertia que uma pessoa deve, tanto quanto possível, estar cônscia daquilo que ela decide e do que faz. Depois, se responde positivamente, não está simplesmente submissa ao arquétipo nem obedecendo a seu próprio capricho; ou, se se desvia, fica consciente de que pode estar destruindo não apenas alguma coisa de sua própria invenção, mas uma oportunidade de valor indeterminado. O poder de exercer tal discriminação é a função da consciência.
O Self, portanto, é uma realidade psicológica. Cada indivíduo possui uma imagem do divino em seu intimo, é uma imagem interior particular, influenciada pela cultura e pelo meio onde vive. O encontro com essa imagem leva ao processo de individuação, que consiste em desempenhar seu papel único na sociedade.
Retirado de: www.selfimpro.com
Mas um dos maiores perigos desse encontro é o da inflação. O ego pode se identificar com a divindade e sucumbir ao complexo de Deus. Por isso o eu precisa ser o mais flexível possível, para estabelecer fronteiras individuais e conscientes para não sucumbir à força das imagens arquetípicas e inconscientes.
A interação entre o ego e o Self é um processo incessante, que irá se expressar na individualidade da vida de uma pessoa. O Self fala conosco por meio dos sonhos, e escutar esses sonhos pode trazer desenvolvimento e amadurecimento à personalidade.
Em O homem e seus símbolos, Von Franz diz:
“Tudo acontece como se o ego não tivesse sido produzido pela natureza para seguir ilimitadamente os seus próprios impulsos arbitrários, e sim para ajudar a realizar, verdadeiramente, a total idade da psique.”
O Self está ai para nos dizer, que simplesmente não possuímos controle de nada. Ouvir os sonhos é procurar saber o que a totalidade quer de nós. Não estamos ao nosso próprio serviço, mas temos escolha entre realizar nosso potencial, contribuindo assim para uma sociedade mais consciente, ou atrapalhar nosso desenvolvimento e o de outros.
“Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as mãos para cultiva-las.” Augusto Cury
Tudo aquilo que não queremos ser é justamente aquilo que nos cura.
O desprezível em si e nos outros, todo comportamento que abominamos, por mais paradoxo que seja, é a nossa salvação.
Com isso inicio o famoso conceito junguiano chamado sombra.
Em geral, na Psicologia Analítica, define-se sombra como a “personificação de certos aspectos inconscientes da personalidade” (VON FRANZ, 2002).
Retirado de: encaminodelheroe.blogspot.com
Nós humanos gostamos de nos enxergar como inteligentes, generosas, de “bom caráter”, com diversas habilidades, e assim por diante. No entanto, a nossa personalidade também inclui qualidades inferiores, das quais não somos conscientes. Essas qualidades se revelam em nosso contato com o meio, com as pessoas e a tendência é “empurrar” essas características para o inconsciente, porque elas envergonham o ego e conturbam o funcionamento da persona.
E é dessa forma simplificada que se forma nossa sombra.
Pense o que detesto em mim e nos outros? O que eu digo que nunca faria?
Pois ai está o seu eu ferido!
Em nossa infância, para ampliarmos nossas chances de sobrevivência e conseguirmos aprovação, é necessário negar algumas atitudes, alguns traços de personalidade. Esses traços tidos como negativos tornam-se aquilo que chamamos “eu reprimido” as partes do falso eu que são demasiado dolorosas para serem reconhecidas.
Para Miller in Zweig e Abrams – O que a sombra sabe: uma entrevista com John A. Sanford (2011):
A definição junguiana da sombra foi muito bem colocada por Edward C.Whitmont, analista de Nova York, ao dizer que sombra é “tudo aquilo que foi reprimido durante o desenvolvimento da personalidade, por não se adequar ao ideal de ego. Se você teve uma educação crista, com o ideal do ego de ser benevolente, moralmente reto, gentil e generoso, então certamente você precisou reprimir todas as suas qualidades que fossem a antítese desse ideal: raiva, egoísmo, loucas fantasias sexuais e assim por diante. Todas essas qualidades que você seccionou formariam a personalidade secundária chamada “sombra”.
Isso é nossa sombra pessoal, que nos assusta, que causa terror, medo, angustia. Não somos o que pensamos ser, nosso ego nos ilude, criando a ilusão de sermos bem polidos, iluminados e respeitáveis.
A sombra nos assusta, pois revela-nos quem de fato nós somos. Por isso gastamos tanta energia para mantê-la oculta. Nós negamos esse lado negro com todas as nossas forças, ou então projetamos esse comportamento sobre os outros.
A sombra forma-se de nossas qualidades existentes que gostaríamos de esquecer e que nem gostaríamos de olhar de perto.
Retirado de: osegredo.com.br
Para Jung (2011):
A sombra constitui um problema de ordem moral que desafia a personalidade do eu como um todo, pois ninguém é capaz de tomar consciência desta realidade sem dispender energias morais. Mas nesta tomada de consciência da sombra trata-se de reconhecer os aspectos obscuros da personalidade, tais como existem na realidade.
Para aceitar e assimilar a sombra a pessoa precisa ter muita coragem, muita força e muito amor. Amor pelo seu lado negativo.
As pessoas geralmente pensam que a sombra só contém aspectos escuros e negativos da personalidade, contudo é a sombra que nos da à dimensão humana, que escancara a realidade, que coloca nossos pés no chão. Mas que também esconde potenciais ocultos, tesouros inestimáveis que foram desprezados. É um remédio amargo e necessário!
Ela também é a parte não vivida da nossa personalidade, por isso seu dinamismo pode conter tanto o bem como o mal. Essa parte não vivida é inconsciente a pessoa e por isso inquietante e se manifestam de forma extrema, primitiva e desajeitada. Mas nela, existe o potencial positivo para novos dons e talentos.
Para Zweig e Abrams (2011):
A sombra pessoal contém, portanto, todos os tipos de potencialidades não-desenvolvidas e não-expressas. Ela é aquela parte do inconsciente que complementa o ego e representa as características que a personalidade consciente recusa-se a admitir e, portanto, negligencia, esquece e enterra… até redescobri-las em confrontos desagradáveis com os outros.
A sombra costuma influenciar as relações do indivíduo com pessoas do mesmo sexo. E é comum a sombra aparecer em nossos sonhos como personagens sombrios do mesmo sexo que o nosso.
Hall e Nordiby (1972, p. 42):
Já dissemos que a sombra é responsável pelas relações entre pessoas do mesmo sexo. Estas relações podem ser amistosas ou hostis, dependendo de vir a sombra a ser aceita pelo ego e incorporada de modo harmonioso à psique, ou rejeitado pelo ego e banido para o inconsciente. Os homens tendem a projetar os impulsos de sua sombra rejeitada nos outros homens, de modo que, entre eles, surgem com frequência, sentimentos negativos.
Portanto, a sombra pode ser revelada por meio da projeção em outra pessoa do mesmo sexo geralmente.
A projeção costuma ser um mecanismo e defesa do ego contra aquilo que pode ser doloroso a ele, mas também tem um lado positivo e construtivo.
Bly in Zweig e Abrams (2011) fala sobre a projeção como algo positivo:
Mas a projeção também é uma coisa maravilhosa. Marie-Louise von Franz observou num de seus escritos: “Por que assumimos que a projeção é sempre uma coisa ruim? ‘Você está projetando’ tornou-se uma acusação entre os junguianos. As vezes a projeção é útil, é a coisa certa.”
(…) Marie-Louise von Franz nos faz lembrar que, se não projetarmos, nunca conseguiremos estabelecer uma conexão com o mundo (…).
(…) A questão não é tanto o fato de projetarmos, mas sim por quanto tempo mantemos a projeção sobre o outro. Projeção sem contato pessoal é perigoso. Milhares, milhões de homens americanos projetaram seu feminino interior sobre Marilyn Monroe. Se um milhão de homens deixou suas projeções sobre ela, o mais provável era que Marilyn morresse (…)
Retirado de: www.recantodasletras.com.br
A questão é que a projeção é necessária e saudável, pois há conteúdos inconscientes que podem dissociar o ego, e um pouco de projeção é uma forma de proteção, desde que, ela seja temporária.
Além disso, conhecer esse lado da nossa personalidade implica em responsabilidade, pois o individuo fica em condição de escolher e optar o que assusta as pessoas.
Mas se existe possibilidade de escolha, a pessoa deixa de ser apenas manobrada por forças e pode optar, tendo mais liberdade de ação.
Outro aspecto importante sobre sombra é de que se trata de um arquétipo e por essa razão ela aparece como imagem arquetípica nos mitos e nos contos de fadas.
Em Jung (2011):
A sombra é, em não menor grau, um tema conhecido da mitologia; mas como representa, antes e acima de tudo, o inconsciente pessoal, podendo por isso atingir a consciência sem dificuldades no que se refere a seus conteúdos, além de poder ser percebida e visualizada, se diferencia, pois do animus e da anima, que se acham bastante afastados da consciência: este o motivo pelo qual dificilmente, ou nunca, eles podem ser percebidos em circunstâncias normais. Não é difícil, com certo grau de autocrítica, perceber a própria sombra, pois ela é de natureza pessoal. Mas sempre que tratamos dela como arquétipo, defrontamo-nos com as mesmas dificuldades constatadas em relação ao animus e a anima.
Isso significa que existe uma sombra arquetípica, que é a sombra coletiva – seja de uma família, ou nação – e essa é muito difícil de ser percebida e assimilada. Podemos apenas olhar para ela com o auxilio da Mitologia e dos Contos de Fadas.
Retirado de: encaminodelheroe.blogspot.com
Mesmo sendo um empreendimento que exige coragem, devemos tornar a sombra consciente, negligenciar e recalcar ou identificar-se com ela pode levar a dissociações perigosas. Como ela é próxima do mundo dos instintos é indispensável levá-la continuamente em consideração.
Finalizando, o conceito da sombra e sua assimilação remetem à flor de lótus que nasce da lama, mas não se contamina, florescendo linda e bela.
Aceitar, compreender e integrar o lado sujo e enlameado da alma humana é fazer o trabalho sujo.
Nossa sociedade nega o mal, nos faz viver de aparências. Mas somente quando decidimos limpar nossa própria fossa é que a alma pode florescer.
Do esterco pode nascer flores belíssimas, do esterco se faz adubo.
Referências Bibliográficas:
HALL, C. S.; NORDBY, VERNON, J – Introdução a Psicologia Analítica, Ed. Cultrix, São Paulo, 1972.
JUNG, C. G. Aion – Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
VON FRANZ, M. L. A sombra e o mal nos contos de fada. 3 ed. Paulus. São Paulo: 2002.
VON FRANZ, M. L; BOA, F. O caminho dos sonhos.São Paulo: Cultrix, 1988.
WEAVER, R. A Velha Sábia – Estudo sobre a imaginação ativa. São Paulo: Paulus, 1996.
ZWEIG, C; ABRAMS, J (orgs.). Ao encontro da sombra: o potencial oculto da natureza humana. São Paulo: Editora Cultrix, 2011.
Carl Gustav Jung nasceu em 26 de julho de 1875 em Kesswil, aldeia pertencente ao cantão da Turgovia, Suiça. Formou-se em psiquiatra e desenvolveu a Psicologia Analítica se tornando um dos maiores psicoterapeutas do mundo.
Carl Jung propôs e desenvolveu os conceitos dos tipos psicológicos: extrovertidos e introvertidos; deu-nos os conceitos de arquétipos e do inconsciente coletivo e do processo de individuação – a base e o conceito central de toda sua teoria.
Criou conceitos famosos como o: complexos e sincronicidade.
Para Jung a psique humana tem uma “natureza religiosa”, sendo o estudo das imagens religiosas um dos focos de suas explorações. E isso o diferiu de Freud.
Ele também dedicou sua vida ao estudo da filosofia oriental e ocidental, da alquimia, astrologia, mitologia e sociologia, literatura e artes. Seu interesse pelo oculto e transcendente levaram muitos a vê-lo erroneamente como um místico.
Retirado de: lounge.obviousmag.org
Jung tinha muitas visões e sonhos mitológicos e religiosos, que estão relatadas em Memórias, Sonhos e Reflexões. Tudo isso despertou seu interesse no estudo dos mitos e religiões; transformando Jung em um grande estudioso dos símbolos.
Para ele os símbolos são fonte de transformação psicológica. Eles estão aquém da racionalidade do ego e faz a união entre a consciência e o inconsciente. No começo de sua carreira estudou alguns fenômenos parapsicológicos o que o auxiliou em suas descobertas psicológicas.
Jung dizia sentir que possuía duas personalidades: uma publica e outra interna e secreta muito próxima a Deus.
Seu pai era um pastor protestante, que tinha uma fé cega e isso incomodava Jung que buscou responder com uma fé renovada, buscando justamente o conhecimento mais profundo do simbolismo. Ele via no pai o homem estagnado em uma condição medíocre: o homem que não enfrentava as dúvidas religiosas que o atormentavam. Agarrava-se à fé, amparava-se na Bíblia e nos dogmas. Com sua mãe sentia mais afinidade.
Conforme Silveira (xx):
“Menino ainda, descobriu que existiam nela duas.personalidades. Uma convencional, correspondente à esposa de um pastor, que exigia do filho boas maneiras e fazia-1he recomendações impertinentes sobre o modo de usar o lenço ou coisas semelhantes. E outra, investida de estranha autoridade, misteriosa, dotada de algo que às vezes lhe infundia medo. Quando esta segunda personalidade emergia, o menino Carl Gustav percebia a voz de sua mãe que soava mais grave e mais profunda.”
Ao longo de sua carreira, estudou filosofia, em especial as obras de Pitágoras, Empédocles, Heráclito, Platão, Kant e Goethe. Mas sua maior influencia foi a obra de Schopenhauer.
Jung lamentava que a religião não buscasse o empirismo, para assim compensar a fé cega. Ele assim foi duramente criticado tanto pela igreja, quanto pela ciência, por essa tentativa de juntar ambas. Mas foi essa ânsia em unir esses opostos que levou Jung a psiquiatria.
Quando se preparava para o exame de psiquiatria do currículo médico, leu no prefácio- do tratado de Krafft- Ebing conceitos que o atingiram em cheio, abrindo-lhe a inesperada perspectiva de que, na psiquiatria, seus interesses pela filosofia, pelas ciências naturais e médicas, poderiam encontrar um foco vivo de convergência. Imediatamente e para surpresa geral. Escolheu a psiquiatria (SILVEIRA, XX).
Em 1900, Jung torna-se estagiário na Clínica Psiquiátrica Burgholzli, em Zurique, então dirigida pelo psiquiatra Eugen Bleuler, famoso pela sua concepção de esquizofrenia. É nessa época que ele inicia seus estudos com a associação de palavras e começa a perceber a força dos complexos.
Em 1902 foi a Paris estudar com Pierre Janet. A carreira de Jung, no Burgholzli, foi das mais brilhantes, no ano seguinte assumiu um cargo de chefia no hospital e em 1904, montou um laboratório experimental em que implementou o seu teste de associação de palavras para o diagnóstico psiquiátrico.
Essas experiências, iniciadas com o intento de trazer esclarecimentos concernentes à estrutura psicológica da esquizofrenia, conduziram – no à descoberta dos complexos afetivos. A conceituação de complexo, juntamente à técnica para detectá-lo, foi a primeira contribuição de Jung à psicologia moderna.
No ano de 1906, Jung publicou os ESTUDOS SOBRE ASSOCIAÇÕES; em 1907 A PSICOLOGIA DA DEMÊNCIA PRECOCE, e, a seguir, 1908, O CONTEÚDO DAS PISCOSES. Os dois últimos trabalhos demonstram que nas psicoses todos os sintomas ainda os mais absurdos, encerram significações, descrevem as frustrações, desejos e esperanças dos doentes.
Ainda em 1904, Jung entra em contato com a obra de Freud, A Interpretação dos Sonhos. Jung enviou ao pai da Psicanálise, cópias de seus trabalhos sobre a existência do inconsciente. E com isso ambos encantaram-se um com o outro, porque os dois desenvolviam trabalhos pioneiros em psiquiatria.
Freud e Jung passaram a se corresponder. Foram cerca de 359 cartas que posteriormente foram publicadas entre 1906 a 1913. O primeiro encontro entre eles, em 27 de fevereiro de 1907, transformou-se em uma conversa que durou treze horas ininterruptas. Os dois estabeleceram uma amizade de aproximadamente sete anos, durante a qual trocavam informações sobre seus sonhos, análises, trocavam também confidências e discutiam casos clínicos.
Freud logo reconheceu o alto valor de Jung e viu no suíço, e não judeu, o homem adequado para conduzir a psicanálise fora do circulo de judeus. Mas Freud também viu nele “um filho mais velho”, um “sucessor e príncipe coroado” (carta de Freud à Jung, datada de 16.4.1909).
Em 1909 viajaram juntos aos Estados Unidos, por ocasião das comemorações do vigésimo aniversário da Clark University. Freud ali pronunciou as célebres cinco conferências sobre psicanálise e Jung apresentou seus trabalhos relativos às associações verbais. Jung e Freud ainda possuíam admiração mutua.
Em 1910 foi fundada a Associação Psicanalítica Internacional. Freud usou toda sua influência para que Jung fosse eleito presidente da Associação e assim aconteceu. No entanto, já existiam entre eles diferenças conceituais e Jung questionava a falácia da teoria sexual.
Retirado de: www.famouspsychologists.org
Em 1912, Jung lança o livro METAMORFOSES E SÍMBOLOS DA LIBIDO, hoje conhecido como SÍMBOLOS DA TRANSFORMAÇÃO, que marcou divergências doutrinárias profundas, levando ao rompimento definitivo dos dois. Apesar da nítida admiração mutua, existiam entre os dois, grandes diferenças fundamentais em seus conceitos sobre a psique.
Jung nunca conseguiu aceitar a insistência de Freud de que as causas dos conflitos psíquicos sempre envolveriam algum trauma de natureza sexual, e via no incesto do Complexo de Édipo um simbolismo. Para Jung, o incesto é uma regressão ao inconsciente, representado como útero materno e não algo concreto como o desejo sexual literal pelo genitor.
Para Jung isso tratava de uma projeção dos desejos dos adultos nas crianças, uma vez que a libido nelas não está ainda disponível para a atividade sexual literal.
Sobre a personalidade e jeito de ser de Jung, Silveira (xx) descreve:
“Jung era um homem alto, bem construído, robusto. Tinha um vivo sentimento da natureza. Amava todos os animais de sangue quente e sentia-se com eles “estreitamente afim”. Amava as escaladas das montanhas, porém preferia velejar sobre o lago de Zurique. Possuía seu barco próprio. Na mocidade passava às vezes vários dias velejando em companhia de amigos, que se revezavam no leme e na leitura em alta voz da Odisséia. Igualmente velejava sozinho e o fez até idade bastante avançada.”
Após a separação com Freud, Jung sentiu o chão desmoronar-se sob os pés. Ele entrou em um período de depressão, solidão e de confronto com o inconsciente.
Até então Jung havia cumprido todas as tarefas da primeira metade da vida, Constituiu família; afirmara-se no campo profissional, sendo procurado por enorme clientela que vinha de toda a Europa e da América; conquistando renome científico mundial. Com o rompimento, abriu-se uma nova fase na sua vida.
Jung decidiu-se a aceitar que as imagens do inconsciente emergissem. E através de sonhos impressionantes e mesmo de visões que Jung chegou à descoberta de um centro profundo provindo do inconsciente, centro ordenador da vida psíquica e fonte de energia.
Segundo ele os anos durante os quais se deteve nessas imagens interiores constituíram a época mais importante de sua vida e toda a atividade posterior de seu trabalho se consistiu em elaborar o que jorrava do inconsciente nesses anos.
Essas experiências com o inconsciente duraram experiências 6 anos (de 1912 a fins de 1918).
Durante esse tempo, Jung não publicou nenhum livro, escreveu, entretanto, vários ensaios da mais lúcida construção cientifica. Destacam-se duas conferências pronunciadas em Londres, julho de 1914, Sobre a compreensão psicológica e sobre s importância do inconsciente em psicopatologia; A estrutura do inconsciente. 1916, posteriormente ampliado em um livro fundamental, As relações entre o ego e o inconsciente; A psicologia do inconsciente, 1917; Sobre o inconsciente. 1918.
Em 1920, Jung nos dá a obra TIPOS PSICOLÓGICOS. Essa obra pode ser compreendida como uma forte compensação o ao período de excessiva introversão e contato com o inconsciente. Após várias viagens para a Africa do Norte, na América com os índios Pueblos, no Monte Elgon, na África Oriental Inglesa observou o inconsciente coletivo e seus arquétipos.
Os conceitos de inconsciente coletivo e arquétipos foram, na maioria, primeiro apresentados em forma de conferências (nas reuniões cientificas internacionais denominadas Eranos, realizadas em Ascona) e só publicados em livros anos mais tarde, depois de revistos e amplamente documentados.
Retirado de: todasasfacesdeeva.blogspot.com
Carl Jung também se debruçou sobre a Alquimia. Ele percebeu que a “arte” alquímica tratava de projeção sobre a matéria de processos em desdobramento no inconsciente do próprio alquimista. Com isso, em 1944 publicou PSICOLOGIA E ALQUIMIA.
Ele então publicou PSICOLOGIA DA TRANSFERÊNCIA em 1946. A obra MISTERIUM CONIUNCTIONIS, que muitos julgam sua obra máxima, no qual trabalhou durante dez anos e que foi dado à publicidade em 1955, quando o autor atingia os 80 anos.
Simultaneamente, escreveu inúmeras obras, como: RESPOSTA A JÓ em 1952, um de seus livros mais belos e mais polêmicos. PRESENTE E FUTURO, em 1957 e UM MITO MODERNO VISTO DO CÉU em 1958. Quando se poderia talvez pensar que os assuntos da pratica médica não mais o seu último livro é um livro de memórias, chamado MEMÓRIAS, SONHOS E REFLEXÕES. Nessa obra, acompanha-se a realização de uma vida e de uma obra inextrincáveis uma da outra.
O conjunto das obras completas de Jung consta, na edição inglesa, de 18 volumes afora numerosos seminários mimeografados, pertencentes ao Instituto C. G,Jung de Zurique.
A partir de 1933 correram boatos de que Jung teria simpatizado com o nazismo. O argumento contra essas acusações é, porém, a atitude dos nazistas em relação a Jung. Com a publicação do livro PSICOLOGIA e RELIGIÃO em 1940, as autoridades decidiram que toda a sua obra fosse interditada e queimada na Alemanha, bem como nos países ocupados por Hitler
Ele também foi acusado de anti-semita. Seria também extravagante e estranho que um anti-semita contasse entre seus discípulos mais próximos precisamente pessoas de origem semita. Alguns dos seus mais devotados pupilos – Erich Neumann, Gerhard Adler, James Kirsch e Aniela Jaffe – eram todos judeus
Carl Gustav Jung morreu em 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, nas margens do lago de Zurique, após uma longa vida produtiva. Encontra-se sepultado na Protestant Church Graveyard, Küsnacht, Zurique na Suíça.
Referência:
SILVEIRA, N. Jung: vida e obra – 7- ed.– Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1981.