PRÉ-CAOS 2019: Psicóloga Dhieine Caminski integra mesa redonda

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O evento acontece no dia 31 de outubro no Ceulp/Ulbra

No primeiro semestre de 2019, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) trabalhará com o tema “Psicologia e Sexualidade – corpo, conhecimento e liberdade”. Com o intuito de oferecer uma prévia para o público sobre como será o congresso, a coordenação de Psicologia irá realizar um evento PRÉ-CAOS, que ocorrerá no dia 31 de outubro de 2018, no Ceulp/Ulbra, sob o título “SEXUALIDADE, DIVERSIDADE E LIBERDADE: PRÉ-CAOS 2019”.

Entre os convidados da mesa redonda que integra a programação, está a psicóloga Dhieine Caminski, especialista em Saúde da Família (UNIVALI) e gerente de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Palmas (SEMUS). A psicóloga também possui experiência em Estudos de Gênero, Violência e Saúde, Saúde Coletiva, Educação Permanente em Saúde e Gestão no SUS, entre outras áreas.

Os demais convidados que compõe a mesa redonda serão a jornalista e especialista em Gestão e Políticas Públicas, Gleidy Braga; o educador físico, fisioterapeuta e gerontólogo, Pierre Brandão; e a economista e vice presidente da ATRATO, Rafaella Alexandra Vieira. Além da mesa redonda, a programação contará com minicursos, testes rápidos de sangue, exibição de filme e sarau.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas pelo link. Com a participação no evento, os inscritos receberão certificado de 10 horas.

Confira a programação completa:

– Cine Alteridade Especial: filme “A garota dinamarquesa”, das 12h às 14h, sala 220 F;

– Minicurso 1: Sexualidade Masculina: saúde e disfunções sexuais, com Dr. Adelmo Aires Negre, das 15h às 17h, sala 221

– Minicurso 2: Terapia Sexual: a vida com mais prazer, com Sexóloga Glícia Neves da Costa, das 15h às 17h, sala 223

– Minicurso 3: Sexualidade Feminina: saúde e disfunções sexuais, com Dra. Marcia Cristina Terra de Siqueira Peres, das 15h às 17h, sala 227

– Teste rápido, com o Núcleo Henfil, das 17h às 19h, nas salas 424 e 425

– Sarau, das 17h às 19h, no hall do Núcleo Alteridade

– Mesa redonda, das 19h às 22h, no auditório central, com os profissionais:

– Dhieine Caminski, psicóloga, especialista em Saúde da Família (UNIVALI) e gerente de Saúde Mental da SEMUS – Palmas

– Gleidy Braga, jornalista e bacharela em Direito, especialista em Gestão e Políticas Públicas (FESPSP) e mestranda em Desenvolvimento Regional (UFT)

– Pierre Brandão, educador físico (CEULP), fisioterapeuta (FUNEC), mestre em Gerontologia (UCB) e doutor em Educação Física (UCB)

– Rafaela Alexandra Vieira, economista, especialista em Gestão Pública, Gestão de Pessoas. Gerenciamento de Projetos e Orçamento de Finanças Públicas e vice-presidente da ATRATO (Associação das Travestis e Transexuais do Estado do Tocantins).

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CAOS: Mesa redonda discute violência contra a população LGBT

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A mesa redonda do dia 24/08, no Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – Caos, teve como tema  Violencia de Gênero, Questões LGBT e Desafios Atuais. Compuseram a mesa Dhieine Caminski, psicóloga especialista em Saúde da Família pela Universidade de Itajaú, gerente de Saúde Mental na Secretaria Municipal de Palmas (TO) e Rafaella Alexandra Vieira Mahare, Assessora Técnica e de Planejamento da AGETO/SEINF e Diretora de Administração e Finanças da Associação das Travestis e Transexuais do Estado do Tocantins – Atrato.

Contemplando o complexo desafio de formar psicólogos sensíveis à questões atuais, a discussão da mesa orbitou em torno da estruturação das relações de gênero, como nos habituamos a ela e porque se faz necessário a desconstrução desses conceitos e dos nossos comportamentos pautados neles. Além disso, Rafaella trouxe experiências de suas vivências enquanto mulher trans, que reforçaram a urgência em debater e realizar práticas que contribuam para a diminuição da violência contra a população LGBTQ+.  O dado alarmante de que a capital Palmas (TO) é a que mais assassina a população LGBT, reafirma essa necessidade.

Rafaella Alexandra Vieira Mahare na mesa do CAOS

O mito da não-violência brasileira, postulado por Marilena Chauí contribui para a naturalização da violência contra minorias no Brasil. Ao reafirmarmos insistentemente que o brasileiro é pacífico e amigável e que as manifestações de violência são esporádicas e acidentais, essas violações de direitos, sejam elas físicas, psicológicas e/ou emocionais, são varridas para debaixo do tapete e subnotificadas.

Como então, mediar as relações de gênero dentro de espaços públicos, visto que todas as políticas públicas são pautadas nesse sentido? A aposentadoria, políticas de saúde, garantia de direitos entre outros, são todos pautados na diferença de gênero, e dessa forma, acabam por ser exclusivas para as pessoas que não obedecem à “coerência” do status quo.

As palestrantes pontuaram a necessidade de se haver uma separação entre os dogmas pessoais e o fazer da psicologia, visto que embora o discurso religioso não seja violento por si só, ele está fortemente atrelado à violência contra pessoas que não obedecem à heteronormatividade compulsória.

Neste contexto, em que todas as possíveis ações e atitudes são prescritas pela habituação de gênero, onde a existência do outro é negada e há uma  culpabilização da vítima,  a psicologia tem papel essencial para desconstruir as relações de violência de gênero, tanto a nível individual como, principalmente, por meio de práticas sociais.

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