Alienação parental e o idoso

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O termo alienação parental geralmente é relacionado aos filhos, normalmente crianças ou adolescentes, em que um dos pais, após a separação, causa um afastamento intencional do filho com o ex-parceiro. Mas a alienação parental também acontece com os idosos. Isso ocorre quando existe uma disputa pela herança. 

Muitas vezes o idoso não percebe que está sofrendo alienação ou ele pode estar em uma situação em que é considerado incapaz. Normalmente, o alienador é alguém próximo e que o idoso confia, normalmente um filho, que acaba isolando o idoso do convívio com outros parentes. Ao sofrer alienação, ele demonstra desinteresse pela vida. Isso afeta a qualidade de vida, pois ele perde o interesse por diversão, alimentação e deixa de ter uma vida prazerosa. 

Com esse desinteresse, podem surgir doenças emocionais como solidão, depressão, ansiedade entre outras. Ele acaba nutrindo um sentimento de abandono. E a solidão é um dos ingredientes da depressão e traz, inclusive, dor física. 

Fonte: encurtador.com.br/quQTY

O tratamento dessa alienação é a busca da ajuda psicológica, psiquiátrica, nutricionista, terapeuta ocupacional, ou seja, um tratamento interdisciplinar. Os profissionais devem trabalhar em conjunto para tratar as doenças emocionais que esse indivíduo pode estar sofrendo. É indicado que ele faça sessões de terapia e uso de medicamentos adequados e prescritos por um psiquiatra. 

Ressalto que o Estatuto do Idoso visa, em primeiro lugar, regular os direitos assegurados de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. As pessoas não devem se omitir ao ver que um idoso está sofrendo.  Os familiares deveriam tratar seus idosos com respeito e dignidade, pois eles trabalharam a vida inteira em prol de uma vida melhor para os filhos, e quando chegam à velhice, muitos se encontram solitários e desamparados. 

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Eu tenho um sonho…

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…de que meus quatro filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo caráter. 

57 anos após proferir essas palavras, o sonho de Martin Luther King parece ficção. O racismo nega um direito básico do ser humano: ser um indivíduo. Pensar, sonhar e opinar por si. Condena uma criança, antes mesmo de nascer, a um destino genético. Põe cor na violência, na inferioridade e na submissão. Rejeita que imbecis e gênios circulam em todas as raças. 

Vou citar um brasileiro pobre, neto de escravos, nascido em 1839. Tinha ambições intelectuais. Se em 2020 pobreza e intelectualidade se misturam como água e azeite, que dirá nos anos 1800. Esse jovem pobre investiu numa riqueza silenciosa. No amor, apaixonou-se por uma portuguesa. A família dela se opôs à união. A mulher ignorou. O apaixonado escreveu: Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir e pensar. Em 1869, um homem querer se casar com uma mulher que pensa, só podia se chamar Joaquim Maria Machado de Assis. Genial! 

Fonte: encurtador.com.br/jwQ27

Pergunto-me: como Machado enfrentou o racismo na era escravocrata? Como lutou por seus sonhos intelectuais? Como lidou com medo, insegurança, inveja e desprezo? Em minhas divagações, penso que o autoconhecimento fortaleceu seus sonhos. Devia ser um grande conhecedor de si próprio. Investiu no “conheça-te a ti mesmo” e ignorou os preconceitos que cruzaram seu caminho. Autoconhecimento não evita sofrimento, decepção e ilusão. Autoconhecer-se escolta a autoestima e nos encoraja a sermos fiéis aos nossos sonhos, convicções e valores sem sabotar a realidade. Creia em si, mas não duvide sempre dos outros, escreveu Machado.  

O grande escritor não cursou faculdade. Provou que livros nos alçam a patamares inimagináveis. O crítico Harold Bloom escreveu: Machado de Assis, é uma espécie de milagre, mais uma demonstração da autonomia do gênio literário quanto a fatores como tempo e lugar, política e religião. 

Fonte: encurtador.com.br/CEINO

Arrogantes, preconceituosos e escravocratas sempre existirão. A união de individualidades que pensam como Martin Luther King formará uma sociedade em que o real não pode ser sonho. Julgar alguém pela cor já devia ser comportamento “tiranossáurico”.

Para quem defende o racismo, sugiro dar uma passadinha na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Logo na entrada, o monumento a Machado de Assis, um dos fundadores. Ali, olhando do alto, o maior escritor brasileiro, gênio da narrativa, reverenciado e aclamado em vida, deve observar o coletivo racista e lastimar: quanto tempo consumido na perseguição alheia e desperdiçado da própria vida. A juventude é um relâmpago. Intensa e curta. A vida é breve e finita. Doai-a a ti e ao bem. 

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Afinal, o que é “SER PAI?”

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Já dizia Camões “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”……… Mas afinal, o que mudou?

Cresci ouvindo a expressão PAI É PAI…e pronto! . Talvez por isso a materialização do conceito de PAI seja tão abrangente e difícil de se pescar com a rede das palavras.

Talvez essa seja a razão do amor enigmático, forte e indecifrável que sinto por meu PAI.

Afinal, sou de um tempo em que os comportamentos diferenciavam-se um pouco da contemporaneidade. Pai era sinônimo de total respeito. Logo, sou do tempo de tomar bênção do pai na hora de acordar, na saída, na chegada e antes de dormir. Por incrível que pareça, quando ligo para meu pai, antes de tudo, peço a bênção. E, estamos em pleno século XXI!

Pai para mim era o chefe da casa. Ele sentava sempre à cabeceira da mesa e trabalhava fora para o sustento da nossa família. A última palavra era sempre a dele, embora minha mãe governasse junto, mas ela fizesse com que ele acreditasse que ele governava sozinho. E o interessante que nos entendíamos tão bem. Digamos que era uma espécie de regime político em que meu pai ordenava, com ajuda de minha mãe nas entrelinhas do poder,e esse status de chefe de família era consentido por todos.

Aprendi com meu pai que “Só se vence na vida pelo trabalho” e que “ O nome de um homem precisa refletir sua dignidade”. E como eu achava meu pai digno e admirável! Uma espécie de Deus da Sabedoria. Pois para mim, meu pai sempre soube todas as respostas. Embora eu nem sempre concordasse com elas.

Alguns, que porventura estejam lendo este texto, talvez não se identifiquem com essa descrição de pai. Infelizmente, nem todos convivem ou conviveram com um pai tão sério e ao mesmo tempo tão amável. Lembro que meu pai nos repreendia com um simples olhar. E quando levávamos bronca, recebíamos a mais cruel de todas as surras, porque as palavras proferidas doíam na nossa alma.

Contudo, esse mesmo pai tão austero tinha a capacidade lírica de nos contar histórias à noite. E como éramos oito filhos, ele contava histórias e depois observava nas camas e redes se todos já estávamos dormindo. Verdadeira educação com disciplina e amor.

Hoje quanta coisa mudou…….

Tomar bênção de pai, muitas vezes, se tornou memória de escritor saudosista.

Mas há mudanças que precisam ser compreendidas. Hoje, desmistifiquei a figura do pai-homem, sempre homem.

O tempo me ensinou que pai é todo aquele que trabalha, leva os filhos à escola, paga as contas, dá a primeira e nem sempre a última palavra, que conta histórias, aconselha, dá bronca. Mas , sobretudo, cuida dos filhos. Veio à minha mente um ditado popular “Pai é quem cria”

Entendo que ser pai não é uma regra, mas uma condição que não tem sexo, idade nem status definidos. Observem quantas MÃES que são PAIS.

Importante é constatar que os papéis podem mudar de personagem. Todavia, o conceito de PAI é insubstituível. Essa afirmativa é uma constatação.

Ser PAI é abstração concreta que se manifesta em todo aquele que aceitar a missão de vida de se tornar EXEMPLO DE AMOR E ADMIRAÇÃO. Modelo de personalidade, trabalho e caráter para seus filhos, que podem não ser biológicos, bastam ser do coração.

Então, independente do tempo e das vontades, SER PAI é SER PAI….e pronto!

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