Aprovados: um besteirol americano que revela a pressão dos adolescentes para o ensino superior

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“Aprovados” é uma comédia americana de 2006 que gira em torno de um grupo de estudantes do ensino médio que, após serem rejeitados por diversas universidades, decidem criar uma instituição de ensino fictícia para enganar os pais e se livrarem de possíveis castigos e humilhações entre seus pares. Apesar do filme ser de comédia e trazer diversas temáticas diferentes, ela também me levou a refletir sobre os papéis que nos são dados desde a infância: o que devemos ser, quando ser, de que forma, para quem, e por aí vai. 

Em 2023, foi realizada uma pesquisa no Brasil que apontou um nível preocupante de ansiedade entre os jovens de 18 à 24 anos, faixa etária que geralmente está em busca de aprovação em uma instituição de ensino superior (o que não é mera coincidência). Os dados dizem que 31,6 % dessa população é ansiosa, sendo líder dentre todas as faixas etárias no Brasil, dado que é confirmado por educadores e professores. 

Segundo o Hospital Oswaldo Cruz, o estresse decorrente do processo de aplicação nas universidades pode impactar diversas áreas do corpo, afetando cabelos, unhas, boca, dentes e cérebro. Ele também pode prejudicar a memória e enfraquecer o sistema imunológico. No cérebro, o estresse pode levar a mudanças funcionais e no tamanho do hipocampo, que é a parte responsável pela memória, devido ao aumento dos hormônios do estresse, como o cortisol.

O grupo de amigos que protagonizam o filme “Aprovados” são jovens, todos recém formados do ensino médio (que por si só já é uma conquista muitas vezes não reconhecida), e que, apesar da filósofa Hannah Arendt ter afirmado que o ser humano é de infinitas possibilidades, passíveis de transformações e adaptações, ainda somos encurralados com expectativas limitantes sobre quem devemos ser. Em determinado momento, eles são descobertos e são levados à justiça, mas conseguem comprovar que, apesar de terem iniciado como algo “falso”, estabeleceram um senso de pertencimento e comunidade, além de terem adquirido conhecimentos práticos.

O filme “Aprovados” não se passa no Brasil, nem é habituado no ano de 2025, mas é a realidade de muitos jovens que se veem pressionados a entrarem na faculdade assim que finalizam o ensino médio, uma realidade onde o valor e esforço do jovem em processo de aprendizado é medido por quantas e quais aprovações ele recebe por instituições de ensino superior. A pressão é tão nauseante que muitos acreditam de fato que sair do ensino médio sem aprovações significa um fracasso descomunal que determina que tipo de adulto ele será. Não ser aprovado de imediato virou sinônimo de fim do caminho, não há futuro, não há plano B, não há alternativas de carreira ou percurso.

APROVADOS

Diretor: Steve Pink

Elenco: Justin Long, Adam Herschman, Jonah Hill, Blake Lively

Gênero: Comédia

Ano: 2006

MAIS INFORMAÇÕES 

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/mais-de-26-dos-brasileiros-tem-diagnostico-de-ansiedade-diz-estudo/#:~:text=Um%20terço%20(31%2C6%25),mulheres%20(34%2C2%25).

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/releases/pressao-pre-vestibular-pode-afetar-saude-e-bem-estar-dos-estudantes/

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Educação Inclusiva: obstáculos e conhecimentos na modernidade

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No Brasil, constata-se que desde a década de 1990, ocorreu um grande empenho público para o aumento do número de matrículas nas escolas públicas, entretanto, instaurar uma política de propriedade na educação que as escolas seguem exercendo. A Constituição Federal de 1988, bem como a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, ressalta a relevância e emergência de efetuar a Inclusão Educacional como critério orientador de nacionalidade.

Conforme as pesquisas, destaca-se que existiu e existe uma briga pelos direitos das pessoas com deficiências. A Constituição de 1988 assegura que é obrigação do estado e da família: “os garotos e as garotas com deficiência não necessitariam e não precisariam estar fora do ensino infantil e fundamental das escolas regulares, convivendo na classe e ensino especiais”. E ainda estabelece que “deve ser assegurado a todos a passagem as graduações mais altas do ensino, da pesquisa e da criação artística, conforme o potencial de cada um”.

Destaca-se que esse tema surgiu através da demanda de entender e buscar responder as dúvidas, assim como aumentar os saberes sobre a educação inclusiva de maneira a resolver o problema que dominava durante as investigações sobre esse tema, que era “quais são os principais obstáculos superados por alunos e professores na educação inclusiva”?

A inclusão de pessoas com necessidades especiais possui um escopo de grandes analises, argumentações e conversas, e mesmo diante de tantas políticas públicas inclusivas ainda se deseja contestar à exclusão, tão acentuada em nossa comunidade (Borges; Paini, 2016, p. 6).

Para que a Educação suceda com êxito, a Lei de Diretrizes e Bases, em seu Art. 59, contempla como devem ser acolhidos os alunos com necessidades especiais, em que ressalta as principais diretrizes para o atendimento desses alunos.

Para tal, a educação tem como suporte quatro pilares: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; e aprender a ser. Instituir a educação inclusiva em todos esses suportes é assegurar que a aprendizagem de crianças e jovens com deficiência ocorra através das múltiplas possibilidades de desenvolvimento que podemos encontrar na escola (Ferreira, 2018, p. 4).

A inclusão é uma norma que se aplica aos múltiplos espaços físicos e simbólicos e é uma tarefa da sociedade que se utiliza no trabalho, na arquitetura, no lazer, na educação, na cultura, mas, essencialmente, no pensar e no agir, de si e do outro. (Camargo, 2017, p. 1).

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Katiuscia C. Vargas. Exclusão e inclusão: dois lados da mesma moeda. v. 2, nº 3, jan. /jun. 2016. Disponível em: http://www.ufjf.br/facesdeclio/files/2014/09/3.Artigo-D2.Katiuscia.pdf. Acesso em: 5 maio 2019.

BORGES, Adriana Costa; OLIVEIRA, Elaine Cristina Batista Borges de; PEREIRA, Ernesto Flavio Batista Borges; OLIVEIRA, Marcio Divino de. Reflexões sobre a inclusão, a diversidade, o currículo e a formação de professores. 2013. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2013/AT01-2013/AT01-040.pdf. Acesso em: 10 maio 2019.

BORGES, Marilene Lanci; PAINI, Leonor Dias. A educação inclusiva: em busca de ressignificar a prática pedagógica. Universidade Estadual de Maringá – UEM. 2016. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_edespecial_uem_marilenelanciborgessenra.pdf. Acesso em: 10 mai. 2019.

BRASIL. Educação inclusiva: v. 3: a escola. Brasília: MEC/Seesp, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aescola.pdf. Acesso em: 8 maio 2019.

______. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deffisica.pdf. Acesso em: 4 jun. 2019.

______. Decreto nº 3.956, de 8 de outubro de 2001. Promulga a Convenção Inter-Americana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3956.htm. Acesso em: 4 jun. 2019.

______. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5296.htm. Acesso em: 4 jun. 2019.

CAMARGO, Eder Pires de. Inclusão social, educação inclusiva e educação especial: enlaces e desenlaces. Ciênc. Educ., Bauru, v. 23, nº 1, jan./mar. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132017000100001. Acesso em: 26 fev. 2019.

CARDOSO, Silvia Helena. Diferentes deficiências e seus conceitos. Disponível em: http://www.mpgo.mp.br/portalweb/hp/41/docs/diferentes_deficiencias_e_seus_conceitos.pdf. Acesso em: 3 Jun. 2019.

GOMES, Claudia; CARDOSO, Cristiane dos Reis; LOZANO, Daniele; BAZON, Fernanda Vilhena Mafra; LUCCA, Josiele Giovana de. Colaboração pedagógica na ação inclusiva nas escolas regulares. Rev. Psicopedagogia, São Paulo, v. 34, nº 104, 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862017000200006. Acesso em: 12 maio 2019.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva. Brasília, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 11 maio 2019.

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É Hora de Agradecer!

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Durante todo esse tempo na Universidade, passei por vários desafios, mas em meio a isso vivi muitas experiências que fizeram tudo valer a pena. Assim, gostaria de deixar aqui registradas algumas palavras de gratidão.  Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade de está concluindo este curso. Ao longo desses anos,  foram muitas lutas que precisaram ser vencidas, perdas a serem superadas, questões para ressignificar. Por outro lado, tive a oportunidade de viver momentos inesquecíveis, aprendizagens riquíssimas e amizades construídas valiosíssimas. As boas risadas com os colegas, porque não os chamá-los de amigos (as), as discussões acaloradas sobre os temas propostos, os momentos de ansiedade dos trabalhos, tudo isso fez parte da minha história universitária e diz um pouquinho do que sou hoje.

Como parte desse processo, não poderia deixar de agradecer muitas pessoas que marcaram minha trajetória, louvo a Deus por tê-las comigo, pois foram indispensáveis para que eu pudesse chegar até aqui, lembrando que acima de tudo “até aqui me ajudou o Senhor”. À minha família, em especial minha mãe Solange Félix de Oliveira, meu pai João Chaves de Oliveira (in memoriam) que sempre estiveram ao meu lado, meus irmãos (ãs), sobrinhos (as), cunhados (as) e ainda aos demais da família, os quais tanto amo e me fizeram prosseguir, acreditando que estava no caminho certo. Com certeza o apoio, amor, carinho, compreensão, atenção, incentivo, aconchego de todos vocês foram indispensáveis para que eu chegasse até aqui.

Aos meus professores e professoras, foram tantos durante esta jornada que ficaria difícil citá-los, mas a todos Senhores e Senhoras o meu respeito, admiração e carinho. Muito obrigada pelos ensinamentos preciosos, com certeza os levarei para sempre durante minha trajetória. A disposição e o empenho de vocês em cada vez fazer o melhor, o amor pela profissão, tudo isso nos momentos difíceis, trazia-me motivação, gerando em mim o desejo de ir à universidade para mais um dia de aprendizagem, pois além de tudo sabia que ali encontraria alguém disposto (a) a dar um pouco de si e ensinar com tanta sabedoria e esmero. Representando todos vocês querem citar aqui o Me. Sonielson Luciano de Sousa, que além da sala de aula, criou um grupo de estudo e isso tem contribuído muito com minha aprendizagem. Obrigada pela sua disponibilidade em tão nobre missão Professor.

Fonte: Imagem no Pixabay

As Professoras da minha banca do TCC, Dra. Irenides Teixeira, Me. Cristina D’Ornellas Filipakis, obrigada por aceitarem o convite e por tudo o que representaram durante o tempo desse trabalho. Na realidade, não somente nessa situação, pois ao longo do curso, além de me ensinarem, as Senhoras foram pessoas que sempre me apoiaram e direcionaram minha vivência acadêmica, tornando assim meus dias mais fáceis, fazendo tudo valer a pena. Meus agradecimentos, minha admiração, meu carinho e minha amizade.

A minha orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso Profa. Me. Thaís Moura Monteiro, que esteve comigo durante esse processo, incentivando-me em todos os momentos, mesmo naqueles em que eu não conseguia fazer quase nada. Como minha professora a Senhora já era excelente, agora como minha orientadora, descobri uma amiga, uma terapeuta, alguém que eu confiava e que sabia que podia contar. Seu profissionalismo, sua empatia, seu reforço positivo, sua compreensão me fizeram seguir em frente, acreditando que poderia chegar até aqui. Não tenho palavras para lhe agradecer, a vitória desse trabalho é sua também, o meu muuuuuiiiiito obrigada.

As minhas supervisoras de estágio Prof. Me. Izabela Querido e Psicóloga Rayana Rodrigues Lira que com dedicação, excelência, empatia, amizade, orientaram-me em todo esse tempo, com certeza aprendi muito com vocês. Nunca vou esquecer os momentos de aprendizagem e trocas de experiências vivenciadas. Na realidade, sonhamos juntas, aprendemos juntas e agora teremos a vitória juntas.  Serei eternamente grata por esses momentos de disponibilidade, dedicação, profissionalismo e companheirismo de vocês, minha amizade, meu respeito e apreço às Senhoras.

Fonte: Imagem no Freepik

A toda equipe do SEPSI que com toda competência nos auxiliou em tudo, durante os estágios naquele lugar. Naqueles dias que, em algum momento era penoso devido toda sobrecarga de final de curso, encontramos em vocês empatia, força, disposição e motivação para seguirmos em frente acreditando que tudo aquilo contribuiria na nossa caminhada, nos fazendo cada vez melhores, por isso valeria a pena continuar.

Aos demais amigos (as) da universidade, aqueles que ainda estão ou que já passaram por lá, que foram muitos, impossível de citá-los. Na realidade, foram diversas amizades construídas, trocas de experiências, aprendizados e ajudas mútuos, fé e companheirismo compartilhados, alegrias e tristezas misturados, devido os desafios da pandemia e da própria vida, enfim juntos vencemos e sem isso não teríamos condições de chegar até o fim. Assim, o meu muito obrigada, gratidão por tudo, nos momentos bons e difíceis pude contar com muitos de vocês, sem palavras para lhes agradecer. Perdoem-me se em algum momento deixei algum de seus corações triste, minha vontade era de acertar, saibam que poderão contar comigo, mesmo depois de tudo.

Aos irmãos e irmãs da minha igreja, aqueles que sonharam comigo durante todo esse tempo e ainda as demais pessoas amigas, o meu muito obrigada, sem a torcida, a ajuda e as orações de vocês seria impossível chegar até aqui. A Bíblia diz que em tudo devemos dar graças, assim muito obrigada por tudo o que vocês têm sido em minha vida. Se hoje estou alcançando esta vitória é porque Deus está comigo e tenho pessoas também como vocês nesta jornada, assim o êxito é de todos nós. Gratidão por tudo. Representando todos vocês, quero citar aqui o Renato Schaidhauer , esposo da minha amiga Elaine Schaidhauer, que não media esforços e sempre que precisava estava me auxiliando, nas questões da informática, nunca vou esquecer da sua colaboração viu amigo Renato. Você, Elaine, sua família, estiveram sempre comigo, são também precisos para mim, obrigada pela contribuição, companheirismo e amizade de vocês.

Acima de tudo, mais uma vez a Deus minha gratidão, por ter me guardado durante esta pandemia e com isso ter a oportunidade de está concluindo mais uma etapa na minha vida, a Ele toda honra, toda glória e toda adoração. Por fim a todos e a todas que, de forma direta ou indiretamente compartilharam comigo este precioso tempo, fica aqui meu abraço fraterno!  Sentirei saudades de quase tudo e de todos.

Fonte: Imagem no Pixabay
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Saúde mental de acadêmicos no último ano de curso

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En(Cena) entrevista a psicóloga Adriele Freire

 “A reta final da graduação é marcada por mudanças, como o início dos estágios específicos supervisionados e da elaboração do trabalho de conclusão de curso que podem trazer sofrimento psíquico aos universitários’ ‘- Adriele. (Trecho retirado do artigo encurtador.com.br/ajAF p.7)

Adriele Freire, acadêmica egressa do CEULP/ULBRA, atualmente Psicóloga no Serviço Escola de Psicologia (SEPSI) do CEULP/ULBRA, teve como sua tese de conclusão  de curso “A SAÚDE MENTAL DE ACADÊMICOS NO ÚLTIMO ANO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA DO CEULP/ULBRA”, tema esse que se tornou base para uma série de reflexões.

Aproveitando o vasto conteúdo e a importância desse TCC para graduandos, trouxemos a presença  de Adriele Freire. A entrevista concedida nos proporcionou ainda mais conhecimento, nos fazendo sentir parte do processo, ao mesmo tempo que pode sanar curiosidades.

Fonte: Arquivo Pessoal

EN(CENA) – Comparando 2017 e o ano atual, você acha que o sofrimento psicológico dos alunos, estando na reta final da graduação ou não, é diferente?

Adriele Freire – Acredito que sim, principalmente por causa da pandemia, que trouxe várias outras preocupações aos acadêmicos junto com mudanças significativas em suas rotinas.

EN(CENA)- Atualmente a ULBRA não possui mais o Trabalho de Conclusão de Curso. Você acha que isso diminuiu o sofrimento psicológico?

Adriele Freire – Sim, pois foi um dos aspectos mais citados pelos acadêmicos como estressor nessa etapa do curso quando realizei a pesquisa. Alguns até sugeriram que fosse realizado em dupla como alternativa para diminuir o estresse.

EN(CENA)- Você acha que existe uma normalização do sofrimento, não só nas turmas de Psicologia mas no ensino superior como um todo?

Adriele Freire – No ensino superior como um todo penso que ainda existe certa falta de conhecimento e, consequentemente, preconceito em relação ao cuidado com a  saúde mental. Em relação às turmas de psicologia, em alguns momentos, parece que há negligência em relação ao autocuidado.

Fonte: encurtador.com.br/acA68

EN(CENA)- Essa questão do sofrimento aliada à pressa de se formar para entrar no mercado de trabalho e conseguir independência pode trazer diversos desgastes para o estudante. Desgastes dos quais resultam em transtornos como a ansiedade e a depressão. A transição brusca do ensino presencial para o remoto pode ter potencializado o surgimento desses transtornos?

Adriele Freire- Acredito que sim, pois a pandemia trouxe muitos temores e incertezas em relação ao futuro tanto profissional quanto pessoal e familiar.

EN(CENA)Aqui no CEULP/Ulbra nós temos o alteridade, que é o núcleo de atendimento educacional especializado em discentes universitários. O qual conta com servidores multidisciplinares entre eles  psicólogos e estudantes de Psicologia. Como projetos de extensão como esse contribuem de forma positiva aos acadêmicos? Como incentivar os alunos a buscarem esses serviços em suas faculdades?

Adriele Freire –É muito importante na vida do universitário, pois é um suporte social que auxilia nesse momento tão importante que é a formação profissional. Acredito que a divulgação desse serviço principalmente através das redes sociais pode ser uma forma de incentivo, uma vez que são cada vez mais utilizadas.

EN(CENA) Em seu artigo você nos traz a realidade dos sintomas psicossomáticos em acadêmicos, como  por exemplo privação de sono, estresse, angústias  e facilitadores de desequilíbrios hormonais. De que formas esses sintomas prejudicam os acadêmicos e como eles podem ser aliviados ou reduzidos?

Adriele Freire- Podem prejudicar em vários aspectos, como no desempenho acadêmico e até no dia a dia. Utilizar estratégias de coping, de autocuidado podem ajudar, são coisas que os acadêmicos geralmente esquecem-se de fazer, talvez devido à demanda da faculdade e mesmo a ansiedades relacionadas à formação.

Fonte: encurtador.com.br/mtBG6

EN(CENA)Existe um estigma de que  estudantes de Psicologia/ saúde cuidam dos outros, mas negligenciam sua própria saúde mental e física. Quais dicas você daria para que esses estudantes pudessem otimizar o tempo, mas sem se esquecer do autocuidado?

Adriele Freire- Acredito que a terapia é uma grande aliada nesse aspecto, mas na impossibilidade de fazer, o suporte de colegas que estão no mesmo momento ou passando por situações semelhantes pode ajudar bastante, um exemplo podem ser encontros em grupos para falar sobre as questões da faculdade.

EN(CENA) Entre o meio acadêmico de psicologia, muito se fala  e  se estuda sobre suicídio e depressão. Mas sabemos que muitos desses alunos fazem parte das estáticas de tentativa de suicídio. Em sua opinião como promover uma psicoeducação, além do exigido academicamente (palestras, trabalhos) para que de fato esses alunos se conscientizem?

Adriele FreireTalvez a partir de rodas de conversa sobre a saúde mental dos próprios acadêmicos de psicologia em que haja um momento de troca entre eles seja uma forma de verem em si mesmos o que estudam, de forma que consigam entender e agir de forma efetiva sobre si mesmos.

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A terapeuta da terapeuta

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Desde o início do ano tenho vivido a experiência de atender online no estágio em clínica psicanalítica uma estudante de psicologia de uma faculdade de Brasília. De estudante para estudante e de futura terapeuta para futura terapeuta nossa relação tem sido rica e amistosa, colecionando valiosos episódios de transferência positiva a despeito das inegáveis adversidades.

É preciso lembrar que em A Dinâmica da Transferência de 1912, Freud explica “como surge necessariamente a transferência numa terapia analítica e como ela chega a desempenhar seu conhecido papel no tratamento” (FREUD, 2010, p. 101).

Todo ser humano teria um modo característico de conduzir a vida amorosa, no que tange: às condições que estabelece para o amor, aos instintos que satisfaz e aos objetivos que coloca. E esse padrão é repetido diversas vezes em diferentes relacionamentos experimentados pelo sujeito. Contudo, somente parte do mencionado padrão, “impulsos que determinam a vida amorosa”, estaria acessível à personalidade consciente daquele que o pratica, outra parte está inconsciente. Ou seja, “foi detida em seu desenvolvimento, está separada tanto da personalidade consciente como da realidade, pôde expandir-se apenas na fantasia ou permaneceu de todo no inconsciente, de forma que é desconhecida da consciência da personalidade”  (FREUD, 2010, p. 101).

A teoria freudiana identifica tipos de transferência de ocorreriam no contexto da análise e deveriam ser manejados com destreza pois seriam significativamente capazes de interferir nos resultados dela.

Fonte: encurtador.com.br/emyNP

Contudo, o desafio não para por aí, no manejo dos investimentos libidinais que a colega, potencialmente conhecedora dos conceitos e teorias de psicologia e psicanálise, endereçaria a minha pessoa. Mas, acima de tudo, a angústia gerada pela responsabilidade de conhecer o papel e os efeitos da minha contratransferência na relação com ela.

Confesso que este componente, terapeuta da terapeuta, não tem impedido nosso trabalho de alcançar alguns frutos valorosos, colhidos do relato pessoal da paciente nas sessões. E, acima de tudo, da permanência dela nas sessões validando o desejo da futura analista que vos fala acerca da continuidade da análise.

Mas, não é possível ignorar que o mencionado componente caracteriza nossa relação terapêutica e causa repercussões nas relações transferenciais e contratransferências num esforço conjunto de medir as palavras, acertar os conceitos e demonstrar uma segurança teórica e técnica no decorrer das sessões.

Destaco especialmente a sessão em que a paciente dedicou-se a uma fala longa e detida para explicar como tinha compreendido parte dos apontamentos que eu fizera nas sessões, bem como o uso de algumas técnicas de pontuação do discurso dela a partir do texto as “Cinco lições de psicanálise” escrito por Freud em 1909.

Fonte: encurtador.com.br/nKL58

Noutro momento, ainda, foi marcante para mim, enquanto terapeuta em formação, as precisas observações que a colega fizera sobre meu hábito, nada correto de anotar as falas dela na sessão e das minhas notas coletar apontamentos. De tal modo que ela confessou fixar sua atenção nas minhas expressões e no que eu poderia estar anotando para antever aquilo que poderia ser pontuado e, defender-se ou preparar-se para aquilo.

De pronto devo dizer que, após o choque da fala da paciente e do coerente feedback da minha orientadora/supervisora, abandonei o hábito de anotar nas sessões. Passei a dedicar meus esforços ao exercício da atenção flutuante.  

Tal situação, de fato, consiste em verdade na mais pura resistência da minha parte a ser vencida ou ressignificada em cada nova sessão como terapeuta em formação. E a ser trabalhada tanto na supervisão técnica quanto em minha análise pessoal de modo a garantir a qualidade mínima exigida pelo tripé psicanalítico.

Fonte: encurtador.com.br/cjwzJ

Porém, a despeito do caráter especialmente desafiador de atender uma futura colega de profissão que conhece bem as técnicas que estão sendo utilizadas no setting e que aponta na minha fala a percepção que teve sobre o manejo destas durante a sessão, trata-se de uma experiência riquíssima e um exercício ímpar que tem me permitido experimentar e treinar, sob qualificada supervisão, a arte de estar no lugar de objeto resto a despeito de quem seja aquele que ocupa a poltrona à minha frente.

Referências:

FREUD, Sigmund, 1856-1939. Observações psicanalíticas sobre um caso de paranoia relatado em autobiografia: (“O caso Schreber”): artigos sobre técnica e outros textos (1911-1913) / Sigmund Freud ; tradução e notas Paulo César de Souza. — São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

FREUD, Sigmund, 1856-1939. Cinco lições de psicanálise, Leonardo da Vinci e outros trabalhos (1909) / Sigmund Freud ; file:///C:/Users/User/AppData/Local/Temp/freud11.pdf.

Santos, Manoel Antônio. A transferência na clínica psicanalítica: a abordagem freudiana. Temas psicol. vol.2 no.2 Ribeirão Preto ago. 1994.

ISOLAN, Luciano Ransier. Transferência erótica uma breve revisão. 189. Transferência erótica – Isolan Rev Psiquiatr RS maio/ago 2005;27(2):188-195

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Tá, mas e agora? Sobre se formar em Psicologia durante a pandemia

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Meu nome é Giovanna Gomes, eu tenho 22 anos e já estive em mais lugares do que eu pensei que estaria. Já morei em quatro das cinco regiões do país, e estudei ao todo em treze instituições de ensino (somando o ensino regular com a universidade).

Nada disso me preparou para me transferir para um estado do qual eu nunca tive, em uma faculdade em que eu não conhecia ninguém presencialmente. Mudei-me para cá no segundo semestre de 2020, e estou atualmente no 9º semestre. Quando você estiver lendo isso, talvez eu esteja até formada.

As salas de aula são ocupadas por e-mails, usuários com fotos de anime, fotos deles mesmos, ou até mesmo sem nenhuma foto. No meio de uma pandemia em que não podemos ter contato, o contato que era tão necessário para que eu pudesse me sentir integrada não existiu. Formar grupos é algo que só aumenta a sensação de estranheza. Não sei se a forma de trabalhar e desenvolver as tarefas de cada pessoa funciona, então é quase como uma roleta russa. Não conheço a aparência de grande parte dos alunos, não consigo associar o rosto aos nomes com facilidade, não sei como eles gostam de se expressar, qual a sonoridade da voz de grande parte deles.

Fonte: encurtador.com.br/gCHLS

Vou me formar sem nunca ter pisado na faculdade. Vou ter habilidades, conexões sociais, boas o suficiente para conseguir um emprego após a formação? Algum colega do qual eu me dou bem está pensando em abrir um consultório compartilhado? Não faço ideia. Estou assustada? Com certeza.

Mas a vida é sobre jornada, sobre momentos.

Tive sorte que outros alunos em situações similares não tiveram. Em Junho de 2021 tive a oportunidade de me tornar estagiária no SEPSI – Serviço Escola de Psicologia, e aceitei de todo o coração. As meninas de lá me acolheram, me ensinaram, me abraçaram em toda a minha confusão e medo. É por causa delas que tenho a oportunidade de conhecer parte dos alunos que fazem estágio em ênfase clínico, que estão na mesma jornada que eu.

Os nomes, os usuários, agora têm rosto. Sim, ainda tenho o medo existencial de me graduar, eu acho que ele nunca nos deixa completamente. Mas é maravilhoso saber que não estou sozinha.

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O curso superior e seus desafios

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Ingressar numa instituição de ensino superior é algo que gera muita expectativa para as pessoas que sonham em construir uma vida profissional ou obter uma melhor qualidade de vida. Porém o “êxtase” que as instituições de ensino superior demonstram ao iniciar um curso acaba por gerar uma “falsa expectativa”, que posteriormente se torna na realidade um processo de amadurecimento acompanhado de frustrações diante a real realidade (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 363).

A alegria de completar o curso em 4 ou 5 anos se torna a realidade dos 6, 7 ou mais anos que perduram cada vez mais a depender do estado físico, emocional, pessoal, financeiro e mental de cada um. Com a vivência acadêmicas passa a ser percebido pelos estudantes que não apenas a estabilidade financeira é necessária para conclusão do curso, mas também o desenvolvimento de um bom relacionamento interpessoal, habilidade sociais para trabalhos em grupo e adaptação a diversas situações e dificuldades, o que torna essa jornada um momento potencializador de desenvolvimento humano (CRISTO et al, 2019, p.487 e 488).

Embora potencializadora de amadurecimento, a jornada acadêmica traz consigo também dificuldades a serem enfrentadas, que podem decorrer em vivências negativas que ocasionam vários fatores, dentre estes, baixo desempenho, desistência, troca de curso etc., mas, o oposto também pode ocorrer também em demais casos, podendo ser alçado daí por diante um crescimento pessoal e profissional significativo durante o percurso. Nos dias atuais, as dificuldades de conciliar trabalho, os papéis sociais, a vida pessoal, as dificuldades financeiras e tantas outras variáveis dificultam e vão de encontro aos motivos que prejudicam a saúde mental de estudantes universitários.

Fonte: encurtador.com.br/joLS6

Não podemos deixar de mencionar no que tange a esse mundo acadêmico que muitos estudantes moram sozinhos e, devido à carga pesada da diminuição do contato familiar, autocobrança, a relação de hierarquia que há entre professores e alunos, os pesados fardos de aprendizagem, bem como o excesso de trabalho, os leva a um processo de adoecimento psicológico como ansiedade, depressão, uso ou abuso de álcool e outras drogas, ou mesmo, a ideação suicida.  Tudo isso está relacionado às pressões do mercado de trabalho sob o contexto histórico, político, social e cultural que vivemos (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 361).

Atrelados a esses fatores, o cotidiano dos alunos do ensino superior é caracterizado por uma variedade de exigências de uma típica vida acadêmica que acarretam estresse, cansaço físico e danos à saúde mental, prejudicando imensuravelmente o rendimento acadêmico, e ocasionando o esgotamento decorrente de toda uma pressão recebida, seja dos pais, do trabalho e da faculdade acumulados (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 363).

Apesar dos cenários e contextos do ensino superior com variáveis e situações estressoras que dificultam o processo de aprendizado e de vida dessa classe estudantil, algumas instituições de ensino já  adotam um sistema que  acolhe os acadêmicos, oferecendo espaços de escuta psicológica que contribuem com o início de um processo terapêutico para acadêmicos tanto em fase de adoecimento ou adoecidos, ou com um espaço para orientação profissional (PEREZ; BRUN; RODRIGUES, 2019, p. 364). Essa prática visa respaldar os discentes dentro e fora desse ambiente, contribuindo de forma bastante significativa na sua formação.

REFERÊNCIAS

PEREZ, K.V., BRUN, L.G., RODRIGUES, C.M.L. Saúde mental no contexto universitário: Desafios e práticas, 2019. Disponível em: <https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/encena/article/view/8093/16182>. Acesso em 08/11/2010.

CRISTO, F. et al. O ensino superior e suas exigências: Consequências na saúde mental dos graduandos, 2019. Disponível em: <https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/encena/article/view/7447/16189>. Acesso em 08/11/2010.

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Sem sentido: diversas formas para sobreviver ao mundo capitalista

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O filme em geral apresenta vários aspetos importantes. Um dos sub temas que deve ser levado em destaque é o sofrimento que o universitário passa para ter uma boa qualidade de estudo

O filme “Sem sentido” (1998) é baseado na vida de Deryll Witherspoon (Marlon Wayans) filho mais velho de uma mulher negra e pobre que foi abondonada pelo marido tendo de criar os cinco filhos; eles moram em Harlem bairro de Nova York. O filme, apesar de ter sido dirigido por uma mulher branca, Penelope Spheeris, não dá nenhuma variabilidade às mulheres, resumindo-as apenas como mães que criam filhos. O longa também mostra a visão dos brancos sobre os negros naquele período histórico (MENDONÇA, ROCQUE, 2016).

Deryll é aluno do curso de economia em uma universidade, onde faz todo tipo de trabalho para conseguir pagar seu curso e sustentar sua família pobre. Neste sentido, a participação de estudantes universitários no trabalho é uma realidade; pesquisa da Universidade Federal do Goiás (UFG) diz que a maioria dos estudantes conciliam estudo com o trabalho e contribuem na renda familiar.  O filme retrata claramente isso, porém esse estudante de economia vai além de um trabalho comum (TOSTA, 2015).

Uma das formas que Daryll acha para conseguir mais dinheiro é sendo doador de sêmen, cabelo, sangue. Esse ato é algo muito comum nos Estados Unidos. Com o desemprego, cada vez mais americanos procuram agências para venderem seus sêmens, óvulos, sangue e até cabelo para poderem sobreviver (GLOBO ECONOMIA, 2018). Pela busca por mais dinheiro, Daryll vê um anúncio convocando voluntários para uma experiencia cientifica, que busca testar uma nova droga com o objetivo de aumentar os cinco sentidos. Numa atitude desesperada ele torna-se cobaia e receberá um bom dinheiro.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler permitiu várias experiências cientificas absurdas forçadas em prisioneiros no campo de concentração. Apesar disso ser proibido atualmente, o filme retrata que essa prática ainda é frequente, porém a diferença é que atualmente essas experiências ocorrem com o consentimento do voluntário, com direito de saber os riscos e benefícios possíveis. As pessoas pobres, sem nenhum meio de sustento se submetem a isso em troca de uma boa quantia. As cobaias humanas são pessoas usadas para testes de novos remédios da indústria farmacêutica (GLOBO ECONOMIA, 2018).

Ao mesmo tempo que Witherspoon se submete a ser uma cobaia humano, surge um processo seletivo para ser analista júnior em Wall Street, porém ele foi excluído da competição por causa da sua condição econômica e social. Contudo o rapaz volta a disputa trapaceando e se beneficiando dos superpoderes conferidos pela droga experimental, passando por todo efeito colateral que ela proporciona e se torna o analista júnior do ano, mas confessa que trapaceou.

O filme em geral apresenta vários aspetos importantes. Um dos sub temas que deve ser levado em destaque é o sofrimento que esse universitário passa para ter uma boa qualidade de estudo apesar de ser de uma família pobre em uma sociedade capitalista, porém com esforço e foco ele consegue alcançar seus objetivos de conseguir um bom emprego. Isso remete a realidade de vários jovens no mundo.

FICHA TÉCNICA:

Direção: Penelope Spheeris
Elenco: Marlon Wayans, David Spade, Matthew Lillard;
Ano: 1998
País: EUA
Gênero: Comédia Romântica

REFERÊNCIAS:

O GLOBO ECONOMIA. Mais americanos procuram vender seu sêmen, sangue ou cabelo para chegar ao fim do mês. 2008. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/mais-americanos-procuram-vender-seu-semen-sangue-ou-cabelo-para-chegar-ao-fim-do-mes-3803403>.Acesso em: 30 setembro 2019.

TOSTA, Tania. A participação de estudantes universitários no trabalho produtivo e reprodutivo. Goiânia (GO), v. 47, n. 165, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n165/1980-5314-cp-47-165-00896.pdf>. Acesso em: 30 setembro 2019.

MENDONÇA, Lêda; ROCQUE, Lucia. A mulher e o “fazer ciência”: uma análise de filmes de comédia no ensino farmacêutico. Rio de Janeiro- RJ, 2016. Disponível em: <file:///C:/Users/evell/Downloads/22464-81845-1-PB.pdf>.Acesso em: 30 setembro 2019. P. 738.

YARAK, Aretha. “Ser cobaia humana virou uma profissão”, diz pesquisador

Roberto Abadie, autor de The Professional Guinea Pig, revela os bastidores do mundo das cobaias humanas. 2010. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/saude/ser-cobaia-humana-virou-uma-profissao-diz-pesquisador/>. Acesso em: 30 setembro 2019.

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