Marketing Profissional é tema de uma das Assembleias dos Estudantes de Psicologia do Tocantins

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Mediado pelas acadêmicas Isaura (CEULP/ULBRA), Lorena (Unitpac) e Maria Isadora (CEULP/ULBRA), a Assembleia geral de estudantes de Psicologia do Tocantins trouxe como tema “Marketing Profissional, redes sociais e os desafios para os recém formados” como pauta de debate entre os participantes. O debate ocorreu às 9 horas de sábado, dia 7 de novembro como encerramento final do CAOS 2020 (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia).

As discussões foram voltadas principalmente para os “perfis profissionais” que são cada vez mais comuns entre acadêmicos de psicologia e que com a falta de saber científico, acaba ocorrendo uma banalização dos conteúdos que envolver o saber teórico da profissão, além da saturação de tópicos abordados nestes perfis.

Fonte: encurtador.com.br/iuCH2

As mediadoras também voltaram o debate para possíveis soluções que poderiam ser tomadas pelos Conselhos de Psicologia e até mesmo pelos próprios cursos de graduação para que houvesse uma maior consciência e responsabilização do que se é exposto nas redes sociais, para que o saber da Psicologia não seja trivializado e até mesmo invalidado, pois esta ciência lutou para ter seu espaço na comunidade científica.

A assembleia teve uma boa participação dos acadêmicos e as mediadoras conduziram o debate com excelência, encerrando com possíveis encontros e parcerias futuras em congressos que envolvam a Psicologia.

Os outros temas das Assembleias foram “Interação entre cursos de Psicologia no Tocantins”, mediada pelas acadêmicas Amanda Christina (UFT), Daniely (UnirG), Vanessa (Unitpac), Wysney (UFT) e Nícollas Rocha (CEULP/ULBRA); e “Vida acadêmica na prática (Estágios, disciplinas, provas, prazos) e a Importância do Serviço Escola de Psicologia para a comunidade”, mediada pelas acadêmicas Daniela (UnirG), Giovanna (Unitpac), Karen (FACDO) e Silvana (CEULP/ULBRA).

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Solidão nossa de cada dia

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Estamos aprisionados dentro de nós mesmos, de uma forma que nunca poderemos nos libertar; essa prisão não é física, mas sim mental. Estamos sozinhos quando nascemos e ficaremos sozinhos até o dia de nossa morte. Não é porque não existam pessoas que nos amem, não pela falta de amizade ou mesmo pela falta da presença de outras pessoas ao nosso redor. A solidão é inerente ao ser humano. Quando alguém agarra o nosso braço, o que sentimos não é a mão de alguém a nos agarrar, mas sim o nosso braço sendo agarrado por alguém, quem sente a mão a agarrar é o seu portador. Todas as sensações sensoriais são nossas e é impossível sentir o que o outro sente, é impossível entrar em simbiose com alguém ou se você preferir, é impossível se conectar completamente com alguém; é como se estivéssemos navegando em um oceano a noite, onde o que vemos é apenas a escuridão. Você está sozinho quando a sua mãe lhe abraça com aquele abraço de amor, quando você beija alguém, até mesmo no seu orgasmo; se você parar para pensar, a sensação que o outro sente quando atinge o orgasmo é simplesmente misteriosa, por mais que você esteja dentro do outro, ou que aquela pessoa esteja dentro de você, ainda assim é um mistério, o máximo que você pode fazer é imaginar se aquela pessoa sente a mesma coisa que você quando atinge o seu.

Se seguimos pesando sobre a questão de sentir, percebemos que também é impossível conhecer plenamente alguém, tudo o que temos são impressões das outras pessoas, são construções que criamos ao longo do tempo com os tijolos que aquela pessoa nos fornece, entretanto, ninguém se revela plenamente e mesmo que se revelasse, ainda assim distorceríamos ela com as nossas interpretações pessoais; no final das contas, não conhecemos de fato a nossa mãe, filho, marido, amigo e as vezes nem mesmo a nós próprios. Talvez seja daí que vem a vontade de Deus, uma vontade de sermos preenchidos por um ser que nos conhece desde ante mesmo de nascermos, que sabe o que vamos dizer antes mesmo que as palavras cheguem a nossa língua; talvez seja desse medo do vazio que necessitamos tanto de um ser que nos guie em uma vida no além vida, por um lugar cheio de prazeres indescritíveis, por uma cidade onde todos vivem em harmonia com esse ser que tudo sabe, ver e pode; onde enfim poderemos ser um, assim como o filho e o pai são um.

Fonte: encurtador.com.br/nruOU

O próprio amor, nada mais é do que a manifestação física da solidão. Você já se perguntou por que ama alguém tão diferente de você? Por que você ama aquele presente que você ganhou daquela pessoa que lhe é muito cara? Ou o carro novo que você comprou? Ou ainda aquele seu amigo que ninguém suporta senão você? Talvez a solidão seja o sentimento base de todo o ser humano, e tudo que fazemos, fazemos em função desse sentimento que na maioria das vezes é inconsciente, que quase nunca se manifesta de forma perceptível ou como ele realmente é. A busca pelo amor, poder, felicidade, sabedoria, paz, espiritualidade; todas essas buscas têm como seu pano de fundo a solidão.

Apesar dessa solidão ser as vezes massacrante, podemos afirmar com quase toda certeza que é melhor viver com ela do que sem; já imaginou se seu namorado soubesse o que você pensa quando ver o Aquaman sem camisa saindo da água e jogando os seus longos cabelos para trás? Se o seu chefe soubesse dos nomes que você chama ele mentalmente? Inicialmente parece ser algo tristonho, mas se olharmos bem de perto, veremos que é essa solidão que nos faz tão únicos; é essa solidão que nos permite que sejamos livres dentro de nós mesmos, por mais que estejamos enjaulados em uma prisão física, nada poderá nos prender em nossa mente. Talvez esse oceano que vivemos não seja noite, mas sim um belo dia de sol, sem nuvem e com pássaros voando para o sul, com golfinhos e com baleias esguichando água ao céu. Quando achar que estiver sozinho, lembre-se que você está com a pessoa que mais importa, você.

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Técnicas Computacionais aplicadas em prol da saúde

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O progresso contínuo da reconstrução computadorizada de imagens médicas tem apresentado uma influência e impacto na sociedade cientista e tecnológica. O processamento de imagens tornou-se um assunto que vem impulsionando diversos campos da área da medicina. Desde então, a Inteligência Artificial (IA) obteve uma maior exploração na solução de problemas, se ramificando em novas áreas e proporcionando uma análise da forma de interação dos humanos com os sistemas inteligentes.

Contudo, entende-se que a utilização de técnicas específicas permite que seja possível uma visualização aprimorada das imagens, como se fossem reais. Dougherty (2009) afirma que o processamento de imagens é uma disciplina prática e a melhor maneira de aprender é fazendo, ou seja, teoria e prática estão ligadas, cada uma reforçando a outra. Ainda assim, a automação completa de processamento de imagem é algo que está em constante estudo. O fator humano permanece insubstituível na interpretação, diagnóstico e análises do paciente.

Fonte: https://goo.gl/sx4DDV

 Atualmente, grande parte da interpretação de diagnósticos médicos são realizados via olho nu, sem auxílio de uma tecnologia mais precisa. Portanto, devido ao positivo avanço das técnicas de Inteligência Artificial, estão sendo fornecidas soluções mais precisas para reconstruções de imagens médicas e estas soluções são vistas como métodos futuros aplicáveis no setor da saúde.

O avanço nessa área proporcionou um progresso nos estudos dos setores de automação, desenvolvimento de jogos, diagnóstico médico, controle autônomo, robótica e outros mais. Já foram desenvolvidas aplicações que fazem uso de Inteligência Artificial para a solução de problemas relacionados à esfera da saúde. Técnicas que abrangem áreas de estudo como Machine Learning, Diagnóstico Auxiliado por Computador (CAD), Visão Computacional entre outras. De modo geral o CAD pode auxiliar em vários tipos de diagnósticos, sendo mais comum o seu uso nas áreas de neurologia, radiologia e mamografia

A segmentação de imagens é o processo de particionamento de uma imagem em regiões homogêneas e que não se sobrepõem. Em geral, essas regiões terão uma grande correlação com os objetos em uma determinada imagem. Em geral a segmentação é uma das mais difíceis tarefas em processamento de imagem. Esse passo no processamento determina o eventual sucesso ou falha de toda análise.

EXEMPLO DA SEGMENTAÇÃO DO NÓDULO MAMOGRÁFICO (FONTE: AZEVEDO-MARQUES, 2001)

Na figura é apresentado um exemplo de segmentação de imagem de um nódulo mamário, nesta imagem é possível observar o nível de realce da imagem no ato da segmentação da imagem. O processo de identificação de lesões mamárias é realizado por meio de atributos relacionados ao tamanho, forma, quantidade e distribuição espacial da lesão concentrada na mama. Portanto, a utilização destes atributos pode servir de auxílio na decisão de especialistas se a lesão é maligna ou benigna.

A segmentação automática de imagens médicas é uma tarefa difícil, pois as imagens médicas são de natureza complexa e raramente apresentam qualquer característica linear simples. Além disso, a saída do algoritmo de segmentação é afetada devido a:

– Efeito de volume parcial.

– Inomogeneidade de intensidade.

– Presença de artefatos.

– Proximidade em nível de cinza de diferentes tecidos.

Fonte: https://goo.gl/Uw4dQ1

Embora uma série de algoritmos tenham sido propostos no campo da segmentação de imagens médicas, este continua a ser um problema complexo e desafiador. Diferentes pesquisadores utilizam diferentes técnicas. Atualmente, do ponto de vista do processamento de imagens médicas, algo comum é a segmentação com base no nível de cinza e na textura. Extratores de recursos são utilizados para converter as imagens em conjuntos de pixels, que então são usados como dados de entrada em modelos de Deep Learning. E a principal arquitetura de aprendizado profundo que vem sendo utilizada com sucesso para estas atividades é a arquitetura de Rede Neural Convolucional (Convolutional Neural Network – CNNs ou Convnets).

A aplicação da tomografia computadorizada (TC) de baixa dose emergiu como um método comprovado e eficaz para detectar câncer de pulmão mais cedo, o que pode reduzir a mortalidade em até 20%. Embora a tecnologia tenha se mostrado eficaz, vários esforços de pesquisa exploraram o uso de outra tecnologia em ascensão – inteligência artificial (IA). Essa tecnologia pode melhorar ainda mais a detecção, classificação e dimensionamento de nódulos, além de reduzir as taxas de falsos positivos. Uma sessão na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte de 2017 (RSNA) explorou o potencial da IA ​​para ajudar radiologistas na avaliação de diagnósticos de câncer de pulmão em exames de tomografia computadorizada.

Fonte: https://goo.gl/XYcbqA

A segmentação de imagens por meio de técnicas de classificação, portanto, seria mais uma das ferramentas de auxílio ao profissional da saúde, pois podem dar maior agilidade e qualidade ao resultado. Entretanto, essas técnicas não substituem o trabalho técnico médico, trata-se de um apoio em sua atividade. E de fato, o que mais impressiona, é a rapidez no diagnóstico médico. Todos sabemos que quanto mais cedo uma doença for descoberta maiores são as chances de cura do paciente e menores serão os gastos no tratamento. Portanto é imprescindível o incentivo na computação para aprimorar os diagnósticos e levar a um resultado cada vez mais preciso, nunca deixando de lado o fator humano que é necessário para tomar a decisão final.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO-MARQUES, Paulo Mazzoncini de. Diagnóstico auxiliado por computador na radiologia. Radiol Bras, São Paulo, v. 34, n. 5, p. 285-293, out.  (2001).   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842001000500008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 14 abr.  2018.

DOUGHERTY, Geoff. Digital Image Processing for Medical Applications. California State University: Cambridge University Press, (2009). 447 p. Disponível em: <http://ultra.sdk.free.fr/docs/DxO/Digital%20Image%20Processing%20for%20Medical%20Applications.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2018.

SLED JG, ZIJDENBOS AP. A nonparametric method for automatic correction of intensity nonuniformity in MRI data. IEEE Trans Med Imaging. 1998;17(1): 87-97.

ZAGOUDIS, JEFF. Inteligência Artificial Melhora a Detecção do Câncer de Pulmão. 2018. Disponível em: <https://www.itnonline.com/article/artificial-intelligence-improves-lung-cancer-detection>. Acesso em: 17 jun. 2018.

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#CAOS2018: Game Behavior Park agita o CAOS

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O Game foi coordenado pelos Profs Iran Oliveira e Fabiano Fagundes.

Na noite dessa quarta-feira (23) ocorreu a competição do game Behavior Park, como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS 2018. 

Profs Mestres Fabiano Fagundes e Iran Oliveira apresentam o game aos congressitas do CAOS.
Foto: Irenides Teixeira

O jogo, conduzido pelos Profs Me. Iran Oliveira e Me. Fabiano Fagundes, busca a aprendizagem de conteúdos sobre Análise do Comportamento, através da interação dos jogadores com perguntas e respostas.

Prof. Me. Iran Oliveira articula as equipes para o game. Foto: Irenides Teixeira

A dinâmica foi realizada através de uma plataforma de jogos de aprendizagem com questões de múltipla escolha sobre os conteúdos de Análise do Comportamento. Os congressistas, divididos em equipes, responderam às perguntas em seus próprios dispositivos, enquanto as questões foram exibidas em uma tela compartilhada para unir a lição. A plataforma cria um “momento de fogueira” incentivando os jogadores a procurarem competir. As questões sobre Análise do Comportamento além de testar o conhecimento dos participantes, proporcionaram um momento divertido de interação. 

                                 

Profs Fabiano e Iran observam atentamente a evolução das equipes na competição / Equipe se organiza para responderem as questões do jogo. Foto: Irenides Teixeira

Para o prof. Me. Iran Johnathan Oliveira, idealizador do projeto, ações como a do quizz são importantes pois “você pode ganhar conhecimento, você se motiva a participar, você se motiva com a resposta dos outros. Quando você tem um ambiente com toda essa interação, aparece a construção do conhecimento e um repertório de aprendizagem maior e melhor”.

A equipe formada por Fernanda Karoline Bonfim, Isaura Rossatto, Gythana Merigui e Lorena Dias comemoram o 1º lugar com os Profs Mestres Fabiano Fagundes e Iran Olivera. Foto: Irenides Teixeira

O grupo ganhador, com o codinome “Lovebehavior”, receberá o prêmio na sexta-feira (25), no encerramento do evento, a partir das 19h, no Auditório Central do Ceulp.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site: http://ulbra-to.br/caos/edicoes/2018#programacao

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Black Mirror e os desafios contemporâneos da Psicologia

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Já imaginou um período histórico em que a tecnologia é uma extensão da consciência humana, que a Inteligência Artificial fecha e também abre novos postos de trabalho, e que a robótica atua desde a execução de cirurgias complexas, passando por sistemas de vigilância e, por fim, culminando na indústria de diversão e do sexo, através dos bonecos sexuais inteligentes? Pois bem, este tempo é agora! Isso porque, nos últimos vinte anos, há uma estrondosa acumulação de conhecimento em várias áreas da ciência, o que acaba por colocar o desenvolvimento tecnológico e humano numa perspectiva exponencial.

E por que desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento humano são vistos como sinônimos, ao menos pelo ponto de vista liberal? Porque, como defende Galimberti (2006), é impossível pensar em humanidade sem, com isso, associá-la ao uso da tecnologia. Isto porque, para o italiano, somos seres naturalmente inclinados à elaboração da técnica e à instrumentalização, sob pena de colocarmos em risco a sobrevivência da própria espécie, já que não dispomos de estrutura biológica adequada para enfrentar todas as intempéries da natureza. Como isso ocorre? Um exemplo simples é pensarmos no uso de roupas específicas para cada estação do ano. Se a humanidade não tivesse desenvolvido um conjunto de artifícios para enfrentar o frio extremo do inverno, como poderia ter sobrevivido? E assim ocorreu com todas as outras tecnologias, em que pese à crítica feita por pensadores de orientação socialista, para o que chamam de criação de pseudo-necessidades, a partir da lógica liberal dos mercados.

Fonte: https://goo.gl/TF2H9B

De qualquer forma, partindo da premissa levantada pelo físico teórico e cosmólogo Stephen Hawking, não se pode mais imaginar uma humanidade sem que esta esteja cada vez mais entrelaçada à tecnologia, ao ponto de, num futuro próximo, confundir-se com ela, no que os transhumanistas já vêm trabalhando há pelo menos duas décadas. E o que tudo isso tem a ver com a Psicologia e com a série britânica Black Mirror (disponível no Netflix)? Tudo a ver!!!!

No caso de Black Mirror, trata-se de uma ficção científica de sucesso que já está na quarta temporada e que aborda de modo satírico e, por vezes, obscuro, temas típicos da pós-modernidade, sobretudo em relação às consequências imprevisíveis do exagerado uso das tecnologias. Criada por Charlie Brooker, a série replica em sua estrutura narrativa uma dinâmica comum na liquidez (BAUMAN, 2007) da contemporaneidade, a saber, nenhum episódio é continuação de outro, e todo o elenco muda a cada tópico abordado. As estórias às vezes parecem caricaturais, mas em muito alerta para dinâmicas que já ocorreram e que podem ser naturalizadas, com o passar do tempo, como no exemplo do primeiro episódio da terceira temporada, que aborda um hipotético momento em que, para se ter ascensão social, é necessário viver sob o escrutínio de terceiros, a partir do recebimento de avaliações constantes e positivas em redes sociais eletrônicas (o que já está ocorrendo no Instagran, diga-se de passagem). Cada episódio espanta, cativa e gera insights transformadores. Com isso, Black Mirror acabou ganhando a graça do público e da crítica especializada, e é fonte de estudo em grupos de Psicologia, Filosofia e Sociologia.

Fonte: https://goo.gl/N8Ayyt

Neste sentido, a Psicologia é pressionada a dar respostas a este momento histórico desafiador. Isto porque toda transformação de ordem social e tecnológica remete primeiramente a um movimento cuja gênese está na subjetividade. É a vontade humana, consciente ou inconsciente, que gera volição e, depois, as mudanças, no que Freud já relatava sobre o pensamento como o ensaio da ação.

Deste modo, o profissional de Psicologia da contemporaneidade deve apropriar-se de narrativas e intervenções que levem em conta as novas configurações afetivas mediadas pelo uso de tecnologia, além de perceber a tecnologia como condição indissociável e inalienável à vida, logo, produto da engenhosidade humana, extensão mesma deste ser humano ainda em processo de investigação na sua dimensão psicológica. Assim, é imperioso debruçar-se sobre o tema, sob o risco de ficar à margem de uma revolução em curso, revolução esta que diz muito sobre questões de caráter existencial.

Fonte: https://goo.gl/s5u9uN

No caso específico da prática cotidiana do profissional de Psicologia, questões como o uso de tecnologias para processos terapêuticos (como a utilização de apps para mediar intervenções), os novos transtornos eclodidos pela interação com a tecnologia, e as relações afetivas e de trabalho sob o advento das tecnologias são temas cada vez mais recorrentes que requerem um olhar e uma elaboração teórica e clínica apurada. São muitos autores que já pesquisam e escrevem sobre este tema, sobretudo na Psicanálise. O desafio está dado… ele requer a destreza de quem precisa entender que, no meio de uma revolução, não se pode saber exatamente quais são todos os seus desdobramentos. Isto só a história dirá. No entanto uma coisa é certa: neste debate, a Psicologia tem muito a colaborar, seja na tentativa de dar respostas para as novas agruras humanas típicas do período, seja intervindo para que a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Referências

BAUMAN, Zigmunt. Vida Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

GALIMBERTI, Umberto. Psiche e techne: o homem na idade da técnica. São Paulo: Paulus, 2006.

BITTENCOURT, Renato Nunes. O ressentimento como problema fundamental em Nietzsche. Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência –  1º quadrimestre de 2016 – Vol. 9 – nº 1 – pp.103-106. Disponível em <: http://tragica.org/artigos/v9n1/bittencourt-resenha.pdf >. Acesso 18 jan. 2018.

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Equoterapia tem resultados positivos e traz cada vez mais interessados para o meio

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A busca por alternativas diversas que ajudem o ser humano a se adaptar às mudanças atuais que nem sempre favorecem o próprio desenvolvimento é frequente, já que a rotina diária, praticamente obriga as pessoas a conviverem com um mundo que exige mais conhecimento, mais tempo e principalmente mais agilidade. O fato de a evolução exigir muito da sociedade em geral, traz uma série de benefícios, mas também pode provocar uma onda de estresse, por motivos  que envolvem a capacidade de cada um em dar, ou não, conta desta rotina, levando à estados críticos de depressão, além de problemas que podem comprometer a saúde pessoal por tempo indeterminado.O estresse é apenas um dos milhares de fatores que fazem as pessoas buscarem não só a recuperação física e mental, como também a qualidade de vida cada vez mais padronizada pela própria sociedade.  Como uma das mais recentes alternativas de tratamento, a Equoterapia é cada vez mais bem vinda e bem avaliada por profissionais que confirmam a melhora contínua dos pacientes, que por meio da interação com os cavalos, encontram a solução para muitos problemas.

A Associação Nacional de Equoterapia – Ande-Brasil, destaca que além da Equoterapia empregar o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico, ainda exige a participação do corpo inteiro, contribuindo assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio. Ainda de acordo com a Associação, a interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.

 

 

A Equoterapia mostra em estudos, a capacidade de interação que o praticante, neste caso, tem com os cavalos antes, durante e depois das aulas monitoradas por profissionais do meio equestre, além de um psicólogo e de um fisioterapeuta devidamente reconhecidos pela Ande Brasil. A busca pela terapia com cavalos cresce mesmo sem muita divulgação e vem tendo reconhecimento com parcerias que incentivam a prática por meio de palestras, eventos voltados para o segmento, atividades interativas e depoimentos que mostram os resultados positivos.

Fontes: contrapontoonline.wordpress.com equitacaoespecial.blogspot.comwww.equoterapia.org.br/

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CAPS Itapeva

CAPS Itapeva: 25 anos depois

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Uma maneira interessante de nós, profissionais, avaliarmos o que andamos a fazer, em serviços de saúde mental, é sermos, nós próprios, acolhidos por esses serviços. Pretendo relatar a forma como fui acolhido no CAPS Itapeva, o primeiro do Brasil, e outros fragmentos que me chamaram a atenção e que formam minha percepção, parcial e limitada, acerca desse serviço, especial já por sua história.

O CAPS fica na esquina da Rua Itapeva com a Rua Carlos Comenale. A rua Carlos Comenale é declinada. O muro que está pintado fica na parte mais acima da entrada. O desenho é abstrato e apresenta escrito as seguintes expressões: “Intervenção Revolução Moledular” e “18 de maio de 2008”. Molecular é um conceito apropriado por Deleuze e Guatarri na Filosofia. O molecular abarca uma dimensão das relações que se conecta com a dimensão molar. A dimensão molecular é caracterizada pela flexibilidade, pelo primitivo e pelo micropolítico. Distingue-se do aspecto segmentar, duro e moderno do molar, mas coexistem, atravessam-se. De acordo com Liliana da Escóssia e Virgínia Kastrup, no artigo “O conceito de coletivo como superação da dicotomia indivíduo-sociedade”, publicado em 2005 pela revista “Psicologia em Estudo”,

Deleuze e Guattari advertem que, ao distinguir as duas séries, devem-se evitar três erros: o axiológico, que consiste em positivar a molecularização em detrimento da molarização, uma vez que as duas podem ser extremamente perigosas, como é o caso do fascismo, que se apresenta também sob a forma de microfascismo; o psicológico, que consiste em confundir molecular com individual ou interindividual e reduzir o molar ao domínio social; e finalmente, tomar o tamanho como critério de distinção e considerar a forma molecular como pequena e a molar como uma forma grande. A distinção deve ser buscada na natureza do sistema de referência a que se remetem o molar e o molecular. Isto leva a reservar as palavras “linhas” e “segmentos” para tratar da organização molar, enquanto a palavra “fluxo” passa a ser utilizada para tratar da composição molecular. (p. 300)

Vemos, portanto, que o CAPS Itapeva possui incrustada, em sua epiderme, o fluxo, insinuando que em suas veias o cuidado revoluciona a relação entre as pessoas.

Em minha visita, ocorreu, de início, uma coisa interessante. A entrada do CAPS é assistida por um ou dois seguranças e mais um ou dois atendentes que ficam no primeiro posto de atendimento. Quando entrei, não fui abordado por nenhum deles e continuei entrando. O CAPS atualmente abrange uma estrutura que há anos atrás era dividida em duas: o CAPS Itapeva e o ambulatório de saúde mental, separados por um muro que foi abaixo quando se viu que a divisão entre esses serviços, que ia além da estrutura predial, passando pelos processos de trabalho, tornou-se caduca. A queda desse muro representa os processos interdisciplinares que vão compondo a nossa prática. Como não fui abordado por ninguém, fui entrando e passei da antiga estrutura ambulatorial, hoje reservada a algumas práticas clínicas, de acolhimento e administrativas e cheguei na parte em formato de casa e não de repartição pública, onde sempre foi o CAPS Itapeva. Nessa casa é onde ocorre a maioria das atividades de cuidado do CAPS, as técnico-terapêuticas, as de geração de renda, as de convivência, as de formação e etc. Mais abaixo essas atividades serão mais especificadas. Para encerrar o relato dessa minha primeira entrada gostaria de discutir mais dois pontos:

1- Primeiramente que em alguns momentos tive dificuldade de distinguir a função exercida por algumas pessoas, se usuários ou se profissionais; creio que isso seja um bom termômetro para se avaliar a qualidade das relações estabelecidas no cuidado; quanto mais horizontais e acolhedoras as relações, menos estigmatizados são os papéis sociais assumidos pelas pessoas. Nesse sentido, os profissionais não apresentam tantas defesas contra sua insegurança bem como o usuário não assume a posição de paciente.

2- Em segundo lugar que o fato de eu entrar sem ser percebido é exceção naquele lugar; quando me deram por minha presença, o estranhamento foi geral: como alguém passou sem ser de alguma maneira orientado dentro do local? Desse ponto, concluo também uma coisa positiva: mesmo que seja exceção, minha passagem desapercebida demonstra que o fluxo de passagem pelo lugar não é de policial e nem obsessivamente controlado como o é em muitas instituição públicas, de saúde inclusive. Isso também diz de um clima de trabalho acolhedor.

Por fim, fui muito bem recebido tanto pela equipe da segurança, quando pela equipe de atendentes e profissionais. Consegui marcar uma visita com o acompanhamento de alguém da equipe para o próximo dia, à tarde. Poucas vezes vi, num CAPS, seguranças e atendentes que demonstram atenção à pessoa que entra no serviço; poucas vezes também vi seguranças e atendentes que de fato orientam as pessoas dentro do equipamento. Isso, para mim, é mais um detalhe que diz de um acolhimento integral oferecido pelo CAPS Itapeva.

Em minha segunda visita, já reconhecido quando cheguei, pude conhecer com mais detalhes o CAPS Itapeva, mesmo que, certamente, eu não o tenha conhecido em um centésimo de sua complexidade, como o é todo CAPS, como são todos os encontros entre as pessoas.

A equipe do CAPS é dividida em três sub-equipes, formadas por, praticamente, os profissionais necessários para uma equipe de CAPS II – um psiquiatra, um enfermeiro, quatro profissionais de nível superior e 3 de nível médio. Cada uma dessas equipes possui duas reuniões semanais: uma para discussão de Projetos Terapêuticos e processos de cuidado e outra para discussões mais conceituais na qual as três equipes se juntam. A menor parte da demanda do CAPS é encaminhada pela Atenção Básica; a maior parte é formada espontaneamente, ou seja, o CAPS Itapeva funciona também como porta de entrada, orientando o fluxo das pessoas na rede de saúde. Para isso, de segunda à quinta há dois profissionais “avulsos” para o atendimento primeiro de quem chega ao serviço. Parte das pessoas das três sub-equipes se envolve, além do cuidado diário oferecido pela instituição, com apoio matricial junto às equipes de saúde da família da região para a qual o CAPS é referência de serviço. Há, nesse equipamento, um Núcleo de Ensino e Pesquisa que mantém uma estreita relação com equipamentos de formação, como as universidades, não só servindo como campo de estágio como também compondo os seguintes cursos de formação: aperfeiçoamento em saúde mental para técnicos de enfermagem e gestores e mini-cursos em saúde mental, nos fins de semana, abertos à comunidade. Além disso, a própria equipe promove o edital, a seleção e a supervisão de oito vagas para aprimoramento profissional, cujas bolsas são pagas pela Função de Desenvolvimento Administrativa, a FUNDAP. A aproximação com a educação é representada pela biblioteca do serviço exposta nas duas fotos abaixo:

   

Elas mostram dois armários com livros ligados à saúde, clínica, psicologia, medicina, enfermagem e Saúde Coletiva. Dentre eles, encontram-se a obra completa de Freud, monografias gestadas no próprio serviço, teses sobre a política de saúde mental bem como outros referenciais da Saúde Coletiva
De forma geral, a equipe é composta por profissionais de formação na área da saúde, incluindo, como já de certa maneira difundido no Brasil, o educador físico. Um profissional do CAPS Itapeva que não é comum encontrar e que possui um potencial de composição muito interessante para a Atenção Psicossocial é o professor de teatro. A inserção de pessoas diretamente ligadas à arte é um meio potente de agenciar a interdisciplinaridade em serviço. A arte está presente de outras maneiras naquele local: há uma oficina de mosaico que promove, junto com outros elementos, ambiência. Vê-se pelas fotos:

   

As fotos mostram mosaicos feitos não somente para enfeitar o CAPS, mas também para identificá-lo: a primeira foto mostra um mosaico que se encontra logo na entrada ao equipamento, desburocratizando o formato de apresentação de uma instituição pública.

   

Essas duas outras fotos mostram um trabalho desenvolvido pela oficina de teatro que anuncia uma adaptação da peça “ESGANARELO, O cornudo imaginário”, de Molière. A outra foto mostra uma estante em cujas prateleiras se encontram produtos de diversas oficinas relacionadas à arte. O primeiro livro, na parte superior esquerda, chama-se BULA POÉTICA (que está disponível no acervo do ENCENA, na sala 518). É uma Antologia Poética do CAPS Itapeva gestada na oficina chamada TARJA PRETA que também produz os folhetins que se encontram na parte inferior da estante. O livro que se encontra na parte superior esquerda é o “Reabilitação psicossocial no Brasil”, de Ana Pitta, que esteve presente na abertura do CAPS Itapeva, em 1987. Os colares são feitos na Oficina dos Anjos que é de geração de renda. É assim chamada, pois iniciou com a produção de velas aromáticas para depois diversificar a produção para colares, bolsas, brincos e cintos que atualmente estão expostos à venda no Conjunto Nacional, no cruzamento da Rua Augusta com a Avenida Paulista. A exposição ocorre em frente à Livraria Cultura e divide o espaço com outras entidades artísticas de São Paulo. As fotos abaixo mostram com mais detalhes os produtos expostos bem como a feira como um todo.

   

   

Há ainda outras oficinas como a do “Toque Mágico – A arte de cuidar” que lida com cuidados estéticos com o corpo. Outro espaço que achei potente e importante para a questão da inclusão social é o chamado “CAPS LOKI”: uma sala com computadores ligados à internet na qual as pessoas que freqüentam o CAPS podem navegar ou aprender a navegar na rede virtual.

Um evento organizado por 5 CAPS de São Paulo promove interação por meio de vários jogos como futsal, pebolin, bola ao cesto dentre outros. Trata-se do FAD, o Festival de Atividades Desportivas e Culturais cujos organizadores foram contemplados, recentemente, na I Chamada para seleção de projetos de Fortalecimento do Protagonismo dos Usuários e Familiares da Rede de Atenção Psicossocial.

 

Referências:

BULA POÉTICA: Antologia Poética do CAPS – Itapeva.

ESCÓISSIA, Liliana e KASTRUP, Virgínia. O conceito de coletivo como superação da dicotomia indivíduo-sociedade. In: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 295-304, mai./ago. 2005.

PITTA, AM (org.). Reabilitação psicossocial no Brasil. São Paulo (SP): Hucitec; 1996.

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Seja aonde for a VIDA é sempre a VIDA

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Durante as oficinas terapêuticas, os usuários dos serviços de saúde mental, conseguem interagir, aprendem e desenvolvem regras de convivência solidária, com orientações dos técnicos, os quais tornam-se referência para os mesmos. Assim como nos grupos de terapia, assistidos, orientados e não conduzidos. Desenvolvem o prazer e bem estar da realização, afeto e confiança, atitudes de respeito, além de uma disciplina para a VIDA em sociedade. AMADURECEM E SE FORTALECEM.

Com a oficina de LIANG KONG & YOGA, obtém ganhos nos campos físicos, emocionais e cognitivos e um excelente desenvolvimento psicossocial. Aguçam os sentidos, despertam a imaginação e a criatividade individual e coletiva. O prazer de estarem juntos, unidos é o ingrediente principal; assimilam melhor o respeito às necessidades de ter paciência para alcançarem os objetivos em comum, sem contar também com a convivência compartilhada que fortalecem os vínculos afetivos, alcançar os benefícios que são diretamente responsáveis pelo desenvolvimento de inteligência, afetividade e socialização que geram conhecimento, sabedoria, por estar adormecida para quem é necessário. Bom senso que aguça o interesse e o desejo de agir, tornar uma atividade, dando sentido na VIDA individual, coletiva e FAMILIAR social diária. Na certeza que somos todos iguais, porém diferentes entre si, estimulando a compreensão, meditação, reflexão e motivação social. Amadurecem e ficam mais fortes para a VIDA no nosso dia a dia, a cada passo, a cada ato e ação.

Temor do futuro é o pior dos medos; aprender a buscar a felicidade ao invés de tentar satisfazer-se com caráter. CORAÇÃO, generosidade e as ideias que orientam o nosso cérebro é o que importa. Não é voltar-se para a tormenta que passou, mas voltar-se para as coisas vindouras.  Lutamos por um mundo melhor, um mundo BOM e bem melhor. A alegria é o sinal pelo qual a VIDA marca seu triunfo. Nada é tão contagioso como o entusiasmo. Os dias prósperos não vêm ao acaso; são granjeados, como as searas; há muita fadiga e com muitos intervalos de desalentos.

Não é Cérebro que importa, mas sim o que orienta o caráter, o Coração e generosidade, as ideias. Se fecharmos a porta a todos os erros e impedimentos, também há entrada da verdade. Temos que criar as oportunidades e não somente encontrá-las . O rio atinge os seus objetivos porque aprendeu a contornar os obstáculos. O Homem ocioso é como água parada, corrompe-se. Se não conseguirmos fazer-nos como desejamos, não devemos esperar que as  outras pessoas sejam inteiramente de nosso agrado.

A arte nos oferece a possibilidade de realizarmos o mais legítimo desejo da VIDA. A capacidade pouco vale sem oportunidade. A vida não tem um plano, tem a perpétua surpresa. É preciso que as diferenças não diminuam a amizade e que a amizade não diminua as diferenças. O encanto da VIDA depende das boas amizades que cultivamos; tudo amadurece ao seu tempo e dá frutos na hora certa. Os primeiros passos são inúteis quando não se percorre o caminho até o FIM. Aqueles que têm força de vontade, as ocasiões sempre são favoráveis ao passo que os fracos vivem pela oportunidade. Defeitos não fazem MAL, quando há vontade de os corrigir. Todo mundo age não apenas movido por compulsão externa, mas também por necessidade íntima. Faça sempre um FORO ÍNTIMO! Quem deixa para depois o que pode fazer agora, perde o que nunca mais encontrará. O tempo somente pela fraternidade a liberdade será preservado.

Serás tão influente quanto mais fores correto, justo e solidário. A verdadeira felicidade não consiste em viajar a 100km por hora, ou voar num avião, mas sobretudo em ser RICO de um bom pensamento e ter no CORAÇÃO muito AMOR. O que mais nos impede de sermos NATURAIS é o desejo de assim parecermos. A satisfação está no esforço para alcançar o nosso objetivo e não em tê-lo alcançado.

Encontrar defeito é fácil, mas fazer melhor pode ser mais difícil, porém não impossível.

Aquele que toma a realidade e dela faz um sonho é um poeta, um artista nato. Artista e poeta será também aquele que do sonho faz sua realidade. Vencer a si próprio é a maior das VITÓRIAS.  São poucas as nossas necessidades reais; é imensa a nossa IMAGINAÇÃO. Todo direito envolve, na realidade, uma responsabilidade, uma obrigação a ser comprida. Não existem esforços inúteis se empregados em prol do bem comum. Ninguém pode imaginar como é útil o estudo de si mesmo, de quantas ilusões poderiam nos curar e como nos colocariam no caminho da felicidade. Os que mais pugnam seus direitos são os que mais se esquecem, às vezes, dos seus deveres.

O maior fator da evolução humana é a inteligência. Não o caráter, não o pensamento, mas a VONTADE. Seja aonde for a VIDA é sempre a VIDA; a VIDA está dentro e não fora de nós mesmos. A maior prova de coragem é suportar as derrotas, sem perder o ânimo. A única maneira de ter amigos é ser amigo. A VERDADE nunca é injusta, pode magoar, mas não deixa feridas.

Não existe outro caminho para a solidariedade humana, senão a procura e o respeito da dignidade individual e coletiva. Na guerra contra a poluição física e mental, permita-se só por hoje que sua mente seja ocupada por bons pensamentos. Amanha é outro dia, outra história, um novo amanhecer, um recomeçar. Paciência, acima de tudo. Comece a praticar essas técnicas, desde já e não se desanime se no principio achar difícil ou até mesmo impossível. Muitos de seus pensamentos negativos estão morando em seu interior há muito tempo, sentindo-se donos de sua mente. Vá adiante substituindo os maus pelos bons. Só assim você começa a exercer o poder de escolha E, POR TABELA, DESENVOLVER o hábito do pensamento positivo. Busque essa técnica, funciona muito e garante melhor qualidade de VIDA .

Só que algumas vezes a crença no negativismo esta tão arraigada que nós podemos precisar de ajuda de um psicólogo ou outra pessoa de seja referência para nós. Existem várias maneiras de agirmos em nosso próprio beneficio, mas seja qual for a escolha saiba que nós temos sempre o poder de mudar de optar e mudar o padrão mental, padrão de vida para uma melhor perspectiva de um futuro próspero, saudável, com AMOR e motivação. Trabalho acima de tudo solidário individualmente e-ou coletivamente.

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Em um domingo qualquer

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Era um domingo qualquer…

Acordei cedo como de costume em dias de visita, quase madrugada se comparado a outros domingos que o sono se prolongava por mais alguns instantes.

Não era um dia qualquer, seria o dia em que usaria meu poderoso nariz vermelho, e que a partir daí, nunca mais esqueceria, e mais que isso, perderia meu coração naquele hospital.

A maquiagem, o espelho, aquele leve cheiro de óleo de amêndoas que o nariz vermelho provoca em nossos sentidos, muito mais que sentidos. Aquele nariz vermelho faz milagres, faz surgir um sorriso onde reside dor.

Quer milagre maior que esse?

Eu perderia meu coração naquele dia! Tudo ocorria na mais anormal normalidade: a canção de entrada no hospital, a visita nos quartos, os sorrisos, o cheiro, as paredes brancas e as pessoas que pediam sem qualquer palavra um pouco de atenção, com o direito de sorrir. Ali eu estava com o meu poderoso nariz vermelho!

Até que surge um carismático camarada em meu campo de visão. Ele residia em um quarto sozinho, com um curativo no peito e seu mais fiel soro, acoplado em seu braço, que o seguia por toda parte. A criança, de sorriso fácil, encheu de alegria meu coração.

Mal sabia ele do que era capaz.

Em um momento de descontração, acreditando que seria uma resposta convencional, lhe perguntei:

– O que gostaria de ganhar de presente no dia das crianças?

Então, sem hesitar, me respondeu eufórico, como se fosse um dos mais simples desejos:

– Eu quero ganhar um coração!

Naquele momento o chão se abriu perante meus pés. Aquela resposta ainda ecoa em minha memória.

E mal sabia ele que seu pedido havia sido atendido, pois havia ganhado o meu coração.

Nem todo final é feliz! Onde esteja aquele pequeno herói, espero que ele cuide bem do coração que ganhou de um humilde palhaço.

Quanto a mim, suporto apenas ver meu coração batendo em cada outro peito, que reside em qualquer lugar, trazendo um pouco mais de alegria a quem realmente precisa.


Nota: O autor faz parte do grupo de Humanização Hospitalar UTI da Alegria

Saiba mais:

O trabalho de humanização no hospital através do palhaço hospitalar começou quase que por um acidente, com Michael Christensen, que na época era diretor do Big Apple Circus de Nova York, em uma apresentação do Dia do Coração no Columbia Presbyterian Babies Hospital, onde envolvia simulações da rotina do hospital, porém agregadas a realidade lúdica do palhaço.

Michael optou por retornar ao hospital para visitar o quarto das crianças que não haviam tido oportunidade de comparecer na sua primeira apresentação, a estratégia deu uma resposta muito positiva, então o hospital resolveu investir na continuidade do projeto, nascendo assim o Clown Care Unit e posteriormente diversos outros projetos semelhantes espalhados pelo mundo.

http://utidaalegria.blogspot.com.br/

http://www.doutoresdaalegria.org.br/

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