CAOS 2020: Encerramento tematiza possibilidades de avaliação de pessoas trans

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Evento também discutiu métodos de avaliação psicológica envolvendo o uso de testes.

No dia 6 de novembro de 2020 às 19 horas, ocorreu a palestra de encerramento do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS 2020), organizado e promovido pelo Centro Universitário Luterano de Palmas. A palestra de encerramento, mediada pela professora Muriel Correa Neves Rodrigues (CRP23/377) recebeu a psicóloga, Bruna Sofia Morsch de Souza (CRP 12/16721) que trouxe o tema da primeira palestra “A clínica, a pessoa trans e os laudos psicológicos”.

A psicóloga Bruna debateu criticamente o método de avaliação de pessoas que estão no processo de realizar a cirurgia de transição à luz da psicanálise de Freud e Lacan. A palestrante explicitou que na comunidade acadêmica, que utilizam a psicanálise como base científica, a pessoa trans é vista automaticamente como psicótica e por isso o laudo para a autorização da cirurgia não é concedido e desse modo, há uma barreira na escuta da pessoa trans.

Fonte: Arquivo Pessoal

A palestrante também expôs que é necessário avaliar o que sustenta a transexualidade para desenvolver o laudo para o procedimento cirúrgico. Além disso, também é de grande importância o trabalho juntamente com a/o profissional de psicologia antes e a após a cirurgia, e se não ocorrer, pode ocorrer as ideações e tendências de desvalorização da vida. Pois haverá o luto do corpo que se vai e a atenção ao corpo que se revela.

A segunda palestra foi apresentada pelo psicólogo egresso do CEULP/ULBRA Ruam Pedro Pimentel (CRP 23/1394) com o tema “Quando a avaliação envolve testagem: como escolher?”. O palestrante desenvolveu sua fala de modo técnico, explicando o objetivo da avaliação psicológica, a metodologia envolvida no processo avaliativo, qual os testes que podem ser utilizados, de acordo com as demandas que surgirem.

Fonte: Arquivo Pessoal

O psicólogo Ruam também mostrou alguns exemplos que envolvem escalas, inventários, autorrelatos, heterorrelatos, observação de comportamentos, entre outros, que podem ser utilizados durante o processo. Além disso, deu ênfase em como o planejamento é importante e necessário no decorrer das avaliações psicológicas assim como as devolutivas e o rapport. Ruam diz que “A relação entre o sujeito e o avaliador não se constrói de um dia para o outro”, mostrando o quando a vínculo irá interferir no andamento.

O CAOS 2020 trouxe como tema Psicologia e Profissão: a avaliação psicológica em destaque. O evento teve início no dia 3 de novembro e se encerra no dia 7 do mesmo mês com a Assembleia geral dos estudantes de Psicologia do Tocantins (9h de sábado, 7). O congresso contou com palestras, rodas de conversa, minicursos e sessões técnicas.

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Caos 2020: Avaliação Psicológica na criança e no adulto é debatida

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Durante o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS 2020), no dia 04 de novembro foi realizado minicurso das 19h às 22h, em que a psicóloga e professora Izabela Querido (CRP 023/506) conduziu a mediação sobre “Avaliação psicológica na criança e no adulto”, com a contribuição da psicóloga Geovanna Gomes (CRP23/1723) psicóloga (CEULP/ULBRA). Pós-graduanda em Neuropsicologia (NEPNEURO – GO. Atua no Life Center Hospital – Instituto de Neurociência de Palmas com Avaliação Neuropsicológica Infantil, Adolescente e Adulto. Atua, também, na Clínica Cuidare – Desenvolvimento Infantil com trabalhos na área da Neuropsicologia.

A psicóloga convidada iniciou sua fala diferenciando sobre avaliação psicológica e avaliação neuropsicológica, que esta é sua atuação atual. Na qual as duas avaliações serão aplicadas a depender da demanda e finalidade da investigação trazido ao profissional de psicologia. Onde o processo neuropsicológico avalia questões de cunho cognitivo, neuropsicológico, memória e raciocínio, já na avaliação psicológica procura analisar estado emocional, psicológico do paciente.

Geovanna ainda ressaltou aspectos éticos durante as avaliações que o profissional em psicologia precisa se atentar, visto que o processo avaliativo precisa ser aplicado de forma confortável e respeitosa para o paciente em questão. Ela mencionou ainda, o acompanhamento a cada atendimento e avaliação, para monitorar os efeitos do processo avaliativo no indivíduo, já que este pode acessar conteúdo próprios que gerem conflitos ou desconfortos.

Finalizou demonstrando as etapas para a elaboração dos laudos diante das avaliações, e a importância e responsabilidade que os psicólogos têm diante do resultado que o documento pode gerar na vida do paciente. Da mesma forma, quando este resultado influencia na decisão de uma equipe multiprofissional seja hospitalar, jurídica ou social. E do papel responsável que os psicólogos e psicólogas têm diante de vários cenários de atuação.

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CAOS 2020: Avaliação para porte de armas é tema de minicurso

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O minicurso é parte da programação do CAOS 2020 que acontece no Ceulp até o dia 07 de novembro.

Ocorreu na noite dessa quarta-feira (04) de forma inédita remotamente, o minicurso “Avaliação para Porte de Armas” como parte da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS 2020. As atividades foram conduzidas pela psicóloga Márcia Guimarães Nunes Burns (CRP 23/482).

Márcia ressaltou a importância da entrevista na descoberta da intenção acerca do porte e da posse de armas, indicando também quais procedimentos necessitam de avaliação psicológica obrigatória, bem como os tramites necessários junto à Polícia Federal para garantir a segurança do processo avaliativo. De acordo com a psicóloga, a bateria de testes e a entrevista possuem caráter fixo, não estando passíveis de alteração. A profissional destaca a importância da diferenciação entre porte e posse de arma: “A cada dez que solicitam porte de armas, um consegue. (…) Eu sempre pergunto a motivação”, pontua.

Para Márcia, “é importante valorizar a profissão da gente, a psicologia em si, e dar um feedback para eles. A partir do momento em que tu dás esse feedback, tu dás o resultado do teste para ele, ele sai de lá com outra visão: “Nossa! Consegue ver tudo isso? Nunca ninguém me deu isso”, eles já vêm com essa bagagem, porque eles renovam o porte, renovam a posse. Então eu sempre procuro fazer isso para valorizar a profissão”, apontou.

Márcia Guimarães Nunes Burns é psicóloga egressa do Ceulp/Ulbra, credenciada pela Polícia Federal para fazer avaliação para porte e posse de armas. Trabalhou como psicóloga no CRAS (Rio Sono – TO), CREAS (Lajeado – TO), Hospital Dona Regina e Hospital Infantil. Desde 2009 atua com avaliações psicológicas para empresas terceirizadas e avaliações individuais.

Essa edição do CAOS, inteiramente de forma remota, tem como tema “Psicologia e Profissão: a avaliação psicológica em destaque”. A programação conta com palestras, mesas redondas, minicursos e sessões técnicas. Nessa edição, estar inscrito no evento é fundamental para receber certificação. Mais informações podem ser obtidas no site do evento.

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Senado aprova por unanimidade projeto de Kátia Abreu que exige laudo psicológico para soltura de agressor de mulher

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Projeto, aprovado em caráter terminativo, agora será analisado pela Câmara dos Deputados.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (09), por unanimidade, projeto de lei da senadora Kátia Abreu (PDT-TO) que determina que a revogação da prisão preventiva de agressor de mulheres ocorra somente após a emissão de laudo psicológico. A matéria foi aprovada em caráter terminativo e agora será analisada na Câmara dos Deputados.

A medida, que complementa a Lei Maria da Penha, visa a evitar que os agres sores reincidam após a soltura. Determina que, no caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, qualquer revogação de prisão, seja em flagrante ou preventiva, deve ser precedida de uma avaliação psicológica do agressor que verifique o grau de probabilidade de ele voltar a agredir a ofendida.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Autora do projeto, a senadora Kátia Abreu lembrou que, somente em 2016, 4.600 mulheres foram assassinadas no Brasil, uma média de 12 homicídios por dia, conforme o Atlas da Violência 2017.

“A maioria desses crimes foi cometida por maridos e namorados das vitimas. Muitas das mulheres assassinadas por seus companheiros já recebiam ameaças ou eram agredidas constantemente por eles. Os agressores se sentem legitimados e creem ter justificativas para matar, culpando a vítima”, observou Kátia. 

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