Corrida das IAs: Deepseek e Gemini ganham força e desafiam a liderança do ChatGPT

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ChatGPT segue forte, mas Deepseek e Gemini surpreendem com aumento de 700% e 450%, respectivamente, nas pesquisas

São Paulo, abril de 2025 – O mercado de inteligência artificial (IA) vive uma nova fase de transformação, com o surgimento de concorrentes cada vez mais robustos ao ChatGPT, da OpenAI. Dados do Google Trends analisados pela Do Follow, agência de link building, mostram que o Deepseek e o Gemini são os grandes destaques da corrida da IA nos últimos meses.

Nos últimos 12 meses (início de abril de 2024 a início de abril de 2025), as buscas pelo Deepseek cresceram mais de 700%, enquanto o Gemini registrou um aumento superior a 450%. O ChatGPT, embora ainda líder do mercado, teve um crescimento de mais de 130%, seguido pelos termos “GPT” (+120%) e “Chat GPT” (+90%).

O grande destaque do período recente é o Deepseek. Lançado oficialmente em janeiro de 2025, o buscador chinês experimentou um crescimento de mais de 3.000% nas buscas apenas nos últimos três meses, indicando um verdadeiro boom de interesse global – com um pico de buscas em janeiro (100 pontos de interesse), leve queda em fevereiro e tendência de crescimento a partir de março novamente.

Deepseek ultrapassa ChatGPT em novas visitas mensais

Segundo dados da plataforma especializada aitools.xyz, em fevereiro de 2025, o Deepseek registrou 524,7 milhões de novas visitas, ultrapassando os 500 milhões do ChatGPT. Apesar desse avanço, a ferramenta chinesa segue como a terceira maior plataforma de IA, atrás do ChatGPT e do Canva. A participação de mercado do Deepseek saltou de 2,34% para 6,58% em fevereiro, consolidando sua posição de crescimento acelerado.

Diante dessa ascensão, a OpenAI reagiu anunciando que lançará, nos próximos meses, seu primeiro modelo aberto de IA desde o GPT-2, em um movimento estratégico para competir com o Deepseek e outras soluções emergentes.

Fonte: https://l1nq.com/zIA8B

Gemini, ChatGPT e DeepSeek: semelhanças e diferenças

Gemini, ChatGPT e DeepSeek são modelos avançados de inteligência artificial projetados para processar linguagem natural. Todos eles permitem a geração de textos, respostas a perguntas e auxílio em diversas tarefas, utilizando redes neurais treinadas com grandes volumes de dados. Além disso, essas IAs são amplamente aplicadas em automação, pesquisa e criação de conteúdo.

Apesar das semelhanças, cada uma tem características distintas. O Gemini, do Google, se destaca pela integração direta com serviços da empresa, como YouTube, Google Search e Drive, sendo uma opção poderosa para quem já utiliza esse ecossistema.

O ChatGPT, da OpenAI, é reconhecido por sua flexibilidade e ampla adoção, sendo utilizado em diversas plataformas e permitindo integrações com APIs para diferentes aplicações. Já o DeepSeek, baseado em modelos open-source, se diferencia pelo foco em maior autonomia e personalização, sendo especialmente atrativo para desenvolvedores e pesquisadores que buscam controle sobre os modelos de IA.

Marketing e IA: o impacto das buscas e tendências

O crescimento nas buscas por plataformas de IA não se limita apenas ao Google. Há uma mudança significativa na forma como os usuários acessam informações dentro das próprias ferramentas de IA, influenciando a estratégia de marketing digital.

“Acompanhar essas tendências é uma prática cada vez mais necessária para empresas que desejam utilizar IA na sua rotina, seja para otimização de conteúdo, análise de dados ou interação com consumidores” explica Carolina Glogovchan, CEO e especialista da Do Follow.

Além disso, um número crescente de usuários tende a substituir as buscas tradicionais no Google por consultas diretas em ferramentas de inteligência artificial. Essa mudança impacta o fluxo de tráfego online e desafia as estratégias convencionais de posicionamento, tornando fundamental que as marcas adaptem a forma como produzem e distribuem conteúdo para manter sua relevância e alcance.

Com concorrência acirrada e mudanças na liderança do setor, a corrida da IA está apenas começando. Os próximos meses prometem ainda mais inovações e disputas por espaço no mercado global de inteligência artificial.

Ranking das IAs

Fonte: Agência Do Follow com dados de Google Trends
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Marketing Profissional é tema de uma das Assembleias dos Estudantes de Psicologia do Tocantins

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Mediado pelas acadêmicas Isaura (CEULP/ULBRA), Lorena (Unitpac) e Maria Isadora (CEULP/ULBRA), a Assembleia geral de estudantes de Psicologia do Tocantins trouxe como tema “Marketing Profissional, redes sociais e os desafios para os recém formados” como pauta de debate entre os participantes. O debate ocorreu às 9 horas de sábado, dia 7 de novembro como encerramento final do CAOS 2020 (Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia).

As discussões foram voltadas principalmente para os “perfis profissionais” que são cada vez mais comuns entre acadêmicos de psicologia e que com a falta de saber científico, acaba ocorrendo uma banalização dos conteúdos que envolver o saber teórico da profissão, além da saturação de tópicos abordados nestes perfis.

Fonte: encurtador.com.br/iuCH2

As mediadoras também voltaram o debate para possíveis soluções que poderiam ser tomadas pelos Conselhos de Psicologia e até mesmo pelos próprios cursos de graduação para que houvesse uma maior consciência e responsabilização do que se é exposto nas redes sociais, para que o saber da Psicologia não seja trivializado e até mesmo invalidado, pois esta ciência lutou para ter seu espaço na comunidade científica.

A assembleia teve uma boa participação dos acadêmicos e as mediadoras conduziram o debate com excelência, encerrando com possíveis encontros e parcerias futuras em congressos que envolvam a Psicologia.

Os outros temas das Assembleias foram “Interação entre cursos de Psicologia no Tocantins”, mediada pelas acadêmicas Amanda Christina (UFT), Daniely (UnirG), Vanessa (Unitpac), Wysney (UFT) e Nícollas Rocha (CEULP/ULBRA); e “Vida acadêmica na prática (Estágios, disciplinas, provas, prazos) e a Importância do Serviço Escola de Psicologia para a comunidade”, mediada pelas acadêmicas Daniela (UnirG), Giovanna (Unitpac), Karen (FACDO) e Silvana (CEULP/ULBRA).

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Especialistas discutem sobre os apelos excessivos da publicidade infantil

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As crianças, de um modo geral, têm um alto poder de absorção de qualquer tipo de conteúdo. Por exemplo, toda Páscoa, chovem propagandas sobre chocolates entre outros itens. O resultado é o consumo exagerado de doces que só pioram a saúde dos pequenos.

Por meio de diversas técnicas, as marcas conseguem exercer um poder de influência muito grande em cima das crianças para que possam incentivar os pais a comprarem brinquedos e guloseimas. Mas quais são efeitos negativos e como lidar com os desejos causados pela publicidade?

Para a psicóloga Livia Marques, as propagandas abusivas acarretam grandes influências negativas nas crianças. Ela diz que o efeito disso surge de uma forma muito ruim na mente delas, fazendo com que fiquem inflexíveis ao não e a qualquer argumento. “Tanto na TV como na internet, o conteúdo massivo pode causar uma fixação muito grande na mente delas”.

Livia fala que os sinais de que algo está errado com o desejo de ter um brinquedo ou de lanchar é refletido geralmente no comportamento agressivo e inflexível ao pedir aos pais. “Há casos que a criança não aceita de forma alguma o limite que é imposto”.

Fonte: Pixabay

Para Dario Perez, professor acadêmico e especialista em publicidade e marketing, o problema está no fato de que muitas empresas acabam “perdendo a mão” em suas ações publicitárias e comentem alguns excessos. Ele comenta que o público infantil é extremamente sensível a qualquer tipo de técnica de marketing que possa ser utilizado dentro dos parâmetros de um comercial de TV ou na internet, por exemplo.

– As crianças absorvem com muita facilidade todos os tipos de influências direcionadas. Mesmo as campanhas, que não possuem um bom comercial ou técnica apurada de publicidade, conseguem converter a venda, utilizando-se de uma comunicação lúdica e aspiracional, aproveitando personagens para gerar empatia e elevar sua credibilidade – explica.

Dario diz ainda que um dos objetivos da publicidade é gerar, por meio da influência, a sensação de felicidade através do consumo. Dessa forma, as crianças falam para os pais sobre a necessidade de ter tal produto. Eles, por sua vez, acabam satisfazendo o desejo para a alegria dos filhos.

Fonte: encurtador.com.br/adgkQ

Como lidar

A psicóloga Livia diz que a melhor forma de proteger a família é por meio do diálogo. Ela comenta que é importante os pais saberem dizer não, mesmo quando é muito difícil. Por outro lado, é preciso mostrar o porquê do não, talvez pela falta de condições financeiras, se a criança já tem muitos brinquedos e ganhou algum recentemente ou até explicando que determinado lanche ou doce pode fazer mal se comer muito dele.

– A conversa é fundamental. A criança também precisa saber para compreender e respeitar. Os responsáveis precisam entender também que a permissividade não pode ter espaço nessas lacunas – reforça.

Regulamentação

Para o especialista em marketing e publicidade, a regulamentação da publicidade infantil ainda é muito delicada no Brasil. Segundo o profissional, existe um projeto de lei mais rigoroso e voltado para a proteção da criança durante a exposição de alguma marca. Porém, ainda não foi aprovado. “Enquanto isso, observamos alguns efeitos colaterais, como, por exemplo, o alto índice de consumo de alimentos ditos como não saudáveis”.

– Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças no Brasil estão com sobrepeso. Além disso, o segmento de brinquedos para crianças só cresce, segundo os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). Claramente isso são reflexos do poder persuasão – destaca.

Dario diz que para que as marcas respeitem a ética, é preciso, primeiro, assumir sua responsabilidade no processo de influência das crianças.  Segundo, é fundamental que as empresas sejam claras. Ou seja, elas devem encarar do ponto de vista educacional, mostrando os benefícios e os malefícios desses produtos. “Não quer dizer que é preciso fazer uma campanha socioeducativa. E, sim, ser mais transparente”.

– Por exemplo, pode avisar que a criança não deve beber determinada bebida todo dia, pois pode fazer mal para a saúde. Isso vai mostrar que aquele produto em alto consumo pode gerar efeitos negativos – comenta.

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O amor e as relações de consumo

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“O que importa quantos amores você tem
se nenhum deles te dá o universo?”

Jacques Lacan

E o amor nunca esteve tão em alta!

É só o dia dos namorados se aproximar que o movimento começa, é o momento para fazer parte do seleto grupo de quem tem um par romântico para postar uma foto do casal nas mídias sociais. Se não, perde a oportunidade.

Não é raro ver e ouvir, principalmente nessa época do ano, as lamúrias de quem não tem um par para festejar a data, em contraponto, há quem alegue que não faz diferença. Isso para não falar naqueles que, com muito senso de humor, anunciam abertamente estarem dispostos a se alugarem para uma noite de muito amor em troca de companhia para o dia dos namorados.

E a coisa não para aí não… As empresas não perderam tempo e estão promovendo em suas fanpage’s promoções onde o casal de namorados que receber mais likes em sua foto postada na rede será premiado.

Excelente estratégia de marketing!

Mas por que será que o amor vende tanto?

É verdade que o dia dos namorados já perdeu, há muito tempo, a raiz de sua essência. Toda essa campanha midiática em torno da data se dá devido ao interesse puramente comercial e capitalista das empresas em faturar cada vez mais.

Mas, o que de fato faz do amor uma fórmula tão eficaz para as campanhas publicitárias?

As motivações são várias e uma das mais primárias é a apresentada pelo livro de Gênesis: “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.” (Gênesis 2:18). Noutro versículo: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne.” (Gênesis 2:24). Essa é, afinal de contas, a motivação por trás de cada relacionamento: formar famílias? Pelo menos, costumava ser.

Os perigos em se apegar à bíblia, e a textos como esse, são o de que, atualmente, a conjuntura social que vivemos é outra completamente diferente. A própria configuração dos casais sofreu adaptações, existem relacionamentos abertos e fechados; casais heterossexuais e homossexuais; casamentos formados por dois, três ou mais parceiros; casamentos com filhos e sem filhos etc.

“Os Amantes” (1928). Magritti. Óleo sobre tela.

Poucos sabem, mas a prática monogâmica do homem, historicamente, nasceu pela necessidade que se tinha, em um determinado período da idade média, dos grandes senhores de terras terem certeza de que seus bens seriam herdados por descendentes consanguíneos. Desse modo a mulher era obrigada a casar virgem e ter ao longo da vida um único parceiro, enquanto o homem, não teria seus filhos bastardos reconhecidos, se estes nasciam no pecado, logo não tinham direitos legítimos. Que diferença o teste de DNA faz nos dias atuais não é mesmo? Ele abre um leque de oportunidades.

Não só a estrutura familiar mudou, como o modo que os relacionamentos amorosos mudaram. Hoje em dia, há um fluxo muito maior de início e término de relacionamentos, pautados em modismos e comodismos. É o que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman chama de Amor Liquido.

Investir no relacionamento é inseguro e tende a continuar sendo, mesmo que você deseje o contrário: é uma dor de cabeça, não um remédio. Na medida em que os relacionamentos são vistos como investimentos, como garantias de segurança e solução de seus problemas, eles parecem um jogo de cara-ou-coroa. A solidão produz insegurança — mas o relacionamento não parece fazer outra coisa. Numa relação, você pode sentir-se tão inseguro quanto sem ela, ou até pior. Só mudam os nomes que você dá à ansiedade (BAUMAN, 2004. p. 30).

Para o autor, a real motivação por trás dessa fluidez em que se perderam os relacionamentos está no simples medo que os casais têm de sofrerem com o término dos relacionamentos, caso estes cheguem ao fim. Em outras palavras, amamos menos por medo de perder o ser amado. É ou não uma dose de egoísmo?

Diferentemente dos ‘relacionamentos reais’, é fácil entrar e sair dos ‘relacionamentos virtuais’. Em comparação com a ‘coisa autêntica’, pesada, lenta e confusa, eles parecem inteligentes e limpos, fáceis de usar, compreender e manusear (BAUMAN, 2004. p. 12-13).

Na literatura, na música e no cinema o amor sempre foi à motivação principal de grandes artistas. Essa prática vem desde a era mitológica, onde os poetas gregos homenageavam suas musas com muita arte. E só para quem não sabe, eram elas: a eloquência; a história; a poesia lírica; a música; a tragédia; a música cerimonial (sacra); a comédia; a dança; a astronomia e a astrologia.

“O Beijo” (1907-1908), Gustav Klimt. Óleo e folha de ouro sobre tela.

Sigmund Freud, também atribui grande valor a esse sentimento em sua produção bibliográfica, assim como no tratamento psicanalítico. Segundo ele

todo tratamento psicanalítico [JedepsychoanalytischeBehandlung] é uma tentativa [isteinVersuch] para libertar [zubefreien] o amor recalcado [die verdrängteLiebe], que encontrou no sintoma a incômoda solução de um compromisso [die in einemSymptomeinenkümmerlichenKompromissausweggefundenhatte] (FREUD, 1907/1982, p.80).

Isso sem mencionar as histórias épicas que dão um colorido e dramaticidade à nossa vida e ao modo como experimentamos o amor. Casais como Romeu e Julieta; A Bela e a Fera; Capitú e Bentinho; Dom Quixote e Dulcinéia; Shrek e Fiona; Vada e Tom (de Meu Primeiro Amor); estarão eternamente gravados em nosso inconsciente de forma tão concisa, que passam despercebidos, influenciando o modo como nos relacionamos afetivamente.

Fiona e Shrek

É o que o psiquiatra suíço, criador da Psicologia Analítica, Carl Gustav Jung chama de arquétipo.

Segundo Jung, existem aspectos inconscientes de nossa personalidade, opostos à persona, que encontram expressão (vazão) em uma representatividade interior: feminina para os homens (Anima); e masculina para as mulheres (Animus).

Por mais idealizados que sejam os relacionamentos, fato é que eles têm sofrido forte interferência do mundo pós-moderno. As pessoas começam se envolver em relacionamentos cada vez mais jovens por motivações pessoais e de cunho egoístas, os resultados emocionais desses atos impensados são catastróficos.

Em nosso mundo de furiosa ‘individualização’, os relacionamentos são bênçãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. Na maior parte do tempo, esses dois avatares coabitam – embora em diferentes níveis de consciência. No líquido cenário da vida moderna, os relacionamentos talvez sejam os representantes mais comuns, agudos, perturbadores e profundamente sentidos da ambivalência (BAUMAN, 2004. p. 8).

Então, como se preparar para um relacionamento?

Não há resposta pronta, é importante ter claro os valores do renascentista Luiz Vaz de Camões:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(O Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões).

O ideal é trabalhar o autoconhecimento, e ter consciência das razões que a(o) motivam nessa busca incessante por um par romântico. O amor não tem cara, cor, credo, idade e nem sexo. Iniciar um relacionamento por medo de ficar sozinho; para mudar o status de relacionamento do seu perfil no facebook; ou simplesmente para ganhar um presente no próximo dia 12 de junho, é apostar numa união que está claramente fadado ao fracasso.

Referências:

BÍBLIA SAGRADA

BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.

FREUD, S. (1907/1982) “Der Wahn und die Träume In W. Jensens ‘Gradiva”.Studienausgabe.Band X. Bildende Kunst und Literatur. Frankfurt am Main: Fischer, TaschenbuchVerlag, s. 9-85. (Disponível em: http://scholar.google.com.br/scholar?q=%20Studienausgabe:%20Band%20X.%20Bildende%20Kunst%20und%20Literatur).

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a dama e o vagabundo

Valentine’s Day: Amor no atacado e varejo

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Quando penso em dia dos namorados, a primeira coisa que me vem à cabeça é a cena do desenho de animação da Disney, onde A Dama e o Vagabundo dividem uma travessa de espaguete. E quem não se lembra do fio de macarrão que termina em um singelo beijo canino? Eu e meus irmãos vibrávamos nessa cena, ainda sem maliciar o beijo, o romantismo era o que imperava.

Os anos se passaram, mas a cena sempre se repetia todo 12 de junho. A Dama e o Vagabundo foram eleitos, por vários blogs e revistas, como protagonistas de um dos beijos mais famosos da história do cinema.

Hoje, os tempos são outros…

As redes sociais eletrônicas ganharam o mundo pós-moderno e não é raro ver postagens onde pessoas se ‘alugam’ para o dia dos namorados, em contrapartida, há também quem diga não se importar com a data.

Mas qual a verdade intrínseca nesta comemoração?

Na Idade Média, os feitos do nobre Padre Valentino, que se arriscava a unir casais escondidos de seus familiares, além de contestar leis do estado que proibiam casamento em períodos de guerra, resultou no Valentine’s Day, comemorado 14 de fevereiro nos Estados Unidos. O dia de São Valentin foi provavelmente importado para nossa cultura pelo comércio paulista, que viu na data uma oportunidade lucrativa para os negócios. No Brasil, a data é comemorada em 12 de junho, antecedendo o dia de Santo Antônio.

Mas a verdade é que a data não passa de uma estratégia de marketing e as empresas faturam muito com isso. Nessa época, as lojas “barateiam” o preço das roupas, bolsas, sapatos. A indústria de cosméticos cria perfumes. As empresas de telefonia, promoções para atender casais. Restaurantes, motéis, floriculturas, estúdios de fotografias, gráficas, papelarias, sexy shop’s, perfumarias, canais de TV, bandas de música, também entram na dança. Chegam ao mercado novos chocolates, ursinhos, cartões. É um corre-corre.

Em nenhum outro momento do ano o amor romântico está tão em alta. Companhias aéreas e agências de turismo lançam ofertas especiais de viagens para casais. Novelas, jornais e outdoor’s, pais, irmãos, amigos, e avós tratam do tema. A caixa de e-mail é bombardeada com ofertas e promoções imperdíveis.

E se você não estiver namorando, meu caro, comece a se entristecer por não estar.

A inveja e a infelicidade corroem o ego de quem não tem alguém para trocar presentes. Espere, acalme-se. Nem tudo está perdido! Algumas boates fazem festas open bar para solteiros, a fim de unir casais. E se antes não tinha ninguém, agora você têm um leque de opções. Tudo ao alcance de um cartão de crédito. Afinal, nada melhor que conseguir um(a) namorado(a) no DIA DOS NAMORADOS!

E o circo está armado, sob uma lona cheia de palhaços. É o mesmo, bom e velho capitalismo, meus caros. Sob uma roupa nova, com perfume diferente, mas com o mesmo sorriso engenhoso das engrenagens que movimentam e superfaturam nossa produção.

Depois de despejar tanto fel, me pergunto: será que viveríamos bem sem o dia dos namorados?

Possivelmente sim, mas como não é nada fácil desmistificar o rito, celebrar é o melhor. Desçamos ao paraíso, juntemo-nos com os fanfarrões, bebamos, comamos e vivamos esse delírio visceral que é o amor, afinal, é um dia para se amar.

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