Tocantins é o estado com maior percentual de motoristas que dirigiram após beber, revela pesquisa do IBGE

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Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 31,4% dos motoristas tocantinenses conduziram carro ou motocicleta após o consumo de bebida alcoólica. O resultado do Tocantins foi quase o dobro da média nacional (17%) e o maior registrado entre as Unidades da Federação, seguido do Maranhão (27,4%) e Sergipe (25,7%).

No recorte por sexo, a proporção de mulheres motoristas que dirigiram após o consumo de álcool foi de 13,8%. Já entre os homens condutores, o percentual chegou a 37,7%. Na comparação por idade, adultos de 25 a 39 anos apresentaram a maior proporção (34%), seguidos por adultos de 40 a 59 anos (31,7%), enquanto idosos de mais de 60 anos tiveram a menor (22,1%).

A Pesquisa Nacional de Saúde 2019 aborda em seu 4º volume a percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal da população. O levantamento também inclui dados sobre hábitos alimentares, atividade física, diabetes e depressão, e foi realizado em convênio com o Ministério da Saúde.

Fonte: encurtador.com.br/hyJNX

O consumo de bebida alcoólica, sinaliza a pesquisa, é um dos maiores fatores de risco para a população, sendo considerado uma das principais causas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), bem como dos acidentes e violências. Apesar disso, para uma parcela significativa dos tocantinenses se tornou hábito.

Conforme os resultados, 21,4% da população adulta afirmou ter bebido semanalmente em 2019. Esse foi o maior percentual registrado entre os estados da região Norte. Na comparação por sexo, a proporção de homens tocantinenses que tinham o hábito de consumir bebida alcoólica ao menos uma vez por semana era de 31,1%, superior ao observado entre as mulheres (12,1%).

No comparativo por faixa etária (ambos os sexos), a maior proporção de pessoas que beberam pelo menos uma vez na semana foi de jovens de 18 a 24 anos (29,2%), seguida de perto por adultos com idade entre 25 a 39 anos (28,3%) e 40 a 59 anos (20,7%). Apenas 6,8% dos idosos de 60 anos ou mais consomem bebida alcoólica no Tocantins semanalmente, a faixa com o menor resultado.

A pesquisa também revela a proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade com consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa. Tocantins registrou 20,5%, maior índice da região Norte e o 4º maior do país. A ingestão abusiva de bebida alcoólica também foi mais elevada entre os homens (30,2%) do que entre as mulheres (11,1%).

Fonte: encurtador.com.br/iFR01

Tabagismo

O resultado da PNS 2019 mostra que 12,8% da população adulta do Tocantins consumiu produtos derivados de tabaco, fumado ou não fumado, de uso diário ou ocasional. Esse foi o 2º maior resultado da região Norte, já que o Acre registrou a maior taxa (15,1%). Assim como o álcool, a proporção também é maior entre os homens tocantinenses (17,6%) do que entre as mulheres (8,1%). Na comparação entre os grupos de idade, o maior índice foi na faixa etária de 40 a 59 anos (15,1%), e o menor, na de 18 a 24 anos (8,0%).

Outro dado que chama a atenção na pesquisa: quanto maior o nível de escolaridade, menor a proporção de tabagistas. A faixa com o índice mais elevado é a de pessoas sem instrução/nível fundamental incompleto: 20,4%. A proporção vai diminuindo: para 12,4% na faixa de pessoas com fundamental completo e médio incompleto, até chegar a 7,3% para médio completo/superior incompleto e a 4,0% entre pessoas com nível superior.

Segundo Gustavo Geaquinto Fontes, analista do IBGE, o maior acesso à informação e às campanhas de conscientização desta faixa é fator preponderante. Ele também acrescenta que na categoria de escolaridade de nível superior, “há mais pessoas que trabalham em empresas maiores ou ambiente onde é proibido fumar”.

Fonte: encurtador.com.br/firNU

Estilo de vida

Como novidade, em consonância com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, a PNS 2019 investigou o consumo de alimentos ultraprocessados, além daqueles indicadores marcadores da alimentação saudável e não saudável já monitorados. A proporção de pessoas com mais de 18 anos que consumiram cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no Tocantins foi de 10,8%. Entre os homens o percentual ficou em 11,1% e entre as mulheres, 10,6%.

Já o percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade que tiveram o consumo recomendado de frutas e hortaliças no estado foi de 11,9%. As mulheres (16,3%), em média, consumiam mais estes alimentos do que os homens (7,3%). O consumo de frutas e hortaliças mostrou aumento com o grau de escolaridade, registrando 7,9% na faixa de pessoas sem instrução/nível fundamental incompleto e 25,4% entre aquelas com superior completo.

Na PNS 2019, 31,4% dos homens tocantinenses com 18 anos ou mais praticaram o nível recomendado de atividade física no lazer, enquanto para as mulheres este percentual foi de 29,6%. No mesmo período, a média geral foi de 30,5%.

Da população de adultos, 42,1% foram classificados como insuficientemente ativos – ou seja, pessoas que não praticaram atividade física ou praticaram por menos do que 150 minutos por semana considerando os três domínios: lazer, trabalho e deslocamento para o trabalho. No estado, 51,5% dos adultos eram fisicamente ativos no trabalho. A frequência dos homens para este domínio foi de 61,7%, enquanto das mulheres foi de 37,9%.

Na categoria das atividades domésticas, estimou-se que 17,3% dos adultos tocantinenses praticavam atividade física por no mínimo 150 minutos semanais, tais como faxina pesada ou atividades que requerem esforço físico intenso. Este indicador mostrou-se concentrado no público feminino: 22,9% entre as mulheres, contra 11,5% entre os homens.

Fonte: encurtador.com.br/kpzD2

Doenças Crônicas

A PNS 2019 estimou que quase metade (49,2%) da população tocantinense com 18 anos ou mais de idade havia recebido diagnóstico de pelo menos uma das doenças crônicas investigadas por essa edição da pesquisa. Cerca de 22,5% referiram ter hipertensão arterial e 6,3% diabetes. As mulheres (6,6%) apresentaram maior proporção de diagnóstico de diabetes que os homens (5,9%).

De acordo com o estudo, 14,9% tiveram diagnóstico médico de colesterol alto. As mulheres também apresentaram proporção maior nesse quesito (19,7%) do que os homens (10,0%). Já 5,5% receberam diagnóstico médico de alguma doença do coração. Observou-se que 19,5% dessas pessoas com doença cardíaca já haviam se submetido a alguma cirurgia de ponte de safena, colocação de stent ou angioplastia.

A PNS apurou que no Tocantins 4,1% dos adultos tinham diagnóstico médico de asma (ou bronquite asmática), 1,7% de câncer, 6,6% de artrite ou reumatismo, 24,8% de problema crônico de coluna e 6,6% de depressão. Desses, 16,8% faziam psicoterapia e 32,2% usaram medicamentos para a doença nas duas últimas semanas anteriores à pesquisa. Verificou-se que havia uma maior prevalência desta doença sobre pessoas do sexo feminino, 10,4% das mulheres, contra 2,7% dos homens. A faixa etária com maior proporção foi a de 65 a 74 anos de idade (9,3%), enquanto o menor percentual foi obtido na de 18 a 29 anos de idade (4,1%).

Fonte: encurtador.com.br/rFHX8

Dados da capital

O estudo aponta que 22,6% dos palmenses maiores de 18 anos tinham o hábito de consumir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana e 9,2% consumiram produtos derivados de tabaco em 2019. Já 25,9% dos motoristas da capital chegaram a conduzir carro ou moto depois de beber. Esse percentual foi o maior entre as capitais da região Norte e o 2º mais elevado do país.

Em relação ao estilo de vida: 33,2% dos palmenses com 18 anos ou mais de idade estavam insuficientemente ativos (sedentários) e 40,2% praticavam o nível recomendado de atividade física no lazer. Apesar disso, cerca de 44,9% possuem pelo menos uma doença crônica e Palmas é a capital da região Norte com os maiores percentuais de adultos com diagnósticos de depressão (8,3%), hipertensão arterial (19,0%), doença do coração (4,9%) e diabetes (7,0%).

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Tiros em Suzano

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Nas tragédias contadas e encenadas na Grécia antiga, havia um modo muito interessante na forma como era interpretada a infração de um sujeito. Ao se infringir as leis dos deuses (que eram correlatas às leis da polis), a punição pelo ato não recaía apenas sobre aquele cometeu o crime, mas por toda a sua família, sua comunidade e até por toda a cidade. O erro de Édipo (matar o pai e desposar a mãe), por exemplo, fez com que os deuses, irados, enviassem uma maldição para toda a cidade, além de exigir a punição de Édipo e todos os seus herdeiros.

Já em sociedades individualistas como a nossa, a culpa individual é sempre considerada como mais importante. Tanto que, nosso interesse é sempre explicar ou justificar algum crime tentando compreender aquele que o cometeu, especialmente, a sua mente. Em caso de crimes bárbaros como o de Suzano, a busca por esse tipo de explicação se torna mais premente ainda. O que leva uma pessoa a um ato tão cruel e insano? Será que poderíamos ter feito alguma coisa para evitá-lo? São as questões que todos ficamos ansiosos por responder.

Me lembrei do filme Minority Report dirigido por Spielberg, lançado em 2002 e que já se tornou um clássico. A trama se passa no ano de 2054, num futuro no qual seria possível prever e evitar crimes de homicídio, antes que eles aconteçam – graças ao auxílio de indivíduos, conhecidos como “precogs”, capazes de ver o futuro. O paradoxo é que o sujeito pode ser condenado por um crime que jamais cometeu, mas, apenas por que foi impedido de fazê-lo pela divisão policial chamada “pré-crime”. É a suposta infalibilidade do sistema que autorizaria a condenação do sujeito, pela certeza de que ele irá cometê-lo adiante. Assim sendo, o sujeito não é condenado por um ato criminoso, mas pela capacidade irrefutável de cometê-lo.

Fonte: encurtador.com.br/lBDU9

A narrativa fictícia do filme, entretanto, não se encontra tão distante de nós, especialmente quando se trata de crimes bárbaros, que causam grande comoção social, e que os autores não ficam vivos para relatarem sua versão da história. Nosso desejo, nesses casos, é capturar o sujeito antes do crime, a fim de buscar no seu passado indícios que demonstrem que ele iria botá-lo em prática de qualquer modo. Uma palavra, um grupo virtual, uma mania estranha, um diagnóstico psiquiátrico, uma vertente política, ideológica ou religiosa, tudo serve de pista que, tanto justifica, quanto direciona para a conclusão do ato subsequente. Ou seja, todo o passado do sujeito adquire um sentido que é dado à posteriori, significado a partir do seu ato insano.

E é desse modo que temos agido a partir da tragédia de Suzano. Tal como no filme, temos tentado enxergar, no sujeito, o ato criminoso antes dele ter acontecido, como se assim fôssemos capazes de evitá-lo ou explicá-lo em definitivo, a fim de tapar o abismo que se abre diante de nós depois de atropelados por tamanho horror.

Fonte: encurtador.com.br/lBDU9

Crimes como o de Suzano são de uma contingência absoluta, impossíveis de explicar ou contornar completamente, no entanto, nos remetendo a sabedoria dos Gregos, um crime desta categoria, nunca é responsabilidade de uma pessoa. Os atiradores de Suzano não apertaram o gatilho sozinhos. É simplista demais explicar este tipo de crime apenas pela insanidade de um, ou por uma ou outra faceta ou característica da sua personalidade. O caldo em que esse sujeito está mergulhado também faz diferença e sentido. Um crime dessa natureza é também uma denúncia, uma interpretação da nossa sociedade. É como uma febre que anuncia uma infecção. Paranoia, medo, veneração por armas, ódio, misoginia, machismo, tudo isso que aparece no nosso caldo social, pelo que estamos vendo, se atualizou em Suzano.

Os Gregos estavam certos, todos somos responsáveis por Suzano, por isso, a maldição que segue a essa tragédia, também recai sobre todos nós. Todos nós morremos e sangramos um tanto. Meu medo é do quanto que teremos que sofrer na carne pra perceber que estamos indo pelo caminho errado.

Fonte: encurtador.com.br/hisu9
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Dia Mundial de Prevenção contra o Suicídio

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a OMS, o Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo


Dia 10 de setembro é oficialmente considerado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A data tem o objetivo de alertar a sociedade e os governos sobre esse problema alarmante e buscar estratégias de prevenção para evitar tantas mortes prematuras

De acordo com o novo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, o Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo. Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres (taxa de 6,0 para cada grupo de 100 mil habitantes). Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens.

Segundo os estudos, 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos, pelo mundo – taxa de 11,4 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. A cada 40 segundos uma pessoa comente suicídio no mundo, e no Brasil em torno de 25 pessoas por dia cometem a tentativa de suicídio.

De acordo com a agência das Nações Unidas, 75% dos casos envolvem pessoas de países onde a renda é considerada baixa ou média. O país com mais mortes é a Índia (258 mil óbitos),  seguido de China (120,7 mil), Estados Unidos (43 mil), Rússia (31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul (17 mil) e Paquistão (13 mil).

O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio. De acordo com a entidade, na maioria dos casos, são vítimas de depressão, álcool, drogas, dificuldade em lidar com pressões sociais ou familiares ou mesmo com as mudanças da vida. Esses casos, só ganham atenção e notoriedade quando uma celebridade tira a própria vida.

O suicídio não escolhe classe social, afeta celebridades, culturas indígenas, países baixos e altos nos quesitos qualidade de vida. Esse tema, que envolve o sistema psicológico, espiritual e material, é discutido por grande parte das religiões, na maioria delas, acreditam que, para o ser humano não lhe foi concedido o direito de tirar a própria vida.

No Islamismo, os atentados suicidas, os conhecidos “homens bombas”, são explicados pelos extremistas como uma “missão divina”, devido o fiel doar sua vida em função da eliminação dos infiéis, e não aceito no caso de suicídio por problemas de âmbito pessoal.

Morte de Robin Williams 

?O suicídio do ator Robin Williams, ocorrido há menos de um mês, reacendeu o debate sobre o tema. O histórico de depressão e de dependência de álcool, características apresentadas pelo ator Robin Williams, são dois importantes fatores de risco para o suicídio.

O ator de 63 anos morreu no dia 11, depois de se enforcar com um cinto, de acordo com a polícia local. Robin Williams, estava lutando contra uma depressão severa e já tinha sido internado várias vezes em clínicas de reabilitação por problemas com drogas e álcool. A última internação foi no mês de julho.

Fonte: Portal www.g1.com

Caminhada pela valorização da vida

O Centro de Valorização da Vida(CVV), promove a 2ª Caminhada Noturna pela Valorização da Vida, no dia 11 de setembro, com a Concentração as 19:30h em frente ao Teatro Municipal de São Paulo-SP.

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