“Cidadã de Segunda Classe” – luta contra o racismo e a xenofobia

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O livro da autora Buchi EmechetaCidadã de segunda classenarra a história de Adah, uma jovem nigeriana, que desde pequena lutou para ter uma vida melhor e decide conquistar isso por meio dos estudos.

Adah sabe que a educação e a leitura são as únicas maneiras de ter um futuro. Mas, na Nigéria dos anos 1960, ser mulher significava que você era inferior. Sua mãe fortaleceu muito esse pensamento, pois acreditava que o estudo era voltado para os homens. Afinal, porque as mulheres precisam saber ler e escrever? Contanto que ela possa assinar seu nome e saber como manter os gastos da casa, sua função era reproduzir.

Já adulta, casada e com filhos, Adah passa a viver sob a supervisão da família do marido, acreditando que a única maneira de escapar de toda a opressão cultural que sofre e que no futuro sua filha também sofrerá, é se mudar para a Inglaterra. Porém, ao chegar no seu futuro prometido ela percebe que além da misoginia, racismo e xenofobia ela percebe que naquele país os imigrantes não possuem a tão sonhada qualidade de vida.

Fonte: encurtador.com.br/IW268

A relação de Adah com seu marido é retratada de forma crua, pois a autora não poupa em relatar os abusos cometidos por Francis (marido de Adah) para com ela, e com isso dentre os cidadãos de segunda classe, ela como mulher negra ocupa o nível mais baixo onde o seu único dever é a submissão. E em uma sociedade patriarcal, a mulher é ensinada a não ser tão inteligente, não correr atrás dos seus objetivos e o maior ensinamento dessa sociedade opressora é que a mulher não é tão importante quanto o homem.

Ser uma mulher negra no contexto de uma sociedade machista e racista, também traz ensinamentos, pois ensinam que o padrão de beleza é o padrão da mulher branca, e o fato do seu nariz ser mais achatado, o seu cabelo ser crespo, ter boca maior e até mesmo a cor da sua pele, não faz parte do ideal de beleza. E mesmo a história de Adah se passando na década de 1960, percebe-se que os dias atuais ainda carrega esse ideal, pois ser mulher ainda é um ato de resistência e ser mulher negra é um ato de coragem.

Referência:

EMECHETA, Buchi. Cidadã de Segunda Classe. 1.ed. Porto Alegre: Dublinense, 2018.

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Centro de Direitos Humanos de Palmas realiza seminário sobre igualdade entre homens e mulheres

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O Centro de Direitos Humanos de Palmas (CDHP) e a entidade MISEREOR realizarão, entre os dias 4 e 5 de setembro, o Seminário Igualdade entre Homens e Mulheres. O objetivo do evento é potencializar o debate público com respeito às diferenças e a participação social de homens e mulheres para o enfrentamento das violações de direitos humanos com o fim de reduzir as desigualdades entre homens e mulheres.

Romeu Aloísio Feix, coordenador do Centro de Direitos Humanos de Palmas.

O público-alvo são os profissionais de educação básica, militantes dos movimentos sociais e todos(as) interessados(as) por essa temática. No seminário ocorrerão palestras, mesa redonda e diálogo com o público sobre diversos temas como educação, saúde e violência sexual, com o intuito de desenvolver uma nova cultura de sociabilidade voltada para o estabelecimento da igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Entre as palestras estão mulheres na periferia, políticas na saúde, política educacional, violência sexual, políticas do judiciária, políticas do executivo entre outras, além do lançamento do Movimento ElesPorElas.

A palestra sobre Políticas Públicas no Executivo será proferida por Ana Rita Marcelo de Castro, ex-secretária da Igualdade Racial do Estado de Goiás. Outra palestrante é Eleutéria Amora, da diretoria executiva Associação Brasileira de ONGs (Abong) e membro da Casa da Mulher Trabalhadora (Camtra), do Rio de Janeiro, que irá proferir a palestra Organização, experiências e demandas das lutas dos movimentos de mulheres.

O seminário é uma campanha de iniciativa do CDHP de Palmas em parceria com órgãos públicos e sociedade civil.

As inscrições para participação podem ser efetivadas no local do evento, a partir das 13h do dia 4 de setembro. Há certificação com carga horária de 12 horas, para os participantes.

Banner: CDHP

Cronograma do Evento

Dia: 04/09 das 14h30 às 18h

Dia: 05/09 das 8 às 18h,

Local: Escola Municipal de Tempo Integral Padre Josimo Morais Tavares, Quadra 301 norte, Avenida LO 8 – Plano Diretor Norte, Palmas-TO.

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