(En)Cena realiza intervenção sobre Novembro Azul na avenida JK em Palmas
16 de novembro de 2023 Nayara Batista de Araújo
Mural
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Nayara Batista de Araújo (Acadêmica de Psicologia) – nayaraaraujo@rede.ulbra.br
(En)Cena realizou nesta terça-feira, 14, uma intervenção pública na avenida JK em Palmas. A temática da intervenção foi pautada no cuidado a respeito do Câncer de Próstata com indivíduos que estavam na avenida.
Fonte: Arquivo Pessoal
As estagiárias do portal (EN)Cena Alexia Regina e Nayara Araujo conscientizaram os indivíduos sobre a importância de se prevenir, dado que, o câncer de próstata é o mais frequente entre os homens brasileiros depois do câncer de pele, ressaltando o cuidado que devem ter conhecendo fatores de risco e alguns dos principais sintomas. Em apenas dez segundos de exame é possível ter uma segunda chance de lutar contra a doença.
Fonte: Arquivo Pessoal
Por meio da ação, as estagiárias puderam dialogar com os indivíduos que passavam pela avenida ao entregarem os panfletos informativos, interrogando-os acerca de hábitos que são prejudiciais para o cuidado com o corpo e que não auxiliam na prevenção da doença. Para mais, alertaram os sujeitos com o intuito de estarem atentos caso apresentem dificuldades para urinar, percebam presença de sangue na urina, disfunção erétil, dores ósseas, dentre outros sintomas, procurarem um médico.
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SES-TO participa de palestra com o tema ‘Saúde Mental e Saúde do Homem’
A ação é em alusão a campanha Novembro Azul em parceria com a SECAD e SEDUC
Por Ananda Santos/Governo do Tocantins
A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) participou na sexta-feira, 10, de uma ação em alusão a campanha Novembro Azul, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) e Secretaria da Administração (SECAD). Com o tema “Saúde Mental e Saúde do Homem” a ação contou com palestra sobre “O silêncio dos homens, um olhar sobre a saúde mental masculina”. Além disso, foram disponibilizados aos participantes auriculoterapia, massagens e ventosas, coordenadas pelo Centro de Práticas Integrativas e Complementares (CEPIC) da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Fonte: secom.to.gov.br
A ação campanha Novembro Azul conscientiza sobre o câncer de próstata.
“Foi uma palestra maravilhosa para a gente, sobre saúde mental. Nós vamos ter a sensibilidade de nos cuidar mais, cuidar da saúde, não somente no novembro azul. Foi uma palestra que trouxe muitos benefícios, tanto para a saúde mental, quanto na familiar. As doenças mentais vêm causando muito transtorno na vida do ser humano, na vida de homens, é muito importante que cada homem se cuide cada dia”, afirmou o Analista II da SES-TO, Messias Batista da Silva.
O Secretário Executivo da SES-TO, Luciano Lima Costa, afirmou que “vamos nos cuidar gente, cuidar da nossa saúde mental e física. Estamos no mês de conscientização ao câncer de próstata e sabemos que existe um preconceito dos homens em relação ao toque retal. Algo que as mulheres nos ensinam com o câncer de mama é que elas sofrem tanto, e isso veio pra quebrar a gente, pra ter sensibilidade, buscar ajuda também. Se sintam abraçados pela Secretaria de Saúde”.
Fonte: secom.to.gov.br
Os servidores da SES-TO puderam fazer sessão de auriculoterapia, massagens e ventosas.
O psicólogo da Junta Médica da SECAD, Flávio Barros, afirmou que “o homem tem dificuldade de se mostrar frágil, chorar, mostrar problemas, se abrir. A minha crítica hoje, escolhendo esse tema do silêncio, é para fazer o questionamento porque motivo a gente se cala. O silêncio impacta diretamente na saúde mental quando se trata de emoções. Apenas 3 a cada 10 homens têm o hábito de conversar sobre medos e dúvidas com seus amigos. Os homens se suicidam quatro vezes mais que as mulheres. Então, é preciso conversar, se abrir pra poder mudar isso”.
A gerente de Atenção ao Bem-Estar dos Profissionais da SEDUC, Cristiane Pina, afirmou que “o principal objetivo é mobilizar o nosso público masculino, os servidores das secretarias parceiras, que são a Saúde e a Administração. A equipe da Junta Médica tem nos apoiado para fazer essa ação educativa de informar a respeito da prevenção dos cuidados que os homens precisam ter com relação à saúde. E a gente tem sempre passado nos setores informando que cuidar da saúde também é coisa de homem, porque isso geralmente a gente vê somente nas mulheres. O homem tem um pouco de dificuldade, nós estamos aqui pra mudar isso”.
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Novembro Azul traz alerta sobre cuidado com saúde do homem
Saúde chama atenção dos homens para prevenção de doenças masculinas, especialmente, ao câncer de próstata
Erlene Miranda – Governo do Tocantins
A prevenção é primordial para a cura de diversas doenças, e neste mês é realizada a campanha “Novembro Azul”. O objetivo é alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer e demais doenças que acometem os homens. Diante disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) orienta a população a realizar exames preventivos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), exames de prevenção ao câncer e demais doenças, sendo necessário que os homens procurem essas unidades para realização das consultas.
O responsável pela Área Técnica de Saúde do Homem da SES-TO, Tárley Abdalla, explica que “a Secretaria presta aos municípios, ações de assessoramento sobre os objetivos e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), de forma presencial e remota”.
Ainda segundo o técnico da SES-TO, a área de Saúde do Homem realiza processos de qualificação dos profissionais com temas voltados para a saúde do homem “temos como exemplo de capacitação o Encontro Estadual de Saúde do Homem, etapa Macrorregião Centro Sul realizado nos dias 01 e 02 de junho de 2022 e a etapa da Macrorregião Norte que será feita nos dias 08 e 09 de novembro de 2022”, afirmou.
Tárley esclarece que “esses eventos têm como objetivo despertar nos participantes a importância da implementação da PNAISH nos territórios, com ênfase nos cânceres, paternidade e cuidado, e outros relacionados ao cuidado integral à saúde do homem”.
Câncer de próstata
O câncer de próstata é um tumor que afeta a glândula abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico especialista.
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar; demora em começar e terminar de urinar; sangue na urina; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Dados do Tocantins
Conforme dados da SES-TO, entre 2021 e 2022, foram registrados 196 casos de câncer de próstata, sendo 162 em 2021 e 34 neste ano. Esses pacientes receberam atendimentos, gratuitamente, no Hospital Regional de Araguaína (HRA), Hospital Geral de Palmas (HGP) e Irradiar Palmas, conveniada com o Governo do Tocantins.
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Homem moderno e o Novembro Azul: (En)Cena entrevista Plácido Medrado
Psicólogo Plácido Medrado aborda a construção social do que é “ser homem”
Durante o mês de novembro é muito comum se falar sobre a campanha “novembro azul”, onde visa a conscientização sobre a saúde masculina. Mas quando se fala em saúde do homem, sabe-se que ainda existe muita resistência sobre o assunto. E por isso, convidamos o psicólogo Plácido para debater sobre o homem moderno e o novembro azul.
Graduado em Psicologia pela Universidade Paulista, campus Brasília-DF. Plácido Lucio Rodrigues Medrado é especialista em Docência do Ensino Superior, servidor público municipal efetivo de Porto Nacional -TO, atuando na Assistência Social.
Membro da Comissão de Psicologia e Direitos Humanos do CRP 23° e membro do Coletivo de Luta Antimanicomial do Tocantins (COLAPA). Possui experiência em docência do ensino técnico e superior. Já facilitou minicurso sobre saúde mental da População LGBT. É defensor do SUS, SUAS e militante da Luta Antimanicomial. Membro e um dos Organizadores do Grupo de Estudos em Sexualidade e Gênero, 2020.
Afinidades de atuação e pesquisas: LGBTQIA+, Masculinidades, Gênero, Dependência Química e Psicologia Social
En(Cena) –Como você considera a representação do homem moderno? E quais aspectos influenciam sobre a sua masculinidade?
Plácido Medrado – Antes de falar sobre o homem moderno e masculinidades é importante falar sobre a construção social do que é “ser homem”. O ser homem pautado na ideia do patriarcado, da virilidade e da performance ainda é muito presente em nossa cultura cishetenormativa. O que nos leva a pensar não somente nessa concepção, mas em outras possibilidades de “ser homem”. O homem moderno caminha rumo ao autodescobrimento de sua masculinidade, não aquela ideia conservadora (patriarcal, machista, e heterossexual) mas, também, outras concepções. Por exemplo, homens gays, homens bissexuais, homens transexuais expressam sua masculinidade de outras formas. Vejo que os aspectos que influenciam a construção das masculinidades (sim! falamos no plural pelas diversas possibilidades de ser homem) são dentre outras, a história da sociedade e as concepções das religiões.
En(Cena) – O que te levou a direcionar seus estudos e atuações para a área de assistência social, sexualidade e gênero?
Plácido Medrado – Bom, primeiramente meu lugar de falar é de psicólogo, cisgênero, homossexual, pardo, defensor do SUS e SUAS. Minha atuação no SUAS (Sistema Único de Assistência Social) foi bem por acaso, surgiu a oportunidade, estava recém formado e fui de braços abertos a aprender. Gosto bastante da Assistência Social, pois me possibilita sair um pouco daquele modelo clínico da psicologia (sala fechada – 50 minutos) e me permite conhecer e intervir no sofrimento humano, através do conhecimento da comunidade em um contexto bem complexo, a vulnerabilidade social. Sobre sexualidade e gênero, no momento participo de um grupo de estudos sobre tal tema e sempre tive afinidade com tais temáticas. Vejo a sexualidade e as questões de gênero presente em diversos contextos (saúde, educação, assistência social, academia) mas por ainda ser um tabu, pouco é dialogado sobre isso.
En(Cena) –Plácido, em sua atuação profissional, quais são os maiores embates no desenvolvimento da psicologia de gênero? E o acesso ao conteúdo masculino?
Plácido Medrado – Bem, para falar sobre isso, acho importante dizer que desconheço uma Psicologia de Gênero, o que há é o gênero enquanto área de conhecimento e pesquisas, não somente na ciência psicológica, mas também em diversas áreas e profissões (serviço social, medicina, enfermagem, direito etc). É muito complexo falar de gênero, porque a nossa cultura binária (ou você é homem ou você é mulher) está tão enraizada na nossa sociedade que soa como uma barreira social. Ademais, nota-se ainda o fato de muitas pessoas por suas crenças individuais estarem fechadas para discussão de gênero. O acesso ao conteúdo do masculino, tenho visto fortemente através das redes sociais. Atualmente, devido a pandemia, há grupos de homens online (às vezes somente para homens) com objetivo de repensar nossas masculinidades. Ainda temos campanhas educativas como o “Novembro Azul”, pautando na ideia do autocuidado do homem e prevenção Câncer de Próstata.
En(Cena) –A partir dos seus estudos e experiências, qual relação do machismo sob a sexualidade masculina na atualidade? E quais dificuldade ainda se é enfrentado diante da campanha ‘Novembro azul’?
Plácido Medrado – O machismo na minha opinião é uma construção social, no qual o homem vive naquela cultura do patriarcado, de ser superior a mulher, de ser viril, de ser forte o tempo todo, de não falhar, de não chorar e sempre performar seus aspectos masculinos. Este machismo acaba construindo um homem que menos fala sobre seus sentimentos, menos procura ajuda médica e psicológica e reflete na violência contra mulher e na LGBTfobia. O machismo acaba que gera/gerou um padrão “correto e conservador” de ser homem, a saber: o homem cisgênero e heterossexual. Há diversas dificuldades que ainda estamos vivenciados quando o assunto é “Novembro Azul”, por exemplo o tabu quando o assunto é sexualidade, o estigma que homem não pode ser sensível, o exame de toque retal e ainda o autojulgamento do homem como pessoa invulnerável e que não requer cuidados. Há muito o que ser pesquisado e construído quando o assunto é o autocuidado do homem.
En(Cena) –A população de Palmas tem conhecimento dos recursos e assistência oferecidos em psicologia, saúde e assistência social no município? Campanhas como ‘novembro azul’ são eficazes?
Plácido Medrado – Bem, como hoje em dia estamos vivenciando um era tão tecnológica e digital, tenho visto fortemente a campanha do Novembro Azul nas redes sociais, através de postagens, textos reflexivos e lives. Acredito que a Campanha Novembro Azul é muito importante e válida, porém ainda falta alcançar muitos homens que não acessam os serviços de atenção básica por exemplo. Conforme, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, o homem acessa mais os serviços de atenção especializada (urgência/emergência, CAPS Ad, por exemplo) do que a atenção básica, o que sugere pouca prevenção e apenas a busca no momento da doença. Tenho percebido que a Psicologia nos serviços de saúde é bem solicitada, o que denota prévio conhecimento da comunidade. Porém quando falamos em termos da política de Assistência Social ainda falta a comunidade entender o que faz o Psicólogo nos equipamentos do SUAS podem realizar, para além daquele modelo tradicional da Psicologia clínica.
En(Cena) –Quais meios e como você considera eficaz para que a população possa ter maiores informações a respeito de sexualidade masculina, machismo, novembro azul e outros?
Plácido Medrado – Penso inicialmente, seria a necessidade do diálogo sobre tais temas no contexto familiar, pois estamos vivenciando uma era digital, onde tudo é virtual e o contato presencial firma à margem do seio familiar. Vejo também a necessidade de falar sobre esses assuntos através de rodas de conversas, fóruns, palestras e conferências nos espaços escolares, acadêmicos e na própria comunidade como um todo. Falar dessas temáticas não é uma tarefa fácil, há polêmica, há resistência das pessoas e ainda há muitos tabus.
En(Cena):Quais medos o homem moderno pode enfrentar? Há espaço de fala e enfrentamento dessas questões?
Plácido Medrado – Partindo da ideia que medos são estados afetivos frente a situações que lhe gera perigo. Os medos do homem moderno são permeados pelo machismo que nos rodeia, é ser machista sem notar-se, é ser menos homem por aproximar-se de tudo aquilo que é feminino. É poder expressar sua masculinidade, sem ser visto como homem frágil, sensível e emotivo. É dar conta de tudo (mas será que consegue mesmo sozinho?) Medo de ser homem e sentir atração sexual/romântica por outro homem e sofrer preconceitos e represálias sociais. Medo de ficar só (porque a ideia de prover o sustento da família é muito presente), medo do tal exame de toque retal (ah porque a próstata é um órgão masculino que permite prazer e sentir prazer anal é coisa de homossexual) Enfim são vários medos, cada homem com o seu. Sobre os espaços de fala, há poucos espaços para isso, há necessidade de criação de grupos terapêuticos de homens para falar sobre as questões do “ser homem” nos ambientes de saúde, comunitários e escolar. Visando, principalmente, refletir e descontruir toda essa ideia do machismo que está impregnado na sociedade que caminha para ser mais contemporânea.
En(Cena) – Quais contribuições acadêmicas você considera relevantes para a formação de profissionais capacitados para colaborarem com a luta pela desconstrução do machismo e para o maior diálogo de questões de gênero e masculinidades ?
Plácido Medrado – Bom, acredito que há necessidade de falar sobre as questões de gênero na academia desde o começo, abordando a importância de conhecer as questões sociais envolvidas nessa temática de gênero e masculinidades. Acredito também que seja importante conhecer pesquisas sobre o assunto. Sendo uma boa indicação os estudos que a pesquisadora Valeska Zanello tem trazido para a contemporaneidade. A luta pela desconstrução do machismo é diária. E para trabalharmos nisso precisamos conhecer o assunto e pensar possibilidades de superação de machismo. Possibilidades que vão desde o diálogo no ambiente familiar até as universidades, não se restringindo ao contexto de saúde, mas para a comunidade como um todo.
En(Cena) –Quais barreiras históricas, culturais e políticas influenciam na identidade do homem da atualidade?
Plácido: São diversas e distintas. Vão desde a construção histórico e arcaica da sociedade até a ideia do momento da existência de grupos terapêuticos no Brasil para desconstrução/reconstrução de masculinidades.
En(Cena) – Quais dicas e orientações você considera importantes ressaltar para os acadêmicos de psicologia a fim de contribuírem nesta luta?
Plácido Medrado – Esse espaço para falar sobre masculinidades, machismo e equidade de gênero proposto pelo Encena é muito importante. Considero importante ainda aos estudantes de psicologia, estarem sempre atentos ao adoecimento psíquico do ser humano, observando sob a perspectiva de gênero e sexualidade, pois somos um todo e assim que devemos ser vistos. Ao ignorarmos as questões de gênero estamos caminhando para não entender a total realidade do sujeito. Como Psicólogo sugiro leitura da Política Nacional de Atenção à Saúde Integral do Homem (PNASIH), as excelentes pesquisas e o livro “Saúde Mental, gênero e dispositivos” da Valeska Zanello, além do documentário “O silêncio dos Homens”.
“Agradeço o convite para esta entrevista e também esse espaço de falar. Deixo a reflexão que enquanto pessoas e profissionais da Psicologia precisamos entender nossos julgamentos e atitudes que por vezes são tão machistas frente a algo que acabam potencializando, seja um sofrimento emocional individual ou até mesmo coletivo. Precisamos pensar juntos que a possibilidade de ser e existir enquanto homens, são múltiplas e cada um tem à sua própria masculinidade. Você homem, já descobriu a sua?”
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Novembro Azul alerta para os cuidados com a saúde dos homens
Campanha desperta atenção integral à saúde dos homens e prevenção dos cânceres de pênis, próstata e boca em homens
Criado em 2003, com o objetivo de conscientização do câncer de próstata e alertar os homens da importância do diagnóstico precoce, o Novembro Azul atualmente trata-se de uma campanha sobre os cuidados com a saúde integral do homem. No Tocantins ações alusivas a estes cuidados serão fomentadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), junto aos 139 municípios do Estado.
O gestor em saúde, da área técnica de Saúde do Homem (SES), Tárley Abdalla explica que “as ações da SES acontecerão através de plataformas digitais, com realização de assessorias e conferências entre outras. Todo material será baseado na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (Pnaish) do Ministério da Saúde (MS) a qual trabalha para que as doenças crônicas sejam detectadas e tratadas em tempo hábil para que não resultem em morte”, afirmou.
Para o MS, novembro é oportuno para sensibilizar os homens e os profissionais de saúde quanto às ações do autocuidado e cuidado integral considerando os fatores socioculturais relacionados à masculinidade e ao adoecimento. Há pouco mais de dez são aplicadas estratégias que abordem as dimensões amplas da vida dos homens bem com as vivências familiares e laborais, prevenção de violências e os acidentes, promoção do autocuidado, prevenção de doenças crônicas e infectocontagiosas.
Fonte: Fotógrafa Raiza Milhomem
Dados do MS mostram que em homens, o câncer de próstata representa 29,2%, seguidos dos de cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e da cavidade oral (5,0%). O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no triênio de 2020-2022, para cada ano, 65.840 casos novos de câncer de próstata surgirão, valor que corresponde a um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.
Outro tipo de câncer com menor incidência, mas com aumento de casos quer preocupa os especialistas em saúde é o câncer de pênis. A doença atinge 2,1% de todas as neoplasias masculinas, com um percentual maior de casos nas regiões Nordeste, Norte e Centro Oeste, de 5,7%, 5,3% e 3,8%, respectivamente. Segundo o INCA, entre 2018 e 2019, ocorreram mais de duas mil mortes e aproximadamente três mil amputações por câncer de pênis, sendo aproximadamente 50% dessas cirurgias realizadas nas regiões Norte e Nordeste do país.
A novidade da campanha deste ano é o alerta ao câncer de boca. Dados do INCA apontam que no Brasil, somente em 2017, ocorreram 4.923 óbitos em homens e 1.372 óbitos em mulheres, esses valores correspondem ao risco de 4,88/100 mil homens e 1,33/100 mil mulheres.
Fonte: Fotógrafa Raiza Milhomem
Dados
Dados do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) indicam que o Tocantins registrou em 2019, 1 caso de câncer de boca (homens); 2 de pênis e 127 de próstata. Até outubro de 2020 foram 1 caso de câncer de boca, 2 de pênis e 41 de próstata.
Números divulgados pelo MS sobre as taxas brutas de mortalidade por câncer de pênis, próstata e boca, por 100.000 homens, de 2014 a 2018, no Tocantins, são de 0,63 16,29 2,16, respectivamente.
Sugestão de legendas
– Campanha visa saúde integral dos homens com diagnósticos precoces de doenças
– Exames anuais são a recomendações dos especialistas em saúde