Transição de carreira: o que fazer quando o que você faz, já não faz mais sentido?

Compartilhe este conteúdo:

O que fazer quando o que você faz, já não faz mais sentido?

Mohamed Hassan/Pixabay

Seja por insatisfação pessoal, pouca perspectiva de crescimento ou saturação de mercado, um número cada vez maior de pessoas tem considerado mudar de carreira.

Mais ou menos aos 17 anos de idade precisamos tomar uma decisão que pode mudar todos os rumos da nossa vida. Quando precisamos escolher a faculdade ou a profissão que seguiremos como trabalho para pagar os boletos da vida adulta. Mais ou menos aos 17 anos de idade há também uma imensa parcela da população que não escolhe a profissão, e pega o que dá, mesmo assim tal escolha te força seguir um caminho que pode te trazer alegrias, realizações e felicidades ou te trazer agonia, stress, infelicidades e até doenças.

Foi assim que me vi aos 17 anos de idade escolhendo o curso que mudaria a rota da minha vida. Ao perceber oportunidades que não teria se escolhesse outro curso, prestei vestibular para agronomia, curso que aprendi a respeitar e carrego com orgulho o título de engenheiro agrônomo, devido aos 5 anos de faculdade percebendo quão rico e cheio de oportunidades é o agro brasileiro, mas acima de tudo, de ver pessoas que tem brilho no olho de fazer a lida com o campo no agronegócio. O que não observava em mim, mesmo assim segui pela oportunidade que me foi dada por quase 10 anos na carreira de agrônomo em multinacionais do agronegócio.

Logo após a formatura me inscrevi em um programa de trainee em uma multinacional francesa, passei dentre os quatro mil candidatos na época. Isso reforçou meu início de carreira, mesmo não me observando com o brilho nos olhos que alguns colegas de profissão tinham, me encontrei em uma empresa que valorizava pontos fortes meus, como de empatia, autorresponsabilidade e orientação para pessoas. Nessa época em uma viagem a trabalho de carro, repensando minhas escolhas me autobatizei de “apoiador de pessoas” e segui com um pouco mais de brilho nos olhos como realização profissional, achando algum sentido ali.

Importante citar que profissionalmente tive oportunidade de acessos que nunca havia passado na minha cabeça que vivenciaria. E ali experimentei um pouco do que o poder aquisitivo pode fazer na vida da gente. Ao mesmo tempo que ficava agoniado com a vida que estava criando. Me tornava então cada vez mais envolvido subindo na carreira de forma rápida: de trainee à supervisor, de supervisor à coordenador, de coordenador à gerente. Me via cada vez mais sem saídas para uma transição de carreira que já desejava desde a graduação, ao mesmo tempo era grato pela oportunidade de mudança de vida e boletos pagos. Tal duplicidade já cobrava minha saúde mental desde o primeiro ano. Crises de ansiedade que não fazia ideia do que se passava na época, idas ao pronto socorro com dores no peito e início de medicação contra sintomas ansiosos. Permaneci na carreira, mesmo com intempéries, pois a subjetividade da vida não é simples como uma reta ou decisões de segunda-feira.

Ao completar trinta anos de idade, chegava infeliz no que fazia, porém fazia bem e já sabia quase tudo do que era necessário para seguir com vitorias profissionais na área, o que acabava me fixando ainda mais no dia a dia que não me pertencia. Quando num súbito me imaginei chegando aos 40 anos de idade seguindo o trilho que estava seguindo e não consegui aceitar que seria esse meu destino. Um destino que não era ruim no mundo capitalista que vivemos: altos salários, acessos e status garantidos, mas não fazia sentido no meu interno o dia a dia e sentia uma parte de mim morrer diariamente. Eu sentia que podia entregar mais de mim a sociedade e que o “apoiador de pessoas” só ali para uma equipe de uma dúzia de pessoas não estava mais fazendo sentido.

Retornei ao Gabriel de dezessete anos de idade, idealizador, ajudador, empático, correto e sensível e tive um insight, uma memória dessa época. Eu observando um livro chamado “Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal” e lembrei como aquele livro se tornou grande na minha mão, ao mesmo tempo que olhei para minha estante de livros aos 30, e noventa por cento dos livros eram de psicologia. Me deparei com uma versão minha, que ficou na gaveta (ou na prateleira) por tantos anos, me ajudando a ascender na carreira como gestor de pessoas, mas que tinha tanto mais a oferecer como um “ajudador de pessoas” pode fazer. No mesmo dia me inscrevi para a prova de psicologia e a transição de carreira, nada-fácil, começou.

Para iniciar uma nova vida é necessário morrer para a outra, e talvez aceitar que você precisará se desfazer de muita coisa que demorou anos para construir não é nada fácil. Mas desde já quero deixar claro que mesmo passando pelo deserto de uma nova jornada, foi a melhor decisão que fiz até o momento em minha vida. Deixar emprego, salário, segurança financeira, apartamento, cidade, relacionamentos precisa mais do que um ato de coragem, precisa de confiança no processo. Ah, o processo… é doloroso por muitas vezes. Pois você se depara com outras versões suas e outras versões das pessoas, e por muitas vezes percebe que algumas pessoas gostam mais do seu bom momento, ou do status que você pode garantir a elas, do que necessariamente de você. E por pior que seja se deparar no começo com isso, é um ótimo momento para se desfazer de pessoas toxicas e usurpadoras do seu redor. Algo que aprendi nesse processo é que com a turma certa, você brilha diferente. À isso também sou grato.

Estou trazendo muita gratidão pois estou no final da jornada, mas o ideal é colocar o pé no chão e planejar. Ouvi tantos relatos quanto pude sobre transição de carreira no Youtube, Instagram, TikTok, Spotify e qualquer buraco que encontrava alguém que venceu a transição, anotei todas aquelas “5 dicas para transição de carreira” que a gente encontra com pesquisa rápida no google ou buzzfeed. Cada relato me fazia mais corajoso, mais planejado e mais preparado, mesmo assim encontrei dificuldades no meio do caminho que não havia ouvido nos relatos. Mas como diz o viajante, o caminho é só um: em frente. O que me fez permanecer no “em frente” foi o panejamento minucioso que fiz, principalmente o financeiro. Transacionar de carreira pode demorar mais do que o esperado, então conte com isso. Junte dinheiro o bastante para pelo menos mais seis meses do que é sua pior expectativa. Busque uma rede de apoio confiável, pois em momentos de exposição social a rede de apoio pode se esvairá. Por isso rebato na tecla de planejamento financeiro como um dos pontos primordiais para a transição funcionar.

Outro ponto importantíssimo além do planejamento financeiro, é seu estado de saúde mental. Você precisa estar bem para tomar tais decisões, porque acredite, você vai gastar todo seu estoque de serotonina, ocitocina e quase todos os recursos mentais possíveis, pois será novamente uma passagem ao deserto. Será importante ter rede de apoio para rir, se distrair e chorar as pitangas. Se no processo perder pessoas que gostavam mais da sua “fase boa” do que de você, vai perceber que ao redor tem muita gente divertida e confiável para fazer novas relações, aproveite o embalo de transição de carreira e veja sobre uma possível transição de pessoas. Aconteceu muito comigo, encontrei novas melhores pessoas em cada esquina nova que conhecia. O mundo é imenso e cheio de gente boa!

De forma prática, contabilizei num papel em branco todos os meus gastos fixos, como financiamento, alimentação, contas de casa, gasolina, faculdade e todos os pequenos gastos que nem percebia no dia a dia. Separei uma quantia para continuar a vida como era, um apego ao meu estilo de vida, com ir ao restaurante que gosto, ou ir em um pub com amigos algumas vezes no mês. Separei ainda uma parte para viagens e possíveis coisas fora do planejamento, como manutenções não planejadas do carro ou da casa. Tive também que ter uma conversa séria comigo mesmo, e bater o martelo em não emprestar dinheiro, ou dar dinheiro a amigos e família, além de desistir de dar presentes caros. O que foi tema de inúmeras sessões com meu psicólogo. Reforço, saúde mental nesse processo é imprescindível, priorize!

Cada um colocará no papel a sua realidade de vida, e com isso construir seu planejamento a partir do que consegue. Dá pra fazer com muito menos do que trouxe como exemplo, como esse apego a ir ao restaurante e nas viagens que sempre gostei de fazer, mas para minha saúde mental esse ponto era necessário. Cheguei no valor mensal que custaria minha vida e multipliquei pelos anos que precisaria para ter a transição mais saudável possível. Me assustei com o valor final. Fique em posição de raposa empalhada alguns minutos, pensei em desistir mais vezes do que puxava o ar para respirar. Puxei o ar novamente e escolhi seguir em frente. Nunca havia conseguido juntar aquele valor na vida, nem no meu momento de melhor salário, mas segui confiante e consegui juntar um pouco a mais do que havia planejado.

Para conseguir o valor, recorri a tudo o que podia, salário, comissões, venda de alguns objetos, mudança para apartamento menor, economia dali e daqui. Replanejei meus gastos com cartão de crédito, cancelei os que tinha e permaneci com apenas um banco. Me mudei de cidade para diminuir gastos, cancelei os vários streamings que quase não usava e mantive o foco no que importava. Nesse momento estava tão obcecado quanto Natalia Arcuri com os centavos de diferença de um detergente para o outro. E essas economias me ajudaram a montar esse novo jeito de olhar para as coisas, com economia em tudo, tentando não perder qualidade e milagrosamente conseguindo.

Fato é que após alguns anos nessa vida, estou na reta final, me transformando no que sempre fui, frase importante de alguns teóricos da psicologia e filosofia, que hoje faz tanto sentido para mim. O fato de transacionar de carreira me deu forças para repensar toda a minha vida, aproveitar e fazer inúmeras mudanças, no trabalho, no meu jeito de ser, no meu jeito de ver o mundo, de fazer amizades, no meu jeito de relacionamento com amores, com família e com a sociedade. Tive a oportunidade de voltar a “ser” aquelas qualidades que o Gabriel de dezessete anos tinha que na bagunça da vida foi se perdendo. Hoje após essa Metanoia sigo mais forte do que nunca, indestrutível como na música e invencível como ser quem se é. Se pudesse resumir em palavras chaves, seriam: coragem, planejamento financeiro, saúde mental e individuação (que é se tornar quem se é). Te desejo sorte!

Compartilhe este conteúdo:

Danila Silva: é preciso ampliar os horizontes e apaixonar-se pela vida

Compartilhe este conteúdo:

29O (En)Cena entrevista a acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Danila Lima de Moura Silva, 39 anos, casada, mãe. Pedagoga/Neuropsicopedagoga/ e acadêmica do 8º período de Psicologia, funcionária pública estadual na área da educação. A entrevistada se apresenta como uma pessoa apaixonada pela vida, pelos processos, enxerga beleza no que a vida a presenteia, tanto nos pontos positivos como nos negativos.  

Danila ama a sua família e ressalta: “Eles são parte de mim, é muito gratificante caminhar com eles.  Sou cuidadosa, parceira, possuo humor e ao mesmo tempo luto contra uma irritabilidade sem causa (risos), tenho como balizadora da minha vida a fé Cristã, e vivo, caminho crendo no que ela profere. Amo viajar, descobrir novas coisas, sabores, costumes, gosto da diversidade das coisas e da capacidade que o ser humano tem de respeitar e conviver com todas elas, se assim o quiser. Tenho uma relação forte com a comida, com o sono e com atividades físicas, gosto de pensar no futuro, fazer planos, conquistar coisas. Enfim, gosto da minha história e do que tenho construído, que para muitos não é muita coisa, mas que para mim é o que consegui”.

Confira este e outros detalhes na entrevista abaixo. 

 

(En)Cena – O que te motiva a fazer psicologia já em uma fase mais amadurecida da vida?  

Senti a necessidade de “mexer o doce”, o lugar em que eu estava não me cabia mais, precisava ampliar novos horizontes e vi na psicologia uma oportunidade de começar uma nova jornada, agregando coisas que para mim fazia sentido (estudar, ajudar pessoas e ganhar dinheiro com isso)

 

Qual área de atuação você pretende focar depois da formação? 

Ainda estou em dúvida, talvez na área familiar, principalmente casais.

 

Qual dica você deixa para quem pretende cursar psicologia? 

Aconselharia que a pessoa tivesse muita certeza de quem é, quais são os seus reais princípios, quais são as reais visões que possuem de si mesmo e do mundo.

Que aspectos internos foram mobilizados em sua vida a partir do curso?  

A questionar meus pensamentos distorcidos, respeito a dor e os processos das pessoas. Não se sentir responsável pelo processo do outro e entender que cada um tem a sua toada.

 

Como é a experiência de conviver no curso com pessoas de diferentes idades e perspectivas? 

É engraçado, mas é gratificante. Quando sentamos naquela cadeira nos equiparamos de certa forma, e em relação às perspectivas, se não temos certeza de quem somos nós, podemos entrar em crise, mas entendemos que somos subjetivos e isso se torna até atraente.

Quais os maiores desafios enfrentados na pandemia relacionado à formação acadêmica? 

Não enquadro nesses aspectos de enfrentamento, amei as aulas online, os professores não deixaram a qualidade do ensino cair em nada, e para mim foi super tranquilo todo esse processo. Inclusive em algumas disciplinas até preferiria que continuasse assim.

 

Qual mensagem você deixa para os nossos leitores? 

Uma frase até clichê (risos): A vida é muito interessante, tem muitas possibilidades, nunca se compare a ninguém, aceite a sua medida e seu compasso.

Compartilhe este conteúdo:

CAOS 2021 – Mesa redonda aborda a saúde mental dos profissionais da saúde

Compartilhe este conteúdo:

No dia 03 de novembro, primeiro dia do Congresso Acadêmico de Psicologia, teve como encerramento da programação diária o lançamento do livro “Psicologia Inclusiva na Prática”, contando com a participação da Profa. Me. Ana Letícia Odorizzi, no qual começou às 18h30, sob a mediação da acadêmica Maria Isadora. Em seguida, ocorreu uma mesa redonda com o tema “Saúde Mental dos Profissionais da Área da Saúde em Perspectiva – Desafios e Oportunidades Perante o COVID”, iniciando às 19h, contando com a participação da psicóloga Almerinda Maria Skeff Cunha e o psiquiatra Leonardo Rodrigues Baldaçara. O evento foi transmitido pelo YouTube, sob a mediação dos acadêmicos do curso, Marcelo Pinheiro e Fabíola Bocchi.

Há mais de um ano nos encontramos inseridos no contexto pandêmico, no qual vêm representado através dos dados informativos, alto índices de adoecimento psíquico decorrentes dos fatores proporcionados por este cenário. Diante disso, encontram-se os profissionais da área da saúde inseridos neste grupo em que se depara com uma essa desestrutura emocional.

Fonte: Divulgação CAOS

No decorrer do evento foram apontadas questões, no qual partem da importância da atenção para com os profissionais de saúde, principalmente em situações de “desastre”. Um ponto levantado pelos convidados da mesa foi sobre a necessidade de uma escuta adequada com aquele que está em sofrimento. Outro momento trouxe uma fala “cuidar de quem cuida”, e com isso exemplificou a importância da atenção com o ambiente de trabalho e a carga que o mesmo tem para os que estão à frente do mesmo.

O encerramento do primeiro dia do CAOS trouxe perspectivas abrangentes a respeito dos cuidados para com os profissionais da área da saúde, como também esclarecer sobre levar em consideração os adoecimentos como adoecimentos, além de despertar interesse nos participantes a respeito do que foi explanado na transmissão. Outro ponto a ser destacado, é sobre a oportunidade de compartilhar informações diante da área da psicologia, trazendo visões de diferentes contextos, tornando assim o evento mais enriquecido. Para participar das demais programações, basta inscrever-se no site.

Compartilhe este conteúdo:

Perspectivas e Apostas: uma conversa com Tássio de Oliveira

Compartilhe este conteúdo:

Psicólogo recém-formado pelo CEULP/ULBRA, piauiense de 22 anos, no Tocantins há 5 anos, Tássio de Oliveira recebeu o Portal (En)Cena para falar sobre o trabalho em Saúde Mental desenvolvido junto às comunidades indígenas no Estado do Tocantins, além de responder a questões ligadas a arte e outras formas de expressão e suas implicações.

Tássio de Oliveria em suas atividades. Foto: Rodrigo Gomes

(En)Cena – Sobre a Saúde Mental e a forma de enxergar e lidar com as questões contemporâneas dessa atividade, porque você buscou essa área e também quais suas impressões sobre o serviço em saúde mental hoje?

Tássio de Oliveira – Acredito que a idéia que se tem hoje em Saúde Mental, motiva não só a mim, mas a muita gente que aposta em uma idéia de que é possível tratar a pessoa com transtorno psicossocial sem necessariamente tirá-la do convívio com outras pessoas. Acho que isto é o principal atrativo hoje.

(En)Cena – Sobre os CAPS e essa nova abordagem como você enxerga a trajetória e a situação atual do serviço em Saúde Mental?

Tássio de Oliveira – Eu acho que o CAPS tá se tornando conhecido como um ‘novo lugar de louco’ mas o mais importante é que ele não está se tornando um ‘depositário de pessoas’ que é como ficaram tachados os asilos e outras instituições ligadas a Saúde Mental em outros cenários e épocas. É uma outra mentalidade que traz também uma outra forma de trabalhar, está sujeita ao mesmo processo mas traz algo diferente.

(En)Cena – Tássio, o trabalho de atenção em saúde mental voltado ao indígena mostraria algumas destas diferenças?

Tássio de Oliveira – As diferenças se dão na forma de trabalhar os elementos culturais. Deve-se respeitar o contexto de cada tribo, os costumes. Nas aldeias se verificam dificuldades da equipe realizar procedimentos de imunização por exemplo, ou de exames em pacientes do sexo feminino, o que tem de ser compreendido. A grande dificuldade talvez resida em ligar com outros problemas como, por exemplo, o consumo de álcool cada vez maior. Mas o conceito é o mesmo, cada indivíduo tem sua trajetória.

(En)Cena – Para você o que é trabalhar com saúde mental?

Tássio de Oliveira – Trabalhar Saúde Mental para mim é um movimento dialético de construção e desconstrução. É buscar formas de se expressar, é compreender que a figura do louco durante muito tempo foi o extremo da diferença e também durante anos foi alvo de discriminação e dizer para o mundo que as pessoas têm de começar a aceitar a convivência com pessoas com transtornos e admitir estas especificidades é que valoriza e compõe este trabalho.

(En)Cena – E o que te move dentro desse processo de construção e desconstrução?

Tássio de Oliveira – Para mim não importa onde estamos, seja em um serviço ligado diretamente a Saúde Mental ou em outro setor da sociedade, todos temos um compromisso com a sociedade em buscar transformar a realidade a partir de sua atuação, então buscar essa relação é algo que vem a partir deste pensamento.

(En)Cena – E o que você colocaria em evidência, literalmente em cena, hoje sobre Saúde Mental?

Tássio de Oliveira – Para mim as aproximações dos mecanismos culturais, políticos e artísticos da proposta que existe hoje para a condução da discussão sobre Saúde Mental, tudo pode ser entendido como maneiras de expressão e apreensão. Então considero que toda a proposta que agregue isto é bem-vinda e deve ser entendida não só como alegoria, mas como algo fundamental

Compartilhe este conteúdo: