Cerca de 7 mil pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, no Tocantins, em 2019, o que correspondia a 0,6% da população adulta, maior de 18 anos. Os dados divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – Quesito Orientação Sexual, que investigou pela primeira vez essa característica da população brasileira, em caráter experimental.
Em 2019, havia cerca de 1,1 milhão de pessoas de 18 anos ou mais no estado do Tocantins. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde, desse total, 96,3% se declararam heterossexuais; 0,6% homossexuais ou bissexuais e 3,0% não sabiam sua orientação sexual ou não quiseram responder, correspondendo a um total de 34 mil tocantinenses.
“O número de pessoas que não quiseram responder pode estar relacionado ao receio do entrevistado de se autoidentificar como homossexual ou bissexual e informar para outra pessoa sua orientação sexual”, analisa a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Na Capital, Palmas, havia aproximadamente 213 mil adultos, em 2019. Conforme a pesquisa, 96,4% (206 mil) se declararam heterossexuais, 1,6% (3 mil) homossexuais ou bissexuais e 1,9% (4 mil) se recusaram a responder ou não sabiam sua orientação sexual.
Fonte: encurtador.com.br/aiqIS
Cenário nacional No país, 2,9 milhões de pessoas se declararam homossexuais ou bissexuais, o que correspondia a 1,8% da população adulta, maior de 18 anos. No Sudeste o percentual foi de 2,1%, no Norte e no Sul 1,9%, no Centro-Oeste 1,7% e no Nordeste 1,5%. Entre as Unidades da Federação, o percentual chegou a 2,9% no Distrito Federal, 2,8% no Amapá e 2,3% no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Amazonas.
Conforme a pesquisa, 94,8% dos brasileiros adultos se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7% bissexuais; 1,1% não sabiam sua orientação sexual; 2,3% não quiseram responder; e 0,1% declararam outra orientação sexual.
Os percentuais obtidos para os estados e as capitais não devem ser comparados, pois não são considerados significativamente diferentes entre si em função do intervalo de confiança dessas estimativas.
Fonte: encurtador.com.br/irtK2
Censo 2022 Perguntas sobre orientação sexual e identidade de gênero não foram incluídas nos questionários do Censo Demográfico 2022, porque a metodologia de captação das informações permite que um morador possa responder por ele e pelos demais residentes do domicílio. “Pelo caráter sensível e privado da informação, as perguntas sobre a orientação sexual de um determinado morador devem ser respondidas por ele mesmo”, explica o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
Cimar destaca que o IBGE entende a importância do tema e está atento à demanda da sociedade por esses dados. Por isso, desenvolveu na PNS, uma das maiores e mais importantes pesquisas de saúde no Brasil, questão específica sobre a orientação sexual. A metodologia da PNS viabiliza o estudo desse tipo de dado.
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Acadêmica de Psicologia é premiada no 13º concurso Marisa Decat Moura
10 de setembro de 2021 Andréia Nogueira Alves Teles
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Diane Karen Lopes é estudante do décimo período do curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA. Ingressou no ano de 2015 e ao longo da sua vida acadêmica tem desenvolvido o seu interesse pela pesquisa, tendo participado do Projeto de Iniciação Científica, da mesma instituição, onde o seu trabalho resultou em 2018 na premiação de primeiro lugar como Jovem Pesquisadora na área de ciências humanas na 18ª Jornada de Iniciação Científica, um evento que incentiva e valoriza a pesquisa no âmbito acadêmico.
Nessa fase final em que o estudante desenvolve o seu trabalho de conclusão de curso-TCC, Diane demonstrou interesse em dar continuidade ao seu viés de pesquisadora e como área de estudo escolheu a psicologia hospitalar, pois considera seguir para um mestrado logo após a sua graduação. Sob a orientação da professora doutora Renata Alves Bandeira realizou o seu trabalho voltado para o “adoecimento psíquico dos profissionais que prestam cuidados intensivos”, mas o objetivo era fazer desse estudo algo muito maior, que pudesse ser aplicado na realidade prática do contexto desses profissionais e publicado para fins de conhecimento e análise.
A estudante pesquisadora viu no XIII Congresso da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH) ocorrido em 01 a 04 de setembro do corrente ano, a oportunidade de publicar a sua pesquisa, submetendo o seu trabalho ao concurso do 13º prêmio Marisa Decat Moura, sócia-fundadora da SBPH e homenageada do evento, em memória, que qualificava a inovação nos trabalhos científicos nessa área de atuação da psicologia.
Fonte: encurtador.com.br/hyGP8
O trabalho de Diane que inicialmente estava concorrendo à categoria pesquisador júnior do prêmio, que abrangia os acadêmicos ou com formação recente em psicologia, em análise da comissão para a classificação foi elevado à categoria sênior, que seria para psicólogos com maior tempo de formação, em razão da qualidade do estudo apresentado.
Diane Karen Lopes foi premiada em segundo lugar no 13º prêmio Marisa Decat Moura, que significa mais que uma menção honrosa e um valor em dinheiro, mas sim um reconhecimento por todo o empenho dessa estudante pesquisadora, que deu seus primeiros passos na academia, mas que segue em busca de mudanças na sua área de conhecimento que é a psicologia, por meio da pesquisa, de modo a contribuir para avanços e mudanças, no que se refere a prática do profissional psicólogo.
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Estudo aponta importância do bem-estar mental nas viagens pós-pandemia
Pesquisa da Collinson traz dados exclusivos do Brasil e mostra quais propostas de bem-estar mental serão essenciais para ajudar os passageiros a voltarem a voar
Nova pesquisa revela que os passageiros tendem a considerar o bem-estar mental tão importante quanto o físico em um cenário de viagens pós-pandemia. O estudo “Jornada de Retorno” foi realizado pela Collinson, especialista global em fidelização de clientes e experiências dos viajantes, e traz dados inéditos de dois levantamentos feitos pela empresa em 13 países, incluindo um recorte dedicado ao Brasil.
A conscientização da sociedade e a importância da saúde mental aumentaram drasticamente nos últimos anos, e não é diferente quando se trata de viagens. No âmbito global, a pesquisa mostra que, a partir de agora, 73% dos passageiros vão priorizar mais seu bem-estar mental quando viajarem do que antes da Covid-19. No Brasil, esse percentual chegou a 90%.
O estudo demonstrou que os entrevistados do Brasil foram os mais preocupados com a saúde, os tornando mais propensos do que os dos outros países a pagar por serviços adicionais para melhorar seu bem-estar no aeroporto – quase metade (44%) disseram que pagariam por espaço extra para as pernas no avião, enquanto 41% pagariam por embarque prioritário. Os serviços pelos quais os brasileiros teriam mais probabilidade de pagar, em função da Covid-19, seriam os testes no embarque e desembarque no aeroporto. Quarenta e sete por cento relataram que pagariam pelo teste no desembarque, enquanto 53% disseram que o fariam no embarque. Mais pessoas no Brasil pagariam por testes no aeroporto do que em qualquer outro país, indicando uma demanda reprimida por viagens internacionais dos consumidores brasileiros.
Fonte: encurtador.com.br/kmwDL
Para Henrique Donnabella, Diretor Geral da Collinson Brasil, os dados demonstram que os brasileiros foram os mais preocupados em ter os protocolos de saúde e distanciamento social corretos antes de se sentirem confortáveis em viajar novamente. “Esses percentuais, provavelmente, decorrem de dois importantes fatores que estão diretamente relacionados a pandemia: 1) o medo da contaminação, tendo em vista que o Brasil foi severamente impactado pelo Covid 2) o medo da não aceitação, tendo em vista que o brasileiro está sofrendo restrições importantes para entrada em outros países. Os resultados mostram o que os passageiros procuram para ter confiança neste momento, além de fornecer uma visão dos problemas que já enfrentavam em suas viagens, antes da pandemia. Ambos os conjuntos de descobertas são necessários para se obter o panorama mais completo para ajudar o setor a se recuperar”, enfatiza.
Embora já houvesse uma preocupação entre os viajantes sobre o impacto que as viagens estavam tendo sobre seu bem-estar físico, 81% disseram que a pandemia aumentou essas preocupações. Apesar de haver uma demanda reprimida por viagens em todo o mundo, mais de dois terços (67%) dos viajantes globais acham que as viagens pós-pandemia serão mais estressantes no clima atual. Quando questionados sobre o que as empresas do setor de viagens poderiam fazer para ajudar nessa situação, 42% dos passageiros disseram que valorizam propostas que demonstrem consideração por sua saúde mental em suas viagens. Metade também afirmou desejar a mesma consideração por sua saúde física.
“A importância da saúde mental ao viajar talvez seja surpreendente, mas também é uma informação bem-vinda sobre o que os viajantes procuram conforme a recuperação do setor continua a ganhar terreno com novos testes e programas de vacinação”, explica David Evans, CEO da Collinson. “Esta é uma maneira de o setor de viagens olhar para sua oferta aos consumidores, permitindo que as empresas entendam o que os consumidores desejam e onde o setor precisa agir para reconstruir a confiança do viajante.”
Fonte: encurtador.com.br/eBGNT
Medidas a serem consideradas
A pesquisa também mostra que 88% dos passageiros em todo o mundo afirmaram que medidas visíveis de saúde e higiene no aeroporto são importantes para que se sintam seguros ao viajar em meio à pandemia, como álcool em gel para as mãos em todo o aeroporto (63%) e a exigência do uso de máscara (66%). Essas iniciativas são mais importantes para os viajantes brasileiros do que para os de qualquer outro país, representando 95% do total. O Brasil também liderou o percentual do levantamento em relação aos que mais tinham probabilidade de querer garantias ligadas a medidas de distanciamento social, totalizando 95%.
Quando questionadas sobre por que poderiam hesitar em viajar devido à Covid-19, o principal motivo alegado foi o temor de precisar ficar em quarentena na chegada ou no retorno (51%). O desejo de evitar longos períodos de quarentena provavelmente é um dos motivos pelos quais os passageiros consideram a realização de um teste na chegada um ingrediente importante para sua experiência de viagem (83%). Mas, curiosamente, quase o mesmo número de pessoas (82%) disse que o teste antes da partida também era importante, o que indica que o teste de Covid-19 já deixou de ser apenas um pré-requisito governamental para viajar para certos destinos e passou a ser um elemento desejado pelas pessoas, a fim de lhes dar a confiança necessária para voltar a voar.
Em última análise, os passageiros procuram uma experiência tranquila e sem estresse, com medidas de distanciamento social em vigor desde o check-in até a chegada, juntamente com uma jornada rápida e eficiente. Nesse sentido, mais de um terço (36%) afirmou estar disposto a pagar pelofast track(não pegar fila no raio X), enquanto 38% pagariam mais por um assento livre ao seu lado no avião e 30% pagariam mais por espaço extra para as pernas.
Enquanto 87% das pessoas disseram que o distanciamento social era importante para elas ao se deslocar pelo aeroporto, a mesma proporção (87%) disse especificamente que deseja acesso a espaços socialmente mais tranquilos onde possam “desestressar” e “relaxar longe das multidões”. Na verdade, em alguns países, incluindo Reino Unido, EUA, Rússia e Austrália, mais pessoas disseram que queriam ter acesso a um lugar para relaxar do que ter um lugar para se distanciar. No entanto, a associação entre estresse e viagens não está, de modo algum, ligada exclusivamente à pandemia. Antes mesmo da COVID-19, quase metade (43%) dos viajantes relatou sentir estresse em pelo menos um momento durante a viagem, e um número semelhante (45%) admitiu telefonar ao trabalho no dia seguinte alegando doença para se recuperar de uma viagem.
Fonte: encurtador.com.br/rFQX7
Sobre a pesquisa
A pesquisa da Collinson foi realizada com 18,5 mil pessoas em 2019 e 12,6 mil em 2020. A primeira rodada buscou obter percepções sobre as atitudes dos viajantes de lazer e negócios em relação às viagens e a segunda teve o objetivo de atualizar esse levantamento à luz da pandemia. A empresa trabalha com parceiros de todo o ecossistema de viagens, incluindo companhias aéreas, aeroportos e grupos hoteleiros, bem como empresas com programas de fidelidade e cartões de crédito premium que oferecem benefícios de viagens.
Para a Collinson, é mais importante do que nunca que todas as partes do ecossistema se unam para ajudar a restaurar a confiança nas viagens. Todas as empresas que fazem parte da jornada de viagens e dependem do setor devem se unir para resolver alguns desafios críticos e criar uma experiência de viagem cada vez mais disruptiva.
“Está bem claro que o setor de viagens foi devastado pela pandemia, afetando desde o comércio e o crescimento econômico até centenas de milhares de empregos no setor em todo o mundo. Embora haja alguns sinais positivos para a recuperação do setor de viagens, a única maneira de torná-la um sucesso é compreender as necessidades e os temores existentes dos viajantes e como eles foram agravados pela pandemia”, continua David Evans. “É muito importante que o setor de viagens se recupere e é ainda mais importante que ele seja capaz de fazê-lo de forma colaborativa e bem-informada”.
“A pesquisa mostra que acalmar as preocupações das pessoas em relação ao seu bem-estar mental pode ser a chave para reconstruir a confiança do viajante. Embora, é claro, as preocupações com a saúde física estejam maiores durante este período, o mesmo ocorre com o impacto das viagens sobre a saúde mental – e é preciso responder a ambos. Trabalhando juntos nas questões salientadas neste estudo, todos aqueles que têm interesses no ramo de viagens podem ajudar a fazer mudanças agora para garantir que o setor volte a prosperar no futuro”, finaliza Evans.
Fonte: encurtador.com.br/pBH47
Sobre os dados
Em 2019, foram coletados dados de um total de 18,5 mil viajantes, sendo 17 mil deles a lazer e 9 mil a negócios (alguns entrevistados responderam em ambas as perspectivas). A pesquisa foi realizada na Austrália, Brasil, China, Índia, Japão, Rússia, Reino da Arábia Saudita, Coreia do Sul, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA. Em média, os viajantes a lazer faziam 2,24 viagens por ano e os viajantes a negócio, 2,34.
Os dados de 2020 foram coletados de um total de 12.607 viajantes, sendo 11.159 viajantes a lazer e 7.904 a negócio. A pesquisa foi realizada na Austrália, Brasil, China, Hong Kong, Índia, Japão, Rússia, Reino da Arábia Saudita, Coreia do Sul, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA.
Sobre a Collinson
A Collinson é líder global em fornecer experiências para viajantes, incluindo acesso a salas VIP de aeroportos, assistência médica e de segurança e serviços médicos em viagens. As iniciativas da Collinson neste setor incluem a gestão do maior programa de experiências e salas VIP de aeroportos do mundo, o Priority Pass, bem como soluções de seguro de viagem, assistência de identidade, atrasos de voos, saúde internacional e gestão de riscos de viagens.
A Collinson conta com mais de 2.000 funcionários atuando a partir de 20 localidades globalmente, todos trabalhando para oferecer uma ampla variedade de experiências de viagem que garantem a segurança, o bem-estar e o conforto de 55 milhões de viajantes de negócios e lazer ao redor do mundo. Sua unidade de negócios de assistência médica e de segurança em viagens tem mais de 55 anos de experiência no fornecimento de assistência médica e atendimento de emergência internacional, incluindo o manejo de pandemias como ebola, zika e coronavírus. Só no ano passado, a Collinson respondeu a mais de 95.000 chamadas de emergência, administrou mais de 40.000 casos médicos e conduziu mais de 3.000 evacuações aeromédicas nos 170 países que atende. Entre os principais clientes do Brasil, estão: Latam Airlines, Azul e Accor Hotels.
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Procuram-se professores universitários
26 de abril de 2021 Carolina Vieira de Paula
Mural
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Marcele Tonet, psicóloga social e institucional e doutoranda em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul precisa entrevistar professores universitários vinculados a instituições privadas, com fins lucrativos.
Figura 1 foto Marcele Tonet
O objetivo da pesquisa é identificar os impactos da financeirização do ensino superior, com enfoque na saúde e nas relações de trabalho.
Em tempos de pandemia, as ferramentas de tecnologia e comunicação oportunizam encontros e facilitam as coletas de dados. Neste caso, as entrevistas serão realizadas por meio remoto e eletrônico, utilizando plataformas como WhatsApp, zoom, meet, conforme a conveniência do entrevistado.
Segundo Marcele Tonet, a participação dos docentes nesta pesquisa é importante para “dar visibilidade ao trabalho do professor (a) universitário (a)”.
Inscreva-se – whatsapp (51) 99776468.
Figura 2 imagem fornecida pela Marcele Tonet
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Aceitação e resiliência – (En)Cena entrevista a pesquisadora Dra Flávia Matos
“Dá até vontade de chorar, porque eu estou em teletrabalho, só que eu sou uma pesquisadora e minhas pesquisas são no campo. Está tudo atrasado: recurso, entregas, contrato de estagiários, a pandemia que impede a gente de ir para campo”.
Flávia Tavares de Matos
Para explicitar o cenário da pesquisa no Brasil de hoje, o documento acadêmico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul intitulado Produtividade Acadêmica Durante a Pandemia: Efeitos de gênero, raça e parentalidade conclui que 13% do total das pós-graduandas possui filhos. E que muitas delas tiveram sua produção acadêmica comprometida por causa das suspenções das creches e escolas, do isolamento compulsivo, do ensino remoto e da assunção de múltiplas tarefas domésticas.
O citado estudo destaca, ainda, que quanto às submissões de artigos, mulheres negras (com ou sem filhos) e mulheres brancas com filhos (principalmente com idade até 12 anos) são os grupos cuja produtividade acadêmica foi mais afetada pela pandemia. Por outro lado, a produtividade acadêmica de homens, especialmente os sem filhos, foi significativamente menos impactada ela pandemia. Nessa entrevista a pesquisadora da Embrapa em pesca e aquicultura e professora no Mestrado Profissionalizante em Engenharia Ambiental (Universidade Federal do Tocantins-UFT) Dra Flávia Tavares de Matos. Ela que destaca sua perspectiva sobre os desafios de ser mulher, mãe e produzir ciência no Brasil da pandemia. Destaca, ainda, os impactos das triplas jornadas de trabalho e das aulas online das crianças na saúde mental das mulheres pesquisadoras.
Flávia Tavares de Matos. Foto: Arquivo Pessoal
(En)Cena –Considerando o seu lugar de fala, de mulher, profissional, pesquisadora, mãe e professora dos filhos em aula online e usuária ativa das redes sociais: o que é ser mulher no Brasil, durante a pandemia da COVID 19?
Dra Flávia Matos – É uma situação muito desafiadora e ao mesmo tempo sem saída. A gente simplesmente tem que fazer o esforço de aceitar que a situação é essa. E pelos nossos filhos, a gente tem que se esforçar ao máximo e seguir adiante. É muito difícil mesmo a pessoa se dividir entre o trabalho doméstico, teletrabalho e aulas online. Então é muito complicado, muito mesmo porque as vezes a gente não tem a didática necessária para ensinar as crianças e tem o cansaço, enfim.
Fonte: encurtador.com.br/gTW46
(En)Cena –Como a saúde mental (sentimentos e emoções) das mulheres, no contexto de pandemia, interfere em tomadas decisões acertadas ou equivocadas no trabalho?
Dra Flávia Matos – A saúde mental não interfere só no trabalho. Ela interfere aqui na vida pessoal, interfere nas aulas online também. A gente perde o equilíbrio e rende menos. A gente deixa de produzir um paper, deixa de fazer uma ligação que é necessária, deixa de mandar um email, deixa de participar de uma reunião por causa da aula online e isso tudo vai refletir no trabalho obviamente. A pessoa acaba que toma decisão errada, com emoção. Não usa tanto a razão para tomar decisões. A gente fica um pouco desequilibrada mesmo.
Fonte: encurtador.com.br/hlrRZ
(En)Cena –Elizabeth Hannon, editora do British Journal for Philosophy of Science, destaca que durante o mês de abril de 2020, durante a primeira onda da COVID 19, quase não recebeu pedidos de submissões de trabalhos realizados por mulheres (https://revistapesquisa.fapesp.br/maes-na-quarentena/, recuperado em 29 de julho de 2020). Diante disso, pergunto: quais os desafios de produzir ciência sendo mãe e mulher, durante a pandemia?
Dra Flávia Matos – Dá até vontade de chorar. Porque eu estou em teletrabalho, só que eu sou uma pesquisadora e minhas pesquisas são no campo. Está tudo atrasado: recurso, entregas, contrato de estagiários, a pandemia que impede a gente de ir para campo. Então comprometeu tudo da produção científica.
Fonte: encurtador.com.br/oBWZ1
(En)Cena – Na sua opinião, qual seria o caminho para as mulheres no pós-pandemia?
Dra Flávia Matos – Eu acho que as mulheres no pós-pandemia, primeiro têm que procurar uma psicóloga para abrir o coração. Eu tenho amigas psicólogas que estão atendendo muitos pacientes que tiveram COVID, pois a doença pode deixar sequelas físicas e psicológicas também. No trabalho, as pessoas vão ter que ter compreensão e tentar ajustar da melhor forma. É preciso dar tempo ao tempo. Investir em trabalhos de autoajuda. E no nosso caso, de mães pesquisadoras, é importante que sigamos uma ajudando a outra e nos apoiando sempre.
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Niède Guidon e sua contribuição para a ciência e história brasileira
15 de março de 2021 Andréia Nogueira Alves Teles
Personagens
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Fonte: http://encurtador.com.br/acyH1
Niède Guidon é uma arqueóloga brasileira, pesquisadora, nascida em Jaú, interior de São Paulo, no dia 12 de março de 1933, hoje com 88 anos, formada em História Natural pela USP, com doutorado em pré-história pela Sorbonne e especialização na Université de Paris. Se mudou para a França, após o golpe de 1964, devido a sua militância política, construindo portanto, sua carreira como arqueóloga. Em 1963 quando estava expondo pinturas rupestres de Minas Gerais no Museu Paulista, conheceu um morador de São Raimundo Nonato no Piauí, informando-lhe que lá existiam pinturas semelhantes, algo que despertou curiosidade na pesquisadora, que já seguia com estudos voltados para a descoberta de vestígios do homem mais antigo das Américas, como assistente da grande arqueóloga francesa Annete Emperaire.
Niède Guidon é conhecida mundialmente como uma arqueóloga que dedicou seus estudos para demonstrar a presença do homem nas Américas, através dos sítios arqueológicos encontrados na região de São Raimundo Nonato, deixando portanto, sua vida de docência na França para se estabelecer no Brasil, e assim intensificar sua pesquisa nessa área, diante de evidências da passagem do homem nesse local. Considerada como uma das arqueólogas mais premiadas no mundo, no ano passado foi homenageada na conquista do renomado Prêmio Hypatia Awards, sendo a única sul americana prestigiada nessa premiação, como reconhecimento pelo seus trabalhos de pesquisas desenvolvidas no Piauí.
Sua trajetória de estudos, portanto, é marcada pela sua mudança em 1992 para a cidade de São Raimundo Nonato, onde inicia suas atividades de pesquisa, porém desde 1973 integra a Missão Arqueológica Franco-Brasileira, concentrando seus trabalhos nesse local, se tornando uma grande lutadora para que suas pesquisas sejam subsidiadas financeiramente e assim possam ser continuadas e ampliadas, mas acima de tudo reconhecidas. Nesse percurso, muitos já foram os desafios superados nesse sentido, porém a valorização dos estudos e suporte financeiro para sua continuidade, como a manutenção das atividades de estruturação turística, pagamento de funcionários, entre outras despesas, ainda são vivenciados pela pesquisadora, que segue lutando isoladamente para que os trabalhos no Parque Nacional da Serra da Capivara permaneçam acontecendo.
Fonte: http://encurtador.com.br/CLNST
Niède Guidon afirma que o material arqueológico encontrado no Piauí, indica que o homem chegou no local cerca de 100 mil anos atrás e apesar de ser alvo de questionamentos, por diversos estudiosos, a pesquisadora acredita que o Homo Sapiens veio da África, por via marítima, atravessando o oceano atlântico, chegando então até o Piauí. Sua teoria se sustenta na constatação que, diante da seca enfrentada na África, o homem teria ido buscar alimentos pelo mar, que a distância entre a África e a América eram muito menores, sendo esses os argumentos que explicam, porém sua teoria se choca com a defendida pela arqueologia tradicional, ao qual relata que a chegada do homem nas Américas tenha acontecido cerca de 13 mil anos atrás, vindo da Ásia, pelo estreito de Bering.
A luta de Niède Guidon perpassa pelo incentivo necessário para manutenção de pesquisas no país, algo relevante, pois as descobertas são contribuições imprescindíveis para aprofundamento e ampliação do conhecimento. A arqueóloga enfrenta o desafio de manter a gestão do Parque Nacional da Serra da Capivara em funcionamento, por meio da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), porém na atual conjuntura da pandemia, enfrenta a batalha do custeio dos trabalhos, com grandes prejuízos para o andamento das pesquisas.
Em 2015, a pesquisadora viu seus trabalhos serem paralisados, por falta de recursos, mesmo sendo retomados logo depois, a luta se intensificou para que os projetos e pesquisas não mais tenham grandes prejuízos, apesar da necessidade ser bem maior, que os recursos atualmente disponíveis, revelando uma dura realidade enfrentada por muitos pesquisadores no Brasil. Ainda assim, Niède Guidon, se coloca na linha de frente de defesa do maior tesouro arqueológico brasileiro, e acima de tudo, da ciência como um campo a ser desbravado e fonte de crescimento e desenvolvimento de um país.
Fonte: http://encurtador.com.br/COS24
Niède Guidon acredita com seus estudos poder reescrever a versão da história demográfica do homem e mesmo existindo aspectos controversos, contestados por outros estudiosos, a pesquisadora acumula evidências científicas, que fortalecem suas hipóteses, com grandes descobertas de sítios arqueológicos e centenas de fósseis localizados na região de São Raimundo Nonato.
Além da pesquisadora ser perseverante no cuidado à manutenção dos vestígios arqueológicos, com toda certeza, o impacto da criação do Parque Nacional da Serra da Capivara é bastante positivo para o contexto turístico da região. Uma cidade no interior do Estado do Piauí, que tem um crescimento no seu turismo, pela intensificação da movimentação de visitantes, sem dúvida, tem com isso uma modificação no cotidiano dos seus moradores, contribuindo para um desenvolvimento social e econômico no local.
Niède Guidon define sua luta como algo primoroso e se preocupa com o avanço da sua idade frente a direção da Fumdham, como uma necessidade de passar esse trabalho para outra pessoa com igual interesse em manter as pesquisas e o funcionamento do Parque. No entanto, segue ainda no comando, lidando com escassez de recursos, para o mais importante sítio arqueológico do país, mas acreditando na promessa de novos repasses por parte do Governo, no apoio de outras entidades colaboradoras e principalmente, nos resultados já alcançados pelos seus estudos, que fortalece diariamente a sua luta.
REFERÊNCIAS:
DUARTE, Cristiane Delfina Santos. A mulher original: produção de sentidos sobre a arqueóloga Niéde Guidon. 2015. 242 p. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem e Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/271103. Acesso em: 24 abr. 2021
Análise da Willis Towers Watson mostra que mulheres em cargos de liderança proporcionam maior engajamento dos empregados.
As empresas com maior número de mulheres em cargos executivos oferecem experiências mais positivas aos empregados em termos de carreira, equiparação salarial, desenvolvimento de habilidades, confiança na liderança e apoio gerencial. É o que afirma uma pesquisa realizada pela consultoria e corretora Willis Towers Watson em parceria com a Bloomberg (GEI).
Torna-se cada vez mais necessário estabelecer uma força de trabalho verdadeiramente diversificada em todos os níveis organizacionais. Segundo a líder de Employee Insights da Willis Towers Watson, Erika Graciotto,as empresas estão descobrindo que, ao apoiar e promover um ambiente de trabalho diverso, estão obtendo benefícios que vão além da ótica de imagem da empresa no mercado. “O argumento moral tem peso suficiente, mas também há o impacto financeiro, já que a diversidade demonstrou impactar positivamente nos níveis de engajamento e de experiência dos funcionários em geral, levando a empresa a ter um desempenho melhor”, afirma.
Fonte: Erika Graciotto
A pesquisa mostra que empresas que possuem mais mulheres entre os colaboradores mais bem remunerados, acabam tendo mais empregados que sentem pertencer a uma organização inovadora e líder de mercado. As companhias com pelo menos um quinto das mulheres entre seus executivos apresentam 12 pontos percentuais a mais do que as demais na percepção sobre crescimento de carreira (73% contra 61%), 10 pontos percentuais a mais no sentimento de remuneração justa (62% contra 52%), além de apresentarem melhores índices de intenção de permanecer na empresa (71% contra 61%).
As empresas com um líder em diversidade (CDO), ou executivo equivalente, têm uma vantagem de 11 pontos percentuais nas questões sobre inclusão (84% favorável contra 73% favorável) em comparação com empresas sem essa função. “Empresas com executivos focados na diversidade, e com planos de ação voltados à liderança para mulheres, são vistas pelos empregados como mais eficazes em proporcionar um ambiente de trabalho inclusivo, com maior clareza sobre propósito e objetivos”, afirma Erika.
Fonte: encurtador.com.br/bijoK
Sobre a pesquisa
A análise vincula as práticas de diversidade com a opinião de 1,3 milhão de empregados entrevistados pela Willis Towers Watson, e 39 empresas participantes do Índice de Igualdade de Gênero Bloomberg 2020 (GEI). Este é o segundo ano em que a Willis Towers Watson conduz esta análise com referência cruzada de dados GEI. Os dados sobre o comportamento dos empregados são integrados aos da Bloomberg sobre programas e práticas relacionadas a gênero, que examinam as conexões entre políticas de diversidade de gênero e opinião dos empregados.
Sobre a Willis Towers Watson
A Willis Towers Watson (NASDAQ: WLTW) é uma empresa global líder em consultoria, corretagem e soluções, que auxilia os clientes ao redor do mundo a transformar risco em oportunidade para crescimento. Com origem em 1828, a Willis Towers Watson tem 45.000 colaboradores apoiando nossos clientes em mais de 140 países e mercados. Desenhamos e entregamos soluções que gerenciam riscos, otimizam benefícios, desenvolvem talentos, e expandem o poder do capital para proteger e fortalecer instituições e indivíduos. Nossa perspectiva única nos permite enxergar as conexões críticas entre talentos, ativos e ideias – a fórmula dinâmica que impulsiona o desempenho do negócio.Juntos, desbloqueamos potencial.Saiba mais emwillistowerswatson.com.
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Abertas inscrições para pesquisa que tratará fobia de altura com realidade virtual
29 de maio de 2019 Bruna Medeiros Freitas
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Acrofobia e Realidade Virtual são tema de Pesquisa de Acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra.
A Ciência da Computação tornou-se parceira da Psicologia quanto a técnicas de enfrentamento e exposição em tratamento de fobias, possibilitando um melhor desempenho do sujeito. Como exemplo, podem-se citar as tecnologias de Realidade Virtual que facilitam a interação do indivíduo com situações reais, porém em um ambiente virtual, de modo a proporcionar às pessoas meios que permitem sentir e reagir aos estímulos fóbicos no meio virtual com mais segurança, bem como oferecer ao aplicador a possibilidade de controle dos eventos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (1993) fobia é definida como um medo contínuo, irracional e desproporcional que não oferece perigo real que o indivíduo externa. O manual diagnóstico do DSM-5 define como transtornos de ansiedade aqueles cujos sintomas se caracterizam por um medo e ansiedade extrema acompanhado de perturbações comportamentais expressivas (APA, 2014).
Estímulos como lugares altos, montes, janelas, aviões, são gatilhos comuns relacionados à altura. Em situações de fobia não é necessário que o indivíduo esteja entrando em contato com o estímulo fóbico, muitas vezes só de lembrar, ouvir alguém relatar, ver uma foto ou imaginar a situação, as reações de ansiedade e medo são acionadas (BUENO et al, 2008).
A acadêmica de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas – Ulbra, Bruna Medeiros Freitas, convida para participar da pesquisa: Avaliação da Utilização do Aplicativo de Realidade Virtual “ALTVRA” no Tratamento de Acrofobia, desenvolvida sob a orientação do professor Me. Fabiano Fagundes.
A pesquisa é parte do projeto guarda-chuva intitulado “Avaliações e intervenções em aspectos da qualidade de vida utilizando tecnologias computacionais interativas”. Neste estudo pretendemos avaliar o uso da realidade virtual no tratamento de Acrofobia, o medo de altura, a partir da ferramenta ALTVRA, dentro da técnica de dessensibilização sistemática, no contexto clínico psicoterápico.
Podem participar como voluntários da pesquisa, pessoas que percebam prejuízos decorrentes ao medo de altura, que possuam desde ansiedade, medo até fobia de altura. As respostas individuais serão manuseadas apenas pela pesquisadora e seu orientador. O resultado será amplamente divulgado, porém a identidade dos participantes será preservada, com o sigilo das respostas garantido.
O questionário de inscrição na pesquisa possui função apenas gerencial, nenhum dado pessoal ou de contato será exposto. Vale destacar que a pesquisa é acadêmica e não tem fins financeiros nem de avaliação da carreira.
“Cada pessoa no planeta tem um único par de olhos. Todos, seu próprio universo. ”
‘O universo no olhar’ (2014), filme dirigido por Mike Cahill, aborda de forma fantasiosa e dramática a dicotomia (contrárias e/ou complementares) entre ciência versus espiritualidade. O personagem principal Dr. Ian Gray, interpretado por Michael Pitt, é um biólogo molecular que pesquisa sobre a evolução dos olhos humanos junto com sua assistente Karen (Brit Marling), já que os olhos são um recurso usado por religiosos para desacreditar na evolução, pois são únicos em cada indivíduo como impressões digitais. Assim, Ian tem o objetivo de refutar crenças religiosas, acreditando no avanço da natureza em detrimento da existência de um criador superior.
Aparentemente, o clichê que os opostos se atraem não falha. Durante esses estudos, o cientista que acredita somente em dados conhece Sofi em uma festa de Halloween, personagem de Astrid Berges-Frisbey, uma jovem enérgica, apaixonada e poética, sendo totalmente o oposto dele. Ela crê em vidas passadas e conexões de almas, baseando sua vida de acordo com a mitologia e posição das estrelas.
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Esse relacionamento intenso mostra de forma sutil e um tanto superficial devido a profundidade do tema, a necessidade de buscar um “porquê”, encontrar sentido e explicações para a vida humana, usando os caminhos da razão ou espiritualidade. A partir do Iluminismo, a ciência procura explicar os fenômenos de modo racional por observação e reprodução, enquanto a espiritualidade justifica o mundo como projeto de um plano superior a si mesmo e ao que os olhos podem ver.
Buscamos há décadas compreender o mundo, à procura das respostas para as perguntas “como surgimos?” e “para onde vamos? ”; Ian Gray decide seguir a razão para explicar a realidade. Seu paradoxo surge 8 anos após vivenciar um amor de verão com Sofi, depois de uma série de coincidências (que podem ser vistas como sorte) para chegar a descoberta que podem existir olhos iguais. Isso deixa o especialista perplexo diante da possibilidade de sua única prova a favor da supremacia científica diante de qualquer outra hipótese, falhar.
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A partir de pesquisas de outra cientista, ele continua a investigar se padrões de íris idênticos estão associados a conexões mnemônicas. Pois se os olhos e cérebro estão conectados, e essa estrutura celular do olho é repetida de pessoa para outra pessoa, talvez haja uma ligação neuronal, e mais a fundo talvez existisse uma ligação transcendental entre esses indivíduos, como um compartilhar de janelas da alma.
Sendo visto impossível pela visão do Dr. Gray tamanha similaridade em algo tão vasto, e seguindo o princípio da causa e efeito: para todo efeito há uma causa, quando não conhecemos uma causa especifica chamamos de “destino”, mas ele se nega a deixar seus anos de estudos serem justificados por algo tão ingênuo, assim vai à Índia afim de encontrar os olhos parecidos àqueles que mudaram seu mundo, os olhos de Sofi.
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Chegando ao grande momento de reflexão que o filme traz: “O que ele faria se algo espiritual refutasse suas crenças científicas?”. Logo, o personagem principal passa por questionamentos e conclusões individuais sobre esse tema que acreditava possuir completa certeza. Situação exemplificada na frase de Fritz Perls: “A verdade só pode ser tolerada se descoberta por conta própria. ”
Juntamente com a ideia de Immanuel Kant que não considerava possível saber como são as coisas “em si mesmas”, porque interpretamos o mundo de acordo com nossas “lentes pessoais”, que são formadas por nossas experiências e percepções (história de vida, tragédias, anseios, crenças), assim, a verdade é relativa e individual. Ou seja, só podemos nos tornar pensantes autônomos se tivermos responsabilidade por nossas próprias crenças, nos libertando das sombras projetadas nas paredes de nossas cavernas particulares.
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De certa forma, grande parte de nós tende a achar a ideia de ciência e espiritualidade incompatíveis, sempre tentando fazer com que uma se sobressaia. O ateísmo não te deixa inteligente, assim como a religião não te torna moralmente superior! Mas que inclusive podem ser complementares já que diante da morte, a razão revela nossa mortalidade e pequenez humana perante esse universo, enquanto a espiritualidade costuma transcender a natureza física, em vida e após, nos elevando a um plano sobrenatural, suprindo a vontade da infinitude.
O filme traz algumas reviravoltas, ora clichê, ora empolgante. Apresenta de forma encantadora um breve romance e um conflito que nos persegue a décadas, talvez de forma mais passiva do que profunda, mas que incentiva o telespectador a se envolver emocionalmente com sua própria visão. O mais incrível é que O Universo no olhar não determina qual lado está certo, mas deixa para o público o poder de escolher um, ou principalmente, a possibilidade de alternar entre os dois.
FICHA TÉCNICA DO FILME:
O UNIVERSO NO OLHAR
Titulo Original:I Origins Direção: Mike Cahill Elenco: Michael Pitt,Brit Marling,Astrid Bergès-Frisbey Ano:2014 País:Estados Unidos Gênero: Drama,Ficção científica