Estudo aponta importância do bem-estar mental nas viagens pós-pandemia

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Pesquisa da Collinson traz dados exclusivos do Brasil e mostra quais propostas de bem-estar mental serão essenciais para ajudar os passageiros a voltarem a voar

Nova pesquisa revela que os passageiros tendem a considerar o bem-estar mental tão importante quanto o físico em um cenário de viagens pós-pandemia. O estudo “Jornada de Retorno” foi realizado pela Collinson, especialista global em fidelização de clientes e experiências dos viajantes, e traz dados inéditos de dois levantamentos feitos pela empresa em 13 países, incluindo um recorte dedicado ao Brasil.

A conscientização da sociedade e a importância da saúde mental aumentaram drasticamente nos últimos anos, e não é diferente quando se trata de viagens. No âmbito global, a pesquisa mostra que, a partir de agora, 73% dos passageiros vão priorizar mais seu bem-estar mental quando viajarem do que antes da Covid-19. No Brasil, esse percentual chegou a 90%.

O estudo demonstrou que os entrevistados do Brasil foram os mais preocupados com a saúde, os tornando mais propensos do que os dos outros países a pagar por serviços adicionais para melhorar seu bem-estar no aeroporto – quase metade (44%) disseram que pagariam por espaço extra para as pernas no avião, enquanto 41% pagariam por embarque prioritário. Os serviços pelos quais os brasileiros teriam mais probabilidade de pagar, em função da Covid-19, seriam os testes no embarque e desembarque no aeroporto. Quarenta e sete por cento relataram que pagariam pelo teste no desembarque, enquanto 53% disseram que o fariam no embarque. Mais pessoas no Brasil pagariam por testes no aeroporto do que em qualquer outro país, indicando uma demanda reprimida por viagens internacionais dos consumidores brasileiros.

Fonte: encurtador.com.br/kmwDL

Para Henrique Donnabella, Diretor Geral da Collinson Brasil, os dados demonstram que os brasileiros foram os mais preocupados em ter os protocolos de saúde e distanciamento social corretos antes de se sentirem confortáveis em viajar novamente. “Esses percentuais, provavelmente, decorrem de dois importantes fatores que estão diretamente relacionados a pandemia: 1) o medo da contaminação, tendo em vista que o Brasil foi severamente impactado pelo Covid 2) o medo da não aceitação, tendo em vista que o brasileiro está sofrendo restrições importantes para entrada em outros países. Os resultados mostram o que os passageiros procuram para ter confiança neste momento, além de fornecer uma visão dos problemas que já enfrentavam em suas viagens, antes da pandemia. Ambos os conjuntos de descobertas são necessários para se obter o panorama mais completo para ajudar o setor a se recuperar”, enfatiza.

Embora já houvesse uma preocupação entre os viajantes sobre o impacto que as viagens estavam tendo sobre seu bem-estar físico, 81% disseram que a pandemia aumentou essas preocupações. Apesar de haver uma demanda reprimida por viagens em todo o mundo, mais de dois terços (67%) dos viajantes globais acham que as viagens pós-pandemia serão mais estressantes no clima atual. Quando questionados sobre o que as empresas do setor de viagens poderiam fazer para ajudar nessa situação, 42% dos passageiros disseram que valorizam propostas que demonstrem consideração por sua saúde mental em suas viagens. Metade também afirmou desejar a mesma consideração por sua saúde física.

“A importância da saúde mental ao viajar talvez seja surpreendente, mas também é uma informação bem-vinda sobre o que os viajantes procuram conforme a recuperação do setor continua a ganhar terreno com novos testes e programas de vacinação”, explica David Evans, CEO da Collinson. “Esta é uma maneira de o setor de viagens olhar para sua oferta aos consumidores, permitindo que as empresas entendam o que os consumidores desejam e onde o setor precisa agir para reconstruir a confiança do viajante.”

Fonte: encurtador.com.br/eBGNT

Medidas a serem consideradas

A pesquisa também mostra que 88% dos passageiros em todo o mundo afirmaram que medidas visíveis de saúde e higiene no aeroporto são importantes para que se sintam seguros ao viajar em meio à pandemia, como álcool em gel para as mãos em todo o aeroporto (63%) e a exigência do uso de máscara (66%). Essas iniciativas são mais importantes para os viajantes brasileiros do que para os de qualquer outro país, representando 95% do total. O Brasil também liderou o percentual do levantamento em relação aos que mais tinham probabilidade de querer garantias ligadas a medidas de distanciamento social, totalizando 95%.

Quando questionadas sobre por que poderiam hesitar em viajar devido à Covid-19, o principal motivo alegado foi o temor de precisar ficar em quarentena na chegada ou no retorno (51%). O desejo de evitar longos períodos de quarentena provavelmente é um dos motivos pelos quais os passageiros consideram a realização de um teste na chegada um ingrediente importante para sua experiência de viagem (83%). Mas, curiosamente, quase o mesmo número de pessoas (82%) disse que o teste antes da partida também era importante, o que indica que o teste de Covid-19 já deixou de ser apenas um pré-requisito governamental para viajar para certos destinos e passou a ser um elemento desejado pelas pessoas, a fim de lhes dar a confiança necessária para voltar a voar.

Em última análise, os passageiros procuram uma experiência tranquila e sem estresse, com medidas de distanciamento social em vigor desde o check-in até a chegada, juntamente com uma jornada rápida e eficiente. Nesse sentido, mais de um terço (36%) afirmou estar disposto a pagar pelo fast track (não pegar fila no raio X), enquanto 38% pagariam mais por um assento livre ao seu lado no avião e 30% pagariam mais por espaço extra para as pernas.

Enquanto 87% das pessoas disseram que o distanciamento social era importante para elas ao se deslocar pelo aeroporto, a mesma proporção (87%) disse especificamente que deseja acesso a espaços socialmente mais tranquilos onde possam “desestressar” e “relaxar longe das multidões”. Na verdade, em alguns países, incluindo Reino Unido, EUA, Rússia e Austrália, mais pessoas disseram que queriam ter acesso a um lugar para relaxar do que ter um lugar para se distanciar. No entanto, a associação entre estresse e viagens não está, de modo algum, ligada exclusivamente à pandemia. Antes mesmo da COVID-19, quase metade (43%) dos viajantes relatou sentir estresse em pelo menos um momento durante a viagem, e um número semelhante (45%) admitiu telefonar ao trabalho no dia seguinte alegando doença para se recuperar de uma viagem.

Fonte: encurtador.com.br/rFQX7

Sobre a pesquisa

A pesquisa da Collinson foi realizada com 18,5 mil pessoas em 2019 e 12,6 mil em 2020. A primeira rodada buscou obter percepções sobre as atitudes dos viajantes de lazer e negócios em relação às viagens e a segunda teve o objetivo de atualizar esse levantamento à luz da pandemia. A empresa trabalha com parceiros de todo o ecossistema de viagens, incluindo companhias aéreas, aeroportos e grupos hoteleiros, bem como empresas com programas de fidelidade e cartões de crédito premium que oferecem benefícios de viagens.

Para a Collinson, é mais importante do que nunca que todas as partes do ecossistema se unam para ajudar a restaurar a confiança nas viagens. Todas as empresas que fazem parte da jornada de viagens e dependem do setor devem se unir para resolver alguns desafios críticos e criar uma experiência de viagem cada vez mais disruptiva.

“Está bem claro que o setor de viagens foi devastado pela pandemia, afetando desde o comércio e o crescimento econômico até centenas de milhares de empregos no setor em todo o mundo. Embora haja alguns sinais positivos para a recuperação do setor de viagens, a única maneira de torná-la um sucesso é compreender as necessidades e os temores existentes dos viajantes e como eles foram agravados pela pandemia”, continua David Evans. “É muito importante que o setor de viagens se recupere e é ainda mais importante que ele seja capaz de fazê-lo de forma colaborativa e bem-informada”.

“A pesquisa mostra que acalmar as preocupações das pessoas em relação ao seu bem-estar mental pode ser a chave para reconstruir a confiança do viajante. Embora, é claro, as preocupações com a saúde física estejam maiores durante este período, o mesmo ocorre com o impacto das viagens sobre a saúde mental – e é preciso responder a ambos. Trabalhando juntos nas questões salientadas neste estudo, todos aqueles que têm interesses no ramo de viagens podem ajudar a fazer mudanças agora para garantir que o setor volte a prosperar no futuro”, finaliza Evans.

Fonte: encurtador.com.br/pBH47

Sobre os dados

Em 2019, foram coletados dados de um total de 18,5 mil viajantes, sendo 17 mil deles a lazer e 9 mil a negócios (alguns entrevistados responderam em ambas as perspectivas). A pesquisa foi realizada na Austrália, Brasil, China, Índia, Japão, Rússia, Reino da Arábia Saudita, Coreia do Sul, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA. Em média, os viajantes a lazer faziam 2,24 viagens por ano e os viajantes a negócio, 2,34.

Os dados de 2020 foram coletados de um total de 12.607 viajantes, sendo 11.159 viajantes a lazer e 7.904 a negócio. A pesquisa foi realizada na Austrália, Brasil, China, Hong Kong, Índia, Japão, Rússia, Reino da Arábia Saudita, Coreia do Sul, Singapura, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA.

Sobre a Collinson

A Collinson é líder global em fornecer experiências para viajantes, incluindo acesso a salas VIP de aeroportos, assistência médica e de segurança e serviços médicos em viagens. As iniciativas da Collinson neste setor incluem a gestão do maior programa de experiências e salas VIP de aeroportos do mundo, o Priority Pass, bem como soluções de seguro de viagem, assistência de identidade, atrasos de voos, saúde internacional e gestão de riscos de viagens.

A Collinson conta com mais de 2.000 funcionários atuando a partir de 20 localidades globalmente, todos trabalhando para oferecer uma ampla variedade de experiências de viagem que garantem a segurança, o bem-estar e o conforto de 55 milhões de viajantes de negócios e lazer ao redor do mundo. Sua unidade de negócios de assistência médica e de segurança em viagens tem mais de 55 anos de experiência no fornecimento de assistência médica e atendimento de emergência internacional, incluindo o manejo de pandemias como ebola, zika e coronavírus. Só no ano passado, a Collinson respondeu a mais de 95.000 chamadas de emergência, administrou mais de 40.000 casos médicos e conduziu mais de 3.000 evacuações aeromédicas nos 170 países que atende. Entre os principais clientes do Brasil, estão: Latam Airlines, Azul e Accor Hotels.

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A felicidade como obrigação

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Desde que a felicidade virou uma espécie de obrigação, fazemos uma confusão entre a noção de saúde mental e felicidade. Mas saúde mental não é o mesmo que felicidade, saúde mental tem relação com a capacidade acolher, de lidar e de elaborar nossos afetos, sejam eles bons ou ruins, felizes ou não.

Nesses tempos de pandemia e isolamento social, nós, os profissionais psi, estamos sendo convocados a ofertar para as pessoas receitas de felicidade e serenidade. Eu tenho dito o seguinte: quem está alegre, despreocupado, sem sonhos estranhos e não chorou (ao menos pra dentro) nessas últimas semanas, ou não entendeu direito o que está acontecendo ou está completamente descolado da realidade. Ainda mais no Brasil, onde a estupidez do presidente instaura para nós uma dupla ameaça: a da pandemia e a do pandemônio – como alguém já sinalizou.

Por isso, se você está com medo, angustiado, preocupado, choroso e com seu sono perturbado, isso indica que está com a saúde mental em dia, afinal, esses são os afetos adequados para a situação em que vivemos. São esses afetos que vão nos fazer tomar os cuidados necessários (por nós e pelos outros), buscar informações de qualidade, nos mobilizar e cobrar as providências devidas dos nossos líderes e instituições.

Fonte: encurtador.com.br/ehFKM

Por outro lado, os negacionistas, os criadores de teorias conspiratórias, os compartilhadores de mentiras, os manifestantes contra o isolamento social, os defensores das medidas genocidas do (des)presidente e que acham graça de seus comentários estúpidos, esses sim – caso não sejam movidos por cinismo ou ausência total de empatia – estão psiquicamente adoecidos; delirantes, débeis, descolados da realidade partilhada, colocando sob ameaça a própria vida e a do outro.

Sendo assim, caso você se sinta mergulhado em afetos ruins nesta quarentena, não se preocupe, você está totalmente saudável, talvez a questão seja definir o que fazer com esses afetos, como acolhê-los e atravessá-los sem paralisar completamente ou entrar em desespero. E isso é uma coisa que a maioria de nós já experimentou uma vez na vida e cada um conhece (e se não conhece deveria conhecer) suas melhores ferramentas para lidar com esses afetos difíceis: música, escrita, choro, dança, conversa, silêncio, gatos, cães, amigos, samba, trabalhos manuais, movimento político, arte, yoga, sonho, vinho, reza, grito, livros, ópera, videogame, abraço, memes, chocolate, pastel, promessa, mandinga, e tantas outras novas ferramentas, que podem até mesmo serem inventadas nesse momento.

Fonte: encurtador.com.br/gksGK

O sofrimento humano é algo profundamente individual, mas em alguns momentos – e a pandemia do Covid 19 é um deles – podemos experimentar uma forma de sofrimento coletivo. Todo sofrimento psíquico tem causas e efeitos políticos, porque está diretamente relacionado com a forma pela qual nos enlaçamos com o mundo que nos cerca. No caso do sofrimento coletivo, tal efeito político, se dá numa escala muito maior. Por isso, os que estão com sua saúde mental em perfeita ordem, são os mesmos capazes das ações políticas necessárias ao enfrentamento desse momento histórico.

O Brasil e o mundo contam com os angustiados, os insones, os preocupados e os tristes.

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O novo coronavírus e a ansiedade por doença

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Com o surgimento de epidemias como a do novo coronavírus, proveniente da China, e alguns casos suspeitos do vírus no Brasil, os brasileiros ficam em alerta constante. Essa situação de alerta, porém, muitas vezes, pode vir acompanhada de um medo desproporcional de ficar doente, ou até mesmo, de um medo da morte. 

O medo é um sentimento natural do ser humano, o qual é extremamente importante, pois nos protege em várias situações de perigo iminente. Contudo, existe o que chamamos de medo “normal” e o que seria considerado um medo patológico. O medo normal considera as probabilidades estatísticas, não traz grandes prejuízos à vida dos indivíduos e serve como proteção a perigos reais. 

O medo patológico é um medo que passa a determinar nossas ações, ou seja, para tomarmos qualquer atitude, o medo é “consultado”. O que ocorre, então, é que, na maior parte das vezes, passamos a evitar diversas situações ou a buscar aconselhamento a todo momento. 

Fonte: encurtador.com.br/nGL46

Especificamente, em relação ao medo ou ansiedade por doença, o indivíduo está sempre preocupado de ter ou adquirir alguma doença. A partir disto, a pessoa fica com a sua atenção mental concentrada em reconhecer os possíveis sintomas de determinada doença, torna-se hipervigilante, fica mais ansiosa e, então, apresenta sensações autossugestionáveis em razão da ansiedade, na realidade.

Nesses casos de ansiedade por doença, o indicado é que esses indivíduos enfrentem os seus medos, seja buscando conhecimento sobre a doença e suas probabilidades reais, seja levando em conta dos exames realizados que não deram nenhum diagnóstico, seja cuidando da sua saúde ao fazer exercícios físicos e ter uma alimentação saudável.

Desta forma, o foco torna-se a saúde e não a doença. No caso do coronavírus novo, os indivíduos devem estar ligados nas estatísticas atuais que não trazem nenhum caso confirmado no Brasil e, assim, devem tomar as precauções que estão no seu controle como lavar as mãos, evitar contato próximo com pessoas resfriadas, entre outras. Preocupações funcionais, com foco na saúde e não na doença.

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Os dois lados do SUS

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Eu nunca tive grandes momentos no Sistema Único de Saúde (SUS), talvez por isso não me lembre de nada marcante em especial. Mas confesso que desde quando comecei a entender um pouco das coisas que era falada sobre saúde pública e SUS, ainda criança, criei uma imagem ruim do SUS. Uma saúde onde nada funciona e que as pessoas morrem à míngua, esperando em filas  que não tem fim.

De fato isso não é mentira, todas as essas situações aconteceram e acontece com frequência em todo país. As notícias são realmente muito tristes e desanimadoras, eu assim como várias outras pessoas passamos a desacreditar nos SUS e vê só o lado negativo, o lado que não funciona. E essa ideia, esse medo só vai se confirmando à medida que eu, ou alguém próximo precisa dos serviços.

Essa imagem do SUS, de onde nada funciona, tudo é deixado para depois, ainda é muito presente e verdadeira. Todos os dias somos bombardeados por notícias que estão em jornais ou pela boca da população mesmo, de pessoas que morreram à espera de um medicamento, de mulheres grávidas que sofrem horrores pra terem seus filhos nos braços, de bebês que nascem mortos por negligência médica.

Fonte: https://goo.gl/SVogm2

Diante de tantos acontecimentos ruins, difíceis, e que causam um certo desespero em precisar exclusivamente do SUS, mesmo assim, ainda existe esperança.

Esperança de que tudo funcione como deveria. Que saúde pública não seja mais um motivo de tanta preocupação, que todos passamos pensar no SUS como o programa que existe para garantir um atendimento à saúde de qualidade para todos.

Não podemos negar também como mudou para melhor a saúde do Brasil depois da implantação do SUS, e como facilitou esse a acesso a toda população que precisa desse atendimento e que antes não tinha como pagar. Toda a população deveria buscar mais informações sobre o Sistema Único de Saúde, e assim conhecer melhor tudo que o programa tem a oferecer.

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