Algoritmo da Vida, uma tecnologia de esperança!

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Os esforços para ajudar o combate ao suicídio continua de forma crescente. De acordo com  com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dados publicados em setembro de 2022 indicam que mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o equivalente a uma a cada 100 mortes registradas. Dessas pessoas, a faixa etária majoritária são os jovens entre 15 a 29 anos de idade [1].

Existem grandes campanhas movidas no intuito de prevenir o suicídio e a depressão. Uma delas é o Setembro Amarelo, conhecido nacionalmente  por promover campanhas de conscientização e apoio às pessoas com vulnerabilidade psicológica. Durante o mês da campanha são realizadas ações sociais, como caminhadas, propagandas televisivas e a oferta de cursos gratuitos de prevenção ao suicídio.

Fonte: encurtador.com.br/fvAHO

A causa para a o suicídio é aberta a muitos contextos, provinda muitas vezes pela depressão. Essa doença  decorre de fatores  biológicos  (fatores genéticos), fatores psicológicos(personalidade e vivências ao longo da vida),   fatores  clínicos   (incluídos   transtornos   psiquiátricos),  fatores sociais e fatores ambientais (clima frio e localização geográfica, como estar afastado do convívio social) [2].

Com essa perspectiva, a empresa SAP Brasil, especializada em desenvolvimento de softwares, realizou em 2019 o evento SAP NOW que aconteceu na cidade de São Paulo. Durante o evento, foi apresentado em conjunto com a Amazon Web Service (AWS) o lançamento do ‘Algoritmo da Vida’, um algoritmo que tem como objetivo a prevenção de suicídio com base nas atividades nas redes sociais.[3]

Fonte: encurtador.com.br/lKNY2

Segundo Luciana Coan, diretora de comunicação integrada e responsabilidade social corporativa na SAP Brasil em entrevista ao Aberje Trends 2020, o Algoritmo da Vida busca identificar e oferecer ajuda às pessoas com depressão e tendências suicidas, no ambiente digital [4]. Ou seja, a ideia inicial foi criar uma ferramenta que pudesse agir em um primeiro contato de forma automática, sem necessariamente a intervenção humana. 

A proposta inicial apresentada contou com a parceria da rede social Twitter. Para que fosse possível verificar os resultados reais, a plataforma com o então algoritmo buscava associações de palavras e combinações de frases que continham os termos “solidão”, “fracasso”, “medo”. Feito a análise de posts com esses termos, o algoritmo foi capaz de identificar contas consideradas de risco ao suicídio, dessa forma era feito o encaminhamento destes perfis para especialistas para a realização de uma checagem cuidadosa e detalhada para identificar contextos, ironias e recorrência de termos e periodicidade. O Algoritmo da vida está em atividade desde janeiro de 2019 e já detectou mais de 300 mil menções no qual contém palavras e expressões de caráter depressivo.

Exemplo de publicação que o algoritmo captaria

Para a HarrisLogic (https://harrislogic.com/), empresa criada para desenvolver soluções que integram tecnologia e saúde, essa tecnologia representa a revolução da saúde mental, ao trabalhar a favor do paciente com base nas informações reunidas, contribuindo para que tratamentos sejam orientados de acordo com seu histórico. Uma ferramenta criada para salvar vidas. [5].

Dessa forma, a tecnologia em conjunto com outras áreas de conhecimento, pode desenvolver ferramentas que impactam de forma benéfica na vida das pessoas. É visível a desmistificação do uso da tecnologia em áreas em que antes não era popular o uso de meios tecnológicos. O Algoritmo da Vida pode ser o pontapé inicial para o surgimento de outras futuras ferramentas que podem contribuir para a vida das pessoas.

Referências

[1] https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/setembro/anualmente-mais-de-700-mil-pessoas-cometem-suicidio-segundo-oms

[2] Turecki  G,  Brent  DA,  Gunnell  D,  O’Connor  RC, Oquendo   MA,   Pirkis   J,   et   al.   Suicide   and  suicide  risk.  Nat  Rev  Dis  Primers.  2019;5(1):74. DOI: 10.1038/s41572-019-0121-0

[3] https://convergencia.digital/sap/sap-brasil-aws-e-africa-agregam-ti-ao-algoritmo-da-vida-na-prevencao-ao-suicidio/

[4] https://www.aberje.com.br/algoritmo-da-vida-solucao-tecnologica-no-combate-a-depressao

[5] https://news.sap.com/brazil/2019/10/tecnologia-como-ferramenta-de-prevencao-ao-suicidio-bl0g/

Observação: artigo desenvolvido na disciplina “Tecnologias Criativas” do Programa Extensionista Interdisciplinar “Tecnologias para a Vida” dos cursos de Ciência da Computação, Sistemas de Informação e Engenharia de Software da Ulbra Palmas.

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A Independência depressiva

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Há duzentos anos o Brasil conquistava a independência de Portugal, se tornando uma nação solidificada, regida pelo Imperador Dom. Pedro I. De lá para cá, algumas “coisinhas” foram modificadas, por exemplo, vivemos em uma República Federativa em um Estado Democrático de Direito. Temos interações físicas e virtuais que nos conecta e permite interagir com todo o globo terrestre.

A passagem do tempo, as revoluções que ocorreram nesse período, trouxe novidades para a civilização. O acúmulo de conhecimento científico foi grandioso, assim como foi assombroso o avanço tecnológico, bem como o consumo alavancado de produtos supérfluos.

O Brasil moderno é independente, possui autonomia, mas sua população sofre diariamente com um mal silencioso, a depressão e o suicídio.

No último levantamento do IBGE, cerca de 16 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de depressão. Outros índices já mostram que, somente em 2022, cerca de 451 mil pessoas já encerraram o ciclo natural de suas vidas através do suicídio.

Mas por que isso? O que leva uma pessoa à depressão, o que faz com que alguém idealize ou até mesmo cometa o suicídio?

Fonte: Imagem de Heather Plew por Pixabay

Podendo ser enquadrado nos CIDs F32, F33, F34, F38.1, F41.2, por exemplo, a depressão pode ser descrita como um transtorno de causas multifatoriais, posto que não tem como origem uma causa universal, vez que pode surgir em decorrência de um evento traumático, questões genéticas e, até mesmo, alimentares.

Biologicamente associado aos baixos níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina, os chamados “hormônios da felicidade”, a depressão cria nos indivíduos alguns comportamentos comuns, como a baixa autoestima, auto depreciação, complexos de inferioridade, tristeza profunda.

A depressão é, muitas vezes, incapacitante, impedindo o indivíduo de apreciar sua vida de forma plena e satisfatória, posto que muitas vezes este se sente preso em seus próprios devaneios.

Existe o ditado popular que diz que a pessoa com depressão é aquela que vive remoendo o passado, o que não deixa de ser verdade. Muitas vezes a pessoa deixa de viver plenamente sua vida em detrimento de eventos passados traumatizantes que bloquearam certos aspectos de seu desenvolvimento cognitivo.

Mas quais os perigos da depressão, e, por que eles estão diretamente ligados ao suicídio?

Bem, a depressão, como dito, é causada por questões multifatoriais que desregulam os hormônios humanos que influenciam a felicidade e o bem-estar de um indivíduo. Os sentimentos que decorrem da depressão muitas vezes são depreciados pela própria sociedade que os enxergam como fraqueza e menosprezando a luta individual do depressivo, demonstrando uma faceta totalmente apática.

A frieza e o excesso de cobrança, que resulta inclusive em outros transtornos, como o Burnout, agravam a auto depreciação juntamente com o complexo de incapacidade. A dor e a sensação de isolamento, até mesmo de banalização do problema faz com que os indivíduos se tornem cada vez mais solitários, se sentindo incompreendidos, afetando-os tanto profissionalmente quanto socialmente.

Fonte: Imagem de Victoria_Regen por Pixabay

É sempre importante lembrar que a depressão é um mal que pode atingir qualquer pessoa, independente da sua condição financeira ou status social, porém, há uma forte predisposição em determinados grupos sociais. Atores, profissionais liberais, pessoas públicas possuem grandes históricos depressivos, dada a cobrança que paira sobre estes.

Não raro há notícias de celebridades que sucumbiram à depressão e acabaram cometendo suicídio. Mas por que suicidar-se? Como um indivíduo entende que essa é a solução para seus problemas? A ideação suicida, o desejo da sua própria morte, é um sentimento inexplicável para aqueles que nunca o tiveram.

Em uma analogia nada convencional, imagine-se sentindo a dor de quebrar um braço ou ferir gravemente alguma parte do seu corpo, seu desejo imediato é que aquela dor acabe, que todo o sofrimento físico que está sentindo pare. No aspecto emocional, a dor depressiva pode ser levianamente comparada a um luto constante. O pesar carregado pelo indivíduo lhe causa tanta tormenta que este busca medidas para interromper aquele sentimento, e é aqui que se inicia grande parte do problema.

Não que seja regra, mas, na maioria dos casos, alguém com depressão sempre irá buscar meios para interromper essa dor. Alguns recorrerão aos antidepressivos, outros buscarão mudar seus hábitos alimentares, outros tantos pensarão que são capazes de lidar com aquilo sozinho e, por fim, tem aqueles que recorrem ao uso de substâncias químicas ilícitas ou a ingestão de álcool e nicotina.

A forma escolhida para lidar com este cenário influenciará diretamente na forma que a depressão irá reagir no corpo da pessoa. Infelizmente, aqueles que recorrem ao uso de álcool e outras substâncias dependentes acabam tendo uma tendência viciosa que sempre lhes fará sempre aumentar a dose dos “inibidores do sofrimento”, que pode acabar levando à morte intencional ou não do portador.

Chester Bennington (à direita), participando do programa Carpool Karaoke, junto com os membros da sua banda Linkin Park, 3 meses antes de ter cometido suicídio. Fonte: encurtador.com.br/muUV6

O suicida é, muitas vezes, uma pessoa que carrega uma culpa interna tenebrosa, avassaladora, onde não enxerga mais alternativas para interromper ou superar aquela dor, o sentimento de solidão acentuado pelas diversas facetas sociais que demonstram completo descaso com seu quadro psiquiátrico, muitas vezes dentro de sua própria casa com seus familiares, acaba lhe conduzido a cometer este ato fatal para sufocar e “destruir” a dor que lhe consome.

Como é cediço, o suicídio não resolve o problema, ele somente cessa a dor que o indivíduo carrega, porém lhe impede de prosseguir com sua vida, rouba-lhe todos os momentos que poderia usufruir caso conseguisse superar aquele quadro psíquico.

Por isso, no mês de setembro, mesmo mês que no Brasil se comemora a independência nacional, é criada a campanha chamada Setembro Amarelo, que incentiva a conscientização sobre a depressão e também busca reduzir os índices de suicídio em todo o globo.

Whindersson Nunes, humorista brasileiro que declarou sofrer de depressão. Fonte: encurtador.com.br/zSV27

Conscientizar-se sobre a depressão, ser solicito àqueles que se encontram nesta condição é conceder uma nova chance à vida, e lutar de forma silenciosa contra um dos maiores inimigos da sociedade moderna.

Assim como a independência do pais requereu esforços de toda uma população, a “independência” da sociedade da depressão também dependerá de um esforço mútuo de todos os personagens possíveis.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Fabiana de Oliveira; MACEDO, Paula Costa Mosca; DA SILVEIRA, Rosa Maria Carvalho.Depressão e o suicídio. Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar.Rev. SBPH vol.14 no.1, Rio de Janeiro. 2011.

CIVIDANES, Giuliana. Causas da depressão são multifatoriais. Brasil Telemedicina. Disponível em: <https://brasiltelemedicina.com.br/artigo/causas-da-depressao-sao-multifatoriais/> publicado em 28 jan 2015. acesso em 06 set 2022.

IBGE: depressão aumenta 34% e atinge 16,3 milhões de brasileiros. Disponível em: <https://noticias.r7.com/saude/ibge-depressao-aumenta-34-e-atinge-163-milhoes-de-brasileiros-18112020>. Acesso em 07 set 2022.

SABINO, Alline. Taxa de suicídio no Brasil aumento 43% em 10 anos. Disponível em <https://www.portalnews.com.br/mundo-gospel/2022/06/162279-taxa-de-suicidio-no-brasil-aumento-43-em-10-anos.html> acesso em 07 set 2022.

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21 apontamentos sobre suicídio

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O suicídio vem sendo amplamente discutido nos últimos dias, dada a divulgação do jogo “Baleia Azul” e a polêmica série “Os 13 Porquês” (13 Reasons Why) produzida pela Netflix. Para entender melhor o assunto, postamos uma série de 21 apontamentos da ONU abordados no livro do jornalista André Trigueiro “Viver é a melhor opção: prevenção do suicídio no Brasil e no mundo”.

Fonte: https://goo.gl/Z3mOAw

1 – Os homens são quatro vezes mais vulneráveis ao suicídio e, efetivamente, esta é a proporção de homens suicidas em relação a mulheres (elas conseguem alertar com mais sucesso e, assim, se submetem a ajuda e intervenção);

2 – O Japão, ao contrário do que pensa o senso comum, não é o país onde existe o maior número de suicídios. Os países do Leste Europeu e alguns da Ásia, ocupam esta posição;

3 – Quando um país entra em recessão, como no caso atual do Brasil, aumenta em três vezes o número de suicídios;

4 – Nos Estados Unidos há um esforço generalizado para evitar acesso a conteúdos sobre detalhes do ato suicida. Um exemplo é o adotado pelos sites de busca. Lá, ao se digitar no Google ou Yahoo, por exemplo, a palavra “suicídio”, o usuário se depara com páginas de centros e associações de ajuda neste tema;

5 – 28 países do mundo, dentre eles o Brasil, já vem adotando estratégias de prevenção, tendo em vista que o suicídio vem crescendo de forma exponencial nos últimos 200 anos;

6 – O Ministério da Saúde do Brasil, em observação aos preceitos da ONU, lançou um manual de capacitação dos profissionais de saúde e de imprensa para ajudar na prevenção do suicídio, com técnicas testadas em vários países;

7 – Só em 2012, quase 1 milhão de pessoas se suicidou ao redor do mundo, e este número vem aumentando;

Fonte: http://zip.net/bktHHg

8 – Não se pode abordar o suicídio de forma isolada. Antes, é preciso relacionar variantes como: questões pessoais/psicológicas, sociais, culturais, ambientais e biológicas;

9 – O suicídio lidera o ranking global de mortes violentas, representando 50% de todos os óbitos desta categoria;

10 – Não são os jovens que cometem mais suicídio, e sim os idosos acima de 70 anos;

11 – A maior prevalência de suicidas não está em países ricos, e sim em nações de economias instáveis;

12 – A tentativa fracassada de suicídio é a sexta causa global de incapacitação entre indivíduos de 15 a 44 anos;

13 – No Brasil, entre 2002 e 2012 a região Norte teve o maior aumento de suicídios (subiu 77,7% no período);

14 – A taxa de crescimento do suicídio no Brasil é maior que a taxa de crescimento da população;

15 – Entre os jovens do Brasil, a maior taxa de suicídio ocorre nas populações indígenas (estes grupos representam 20% do total desta variante);

Fonte: https://goo.gl/UVox8c

16 – Organizações de prevenção ao suicídio acreditam que as taxas de suicídio são ainda mais elevadas, tendo em vista que em muitos casos a classificação e catalogação das mortes sofrem alterações;

17 – Sob o ponto de vista psicológico, o transtorno de humor (35,8%), transtornos decorrentes do uso de substâncias (22,4%) e transtornos de personalidade (11,6%) estão por trás da tendência suicida;

18 – Não se pode censurar as artes (cinema, séries, etc) ou o jornalismo sobre o assunto. Mas é preciso cautela ao abordá-lo, para evitar o Efeito Werther. Estudos recentes indicam que aumenta em 12% a quantidade de suicídios quando um vulnerável emocional tem contato com conteúdos do gênero;

19 – No Ocidente a mídia pouco evidencia o suicídio, deixando esta temática a cargo dos profissionais de saúde e organizações da área. Os suicidologistas acreditam que esta não é a melhor estratégia, de acordo com entrevistas com os principais especialistas ao redor do mundo. O ideal é abordar o problema de forma aberta, mas com narrativa apropriada e cuidadosa, para evitar a romantização do tema;

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem identificado a cobertura da mídia sobre suicídio como uma área estratégica para ajudar a prevenir tal ato. Foto: Jared Keener (CC)

20 – De forma geral, a ONU aconselha os profissionais da imprensa e a mídia como um todo a evitar abordar o suicídio de maneira maniqueísta ou simplista. O ideal é sempre pautar a informação com as vozes de especialistas da área e, em todos os casos, evitar a glorificação ou glamourização de quem comete suicídio. Desta forma, é importante dar ênfase tanto aos comportamentos positivos quanto aos negativos do suicida (calibragem da informação);

21 – Sempre que for tratar do tema suicídio é importante apresentar contrapontos, ou os chamados “modelos positivos”. Ao mesmo tempo que se fala do problema, é imprescindível apresentar exemplos de superação.

REFERÊNCIAS: 
TRIGUEIRO, André. Viver é a melhor opção: prevenção do suicídio no Brasil e no mundo – 2a edição. São Bernardo do Campo: Correio Fraterno, 2015.

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ABP e CFM lançam cartilha para combater o suicídio

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Segundo dados 17% das pessoas no Brasil já pensaram em tirar sua própria vida.


A fim de informar, mas principalmente combater os altos índices de suicídio no Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), lançam a cartilha Suicídio: Informando para prevenir.

Segundo dados 17% das pessoas no Brasil já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Tendo em vista esse alto índice, as duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.

A cartilha foi uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina, representado pelo vice-presidente Emmanuel Fortes e pela Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio – ABP. A cartilha “Suicídio: informando para prevenir” fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema.

Com informações da ABP.

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Dia Mundial de Prevenção contra o Suicídio

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a OMS, o Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo


Dia 10 de setembro é oficialmente considerado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. A data tem o objetivo de alertar a sociedade e os governos sobre esse problema alarmante e buscar estratégias de prevenção para evitar tantas mortes prematuras

De acordo com o novo relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, o Brasil é o 8º país com mais suicídios no mundo. Em 2012, foram registradas 11.821 mortes, sendo 9.198 homens e 2.623 mulheres (taxa de 6,0 para cada grupo de 100 mil habitantes). Entre 2000 e 2012, houve um aumento de 10,4% na quantidade de mortes – alta de 17,8% entre mulheres e 8,2% entre os homens.

Segundo os estudos, 804 mil pessoas cometem suicídio todos os anos, pelo mundo – taxa de 11,4 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes. A cada 40 segundos uma pessoa comente suicídio no mundo, e no Brasil em torno de 25 pessoas por dia cometem a tentativa de suicídio.

De acordo com a agência das Nações Unidas, 75% dos casos envolvem pessoas de países onde a renda é considerada baixa ou média. O país com mais mortes é a Índia (258 mil óbitos),  seguido de China (120,7 mil), Estados Unidos (43 mil), Rússia (31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul (17 mil) e Paquistão (13 mil).

O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio. De acordo com a entidade, na maioria dos casos, são vítimas de depressão, álcool, drogas, dificuldade em lidar com pressões sociais ou familiares ou mesmo com as mudanças da vida. Esses casos, só ganham atenção e notoriedade quando uma celebridade tira a própria vida.

O suicídio não escolhe classe social, afeta celebridades, culturas indígenas, países baixos e altos nos quesitos qualidade de vida. Esse tema, que envolve o sistema psicológico, espiritual e material, é discutido por grande parte das religiões, na maioria delas, acreditam que, para o ser humano não lhe foi concedido o direito de tirar a própria vida.

No Islamismo, os atentados suicidas, os conhecidos “homens bombas”, são explicados pelos extremistas como uma “missão divina”, devido o fiel doar sua vida em função da eliminação dos infiéis, e não aceito no caso de suicídio por problemas de âmbito pessoal.

Morte de Robin Williams 

?O suicídio do ator Robin Williams, ocorrido há menos de um mês, reacendeu o debate sobre o tema. O histórico de depressão e de dependência de álcool, características apresentadas pelo ator Robin Williams, são dois importantes fatores de risco para o suicídio.

O ator de 63 anos morreu no dia 11, depois de se enforcar com um cinto, de acordo com a polícia local. Robin Williams, estava lutando contra uma depressão severa e já tinha sido internado várias vezes em clínicas de reabilitação por problemas com drogas e álcool. A última internação foi no mês de julho.

Fonte: Portal www.g1.com

Caminhada pela valorização da vida

O Centro de Valorização da Vida(CVV), promove a 2ª Caminhada Noturna pela Valorização da Vida, no dia 11 de setembro, com a Concentração as 19:30h em frente ao Teatro Municipal de São Paulo-SP.

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