Projeto mostra locais com serviços de saúde mental no Brasil

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Mapa da Saúde Mental reúne serviços de atendimento em várias cidades

A pandemia de covid-19 tem gerado impactos na saúde mental de brasileiros. Um projeto auxilia pessoas que desejam ter atendimento psicológico a encontrar serviços públicos ou de organizações não governamentais.

O Mapa da Saúde Mental disponibiliza em seu site informações sobre iniciativas de atendimento em diversas cidades do país, com explicação sobre o serviço e contatos para acioná-lo.

O site traz projetos relacionados a saúde mental para público em geral, para trabalhadores da saúde e para grupos específicos, como comunidade LGBTTTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, transgêneros, pessoas queers e intersex), negros, mulheres, idosos, pacientes de determinadas doenças (como câncer) e casais.

No mapa presencial, os serviços e projetos são exibidos de forma geolocalizada, em que o interessado pode colocar seu CEP e visualizar as opções mais próximas do local onde está ou quer buscar ajuda.

Além disso, o site também traz explicações sobre como saber quando buscar ajuda, quais são os direitos das pessoas, como ajudar, como receber ajuda e como identificar se alguém precisa de apoio psicológico.

Segundo a presidente do Instituto Vita Alere, Karen Scavacini, responsável pelo projeto, a iniciativa surgiu da demanda por informações sobre apoio psicológico. “Sentíamos falta de um local onde as pessoas poderiam facilmente encontrar a informação de onde havia ajuda. Pois na maioria das vezes falamos: ‘se não estiver bem, busque ajuda’. Mas como se faz isso, que tipo de ajuda procurar? Reunimos tudo isso no mapa”, diz.

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Em reunião, docentes da Psicologia encerram semestre com balanço positivo

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As coordenadoras Irenides Teixeira e Cristina Filipakis enumeraram as demandas que foram atendidas nos meses anteriores

Os docentes do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra se reuniram na tarde da última segunda-feira, dia 25, para fazer um balanço do semestre 2018.1. A reunião, que já se tornou tradição no colegiado, ocorreu em clima de comemoração, tendo em vista os resultados alcançados pelo curso no semestre.

As coordenadoras Irenides Teixeira e Cristina Filipakis enumeraram as demandas que foram atendidas nos meses anteriores, como a organização do Caos – o congresso acadêmico do curso -, o lançamento do próximo congresso, a melhoria e ampliação dos sistemas de avaliação discente, a participação dos acadêmicos nos projetos de extensão, bem como as demandas relacionadas a estágios e trabalhos de conclusão de curso. Além disso, foram destacadas ações como o simulado para concursos na área de Psicologia, e a participação dos estudantes em eventos afins, em outras instituições.

Para a coordenadora do curso, profa. Dra. Irenides Teixeira, é nítida que cada vez mais a equipe está afiada e estimulada, o que reflete diretamente na qualidade de ensino dos acadêmicos. ‘Nós percebemos que, mesmo neste período de férias, os acadêmicos sentem faltam de nossas ações cotidianas. Eles expressam isso em mensagens para nossa equipe. Isto é um indicativo de que estamos no percurso certo’. Para a coordenadora-adjunta, prof. MsC Cristina Filipakis, ‘as ações do curso sempre são pautadas tendo em vista o crescimento pessoal e profissional dos acadêmicos, tendo em vista que uma formação de qualidade, além de um cuidado técnico e teórico adequado, requer vínculos afetivos e sociais. E isto o curso vem se esforçando para proporcionar’.

Para os professores, o período de férias começa nesta quarta, 27/06 e se estende até o dia 16/07. A equipe volta á instituição no dia 17/07, quando inicia a Semana Pedagógica. Os acadêmicos retomam as suas atividades normais em 23/07. Até lá, a recepção da coordenação e apoio ao acadêmico permanecem abertos para a realização de matrículas e re-matrículas.

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Manoel e o Concurso

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O tempo era uma lesma e Manoel se arrastava com ela. Suspirou, bocejou, conteve sua vontade de olhar par o lado para não levar uma advertência: poderia ser desclassificado automaticamente. Como se ao mero sinal suspeito de movimento, um botão fosse apertado e sua cadeira pudesse cair em um infinito buraco negro. Olhou a prova, tinha que voltar sua atenção para ela.

“Assinale a alternativa que corresponda ao nome do atual Secretário da Fazenda”

Pensou…se perguntassem o nome do camisa 5 de qualquer time da primeira divisão responderia sem erro. Aliás, era bom o seu time se esforçar para sair da segunda divisão. Talvez devesse mudar de clube, não aguentava mais sofrer, “Vou escolher um time que só me traga alegria”, decidiu Manoel. Gostaria de ter satisfação, pelo menos no futebol. “Para de pensar em jogo mané, presta atenção na prova.”

“O atual Governo criou um financiamento para os Estado brasileiros chamado”

                         ( ) PAC     ( )Bolsa Família  ( ) Casa Própria

“Essa eu sei”, Manoel riu preenchendo o círculo. Lembrava-se muito em quando viu a notícia no jornal da manhã, do almoço, do jantar e da meia-noite. Brincou com a sigla:

Pague As Contas, seu programa pessoal. Mas isso ia mudar, porque iria passar no concurso. Receberia mil e quinhentos reais, fora os descontos, e não trabalharia muito. Pensou em como gastar todo esse dinheiro: primeiro financiaria um carro e, depois, uma casa. E, talvez, tivesse que pedir Joana em casamento. Sete anos juntos e suas desculpas para não se ajuntarem sempre envolveram dinheiro, agora não teria para onde correr. Pensou em Joana…namoravam a tanto tempo que ele não saberia viver sem ela. Sua presença era como uma planta que tinha suas raízes nele, difícil de soltar, na verdade não queria. Não reafirmava seus sentimentos com a mesma frequência do início do romance, mas quando aqueles olhinhos amendoados imploravam, ele dizia “Eu te amo”, palavras que eram como chuva sobre a planta que ele não deixava morrer.

O fiscal da sala se levantou e foi até o quadro negro e escreveu: 16:00. “Se eu quiser já posso entregar isso e ir embora”, e ficou passando as folhas da prova entre os dedos. Sentiria falta dos amigos do seu antigo emprego. Lembrou das piadas, das brincadeiras, da cerveja gelada no fim de tarde. Até do chefe sentiria saudades, Sr. Capixaba era muito gente fina com ele.

De soslaio olhou para as carteiras que o cercavam. Os outros candidatos pareciam concentrados, “Com certeza já estavam estudando há uns dois anos para este concurso”, a tristeza caiu dissimuladamente. Manoel tinha começado a estudar há menos de dois meses, exatamente no dia que tomou conhecimento do edital. Pagou até cursinho, faltou a algumas aulas, horas de estudos que pesavam em sua consciência agora. Suspirou e bocejou. “Deve ser umas quatro e quinze agora, o jogo do domingão já deve ter começado…” pensou, recobrando o entusiasmo. “Zezinho Canhoto deve meter uns três gols no adversário hoje, mudo de time se isso não acontecer”.

O que Manoel tinha nas mãos agora era só papeis, repassou as questões rapidamente, para não perder mais tempo, “Nesse aqui acho que não vai dar para passar não”, levantou, entregou a prova e o gabarito, pegou o celular e saiu. “Da próxima vez eu estudo mais e passo, prometo. Joana espera mais um pouco”. Fez a promessa em um turbilhão de pensamentos, que logo a levaram para um espaço longínquo. Manoel já estava ligando para os amigos, queria saber quanto estava o placar do jogo.

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