Inteligência Emocional e relações interpessoais significativas

Compartilhe este conteúdo:

As emoções têm um papel fundamental na vida humana. Elas determinam nossa qualidade de vida e permeiam todos os nossos relacionamentos (no trabalho, entre amigos, familiares e relacionamentos íntimos). Por vezes, as emoções começam de forma tão rápida que nosso consciente não consegue detectar o que ativou uma emoção em nossa mente naquele momento (EKMAN, 2011). Ainda de acordo com o autor, “Não temos muito controle a respeito do que nos deixa emocionados, mas é possível, embora não seja fácil, fazer algumas mudanças naquilo que ativa nossas emoções e em nosso comportamento quando nos emocionamos” (p.14).

Greenberg (2015), ao falar sobre esse assunto inicia trazendo o questionamento do motivo pelo qual as pessoas possuem emoções e o que precisam fazer com elas, e coloca como resposta que as emoções são de extrema importância para a sobrevivência, intercomunicação e resolução de dilemas.

Com isso Greenberg (2015) afirma que as emoções não são lacunas que  simplesmente acontecem ao longo da vida que  tendem a ser controladas,  pelo contrário, elas acontecem  pois fazem parte do processo do próprio sujeito e precisa ser atendida e compreendida. Vale entender que  não somente as emoções são significativas nesse processo, o autor relaciona um equilíbrio com a  razão  onde ajuda as pessoas tornarem-se efetivas em seus ambientes em constante mudança, ajudando-as adaptar-se ao mundo e facilitando a solução adaptativa e lavando a  autoconscientização  de problemas ocasionais.

Houve um desenvolvimento das emoções para que elas melhorem a adaptação, porém Greenberg (2015) traz que ainda encontram-se diversas formas na qual esse método é capaz de se modificar tornando-se desadaptativo.

Percebe-se que as emoções têm um papel importante na vida do ser humano, fazendo com que aconteça mudanças necessárias e  realize o despertar para a ação. Para afirmar sobre essa importância, o autor supracitado elenca alguns tópicos os quais ele cita que a emoção monitora o estado do relacionamento, a emoção avalia se as coisas estão no caminho certo, a emoção melhora o aprendizado. As emoções são consideradas então, como uma parte crucial que envolve tudo o que é considerado relevante para nós.

Ouviu-se sobre emoções adaptativas, mas há também as emoções que são consideradas como desadaptativas. Segundo Greenberg (2015), essas emoções podem se tornar desadaptativas por vários motivos, desde situações que possam evocar uma emoção inata à fatores temperamentais e orgânicos. Cabe avaliar a intensidade e a frequência com que essas emoções se alteram.

Fonte: encurtador.com.br/yzAI7

Um outro aspecto a ser considerado é sobre como essas emoções se manifestam fisiologicamente. Greenberg (2015), trata em seu livro sobre o elo entre a emoção e o corpo, isso significa que o corpo e as emoções estão conectados de forma inseparável. O autor ainda traz o sistema límbico como exemplo de como comandar boa parte das emoções, o que implica nos processos físicos, acarretando assim alterações de padrões e influenciando na saúde física. Goleman (2011) diz que: “A maior estimulação fisiológica pode dever-se à tentativa constante dos circuitos neurais de manter sentimentos positivos ou eliminar ou inibir os negativos” (p.111). Observações fisiológicas podem auxiliar na “verificação de como diferentes tipos de emoção preparam o corpo para diferentes tipos de resposta” (p.35). Um outro autor, Ekman (2011),  também afirma ligação entre corpo e emoção, afirmando que  as emoções produzem modificações na parte do cérebro que nos mobiliza a lidar com o que propagou a emoção, assim como mudanças  no sistema nervoso autônomo, o qual regula os batimentos cardíacos, a respiração e muitas outras alterações corporais,  preparando-nos para diversas ações. O autor ainda ressalta que as emoções enviam sinais como mudanças nas expressões, da face, na voz e na postura corporal, e elas simplesmente acontecem de maneira natural.

Através de Goleman (2011), entendemos que as manifestações fisiológicas podem ser uma reação pré-programada em nosso cérebro para que haja funcionamento adequado do nosso corpo e reação que assegure a sobrevivência. Entendemos também que há uma estreita relação entre razão e sentimento, devido o cérebro pensante ter se desenvolvido mediante as emoções.

As emoções, portanto, são importantes para a racionalidade. Na dança entre sentimento e pensamento, a faculdade emocional guia nossas decisões a cada momento, trabalhando de mãos dadas com a mente racional e capacitando — ou incapacitando — o próprio pensamento.  Do mesmo modo, o cérebro pensante desempenha uma função de administrador de nossas emoções — a não ser naqueles momentos em que elas lhe escapam ao controle e o cérebro emocional corre solto (GOLEMAN, 2011, p.59).

Segundo Greenberg (2015), para que as pessoas ajam de maneira inteligente no mundo social, estas precisam atentar-se às suas emoções e dar-lhes o status de pensamento e ação. Ou seja, a inteligência emocional requer a conscientização da experiência emocional atual incorporada, expressão apropriada, reflexão e regulação das emoções. A inteligência emocional, para o autor, possui quatro componentes: a capacidade de perceber emoções em si e nos outros (consciência emocional), a capacidade de acessar e / ou gerar sentimentos para facilitar o pensamento (utilização da emoção), a capacidade de entender emoções (conhecimento da emoção) e a capacidade de regular emoções para promover o crescimento (gerenciamento de emoções).

Goleman (2011) diz que, de certa maneira, temos dois cérebros, duas mentes e consequentemente dois tipos de inteligência (racional e emocional). É através desses dois tipos de inteligência, uma corroborando com a outra, que o nosso desempenho na vida é estabelecido; sendo o sucesso determinado através de um equilíbrio inteligente entre QI e emoção. Este autor fala que, apesar de atuarem em conjunto, cada uma dessas duas dimensões contribuem, isoladamente, para as qualidades de uma pessoa. Contudo, “é a inteligência emocional que contribui com um número muito maior das qualidades que nos tornam mais plenamente humanos” (p.76); “coloca as emoções no centro das aptidões para viver” (p.27). O autor ainda desenvolve sobre cinco componentes da inteligência emocional, que são: a autoconsciência, o autocontrole/autorregulação, a automotivação, a empatia e as habilidades sociais.

Fonte: encurtador.com.br/azFU7

Este trabalho tem por objetivo expor e descrever todas as chaves da inteligência emocional na visão de dois autores, sendo eles Leslie S. Greenberg e Daniel Goleman.

Possui uma importância acadêmica por se tratar de uma narrativa significativa para o estudo sobre inteligência emocional. Também possui relevância social pois viabiliza uma compreensão para a sociedade sobre a inteligência emocional. Além disso, Goleman (2011) menciona tomar conhecimento de que no Brasil há sinais que apontam para uma emergente alienação e pressão social que podem levar a crises graves na teia de relações sociais

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com objeto metodológico exploratório e descritivo, procedimento metodológico narrativo e natureza metodológica qualitativa com amostragem por conveniência.

 Dessa maneira  Köche (1997, p.122) afirma  que  o objetivo da pesquisa bibliográfica é “conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema, tornando-se instrumento indispensável a qualquer tipo de pesquisa”. Gil (1991) afirma também que, quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Quanto à pesquisa narrativa, constituem basicamente de análise da literatura publicada em livros, artigos de revistas impressas e/ou eletrônicas, na interpretação e análise crítica pessoal do autor. (ROTHER, 2007).

Tratando-se da pesquisa exploratória, sua finalidade envolve o desenvolvimento, o esclarecimento e a modificação de conceitos e ideias. Desenvolvidos objetivando uma visão geral sobre determinado fato, com o intuito de formular problemas mais acurados ou hipóteses para futuros estudos (GIL, 2008).

O autor supracitado traz como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados.

Quanto ao objetivo da pesquisa qualitativa pode ser definida como a que se fundamenta principalmente em análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não utilização de instrumental estatístico na análise dos dados (VIEIRA; ZOUAIN, 2006; BARDIN, 2011). As técnicas qualitativas focalizam a experiência das pessoas e seu relativo significado, em semelhança a eventos, processos e estruturas, implantados em cenários sociais (SKINNER; TAGG; HOLLOWAY, 2000).

Gil (2008), afirma ser a amostragem por conveniência a menos rigorosa dentre os demais tipos. Pode ser aplicada em estudos exploratórios ou qualitativos, quando não é necessário alto nível de precisão. “O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o universo” (p.94).

Fonte: encurtador.com.br/zDHJ0

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

 A inteligência emocional é conhecida por envolver cabeça e coração, assim como também a conscientização da experiência emocional atual incorporada, expressão apropriada, reflexão e regulação das emoções na transformação. Tudo isso ocorre no presente sofrendo assim, influências do passado e do futuro, uma constante interligação de tempo. Para ressignificar é necessário experiência e reflexão durante o processo  das emoções (desadaptativas). A empatia para com as emoções das outras pessoas faz total diferença na compreensão e na vivência da inteligência emocional. A terapia focada nas emoções tem, então, como objetivo principal aumentar a inteligência emocional dos pacientes (GREENBERG, 2015).

2.1 COMPONENTES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SEGUNDO GREENBERG

2.1.1 Compreendendo as emoções – Consciência emocional

As emoções são uma maneira bem direta de vivenciar o momento em que as situações estão ocorrendo, elas enviam mensagens e apresentam problemas que precisam ser resolvidos pela razão. Assim, a cognição geralmente ajuda as pessoas a atingir objetivos afetivos; decisões precisam ser tomadas em relação à expressão e ação. Um outro ponto é que o pensamento também explica a dor; coloca em perspectiva; faz sentido; justifica e ou racionaliza; e ajuda a determinar um remédio, que poderá solucionar os problemas que foram apresentados inicialmente (GREENBERG, 2015).

 As emoções estão a todo tempo no nosso corpo, então é importante coordenar os esforços conscientes com o estímulo automático das emoções, ou seja, é necessário conhecê-las ao invés de evitá-las. Sabe-se que os seres humanos executam as suas ações de acordo como trabalham as emoções e no que fazem com elas. Raiva ou tristeza excessivamente controlada consomem energia, o que a literatura sugere é que a expressão de necessidades e divulgação de mágoas geralmente traz melhores resultados. O autor cita que para conseguir isso, as pessoas precisam aprender a integrar sua razão com a emoção, não sendo compelidas pela emoção nem afastadas dela. Para obter bons resultados é necessário integrar cabeça e coração (GREENBERG, 2015).

2.1.2 Utilização da emoção – Expressando essas emoções

Expressar as emoções de forma adequada ao contexto é uma habilidade complexa da inteligência emocional, esta envolve instruções biológicas e culturais. O que acontece é que as pessoas aprendem formas apropriadas de expressão para as mais diversas situações. O fator principal para Greenberg (2015) é aprender quando e como expressar uma emoção, mesmo em alguns momentos não conseguindo com a sua totalidade, tudo isto faz parte do desenvolvimento da inteligência emocional.

2.1.3 Conhecimento das emoções

Segundo Greenberg (2015) encontram-se dois modos pelos quais os sentimentos se manifestam e duas atitudes pelas quais os treinadores emocionais conseguem auxiliar os indivíduos a adquirir compreensão do que experienciam fundamentalmente. O primeiro tipo de sentimento é expressivo, evidentemente acessível e afetuoso. O segundo tipo de vivência acontece quando os seres humanos são capazes de experienciar alguma coisa em seus corpos, porém a emoção até então não está explícita.

As emoções geralmente indicam o modo sobre como as pessoas estão levando a vida. Em alguns momentos quando experimentam emoções desagradáveis, significa que há algo errado ao qual elas precisam dar assistência. O primeiro passo é reconhecer essa emoção e expressá-la, porém isso não será o suficiente para ajustar a situação, sendo assim, será necessário que as pessoas leiam as mensagens de suas próprias reações e comecem a agir com sensibilidade para corrigir a situação (GREENBERG, 2015).

2.1.4 Regulando emoção- Gerenciando emoção.

“Regular significa poder ter emoção quando você as deseja e não tê-la quando não o desejar. Ser capaz de adiar as respostas, saber o que são e refletir sobre elas são habilidades essencialmente humanas” (GREENBERG,2015, p.17). o mesmo autor afirma que, o sujeito precisa ser apto para dirigir o que escolhe expressar, ou suprime.  Ao em vez de suprimir as pessoas precisam discernir suas emoções em direção a ação construtivas ou transformá-las  em benefícios  ou modificá-la em ações que sejam mais favoráveis e úteis para solução de problemas (GREENBERG, 2015).

As pessoas devem ser movidas por suas emoções e está apta a acalmá-las e fazer uma reflexão sobre elas. Deve escutar a si mesmo, conscientizando  simbolicamente as emoções corporais , ressignificando e colocando  as ideias em um perspectiva  de maneira amplificada, uma vez que a emoção é acordada e reconhecida, são aspectos construtivos  importantes da inteligência emocional.(GREENBERG, 2015)

Fonte: encurtador.com.br/jJLQ4

2.2 COMPONENTES DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SEGUNDO GOLEMAN

2.2.1 Conhecer as próprias emoções (autoconsciência)

A autoconsciência é a chave essencial da inteligência emocional. Se resume em reconhecer uma emoção no momento em que ela ocorre. É a permanente atenção ao que se está sentindo internamente; é consciência auto-reflexiva, cujo a mente volta-se para a observação e investigação do que está sendo vivenciado, inclusive em relação às emoções. A atenção, na autoconsciência, não reage de forma exagerada à emoção e nem amplifica a percepção da mesma; ela é neutra e, mesmo diante de emoções turbulentas, mantém-se auto-reflexiva (GOLEMAN, 2011).

2.2.2 Lidar com emoções (autocontrole/autorregulação)

Desde a época de Platão, a capacidade de manter o autocontrole diante do turbilhão emocional trazido pelo acaso é tido como uma virtude; uma forma inteligente, equilibrada e sábia de conduzir a vida, com temperança. O autocontrole está relacionado ao lidar com as emoções para que estas sejam apropriadas, sendo esta uma aptidão desenvolvida por meio da autoconsciência. É importante ressaltar que o reconhecimento das emoções propicia compreensão, logo, contribui com maior liberdade de escolhas; não apenas para não agir impulsivamente ou movido pelo sentimento, mas para se livrar ou não desta emoção (GOLEMAN, 2011).

O objetivo do autocontrole, ou autorregulação,  é encontrar o equilíbrio e não suprimir as emoções. É sentir a emoção proporcionalmente à circunstância, na medida certa. É fundamental para o bem-estar do sujeito que ele consiga manter o controle das emoções que o perturbam. “Os altos e baixos dão tempero à vida, mas precisam ser vividos de forma equilibrada. Na contabilidade do coração, é a proporção entre emoções positivas e negativas que determina a sensação de bem-estar” (GOLEMAN, 2011, p.89).  O autor ainda diz que não se trata de evitar sentimentos desagradáveis, mas de não deixar tais sentimentos invadirem todo o ser. E que a durabilidade, assim como a intensidade, não devem ultrapassar um limite razoável para não se tornarem perturbadores extremos.

2.2.3  Motivar-se (automotivação)

 Goleman (2011) expõe sobre as emoções negativas, onde excessivamente fortes deslocam a concentração para as aflições particulares, influenciando na tentativa de dedicação em qualquer outra coisa. Já a função da motivação positiva é a associação de emoções como satisfação e convicção na obtenção de uma meta.

 Tendo em vista que nossas sensações prejudicam ou complementam nossa habilidade de refletir e elaborar estratégias, de continuar aprendendo para atingir um propósito distante, resolver questões e coisas assim, elas também estabelecem os limites de nossa competência de utilizar nossas habilidades cognitivas inerentes, e desse modo designam como nos saímos na vivência. Uma vez que nós somos instigados por sensações de euforia e felicidade no que realizamos essas emoções nos conduzem ao resultado (GOLEMAN, 2011).

2.2.4  Reconhecer emoções nos outros (empatia)

 De acordo com Goleman (2011, p. 133), “a empatia é alimentada pelo autoconhecimento; quanto mais consciente estivermos acerca de nossas próprias emoções, mais facilmente poderemos entender o sentimento alheio”. Pessoas empáticas estão mais atentas a sutis sinais que indicam a necessidade dos outros. A incapacidade de reconhecer emoções nos outros sugere um grande déficit de inteligência emocional e tem influência em vários aspectos da vida, pois todo relacionamento vem de uma sintonia emocional. Além disso, deve-se entender que a forma de expressão das emoções é predominantemente não-verbal. Sendo assim, “a chave para que possamos entender os sentimentos dos outros está em nossa capacidade de interpretar canais não-verbais: o tom da voz, gestos, expressão facial e outros sinais” (p. 133).

2.2.5  Lidar com relacionamentos (habilidades sociais)

Goleman (2011) afirma que, “a forma como as pessoas expressam seus sentimentos constitui-se numa competência social muito importante” (p.153), pois de acordo com que é expressado gera impacto no outro. E deve se haver um cuidado ao se expressar, como por exemplo “mascarando” seus verdadeiros sentimentos para não constranger alguém, porém não precisa necessariamente mentir sobre o que sente, só basta ser menos ofensivo. E esses princípios precisam ser trilhados para que se haja bons relacionamentos sociais, pois o sentimento que é levado pelo outro reflete em outros sujeitos. Ir de encontro cautelosamente produz o impacto  ideal.

 Assim sendo, sempre que há sinais de interações, esses sinais afetam aqueles com quem convive. Quanto mais habilidade houver nas relações que mantém com o outro, mais eficaz serão os sinais emocionais que serão enviados. A maneira reservada que se procede a sociedade bem-educada e, por fim, apenas uma maneira de garantir que nenhum vazamento emocional perturbador vá debilitar os relacionamentos (GOLEMAN, 2011).

Vale ressaltar, que a força de envolvimento que os sujeitos vivenciam numa interação, representa a forma como os seus movimentos físicos são organizados enquanto dialogam entre si, facilitando o levar e o receber, os estados de espírito, como por exemplo afirma com a cabeça, e outro afirma também. Quanto mais fisicamente sincronizado, mais afinidade terão em seus estados de espírito. Sendo este a essência dos relacionamentos (GOLEMAN, 2011).

Fonte: encurtador.com.br/lsEP4

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerou-se então, que as emoções possuem grandes relevâncias para a vida dos seres humanos, sendo necessário que eles consigam compreendê-las para que não existam empecilhos e que ocorra a vivência e controle desses sentimentos. Outro ponto que foi conceituado também foi sobre a interação das emoções com o corpo humano, e a influência que essa ligação possui na saúde do indivíduo.

Perpassou-se então até chegar nas chaves da Inteligência Emocional, que foi abordada pelos dois autores Leslie S. Greenberg e Daniel Goleman, onde trouxeram os componentes da inteligência emocional segundo as suas teorias.

Respondendo ao objetivo geral, este trabalho discorreu sobre cada uma das chaves, viabilizando uma maior compreensão sobre o tema, na visão de cada autor. Sugere-se então, que possa haver mais pesquisas a respeito do tema, para maior aprofundamento.

REFERÊNCIAS

EKMAN, P. A linguagem das emoções: Revolucione sua comunicação e seus relacionamentos reconhecendo todas as expressões das pessoas ao redor. Tradução Carlos Szlak. — São Paulo: LuadePapel, 2011.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008

GOLEMAN, D. Inteligência emocional [recurso eletrônico]; tradução Marcos Santarrita. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2011. Recurso digital.

GREENBERG, L.S.. Emotional Focused Therapy: coaching clients to work through their feelings. Second edition. Washington: American Psychological Association, 2015.

KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. 15. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997

VIEIRA, M. M. F.; ZOUAIN, D. M. Pesquisa qualitativa em administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006

ROTHER, E. T. Revisão Sistemática X Revisão Narrativa. Acta paul. enferm. vol.20 no.2 São Paulo Apr./June 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v20n2/a01v20n2.pdf

TEIXEIRA, M. G.; ROGLIO, K. D. As Influências da Dinâmica de Lógicas Institucionais na Trajetória Organizacional: o Caso da Cooperativa Veiling Holambra. Brazilian Business Review, v. 12, nº 1, p. 1-37, 2015.

Compartilhe este conteúdo:

O aumento da invalidação de sentimentos na pandemia

Compartilhe este conteúdo:

“Isso não é nada, não precisa chorar por isso”, talvez você já tenha escutado essas frases ou até mesmo as pronunciado em algum momento de sua vida para qualquer pessoa que tenha um grau de proximidade. Talvez já tenha dito a você mesmo “não tem porque eu me sentir assim, olha o meu amigo que tem um problema muito maior que o meu e não está sofrendo”. Estas típicas frases representam o que denominamos de um processo de “invalidação emocional” que ocorre quando os sentimentos e emoções de uma pessoa são tratados como errados, inadequados ou ridicularizados. Aprendemos isso ao longo do nosso processo de formação sem nem perceber, quando nossos pais desqualificaram nosso sentimento de tristeza e dor por um tombo de bicicleta ou quando nosso bichinho de estimação morreu. Quando a professora reclamava da nossa tristeza e decepção por ter tirado uma nota 8 e não 10, o que reforçava a compreensão de que nossas necessidades e sentimentos não eram válidos, não eram importantes.

Hoje compreendemos que tais práticas não nos ensinou a sermos pessoas mais fortes e resilientes, mas sim em reprimir nossas emoções, esquivar de determinados sentimentos e tornar invisível as necessidades do outro e nossa própria enquanto o mais assertivo seria acolher, orientar e descobrir em conjunto a melhor forma de lidar com aquele sentimento para aquela situação.

Na dinâmica familiar entre pais e filhos, marido e mulher, a invalidação emocional traz muitos prejuízos para a qualidade dos laços afetivos, da comunicação, do sentimento de pertencimento daquele sistema familiar.

E como ficamos com a invalidação emocional somado à pandemia? Não é “atoa” que nos dias atuais nos deparamos com diversos relatos e manifestações de pessoas, que também são trabalhadores, pais, filhos, esposos (as) verbalizando seu desespero, sua sensação de exaustão emocional, sua desesperança e clemência por socorro, reafirmando que não sabem mais como lidar com tantos sentimentos.

Fonte: encurtador.com.br/rFJT7

De repente a pandemia apareceu e nos forçou a estar em casa convivendo e lidando integralmente com nossas emoções, anseios, sem artifícios e recursos externos como ir a academia, dar uma volta no shopping, praticar um hobby, dentre tantas outras opções de lazer, que funcionavam como uma válvula de escape. Hoje vivenciamos inúmeros desafios que vão desde o distanciamento social, as dificuldades de acompanhar os filhos na educação remota sem ter didática pedagógica, em conciliar os cuidados da casa e da família com o trabalho remoto e outras. Somado a esta sobrecarga, muitos estão vivendo o desafio de descobrir quais são estes sentimentos e emoções que estão sendo aflorados e de aprender a lidar com eles. E esta não é uma tarefa fácil, considerando que durante todo nosso processo de construção pessoal fomos influenciados a esquivar ou negar nossas próprias emoções e necessidades psíquicas, o que acarreta hoje na “desqualificação pessoal”, provocando crenças de que não somos capazes, não vamos dar conta, ou como estamos fazendo está longe de ser o melhor e o adequado.

Para enfrentarmos essa sensação de exaustão emocional, é necessário tirar um tempo para a reflexão e se desprender do ideal imaginário de que temos de ser perfeitos. Busque refletir se foi levado a acreditar desde muito pequeno que suas necessidades não são importantes, se suas emoções e sentimentos foram reprimidos ou desvalorizados por quem esperava que o apoiasse ou trouxesse resposta àquela sensação ainda desconhecida por você. É de suma importância reconhecer isso, dar oportunidade de acolher sua criança interior, que teve emoções reprimidas, invalidadas, para então buscar adquirir recursos para começar a validar os seus sentimentos, tornando assim possível acolher e validar os sentimentos das pessoas que estão convivendo com você neste período pandêmico. Entenda que todas as emoções são válidas e importantes, por isso devem ser acolhidas. A busca pelo autoconhecimento pode ser a porta de entrada para uma melhor qualidade de vida neste período.

Comece a reconhecer e dar nome aos seus sentimentos, para que possa ouvir com atenção os de seus filhos, esposo (a), pais, e permitir assim que expressem os deles. Com seus filhos, compartilhe suas experiências de infância, utilize destes momentos para se conectarem e descobrirem juntos maneiras de lidar com as emoções desagradáveis. Com seu companheiro (a) compartilhe suas dificuldades, tentem deixar as atividades do cotidiano divididas igualmente, use a criatividade e separe um momento do dia ou da semana para realizarem um hobby ou aprenderem algo novo juntos. Dominar teorias complexas não irá proporcionar uma qualidade de vida e relações fortalecidas, mas a sua autopercepção, sua autoestima, sentimentos de amor, afeição e empatia poderão impactar na sua qualidade de vida.

“Não é o momento de abraçar, mas nunca foi tão necessário acolher”
autor desconhecido

Referências

CARNEIRO, Terezinha Féres-. Casamento contemporâneo: o difícil convívio da individualidade com a conjugalidade.Psicologia: Reflexão e Crítica, vol. 11, núm. 2, 1998.Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil. Disponível em <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79721998000200014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>. Acessado em Fevereiro de 2021.

GOTTMAN, John, Ph.D.; DeCLAIRE, Joan. Inteligência emocional e a arte de educar os filhos: como aplicar os conceitos revolucionários da inteligência emocional para uma compreensão da relação entre pais e filhos.Rio de Janeiro:Objetiva, 2001.

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

Compartilhe este conteúdo:

Um mergulho na Terapia Focada nas Emoções – TFE

Compartilhe este conteúdo:

A TFE distingue as emoções em quatro tipos de respostas: primárias adaptativas, primárias desadaptativas, secundárias e instrumentais.

Emoção é um fenômeno cerebral muito diferente do pensamento. Tem sua própria base neuroquímica e fisiológica. É uma linguagem única na qual o cérebro fala através do corpo.  As emoções são vitais para a sobrevivência e cumprem várias funções necessárias (GREENBERG, 2015).

A Terapia Focada na Emoção mostra-se eficaz justamente por seu foco – antes de tudo – ser na emoção, do qual todo o sujeito possui, sendo aplicável em uma ampla variedade de clientes. O terapeuta que utiliza desse enfoque ajuda o cliente a seguir as emoções que são adaptativas e a mudar as que não são, incentivando-os a enfrentar emoções temidas para então processá-las e transformá-las, criando um novo significado narrativo a elas. Os clientes tornam-se mais hábeis no acesso a informações importantes sobre si mesmo e no uso dessas para viver de forma vital, gerenciando com flexibilidade suas emoções. A mudança emocional é a solução para suportar mudanças cognitivas e comportamentais (GREENBERG, 2015).

encurtador.com.br/hvCIT

A TFE distingue as emoções em quatro tipos de respostas: primárias adaptativas, primárias desadaptativas, secundárias e instrumentais. Para melhor entendimento, iremos defini-las e explicá-las de forma resumida e a partir de quatro emoções que são comumente identificadas em clientes/pacientes na clínica (medo, raiva, tristeza e vergonha).

Todas as definições a seguir estão baseadas no livro ‘Terapia Focada nas Emoções’ de Greenberg (2015).

As emoções primárias são as principais respostas das pessoas às situações. São nossas primeiras respostas viscerais fundamentais, mais imediatas e podem ser adaptativas ou desadaptativas.

  • Adaptativas: são emoções automáticas nas quais a avaliação implícita, expressão emocional verbal ou não verbal, tendência à ação e grau de regulação da emoção se ajustam à situação do estímulo e são apropriados para preparar o indivíduo para a ação adaptativa no mundo.
encurtador.com.br/cwAG2

 

  • Medo: o medo adaptativo tem a função de garantir a sobrevivência dos indivíduos, nos mantém informado sobre a presença de perigo físico imediato, tendo esta emoção caráter transitório.
  • Raiva: a raiva é um sinal de que seus sentimentos estão sendo invadidos, feridos, de direitos violados, desejos ou necessidades não estão sendo atendidos ou seu progresso em direção a uma meta está sendo frustrado. É adaptativa diante de alguma situação momentânea e a incapacidade de lidar com esta emoção pode levar a sentimentos de ineficácia, desesperança e falta de sentido. A raiva pode ser ativada por pensamentos conscientes, mas na maioria das vezes é evocada sem pensamento. A consciência da raiva e a expressão da raiva são, portanto, duas tarefas totalmente diferentes e requerem habilidades diferentes. Uma sequência frequentemente observada na terapia é a culpa ou a ansiedade secundária sentida pela raiva primária.
  • Tristeza: essa tristeza saudável é livre de culpa e é frequentemente uma das emoções mais duradouras. É um estado que geralmente pode aparecer como um breve momento incorporado no complexo processo contínuo da vida. É caracterizada por um tipo de sensação momentânea de perda, mágoa ou sentimento tocado por um adeus ou um final. Pode-se sentir a tristeza passageira da rendição ou tristeza de desistir de uma luta e aceitar o inevitável. Em outros momentos a tristeza pode ser sentida profunda e totalmente; as pessoas choram com a perda e compartilham sua tristeza ou decepção.
  • Vergonha: está relacionada ao senso de valor de uma pessoa; ela faz com que a pessoa queira se esconder. É uma emoção adaptativa se for sentida em resposta a violações de padrões e valores pessoais implícitos ou explícitos (ex.: vergonha por se envolver em comportamentos desviantes; por uma perda de controle em público; por ser um pai abusivo). A vergonha adaptativa ajuda as pessoas a não se afastarem do grupo, pois protege simultaneamente a privacidade e mantém a conexão com a comunidade. Ela também informa que alguém está muito exposto e que outras pessoas não apoiaram ou não apoiarão suas ações, que violou uma norma social muito básica ou que violou padrões ou valores que reconhece como profundamente importantes.
  • Desadaptativas: emoções desadaptativas são aqueles velhos sentimentos familiares que não ajudam as pessoas a se adaptarem às situações atuais. As pessoas sofrem muita dor com elas. Essas emoções podem surgir através de sugestões externas.
encurtador.com.br/gnX23
  • Medo: o medo e ansiedade são emoções que operam de forma tácita. Surgem das nossas primeiras experiências. Na ansiedade o medo passa a ser sentido na mente ocorrendo em situações simbólicas, psicológicas e sociais em vez de perigo físico iminente. Sendo este uma emoção desadaptativa, se torna uma resposta à incerteza gerando ansiedade nos indivíduos.
  • Raiva: a raiva do núcleo é inadequada quando não funciona mais para proteger uma pessoa de danos e violações ou quando é destrutiva. Também surge em resposta à diminuição sentida da autoestima e causa muitas dificuldades interpessoais. Muitas vezes, a raiva desadaptativa das pessoas não é sobre quem ou o que elas estão com raiva; é sobre a necessidade não atendida. Uma vez que as pessoas entendem isso, elas podem começar a processar essa experiência, impedindo sua raiva. Quando as pessoas com raiva desadaptativa que sofreram violência no passado ficam com raiva, esta pode se tornar um gatilho para uma explosão.
  • Tristeza: a tristeza desadaptativa não busca consolo ou sofrimento; se transforma e leva a sentimentos de miséria e derrota. O doloroso estado de angústia pode ser evocado por uma rejeição percebida no presente ou até mesmo por se sentir impotente para curar a dor de um ente querido. Ser incapaz de curar ou remover a dor de um ente querido pode fazer com que uma pessoa sinta um profundo sentimento de desamparo e desespero.
  • Vergonha: dentre a variedade de formas que pode ocorrer a vergonha, a internalizada é a mais prevalente, onde alguém é tão maltratado que leva consigo a sensação de não ter valor. Um sentimento de vergonha doentio, sentindo que todo o eu é ruim, pode fazer com que a pessoa queira encolher-se no chão (“sou defeituosa até o âmago”). Um sentimento primário familiar de vergonha e inutilidade vem com palavras como: “sinto vontade de desaparecer”, “há algo errado comigo”, “eu simplesmente não sou bom”, “não sou tão bom quanto os outros”, “sou apenas um poço sem fundo de necessidades”. Esses sentimentos geralmente vêm de uma história de vergonha e fazem parte do sentido primário do eu como inútil, inferior ou desagradável. Se a pessoa tem um longo histórico de maus tratos e raramente recebe apoio, pode começar a acreditar que é inútil, que leva a um sentimento primário de vergonha no qual o eu é percebido como defeituoso. Vozes internas negativas e pensamentos destrutivos geralmente acompanham esses sentimentos, e a pessoa inexplicavelmente se sente instável e insegura, pequena e insignificante, defeituosa ou sem valor. A vergonha adere ao eu.

As emoções secundárias são respostas ou defesas contra um sentimento ou pensamento mais primário. São emoções desadaptativas.

encurtador.com.br/motu6
  • Desadaptativas: estão associadas a uma necessidade primária e são problemáticas porque muitas vezes obscurecem o que as pessoas estão sentindo no fundo. Elas são consideradas aquelas pensadas, usadas como defesa ou disfarce das emoções primárias.
    • Medo: ansiedade e medo secundário não provém de um perigo externo eminente, nem de uma emoção central de se sentir perdido ou inseguro. Sentimentos de medo e ansiedade surgem frequentemente quando as pessoas são ansiosas pelos seus sentimentos centrais: raiva ou tristeza. Ex.: Um indivíduo sente-se ansioso por medo de demonstrar raiva ou tristeza, podendo prejudicar seus relacionamentos com outras pessoas.
    • Raiva: a raiva secundária tem uma qualidade mais atroz e destrutiva e serve para afastar o outro ou obscurecer a expressão de emoções mais vulneráveis. Essa raiva mascara a impotência, a desesperança ou o desamparo. Não é empoderador e sua expressão não traz alívio ou promove o trabalho através da experiência. Ex.: um cliente pode se sentir sem esperança, mas esse sentimento pode realmente estar cobrindo um sentimento central de raiva. Homens que crescem sendo informados de que precisam ser fortes podem ter dificuldade em admitir seus sentimentos primários de vergonha; portanto, ficam zangados.
    • Tristeza: a tristeza é sentida em resposta a um sentimento de raiva Ex.: Um cliente diz: “Sinto-me tão triste, desanimado e sem esperança. Ele nunca escuta. Nada vai mudar”. Esse é um tipo de depressão, tristeza sem esperança e resignação que vêm de uma pessoa sentir que sua raiva não será ouvido, que não é válido, ou que ele não vai fazer um impacto.
    • Vergonha: emerge de visões negativas e sentimentos de desprezo que as pessoas têm de si próprias. As pessoas sentem vergonha de como se sentem; geralmente está relacionada à incapacidade de aceitar fraquezas e vulnerabilidades. Elas podem dizer para si mesmas: “eu sou tão inepto” ou “eu sou tão estúpido”; e isso resulta em vergonha secundária. Sentem que os outros os veem dessa mesma maneira e que os desprezam. Uma grande fonte de vergonha secundária para o indivíduo envolve imaginar que outras pessoas o julgam de maneira negativa; mas na verdade essas pessoas são como espelhos, onde o indivíduo projeta suas próprias visões de si mesmo sobre elas, ou seja, as pessoas geralmente sofrem vergonha por causa de suas próprias crenças. A vergonha secundária pode mascarar as emoções centrais de sentir-se triste, com raiva ou com medo.

As emoções instrumentais são a terceira categoria que aumenta a complexidade de separar as emoções. São aprendizados, comportamentos expressivos ou experiências usadas para influenciar e/ou manipular outras pessoas e/ou para obter um ganho secundário. Pode ser um processo consciente ou inconsciente. A emoção instrumental geralmente requer muita inteligência emocional do sujeito. A pessoa precisa ser bastante hábil para poder usar a emoção para obter uma certa resposta ou se comunicar em uma situação social.

encurtador.com.br/fwHKZ
  • Medo: é projetado para fazer com que as pessoas evitem assumir responsabilidades por si mesmo, fazendo com que outros o protejam. “Brincar” de ter medo ou desamparo é feito para evocar cuidados. As pessoas também podem demonstrar medo como um meio de tentar impedir que outra pessoa fique zangada com ela.
  • Raiva: são aprendizados, comportamentos expressivos ou experiências usadas para influenciar ou manipular outras pessoas. A raiva instrumental é como a de uma criança mimada, em oposição à raiva adaptativa primária, que faz parte do processo de luto mais profundo, que envolve tanto a tristeza de perder algo importante quanto a raiva de que as necessidades ou objetivos de alguém sejam frustrados (ou seja, “estou com raiva de que você não é o pai que eu queria que você fosse”). Exemplos típicos são a expressão de raiva para controlar ou dominar ou “lágrimas de crocodilo” para provocar simpatia.
  • Tristeza: uma expressão instrumental comum de tristeza é quando alguém chora como forma de reclamar. Isso é pejorativamente chamado de “choramingar”. Ocorre quando as lágrimas são uma forma de protesto, expressando o quão mal tratado alguém se sente, com a esperança de que eles evoquem simpatia, apoio ou compreensão.
  • Vergonha: A vergonha instrumental ocorre quando, por exemplo, as pessoas fingem ter vergonha por não parecer socialmente apropriadas. Uma pessoa que finge ter vergonha de indicar que conhece as regras sociais e sabe que não está cumprindo, está habilmente usando a emoção para influenciar as opiniões de outras sobre ela. Mostrar vergonha para atingir uma meta não é muito comum e não se apresenta com tanta frequência como um problema.

“Deixar de lidar com uma ferida emocional deixa as pessoas com o equivalente a uma ferida emocional infectada, da qual o pus de intensa mágoa e ressentimento ocasionalmente escorre” (GREENBERG, 2015, p.233).

Referência

GREENBERG, L. S. Emotion-Focused Therapy: Coaching Clients to work thought their feelings. Second Edition. 2015.

Compartilhe este conteúdo: