Sou incrível demais para me perder em você

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Você quis tantas pernas e tantas bocas…
Eu não queria ninguém que não fosse você!
Agora eu quero sorrisos que envolvam e mãos passageiras.
Você vem me dizer que não quer mais ninguém a não ser eu.
Querido(a), você pode querer e ter quem você quiser!
Eu não quero e nem tenho posse sobre você!
Então você quer ter posse sobre mim?
Meu corpo tocado por outra pessoa te apavora?
Quando era você que entrelaçava os corpos e desejava tantas bocas.
Não tinha problema quando eu não sabia.
Porque juramos que seria eu e você.
Enquanto eu era só sua, você se permitia a viver uma grande aventura.
Eu não estava lá!
Era você e sua vaidade profana ou seria egoísmo?
Quando leviano foi, nossa jura chegou ao fim!
Te perdoo pelos seus deslizes.
Não tem problema você ser assim.
Desde que não fosse um segredo.
Permito a mim ser fiel às vontades que antes eu não tinha.
Ser minha e tão minha.
E ser de quem eu quiser.
Não há posse no amor não é verdade?
Me ame livre ou me deixe.
Só não me peça algo que você não pode fazer!
Eu sou incrível demais para me perder em você!

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Para me encher de mim

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Eu tô precisando arrotar as palavras para calar dentro de mim.
Calar a voz que me soa ofegante nesse desespero de resolver a vida.
Calar pela espontaneidade e fazer as pazes com os sentimentos.
E saber que não vale tanto esse desgaste de explicar o que é melhor para mim.
É para mim e só para mim o meu bem maior.
É amar o meu sorriso e admirar os meus talentos.
É aprender com os meus desatinos.
É cuidar da minha dor e serenizar o meu coração.
É esvaziar de mim o que não mais me cabe.
Pra eu voltar a caber em mim.
Eu preciso esvaziar essa vontade de dizer “chega eu não aguento mais”.
Não posso absorver as bagagens que não são minhas.
E parar de pedir tanto para que não faz questão de entender a minha dor.
E aprender a me dar e me receber.
E lavar a minha alma de tudo o que me suja.
Eu preciso me desinfetar.
Eu preciso me desenhar, me reinventar.
Eu preciso esvaziar as desculpas descabidas. As palavras mal ouvidas.
Preciso esvaziar essa agressão de mim.
Isso é cuidar de mim.
Eu me esvazio de você!
Para me encher de mim.

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CAOS: Relacionamentos possessivos são retratados em exposição

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A fotografia da linha do tempo de uma rosa foi a forma que Fernanda Karoline Bonfim encontrou para demonstrar a dinâmica dos relacionamentos abusivos e seus efeitos nocivos sobre aquele é subjugado. Para tanto, ela se colocou como o ser possessivo e sádico da relação, enquanto a rosa, dominada, a cada dia perdia seu brilho e se tornava mais dura e indiferente aos estímulos. O resultado do trabalho pode ser visto no hall de entrada do auditório central do Ceulp até o dia 25/08, onde também está exposta a rosa utilizada no trabalho.

A rosa foi observada, estimulada e fotografada por um período de 14 dias, dos quais 10 estão em exposição. A analogia da vida de uma rosa com a de uma pessoa não está apenas em imagens, mas também relatada numa espécie de diário da relação. A proposta surgiu durante a disciplina de Fotografia Aplicada à Psicologia, ministrada pela prof. doutora Irenides Teixeira, que também é formada em Fotografia e Arte Terapia, além de Psicologia e Comunicação Social.

O psicólogo Ruan Pimentel, que visitou a exposição, achou muito interessante o trabalho desenvolvido por Bonfim. A sensibilidade e agressividade ao mesmo tempo comportada no trabalho é provocativa, tirando o expectador da indiferença usual de apenas contemplar uma imagem para o exercício de pensar sobre como a violência cotidiana, velada e comum pode ser tão destrutiva.

A exposição “A Rápida Decomposição da Rosa” acontece dentro da programação do Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – CAOS, que acontece de 21 a 25 de agosto, no Ceulp/Ulbra.

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