Movimento e bem-estar: uma história de sucesso na Educação Física

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O (En)Cena entrevistou Adria Bruna Silveira Mota, registrada no Conselho Regional de Educação Física (CREF), para conhecermos mais sobre a sua experiência como Personal Trainer. A entrevista foi feita por Maria Fernanda Mota Sousa e Myrella Silva, ambas estudantes de Educação Física no Ceulp/Ulbra do segundo e primeiro período respectivamente. 

Adria relatou detalhes de sua trajetória profissional, desde as motivações para a escolha da carreira de Personal Trainer, até as dificuldades e aprendizados nesse percurso. Ela destacou a importância do preparo físico e mental que a profissão exige, afirmando que trabalhar diretamente com o público é um trabalho árduo e diário que exige dedicação e empatia. Adria disse que um dos principais desafios, além de se manter sempre atualizada, é entender a individualidade de cada aluno e adaptar o treino para que todos alcancem seus objetivos de forma segura e eficiente. 

Perguntamos também como ela lida com a evolução dos alunos e com a motivação deles. Adria explicou que tenta construir uma relação de confiança, para que os alunos se sintam confortáveis e motivados a continuar. Ela conta que, para ela, cada vitória dos alunos é uma conquista coletiva, que a motiva a dar o seu melhor a cada dia.  

Ao final da conversa, Adria deixou uma mensagem sobre a importância de se buscar um profissional qualificado para o acompanhamento físico. Para ela, o trabalho do Personal Trainer vai além de prescrever os treinos, e sim orientar para uma vida mais saudável e equilibrada. Ela ressalta que cada aluno é único, e é a ajuda de um acompanhamento especializado que faz a diferença para atingir o que se deseja.

Foi uma entrevista inspiradora, onde pudemos perceber melhor a paixão de Adria pela profissão e o comprometimento dela com a saúde e o bem-estar dos alunos.

(En)Cena – O que te fez escolher o curso de Educação Física e atuar na área, e quais as qualidades mais importantes que um professor deve ter para atuar na área?

Adria Bruna Silveira Mota – A Educação Física sempre fez parte da minha vida, desde a infância. Sempre convivi com atividades físicas, praticava esportes, dança, e isso acabou me trazendo para essa área, apesar de inicialmente eu ter pensado em seguir Direito. Felizmente, tive tempo para mudar de ideia e seguir o que realmente me traz satisfação. O que me fez escolher essa profissão foi o desejo de ajudar o próximo, de cuidar da saúde das pessoas e de ser uma promotora de bem-estar. Essa oportunidade de ser uma provedora de saúde para alguém foi o que realmente me motivou. Além disso, para atuar na Educação Física, acredito que as qualidades essenciais de um bom profissional incluem estar sempre atualizado, ter empatia e atenção ao lidar com a saúde e o bem-estar das pessoas, o que exige muita responsabilidade.

(En)Cena – Como você adapta os treinos para cada pessoa, levando em conta as diferentes necessidades e limitações?

Adria Bruna Silveira Mota – Hoje em dia, trabalhamos muito com a periodização, que é uma técnica onde dividimos o treino em fases para atender melhor o desenvolvimento e o objetivo de cada aluno. Quando recebo um novo aluno, eu faço uma avaliação inicial e converso com ele para entender exatamente o que ele deseja alcançar. A partir do que ele me relata, eu crio uma periodização personalizada do treino. Se o aluno nunca fez atividade física, começamos de forma bem adaptativa e vamos progredindo aos poucos, respeitando o ritmo e as limitações do corpo dele. Essa progressão gradual é essencial para evitar lesões e ajudar o aluno a se adaptar à nova rotina.

(En)Cena – Quais são os maiores desafios que você enfrenta ao trabalhar com alunos de idades e níveis de condicionamento diferentes?
Adria Bruna Silveira Mota – Nós, profissionais de Educação Física, precisamos estar preparados para lidar com pessoas de diferentes perfis e com variadas experiências com exercícios. Algumas pessoas chegam com uma boa bagagem, já praticam há anos e têm um nível avançado de condicionamento físico. Outras estão pisando em uma academia pela primeira vez e precisam de orientação desde o básico. Então, é fundamental saber lidar com cada pessoa e adaptar as técnicas e exercícios para cada caso. Precisamos dominar os movimentos e a execução correta de cada exercício, não só para ensinar, mas também para demonstrar. Muitos alunos até brincam dizendo “ah, você está me passando esse exercício, mas você sabe fazer ele?”. E sim, precisamos saber e estar aptos para mostrar o exercício da maneira correta! É uma prática que precisa ser constante. Mesmo que não seja um exercício que fazemos todos os dias, temos que estar prontos para corrigir, orientar e demonstrar com segurança.

(En)Cena – O que você costuma fazer para ajudar seus alunos a se manterem motivados e a continuarem treinando regularmente?
Adria Bruna Silveira Mota – Eu considero que sou uma pessoa muito motivada nesse quesito. Mantenho contato com meus alunos, mando mensagens, cobro presença, e se algum aluno falta, eu pergunto o que aconteceu. Esse acompanhamento faz muita diferença, pois as pessoas se sentem cuidadas, não é apenas uma cobrança. Muitas vezes, o que falta para que o aluno se sinta motivado é justamente saber que tem alguém ali que está prestando atenção e que se preocupa com ele. Isso traz um grande impacto na continuidade do treino.

(En)Cena – Na sua opinião, qual é a relação entre atividade física e saúde mental? Você vê um impacto significativo?
Adria Bruna Silveira Mota – Com certeza. Hoje em dia, vemos muitos alunos que chegam com transtornos diversos, e a prática de atividade física é amplamente reconhecida como um fator positivo para a saúde mental. O exercício físico libera hormônios que são importantes no tratamento de questões mentais e emocionais. Conheço muitas pessoas que encontraram no exercício físico um dos principais pilares para recuperar e manter a saúde mental. É uma relação muito importante e que ajuda a fortalecer tanto o corpo quanto a mente.

(En)Cena – Quando você planeja uma aula ou treino, o que considera essencial para que seja eficaz e interessante?
Adria Bruna Silveira Mota – Um dos aspectos essenciais é considerar a opinião do aluno. Muitos alunos chegam com atividades ou preferências que eles já gostam de fazer e que trazem prazer, como esportes ou tipos de movimento que praticam fora da academia. Tento incorporar esses elementos nos treinos para criar uma conexão entre o que eles já gostam e as atividades que faremos na academia. Isso torna o treino mais interessante e motivador para eles. Além disso, levo em consideração o conforto do aluno, porque é fundamental que ele se sinta bem ao fazer o exercício.

(En)Cena – Como você aborda o treinamento de alguém que tem uma lesão ou alguma condição especial, como problemas nas articulações ou nas costas?
Adria Bruna Silveira Mota – Como profissionais, precisamos ter conhecimento das diferentes patologias para saber o que o aluno pode ou não pode fazer. Por exemplo, pessoas com condromalácia no joelho precisam de uma abordagem cuidadosa. Evitamos certos exercícios que podem prejudicar ainda mais a condição e focamos em movimentos que sejam seguros e adaptados para o nível de cada aluno. A execução correta é muito importante para evitar que o problema se agrave.

(En)Cena – Você acredita que a alimentação tem um papel muito importante no desempenho físico? Como orienta seus alunos sobre isso?
Adria Bruna Silveira Mota – Sim, com certeza. Eu sempre digo aos alunos que 80% dos resultados vêm da alimentação e 20% do treino. Para quem busca emagrecimento, por exemplo, uma alimentação equilibrada e um déficit calórico são fundamentais para atingir o objetivo. Se o aluno não seguir uma dieta saudável, será muito difícil alcançar os resultados desejados, então sempre oriento a importância de cuidar da alimentação.

 

(En)Cena – Tem algum exercício ou hábito simples que você recomendaria para melhorar a postura e evitar dores no corpo durante o dia?
Adria Bruna Silveira Mota – Eu acredito que a postura deveria ser trabalhada desde cedo, na escola. A forma como uma criança se senta influencia o desenvolvimento postural dela ao longo da vida. Quando a postura incorreta se torna um hábito, fica mais difícil corrigir depois. Um dos grandes problemas hoje é o uso excessivo de celular, pois as pessoas acabam assumindo uma postura cifótica sem se darem conta, o que causa desvios posturais.

(En)Cena – Como você vê a educação física evoluindo nos próximos anos, especialmente com as mudanças nas tecnologias e nas tendências de treino?
Adria Bruna Silveira Mota – Hoje em dia, vemos um aumento nos treinos personalizados online, e acredito que essa tendência só tende a crescer. Durante a pandemia, muitos começaram a buscar formas alternativas de praticar atividades físicas, e os treinos online foram uma ótima solução. Embora a presença de um profissional na academia continue importante, o atendimento online permite alcançar mais pessoas e otimizar o tempo, o que é um benefício para os alunos e para nós, profissionais.

(En)Cena –  O que você acha dos treinos funcionais? Eles realmente fazem diferença ou são mais uma tendência?
Adria Bruna Silveira Mota – Os treinos funcionais fazem todo sentido. Nosso corpo é funcional, então praticar exercícios que trabalham nossas funções naturais é muito importante. Diferente das máquinas de academia, que limitam o movimento, o treino funcional desenvolve o corpo da maneira como ele é, o que pode ajudar a corrigir desvios posturais e melhorar o desempenho geral.

(En)Cena – Qual a sua opinião sobre práticas como yoga ou pilates em conjunto com os treinos tradicionais? Você vê benefícios nessa combinação?
Adria Bruna Silveira Mota – Acredito que a combinação é excelente. A periodização do treino permite que essas práticas sejam integradas de forma eficaz, e isso traz benefícios enormes para os alunos. Yoga e pilates ajudam a melhorar a flexibilidade e o equilíbrio, o que complementa muito bem o treino tradicional de força e resistência.

(En)Cena – Como você ajuda seus alunos a traçarem metas realistas de treino, sem que eles se frustrem ao longo do processo?
Adria Bruna Silveira Mota – O mais importante é respeitar o corpo e entender que o progresso é gradual. Muitas vezes, os alunos chegam com muita vontade de fazer tudo de uma vez, o que aumenta as chances de se machucarem. É preciso ter paciência e saber que o corpo precisa de tempo para se adaptar às novas atividades e cargas. Respeitar o próprio corpo é a chave para evitar frustrações.

(En)Cena – É realmente necessário o aquecimento antes do treino? Se sim, qual a importância dele, e quais benefícios ele pode trazer?
Adria Bruna Silveira Mota – Sim, o aquecimento é fundamental. Eu sempre aqueço meus alunos com exercícios específicos que eles vão desenvolver durante o treino. O aquecimento funcional, que prepara o corpo para o que está por vir, é muito mais eficaz do que simplesmente andar na esteira. Tanto o aquecimento quanto a mobilidade são essenciais para preparar o corpo e evitar lesões.

(En)Cena – Por que a prática regular de exercício físico melhora a prevenção de doenças?
Adria Bruna Silveira Mota – A prática regular de exercícios físicos ajuda muito na prevenção de doenças. Por exemplo, para hipertensão, a prática diária de exercícios melhora a respiração e a saúde cardiológica, o que contribui para a redução da pressão arterial. Além disso, ela auxilia na diminuição dos níveis de glicose no sangue, sendo um recurso eficaz para quem busca prevenção ou controle do diabetes. A hipertensão e o diabetes são doenças comuns, e os exercícios físicos são uma forma acessível e natural de melhorar essas condições e, assim, promover mais saúde.

(En)Cena – Quais são os diferentes tipos de exercício físico (aeróbico, funcional, anaeróbico) e seus benefícios para a saúde e o condicionamento físico?
Adria Bruna Silveira Mota – Os exercícios aeróbicos são focados principalmente no sistema cardiovascular e melhoram a resistência e o condicionamento físico, ajudando a reduzir a sensação de cansaço no dia a dia. Já os exercícios anaeróbicos, como a musculação, fortalecem as funções musculares e são essenciais para o emagrecimento, pois o aumento de massa muscular acelera o metabolismo. Ambos os tipos de exercício são importantes para a saúde; o trabalho aeróbico melhora o desempenho cardiovascular, enquanto o anaeróbico potencializa a queima de gordura e fortalece os músculos. É uma combinação de ambos que traz melhores resultados para quem deseja emagrecer e alcançar um bom condicionamento físico. 

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Do bem-estar ao alto desempenho: a Educação Física segundo Matheus Morbeck

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O impacto da Educação Física na saúde e qualidade de vida vai muito além das academias. Envolve estratégias científicas, métodos inovadores e uma abordagem holística para alcançar o bem-estar físico e mental. Para discutir esses tópicos, entrevistamos Matheus Morbeck, professor, pesquisador e coordenador do curso de Educação Física do Centro Universitário Luterano de Palmas, além de Personal Trainer e empresário. Matheus é mestre em Ciências da Saúde, com vasta experiência em temas como nível de atividade física e qualidade de vida.

Nesta entrevista, Matheus compartilha práticas que vão desde o treinamento de velocidade até métodos para melhorar habilidades motoras e saúde em diferentes públicos, incluindo idosos. Ele também aborda as contribuições da Educação Física para o envelhecimento ativo e o papel transformador que ela exerce na sociedade.

Vamos explorar com ele desde as melhores estratégias para queimar calorias e ganhar saúde até a importância de exercícios físicos fundamentais, técnicas de alongamento e como a Educação Física pode promover uma vida mais saudável e equilibrada. Confira a seguir!

(En)Cena – Quais são as práticas mais eficazes para desenvolver a velocidade de um atleta?
Matheus Morbeck – O desenvolvimento da velocidade do atleta pode ser alcançado por meio de diferentes práticas. Treinos de sprints curtos e intervalados, que consistem em corridas rápidas realizadas na máxima intensidade, são uma excelente estratégia. A pliometria também é eficaz, com exercícios como saltos e deslocamentos explosivos que ajudam a aumentar a potência muscular. Além disso, o treinamento resistido, utilizando pesos leves ou elásticos, contribui para a aceleração. Por fim, é essencial melhorar a técnica de corrida, ajustando a postura e a frequência dos passos. Treinos de coordenação e agilidade, como o uso de escadas e cones, também promovem uma maior velocidade de resposta.

(En)Cena – Falando de saúde de forma geral, quais exercícios você recomendaria?
Matheus Morbeck – Para melhorar a saúde de forma ampla, é ideal incorporar exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação e ciclismo, que fortalecem o sistema cardiovascular. Atividades voltadas à força, como levantamento de peso e calistenia, são importantes para a musculatura. Já práticas que aumentam a flexibilidade, como yoga e pilates, ajudam a prevenir lesões e melhorar a mobilidade. Não podemos esquecer dos exercícios que estimulam o equilíbrio, como o Tai Chi ou o uso de bolas de estabilidade, que também têm um papel fundamental na manutenção da saúde.

(En)Cena – E para quem deseja queimar calorias de forma eficiente, quais seriam as suas recomendações?
Matheus Morbeck – Treinos de alta intensidade, conhecidos como HIIT, são extremamente eficazes para queimar calorias. Eles alternam entre exercícios intensos e períodos curtos de descanso, maximizando o gasto energético. Atividades aeróbicas tradicionais, como correr, nadar e dançar, também são ótimas opções. A musculação, por sua vez, eleva o metabolismo basal, o que permite que o corpo continue queimando calorias mesmo em repouso. Até mesmo atividades cotidianas, como caminhar e subir escadas, podem complementar esse processo.

(En)Cena – Melhorar as habilidades motoras é importante para muitas pessoas. Que exercícios você considera eficazes nesse aspecto?
Matheus Morbeck – Existem várias opções para aprimorar as habilidades motoras. Para a coordenação motora, pular corda, driblar bolas e participar de circuitos são muito eficazes. O equilíbrio pode ser trabalhado com posturas de yoga e caminhadas em superfícies instáveis. Já atividades que demandam rapidez, como jogos dinâmicos, são ótimas para melhorar a velocidade de reação. Por fim, o controle motor fino pode ser aprimorado com tarefas que envolvam precisão, como arremessos em alvos pequenos. 

(En)Cena – Alongamento é um tema recorrente. Quais tipos você recomendaria para uma pessoa comum?
Matheus Morbeck – O tipo de alongamento depende do momento. Antes das atividades físicas, recomendo os alongamentos dinâmicos, como rotações de braços e elevações de joelhos. Após o exercício, os alongamentos estáticos, como os que envolvem as pernas, braços e costas, são mais adequados, e devem durar entre 20 a 30 segundos por posição. Alongamentos funcionais, como o movimento de Cat-Cow, a postura da criança e o alongamento do flexor do quadril, também oferecem grandes benefícios.

(En)Cena – Quais exercícios você considera fundamentais para a saúde?
Matheus Morbeck – Alguns tipos de exercícios são indispensáveis para manter uma saúde equilibrada. Os aeróbicos são fundamentais para o coração e o sistema respiratório. Exercícios de força são essenciais para preservar a massa muscular, enquanto práticas que estimulam a flexibilidade ajudam na prevenção de lesões. Além disso, atividades que trabalham o equilíbrio e a coordenação desempenham um papel crucial, especialmente para idosos ou atletas.

(En)Cena – E para os idosos, como a Educação Física pode transformar suas vidas?
Matheus Morbeck – A Educação Física tem um impacto transformador na vida dos idosos. Exercícios voltados para a força muscular ajudam a manter a independência funcional, enquanto atividades que estimulam a coordenação motora e o equilíbrio reduzem o risco de quedas. Além disso, a prática regular de exercícios físicos auxilia no controle de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e melhora o bem-estar emocional ao reduzir o isolamento e fortalecer a autoestima.

(En)Cena – Por fim, qual é o principal objetivo de um profissional de Educação Física bacharelado?
Matheus Morbeck – O principal objetivo desse profissional é promover a saúde e o bem-estar. Ele desenvolve e implementa programas de exercícios físicos que melhoram a qualidade de vida, além de preparar atletas para competições. Esse profissional também educa e conscientiza sobre hábitos saudáveis e prevenção de doenças, contribuindo para a inclusão social ao envolver diferentes públicos em práticas esportivas.

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Patrícia Sousa compartilha sua experiência no Programa “Melhor em Casa”

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(En)Cena entrevista Patrícia Sousa, enfermeira, graduada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com Mestrado em Ciências e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente exerce a função de Diretora do Departamento de Planejamento e Gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Redenção-PA. Patrícia é especializada em Saúde Pública; Qualificação de Gestores do SUS; e Facilitadores em Educação Permanente em Saúde, além de ser uma referência importante quando se trata de programas governamentais especialmente o “Melhor em Casa”. 

Sua experiência em planejamento estratégico e gestão pública na área da saúde, a torna uma voz relevante na implementação e monitoramento de políticas de assistência domiciliar. Ao longo de sua carreira, Patrícia tem coordenado com excelência a execução de projetos voltados à melhoria da qualidade de vida da população, garantindo que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente e que os pacientes recebam atendimento humanizado e adequado em seus lares.

Em sua entrevista para o Portal (En)Cena, oportuniza o conhecimento sobre como os programas de saúde do governo, como o “Melhor em Casa”, impactam diretamente a vida das pessoas. Com sua vasta experiência em gestão pública e dedicação à saúde, Patrícia oferece informações valiosas sobre os desafios e conquistas no cuidado domiciliar, revelando o que está por trás do sucesso dessas iniciativas e como elas podem transformar o atendimento à saúde na comunidade.

 

(En)Cena – Patrícia, é um prazer entrevistá-la. Vamos conversar um pouco sobre o programa “Melhor em Casa”, uma proposta de acompanhamento domiciliar. Para começarmos, gostaria de saber: Como funciona o processo de inclusão de pacientes no programa “Melhor em Casa”? Quais são os critérios para participar?

Patrícia Sousa – O programa “Melhor em casa” recebe todos os pacientes que tenham necessidade de acompanhamento no domicílio, porém existem alguns casos prioritários, pessoas que tiveram AVC por exemplo, que estão sequelados e precisam de um acompanhamento mais constante; pessoas com deficiência motora e problemas de locomoção; pacientes que passaram por cirurgias, que também precisam de acompanhamento ou algum procedimento como oxigenoterapia, passagem de sonda; pacientes com lesões na pele de qualquer tipo que precisam de curativos diários e acompanhamento, acabam por ser os pacientes prioritários pois precisam receber a visita da equipe multidisciplinar até em 2 ou 3 vezes na semana, a depender do caso. Mas o programa atende qualquer pessoa que necessite de acompanhamento em casa, isso enquadra muito os idosos e pessoas com doenças crônicas. O processo de inclusão de pacientes começa com uma avaliação médica, geralmente realizada em hospitais ou unidades de saúde, que identifica aqueles que podem receber cuidados no domicílio. Os principais critérios envolvem pacientes que precisam de acompanhamento contínuo, mas que não necessitam de internação hospitalar, como pessoas com doenças crônicas, em recuperação de cirurgias, ou em reabilitação. Além disso, é importante que o paciente tenha uma condição de saúde estável e um cuidador familiar que possa colaborar no dia a dia

(En)Cena – Quais tipos de serviços de saúde o programa oferece e quais são os profissionais envolvidos nas visitas domiciliares?

Patrícia Sousa – A equipe multi oferece serviços de saúde no ambiente domiciliar, garantindo atendimento especializado e contínuo a pacientes com condições que exigem cuidados frequentes, mas que podem ser tratados fora do hospital. Os serviços prestados são vários e dependem da composição da equipe, mas estão entre acompanhamento médico, cuidados de enfermagem, fisioterapia, suporte psicológico e outros. Os profissionais envolvidos nas visitas incluem médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e, dependendo das necessidades do paciente, assistentes sociais e nutricionistas

(En)Cena – Patrícia, um dos objetivos desta entrevista é entender ⁠⁠como o programa pode atender a comunidade e quem se encaixa como perfil de usuário. Assim sendo, como é realizada a avaliação inicial do paciente e o acompanhamento ao longo do tratamento?

Patrícia Sousa –  A avaliação inicial do paciente é feita por uma equipe multiprofissional, que visita o paciente e faz um apanhado geral das condições de saúde, necessidades de cuidados e do ambiente familiar. Esse momento é muito importante para criar um plano de atendimento personalizado, que é o que vai definir a frequência das visitas e os profissionais envolvidos no caso de cada paciente. Ao longo do tratamento, o usuário do programa é acompanhado de perto pela equipe, que ajusta o plano conforme a evolução do quadro, e garante que ele receba os cuidados adequados e que a família também esteja orientada para participar do processo. 

(En)Cena – Como o programa contribui para a redução de internações hospitalares e para o bem-estar do paciente e da família?

Patrícia Sousa – O intuito do programa é justamente acompanhar o paciente no domicílio para que ele tenha uma certa qualidade de vida e consiga de certa forma no seu lar, ter o atendimento adequado, pensando inclusive numa ideia de humanização. Esse programa também vem como estratégia na diminuição de internações e ocupação de leitos em hospitais, pois muitas das vezes o paciente pode ser acompanhado em casa e está no hospital ocupando um leito que poderia servir para outro paciente em uma situação mais grave ou de maior vulnerabilidade, ao qual tem maior necessidade daquele leito. Buscar qualidade de vida, trazer conforto e bem-estar no domicílio, no ambiente de casa, da família, a fim de favorecer a reabilitação do paciente.

(En)Cena – Como o “Melhor em Casa” lida com emergências e mudanças no quadro clínico dos pacientes atendidos?

Patrícia Sousa – Quanto às emergências que o programa lida, depende muito do caso. A equipe do “Melhor em Casa” transporta alguns equipamentos que a depender da emergência, eles mesmos vão prestar os primeiros socorros. Quando não, a equipe encaminha o paciente entrando em contato com a ambulância ou SAMU. Esse atendimento vai ocorrer com certa prioridade por ter sido caracterizado como urgência pela equipe. Quanto às mudanças no quadro clínico, é de acordo com a necessidade do paciente, todo tipo de procedimento é administrado pela equipe, desde medicamentos via oral aos intravenosos – toda necessidade que o paciente demonstrar na hora da visita será atendida pelo Melhor em Casa que estará capacitada pra fazer, até porque é uma equipe de multiprofissionais com médico, enfermeiro, fisioterapeuta, entre outros. Quando o caso passa da assistência que o programa pode oferecer de imediato, a equipe conta com uma certa prioridade no encaminhamento do paciente a um segundo serviço da Rede Municipal de Saúde.

(En)Cena – Quais são as principais parcerias ou colaborações que o programa estabelece com outras unidades de saúde?

Patrícia Sousa –  O programa Melhor em Casa faz parte da rede municipal de saúde, então tudo o que ele necessitar para dar prosseguimento ao atendimento do paciente dentro da rede, ele pode encaminhar. Exemplo: O CER, (Centro Especializado em Reabilitação), o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas), o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Hospital Municipal, que também pode ser a necessidade do paciente, entre outros. Quaisquer serviços da Rede Municipal de Saúde podem ser acessados pela equipe do Melhor em Casa para promover o bem-estar e saúde dos pacientes.

(En)Cena – Como os resultados do programa são avaliados em termos de impacto na saúde pública e na qualidade de vida dos pacientes?

Patrícia Sousa –  Os resultados são acompanhados como todos os outros programas, a depender da gestão municipal de saúde. Tem gestão que faz a avaliação e manutenção dos programas de maneira quadrimestral, outras trimestralmente e assim por diante. Geralmente é feita a classificação de risco na ficha dos pacientes, que ao final do prazo determinado pela gestão, é reavaliada e registrada. Para o acompanhamento do paciente em casa, é feito um prontuário que fica sob os cuidados do mesmo (ou da família), onde a cada visita da equipe é feito um registro e todos os profissionais presentes assinam e escrevem os procedimentos executados naquele dia de visita, então é bem interessante pois na hora de fazer o acompanhamento e avaliação desse paciente, esse prontuário serve de instrumento para que se possa visualizar a evolução do mesmo a cada mês. Todavia volto a dizer, cada gestor vai especificar de acordo com seu município e demanda, qual a melhor forma de recolher e analisar e avaliar os resultados advindos da prática da equipe. Aqui onde resido (Redenção/PA) é feito de maneira quadrimestral através de um Relatório detalhado do Quadrimestre anterior (RDQA), no qual se avaliam todos os serviços de saúde do município, então se avalia tudo, inclusive o Melhor em Casa. Em termos de impacto na saúde pública, é muito positivo. É comprovado que o ambiente domiciliar do paciente pode contribuir em muito à sua recuperação, então a proposta do programa obtém em muito uma recuperação mais favorável do paciente, e em termos de números, o programa desafoga muito o Hospital.

(En)Cena – Como funciona a atuação dos psicólogos/profissionais da saúde mental no programa?

Patrícia Sousa –  A atuação do psicólogo é de suma importância. Ter um paciente debilitado e acamado em casa, mexe muito com a estrutura psicológica dos familiares. Sem falar na parte física, a considerar que os esforços que envolvem o cuidado de uma pessoa acamada são muitos e diversos, causando muito cansaço, estresse e ansiedade nos cuidadores formais ou informais, então o acompanhamento com psicólogo a cada semana com escuta, orientação, acolhimento e trazendo para a família estratégias para promover a saúde mental da família e do paciente, é um diferencial na equipe. O psicólogo é tão importante quanto qualquer outro profissional no quadro da equipe e muitas vezes se torna a base para o bom desenvolvimento dos outros profissionais engajados no tratamento do paciente. Através das conversas e do acolhimento feito ali na hora da visita, a família se acalma enquanto os demais profissionais fazem seu trabalho com o paciente. O trabalho multi vai contribuir na evolução do quadro clínico como um todo.

(En)Cena – Expressamos nossa gratidão pela sua disponibilidade e contribuição neste momento. Gostaríamos de lhe conceder a oportunidade de deixar uma mensagem final para o nosso público do portal.

Patrícia Sousa –  O Programa “Melhor em Casa” representa um avanço no cuidado humanizado, trazendo a possibilidade de tratar e cuidar de pacientes no aconchego do próprio lar, ao lado de seus familiares. Com uma equipe dedicada de profissionais da saúde, o programa oferece suporte contínuo e especializado, que garante ao paciente o tratamento necessário sem perder o conforto e a proximidade de seu ambiente familiar. Ao promover o bem-estar e fortalecer os vínculos afetivos durante o tratamento, o “Melhor em Casa” transforma a forma como cuidamos da saúde, levando acolhimento e dignidade a quem mais precisa.

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SAVIS do Hospital e Maternidade Dona Regina disponibiliza novo canal de atendimento

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A população conta agora com o acolhimento sigiloso e humanizado, também via WhatsApp, pelo número (63) 3218-7786

Atendimento personalizado com qualidade, segurança e humanização à população, são oferecidos também, pelo novo canal de atendimento virtual, do Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (SAVIS), do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR). O serviço acolhe de forma sigilosa e é destinado para todas as pessoas, independente de sexo e idade.

A partir de agora, a população pode acionar o SAVIS via WhatsApp, pelo telefone (63) 3218-7786. Pelo canal podem ser realizados agendamentos, esclarecer dúvidas, receber orientações e encaminhamentos. “Esse contato já usamos como canal de atendimento, mas entendemos que muitas vítimas não têm condições de fazer essa ligação e acaba sendo mais fácil o acesso à internet e envio dessas mensagens, o nosso intuito é oferecer mais acesso aos nossos serviços e garantir atendimento a essas vítimas que já estão fragilizadas”, destacou a enfermeira, sexóloga e supervisora do SAVIS/HMDR, Sâmia Ponciano.

No SAVIS, é realizada a atenção integral, de forma humanizada e segura, evitando a revitimização de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde e do serviço. O atendimento é multiprofissional, composto por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. O sigilo profissional é garantido e existe o apoio com a equipe na parte ambulatorial de até seis meses. No local, são feitos exames, medicações, apoio psicológico, social, imunização e em casos de gravidez decorrente de estupro fazemos o Aborto Previsto em Lei/APL, até a vigésima semana.

Dados

Segundo os dados do Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (SAVIS) do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), em 2023 foram atendidos 346 novos casos. Referência no Tocantins, o serviço funciona desde 2012, é aberto todos os dias, 24 horas, sem necessidade de encaminhamento.

 

Dayana Nascimento/Governo do Tocantins

 (saude@secom.to.gov.br

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Adesão do Dispositivo Intrauterino (DIU) na saúde pública

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Este método apresenta diversas vantagens, tornando-o uma opção atrativa para mulheres em busca de contracepção.

O Dispositivo Intrauterino (DIU) é um método contraceptivo de baixo custo, com pouca manutenção e alta eficácia, com uma taxa de sucesso superior a 99%4 (Centers for Disease Control and Prevention. “Effectiveness of Family Planning Methods,” CDC, 2011.) 

Segundo a doutora Maria Emília, médica ginecologista, o Dispositivo Intrauterino (DIU) é um método contraceptivo eficaz e de longa duração que pode ser utilizado por mulheres que desejam evitar a gravidez sem depender da ingestão diária de pílulas anticoncepcionais. Esse método se tornou popular entre as mulheres devido à sua eficácia, baixa manutenção e praticidade, uma vez que pode ser utilizado por anos sem precisar de substituição. No entanto, é essencial destacar que o DIU não oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), sendo recomendado o uso de preservativos em combinação com o DIU para uma proteção abrangente. 

De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, o Dispositivo Intrauterino(DIU) funciona liberando, de forma contínua, uma pequena quantidade de progesterona. Nos DIUs de cobre, uma pequena camada de cobre é adicionada ao dispositivo, e nos DIU de prata, a prata é misturada com um pouco de cobre, em todos eles tais ações visam impedir a chegada do espermatozóide ao óvulo, ou criar um ambiente hostil no útero, dificultando a implantação do óvulo fertilizado. 

Existem basicamente dois tipos de DIUs, o DIU mais antigo (de cobre) e o DIU hormonal (Mirena). A principal diferença entre eles está no efeito sobre a menstruação. Enquanto o DIU de cobre aumenta o fluxo menstrual (podendo causar ou piorar a cólica menstrual) O DIU hormonal (Mirena) deixa a mulher sem menstruar.(BOSSETTO, 2018) 

Quando comparado com a pílula, o DIU é mais eficaz e não requer aderência diária. No entanto, não oferece a flexibilidade de interromper prontamente o uso para engravidar e não tem os benefícios adicionais que algumas pílulas oferecem, como o controle de acne ou a regulamentação dos ciclos menstruais. Uma pesquisa do Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), os métodos mais referidos espontaneamente pelas mulheres foram a pílula anticoncepcional (87,4%), o preservativo (53,1%), métodos de abstinência periódica (34,8%) e o dispositivo intra-uterino – DIU (34%). Mediante estimulação, referiram-se principalmente à pílula (99,3%), ao preservativo (98,6%), à esterilização feminina (97,6%) e à abstinência periódica (88,5%). (VIANNA, et al., 2005) 

Um estudo realizado e publicado na revista brasileira de medicina de família e comunidade, traz diversas informações necessárias sobre o Dispositivo Intrauterino (DIU). Ademais, revela também as barreiras enfrentadas para a inserção do dispositivo, sendo uma delas a desinformação associada ao método contraceptivo, como por exemplo, relato de mulheres que não se interessavam pelo dispositivo por medo do procedimento ou por não saber como ele funcionava. Logo, é notório como a desinformação a respeito desse procedimento impacta negativamente sua aceitação. 

De acordo com o instituto Vilamil, existem diversos mitos acerca do uso do Dispositivo Intrauterino (DIU), muitas mulheres acreditam que tal método pode causar infertilidade, aumentar o risco de contrair infecções sexualmente transmissíveis e até mesmo que o dispositivo seja abortivo. Ademais, torna-se necessário políticas públicas, visando promover informações a respeito desse método contraceptivo. 

No Brasil, o processo de regulamentação e acessibilidade ao DIU tem se mostrado em evolução ao longo das últimas décadas. O marco legal na história da acessibilidade ao DIU no Brasil ocorreu em 1996, quando, conforme estabelecido pela legislação de planejamento familiar (Lei nº 9.263/1996), o Dispositivo Intrauterino foi incluído como método contraceptivo subsidiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida demonstrou uma consolidação do compromisso estatal com a saúde, visando promover o DIU como uma alternativa contraceptiva disponibilizada pelo SUS (Brasil, 1996). 

Atualmente, existem políticas específicas do SUS que caminham em direção à maior acessibilidade ao DIU. Um exemplo é a orientação para que enfermeiros e enfermeiras pudessem fazer a colocação e a retirada do dispositivo, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde na Nota Técnica nº 31/2023. Considerando que os enfermeiros têm uma marcante presença nas Unidades Básicas de Saúde, essa orientação reflete um esforço do governo para melhorar a saúde reprodutiva da população (Brasil, 2023). 

No entanto, um estudo realizado por Gonzaga et al. (2017) analisou as barreiras organizacionais ao uso do DIU nos serviços de atenção primária à saúde no Brasil. As barreiras identificadas incluem a falta de fornecimento de DIU em algumas unidades básicas de saúde, a falta de protocolos bem estruturados para a inserção do DIU e padrões não baseados em evidência para o acesso ao contraceptivo. O estudo aponta que a expansão do uso do DIU ainda vai exigir um processo bem elaborado para garantir maior acessibilidade ao método, adaptado à realidade brasileira. 

Referências 

BRASIL. Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12 jan. 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm Acesso em: 01 maio 2025. 

Brasil. Ministério da Saúde. Nota Técnica nº 31/2023-COSMU/CGACI/DGCI/SAPS/MS. Considerações e recomendações sobre oferta, inserção e retirada do Dispositivo Intrauterino (DIU). Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas /2023/nota-tecnica-no-31-2023-cosmu-cgaci-dgci-saps-ms/view. Acesso em: 01 maio 2025. 

SciELO Brasil. Barreiras organizacionais para disponibilização e inserção do dispositivo intrauterino nos serviços de atenção básica à saúde. 2023. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/reeusp/a/6sW3wZNcTJ53586zcsrmv5q/>. Acesso em: 02 abr. 2024. 

Gonzaga, V. A. S., Borges, A. L. V., Santos, O. A., Santa Rosa, P. L. F., & Gonçalves, R. F. S. (2017). Barreiras organizacionais para disponibilização e inserção do dispositivo intrauterino nos serviços de atenção básica à saúde.

Revista da Escola de Enfermagem da USP, 51, e03270. DOI: 10.1590/S1980-220X2016046803270. 

EMILIA, Maria. Tudo sobre o DIU. Disponível em: https://dramariaemiliadebarba.com.br/anticoncepcao/tudo-sobre-diu/. Acesso em: 02 maio 2024. 

ZENI, Erica. Vantagens sobre o dispositivo intrauterino. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/diu-descubra-as-vantagens-do-dispositivo-intra uterino-como-metodo-anticoncepcional/. Acesso em: 02 maio 2024. 

MACHADO, Gabrielly Monteiro. Desafios na inserção do DIU. Disponível em: file:///C:/Users/Lenovo/Downloads/42898-Article-453434-1-10-20230818.pdf. Acesso em: 02 maio 2024. 

VILAMIL, Instituto. Como funciona o DIU. Disponível em: https://www.institutovillamil.com.br/diu-de-cobre-prata-e-hormonal-saiba-tudo sobre-eles/. Acesso em: 02 maio 2024.

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A importância de cuidar de quem cuida considerando o envelhecimento populacional

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Com o direito ao acesso à saúde a partir de 1988, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), reforça esse direito à saúde sendo assegurado pela Constituição Federal e dever do Estado. Desse modo, tem como objetivo proporcionar saúde de qualidade ao Cidadão, além disso, tem a função de regular, fiscalizar, controlar e executar ações públicas de saúde. As ações públicas, também chamadas de Políticas Públicas, são ações e planos do governo para proporcionar o bem-estar da sociedade, buscando a solução dos problemas de interesse público. Apesar de serem campos próximos, se distinguem quanto ao seu enfoque. (CARVALHO, 2013; OLIVEIRA, 2016).

Nesse contexto, a implantação da Unidade de Saúde da Família (USF), prevê a atenção contínua nas especialidades básicas e constitui o primeiro contato do usuário com o sistema de saúde, ou seja, “porta de entrada” do sistema. Ela tem que ser resolutiva, com profissionais capazes de assistir aos problemas de saúde mais comuns e de manejar novos saberes que, por meio de processos educativos, promovam a saúde e previnam doenças em geral (SOUSA; NETO, 2000). 

Em decorrência da expectativa de vida, o envelhecimento do ser humano aumenta os encargos sobre os sistemas de saúde, pois a incidência de doenças aumenta e a autonomia diminui. O alto número de ocorrências de multimorbidades é um problema que vem sendo estudado no Brasil, sendo caracterizado como um problema emergente. Isso mostra que um idoso vivendo muito tempo com multimorbidades é um problema para a saúde pública, pois o SUS não está sendo suficiente para proporcionar um envelhecimento saudável (ANDRADE; GUIMARÃES, 2013).

O envelhecimento populacional, processo natural da vida, é uma realidade no mundo inteiro, principalmente no Brasil, onde estima-se que nos próximos anos seja o sexto maior país do mundo com população idosa. As pessoas dessa faixa etária de 60 anos ou mais se tornam mais vulneráveis a desenvolverem doenças cardiovasculares, AVC, Alzheimer, entre outras. Isso é preocupante, pois necessitam ser assistidas e cuidadas quando ocorrem casos mais graves. (DA CONCEIÇÃO, 2010; CALDAS e MOREIRA, 2007).

Diante disso, a Política Nacional do Idoso prevê a promoção do envelhecimento saudável e digno, com a prevenção de doenças, cuidados para recuperação e reabilitação dos que adoecem. Mas, na realidade, quando se pensa na saúde e bem-estar destes idosos, o SUS, que é carente de recursos e políticas sociais, designa aos familiares os cuidados de apoio social (BRÊTAS, 2003)

E diante desse cenário, alguns dos idosos necessitam de cuidados e acabam recebendo estes cuidados por um cuidador de idosos, sejam eles formais ou informais, com conhecimento especializado ou um familiar leigo. Essas pessoas que se dispõe a cuidar de um idoso dependente ou semi-dependente, que na maioria das vezes são esquecidos pelo sistema de saúde e tendo o seu trabalho como foco principal na sua vida. O cuidador formal é um profissional capacitado e treinado para auxiliar o idoso, ou seja, é um terceiro que realiza o seu trabalho diante das instruções que lhes foi dado (CONCEIÇÃO, 2010).

Quando envolve um familiar, passa-se a chamar cuidador informal ou familiar. É aquele filho ou filha, que na maioria dos casos é eleito pela família a ser o único e exclusivo, denominado cuidador principal. Além de não ser um serviço remunerado, o cuidador familiar, na maioria das vezes, não tem capacitação, conhecimento e orientações de como ser um cuidador, o que piora e dobra as chances de afetar a integridade da sua saúde (CALDAS; MOREIRA, 2007).

Em suma, o cuidador é aquele que, diariamente alimenta, cuida da higiene pessoal, dá medicamentos e faz companhia ao seu dependente. Esse intenso trabalho pode, futuramente, trazer consequências como problemas de saúde, tanto física quanto mental. Focar nos problemas dos cuidadores dos idosos, que sofrem por estafa mental, são mais estressados, deprimidos, que possuem níveis menores de bem-estar subjetivo e de senso de autoeficácia, intervindo com ações que minimizem esses efeitos seria de grande valia para a saúde pública (SOUSA; NETO, 2000).

Portanto, a existência de serviços de apoio educativo, psicológico e social é essencial para reduzir as consequências advindas do ato de cuidar. A intervenção psicoeducacional pode contribuir significativamente para a melhora do bem-estar, para a aquisição de estratégias de enfrentamento da situação de cuidado, diminuição de sentimentos e pensamentos disfuncionais, melhora no senso de autoeficácia, entre outros benefícios. Contudo, há necessidade de uma padronização da abordagem em termos de estrutura, duração e conteúdos abordados, para que se obtenham informações mais precisas sobre o efeito desse tipo de intervenção (SOUSA; NETO, 2000; LOPES; CACHIONI; 2012).

Coautores:

  • Bruno Soares Oliveira
  • Juliano Martins Moreira
  • Jackson Nunes Cardoso
  • Lívia de Souza Caixeta
  • Nicole Deiss 
  • Sara Regina Batista da Silva. 

REFERÊNCIAS 

BRÊTAS, Ana Cristina Passarella. Cuidadores de idosos e o Sistema Único de Saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 56, p. 298-301, 2003. 

CARVALHO, Gilson. A saúde pública no Brasil. Estudos avançados, v. 27, p. 7-26, 2013. 

CERQUEIRA, Ana Teresa de Abreu Ramos; OLIVEIRA, Nair Isabel Lapenta de. Programa de apoio a cuidadores: uma ação terapêutica e preventiva na atenção à saúde dos idosos. Psicologia Usp, v. 13, p. 133-150, 2002.

CONCEIÇÃO, Luiz Fabiano Soriano. Saúde do idoso: orientações ao cuidador do idoso acamado. Rev Med Minas Gerais, v. 20, n. 1, p. 81-91, 2010. 

GUIMARÃES, Raphael Mendonça; ANDRADE, Flavia Cristina Drumond. Expectativa de vida com e sem multimorbidade entre idosos brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 37, 2020. 

LOPES, Lais de Oliveira; CACHIONI, Meire. Intervenções psicoeducacionais para cuidadores de idosos com demência: uma revisão sistemática. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 61, p. 252-261, 2012.

MOREIRA, Marcia Duarte; CALDAS, Célia Pereira. A importância do cuidador no contexto da saúde do idoso. Escola Anna Nery, v. 11, p. 520-525, 2007. 

OLIVEIRA, Vanessa Elias de. Saúde Pública e Políticas Públicas: campos próximos, porém distantes. Saúde e Sociedade, v. 25, p. 880-894, 2016. 

SOUSA, M F; NETO, M M da C. Cadernos de atenção básica: programa da saúde da família. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 

 

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Minha experiência no SUS: a humanização em saúde pública

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Falar sobre o SUS, para mim, é falar sobre cuidado. As experiências negativas não me deixam desacreditar desse Sistema, porque há em mim a esperança de um SUS com mínima porcentagem de falha. O meu relato se trata da experiência vivida no meu primeiro estágio extracurricular, no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas III, em Palmas.

No dia 15 de dezembro de 2021, entrei pelas portas do CAPS AD III como estagiária de Psicologia, acompanhada de muitos sentimentos, dentre medo, ansiedade, felicidade e êxtase. Nesse dia, eu ainda não tinha noção de quantas experiências enriquecedoras eu viveria, tampouco do quanto apaixonada pela Psicologia no SUS eu ficaria. O CAPS AD III me fez evoluir tanto profissionalmente quanto pessoalmente, e levo comigo o sentimento de gratidão por tudo que ali vivi.

Mas onde entra o SUS nisso tudo?! O CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III) faz parte da rede de serviços do SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil, dedicado ao tratamento de pessoas com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. Ele integra a política de saúde mental e de combate às drogas, oferecendo atendimento multidisciplinar, como psicoterapia, grupos de apoio, e acompanhamento médico, em consonância com os princípios do SUS de universalidade, integralidade e equidade no acesso à saúde.

Nesses 1 ano e 5 meses de estágio, pude acompanhar de perto a saúde mental no SUS. Todos os profissionais que estiveram ao meu lado me ensinaram um pouco sobre humanização e cuidado; a equipe multidisciplinar era engajada em atender cada demanda com a ética e os princípios que o SUS propõe. Pude entender sobre acolhimento, portas abertas, plano terapêutico singular, grupos terapêuticos, medicamentos, gestão, recursos, equipe, discussões de caso, residência, enfim… a grande palavra que ficou no meu coração e que talvez resuma tudo o que falei é: Humanização em saúde.

A humanização em saúde envolve uma relação empática entre profissionais de saúde e pacientes, buscando compreender as necessidades, desejos e valores dos indivíduos. Além disso, a humanização em saúde visa promover ambientes acolhedores e confortáveis, garantindo o acesso equitativo aos serviços de saúde e promovendo a participação ativa dos pacientes no processo de cuidado. Foi exatamente isso que vivi no CAPS AD III, e foi lindo!

Sei que o meu texto ficou um “mar de rosas”, mas no meu coração, o lado positivo sobressaiu toda e qualquer dificuldade vivida naquele espaço. E a reflexão que me ficou foi: com as pessoas certas, os recursos adequados e a qualificação eficiente, o SUS pode ser um sistema magnífico.

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Reflexões sobre Psicologia da Saúde, do Trabalho e do Desenvolvimento

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Durante a jornada acadêmica, anos se passam e diversos professores deixam sua marca de maneiras distintas. Disciplinas variadas e conteúdos importantes contribuem para a construção da nossa visão de mundo. Com o tempo, amadurecemos, ampliamos nosso olhar e conseguimos relacionar diferentes contextos, desenvolvendo um raciocínio clínico.

Nossa mente se torna um banco de dados no qual, com o passar do tempo, conseguimos relacionar algumas variáveis. Este texto é fruto de uma dessas conexões entre conteúdos. Quero compartilhar um recorte de como a graduação tem sido uma experiência enriquecedora, somando-se a cada dia à minha vida.

O texto que trago aqui começou a ser construído quando li o seguinte relato:

“Um dia tenso. Chego ao hospital antes das sete horas, e quatro pacientes internados no andar já esperam minha visita. Não tive tempo de conversar com o médico que passou na véspera e estou atrasada. Impressionante como alguém que levanta da cama exausta consegue já estar atrasada às sete da manhã. Eu preciso ler os prontuários e entender o que ocorreu nas últimas 24 horas. A letra do colega não ajuda. Fico muito irritada. O estômago dói. Penso que deveria parar de tomar tanto café.

Entro no primeiro quarto: mulher, 39 anos, divorciada. Um filho adolescente ainda dorme profundamente no sofá de acompanhante. A mulher geme. Ela tem câncer metastático de pulmão. Não era tabagista. A dor está muito intensa ainda, apesar de utilizar uma bomba de morfina há três dias. Está difícil encontrar a dose ideal do analgésico, pois ela tem muita sensibilidade aos efeitos colaterais. Por um instante, olho a cena de um ponto de vista novo. Observo a mulher e, de repente, me transformo nela”. (ARANTES, 2019 p 42-43)

Esse trecho em específico retrata a intensa rotina de uma médica, uma realidade que muitos profissionais de saúde enfrentam em diferentes contingências, esse recorte chamou minha atenção devido a uma série de fatores, todos relacionados à minha jornada na graduação de Psicologia. No primeiro semestre de 2023, cursei a disciplina “Psicologia e Saúde em Diferentes Contextos”. Foi lá que ouvi pela primeira vez o termo “fadiga de compaixão”. Lembro-me de ficar intrigado e me questionar: “Como é possível que profissionais da saúde, que se dedicam tanto, possam ficar fatigados ao ter compaixão pelo outro?”. Hoje, percebo que esse questionamento refletia minha imaturidade e falta de compaixão em relação a esses profissionais.

Durante essa disciplina, ficou mais claro para mim a ocorrência desse fenômeno e sua natureza frequente e triste na vida desses profissionais; pessoas que se doam tanto que já presenciaram tantas formas de sofrimento que desenvolvem uma resistência a ele, chegando ao esgotamento. O livro de Ana Claudia Quintana Arantes aborda esse fenômeno da seguinte forma:

“A fadiga de compaixão ou estresse pós-traumático secundário ocorre preferencial- mente com profissionais de saúde ou voluntários que têm a empatia como principal ferramenta de ajuda. Pessoas que lidam com tanto sofrimento que acabam por incorporar a dor que não lhes pertence”. (ARANTES, 2019 p 41).

 

Passado um ano dessa disciplina, cheguei ao primeiro semestre de 2024, e como a grade curricular da minha universidade é flexível, algumas disciplinas indicadas para períodos específicos podem ser cursadas em outros momentos. Isso aconteceu comigo em relação à disciplina “Psicologia do Desenvolvimento II”, que é do segundo período e eu cursei no quinto semestre. Nessa disciplina, foi proposta a leitura do livro de Ana Arantes, o mesmo mencionado na aula de Psicologia e Saúde. Ao reler o livro, memórias e aprendizados anteriores voltaram à tona, mas agora foram encarados de outra maneira, tanto por ter passado por outras disciplinas quanto por estar cursando outra que ampliou meu olhar em relação ao outro.

A disciplina “Psicologia do Trabalho” tem abordado o contexto de intensificação e precarização do trabalho, questões que têm me sensibilizado e deixado mais atento a detalhes que se relacionam. Os relatos da médica e o fato da fadiga de compaixão estarem ligados à intensificação do trabalho e às altas demandas, vinculadas à responsabilidade de lidar com a vida humana, foram aspectos que se entrelaçaram em minha compreensão.

A relação entre a fadiga de compaixão e a intensificação do trabalho dos profissionais de saúde é complexa e muitas vezes subestimada. Com a crescente demanda por serviços de saúde, esses profissionais enfrentam uma carga de trabalho intensa, muitas vezes em mais de um local, combinada com a responsabilidade de lidar com o sofrimento humano diariamente.

A intensificação do trabalho na área da saúde vai além da carga horária ou da falta de recursos. Refere-se também à pressão por produtividade e eficiência, que muitas vezes sacrifica o bem-estar dos profissionais. Isso se traduz em jornadas longas, recursos limitados e uma carga emocional pesada ao lidar com o sofrimento humano. Além disso, a sobrecarga cognitiva e física dos trabalhadores pode levar à exposição a riscos e à deterioração da saúde. Em momentos de alta demanda, como em situações de emergência, o risco de acidentes aumenta. Conciliar rapidez e atenção com cuidado na execução das tarefas torna-se um desafio, principalmente quando o foco é garantir o restabelecimento das condições clínicas do paciente, pois existe uma alta demanda de pessoas que precisam ser atendidas, pessoas que estão em sofrimento, e a responsabilidade urgente de lidar com esse sofrimento, é direcionada para esse profissional. (FERNANDES et.al 2014)

Ana Arantes trás uma fala em seu livro que se relaciona com essa contingência de intensificação do trabalho dos profissionais da saúde: 

“Parece que cai bem socialmente dizer que você não teve tempo de almoçar, não teve tempo de dormir, não teve tempo de mexer o corpo, de rir, de chorar – não teve tempo de viver. A dedicação ao trabalho parece estar ligada a um reconhecimento social, a uma forma torta de se sentir importante e valorizado; tudo à sua volta tem a obrigação de entender que o mundo só pode girar se você estiver empurrando”. (ARANTES, 2019 p 38)

 

Para lidar com a fadiga de compaixão, muitas vezes ocorre o distanciamento afetivo, no qual se tenta separar as emoções do trabalho para evitar o esgotamento emocional. No entanto, essa abordagem pode levar à desconexão emocional e à redução da qualidade do cuidado prestado. Por isso, muitas vezes os profissionais da saúde parecem rudes, já que viram tanto sofrimento que desenvolvem uma tolerância ou se afastam das emoções das pessoas para se protegerem.

Diante desses diferentes contextos, percebo como é essencial que os sistemas de saúde reconheçam e abordem a fadiga de compaixão, fornecendo apoio emocional e recursos adequados para os profissionais, mostrando-lhes que também podem ser cuidados. No entanto, é importante que esses profissionais estejam conscientes da importância de cuidar de si mesmos. Como afirmado por Ana Claudia Quintana Arantes (2019 p. 38), “minha vida ficou mais plena de sentido quando descobri que tão importante quanto cuidar do outro, é cuidar de si”. 

REFERÊNCIAS:

ARANTES, Ana Claudia Quintana. A morte é um dia que vale a pena viver. Sextante, São Paulo:, 2019.

FERNANDES, R.C.P., LIMA, M.A.G; ARAÚJO, T.M. Tópicos em saúde, ambiente e trabalho: um olhar ampliado. UFBA, Salvador:, 2014

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(En)Cena realiza roda de conversa sobre os desafios para a saúde da mulher contemporânea.

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O Portal (En)Cena realizará na próxima segunda-feira (30) a roda de conversa “Outubro
Rosa – Os desafios para a saúde da mulher contemporânea” com a participação da médica
ginecologista Francielle Batista e a da psicóloga Andréa Nobre. O evento será sediado na
Ulbra Palmas, no miniauditório 543 a partir das 19h30.

Andréa Nobre é psicóloga egressa da Ulbra Palmas, jornalista e empreendedora. Atua no
atendimento de adultos e crianças e tem focado seu trabalho nas redes sociais na
divulgação de conteúdos sobre a maternidade real e o comportamento infantil. Se define
como “maranhense, mãe, esposa, madrasta, irmã e amiga” e pretende encontrar melhores
resultados para a saúde mental e bem-estar.

Francielle Batista é médica ginecologista e atua há mais de 20 anos no atendimento de
mulheres. Cursou medicina na Universidade Federal de Uberlândia e residiu em Brasília
exercendo sua profissão na Oficinal da Força Aérea Brasileira (FAB). Em razão do seu
sonho de construir uma família e de ter a sua profissão reconhecida como médica
ginecologista, decidiu mudar-se para o estado do Tocantins, onde vive há 15 anos. Em seu
trabalho visa colaborar e somar na vida de mulheres com 40 anos ou mais, com o intuito de
proporcionar melhores resultados em suas relações íntimas e regulação hormonal.

Outubro Rosa
Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer
de mama e câncer do colo do útero.
O movimento tem o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização
sobre as doenças, bem como, proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de
tratamento, prevenção e redução da mortalidade.

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