Como o grupo terapêutico pode ajudar as pessoas com esgotamento laboral?

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Na atualidade em que vivemos, os ambientes de trabalho disfuncionais estão cada vez mais propícios para a contribuição do adoecimento mental de seus trabalhadores. A criação de um grupo terapêutico com indivíduos que se encontrem nessa situação é uma forma de intervenção capaz de amenizar os referidos sintomas. Dessa forma, o grupo permite que o trabalhador entre em contato com outras pessoas que passam pela mesma situação, além de proporcionar escuta especializada e um espaço seguro para que compartilhem suas experiências e angústias.

A princípio, é importante lembrar que o processo de evolução e adaptação dos seres humanos se deu graças aos inter-relacionamentos grupais. O grupo é formado quando os integrantes apresentam valores e interesses em comum. Assim, o que diferencia um grupo do outro é a finalidade para a qual ele foi criado.

Para a construção de um grupo, há de se planejar e manejar os fenômenos do grupo por meio de fundamentos técnicos. Assim, a estrutura deve conter o objetivo, ideias, o público alvo que se planeja atingir.  Ao decorrer dos encontros, o responsável pela condução do grupo tem que estar atento tanto às resistências que atrapalham alcançar objetivo grupal, quanto às formas de comunicação, aos vínculos e papéis assumidos. Ademais, é indispensável o desenvolvimento das funções do ego e o exercício das atividades interpretativas (ZIMERMAN, 1997).

Fonte: Imagem de Irina L por Pixabay

Mindfulness e dialética

A prática de Mindfulness ou atenção plena é frequentemente associada à meditação sendo um exercício de concentração, estando inserida dentro do contexto das terapias cognitivo comportamentais, sendo uma técnica primordialmente de concentração que visa em outros aspectos, trazer a atenção para o momento presente, trabalhando uma postura de aceitação e não julgamento, tendo como objetivo final a regulação emocional. É muito comum que vários dos sintomas e sofrimentos venham do funcionamento de remoer pensamentos e coisas do passado ou da antecipação de problemas do futuro, logo a prática da atenção plena, acaba sendo um recurso para tornarmos cada vez mais conscientes do momento presente (KABAT-ZINN apud VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).

Atenção plena é a percepção consciente que emerge quando prestamos atenção de uma maneira particular as coisas como elas são: deliberadamente, no momento presente e de uma maneira imparcial. A atenção plena possibilita que enxerguemos de modo claro o que quer que esteja acontecendo na nossa vida TEASDALE; WILLIAMS; SEGAL, 2016).

Vivendo no controle automático não se pode reagir de maneira flexível aos acontecimentos momentâneos e dessa forma limitando as respostas ao ambiente. Muitas vezes, ao evitarmos os pensamentos ruins, situações e eventos que causam tristeza, somos levados a angústia e o Mindfulness pode aliviar e reduzir a situação estressora (KABAT-ZINN apud VANDENBERGHE; SOUSA, 2006).

No que tange a Dialética (do grego διαλεκτική (τέχνη), pelo latim dialectĭca ou dialectĭce) é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias. A tradução literal de dialética significa “caminho entre as ideias”.

Segundo Vieira (2006), existe uma dialética entre o indivíduo e o universo simbólico, que por sua vez é permeado pela cultura. A compreensão de pensamentos e idéias está em função para que se compreenda conteúdos inconscientes, ainda de acordo com tal autor, Jung considera que a psique é constituída historicamente, surgindo assim outra proposição de que a psique é coletiva.

Fonte: Imagem por Pixabay

Pessoas com sintomas de esgotamento emocional relacionados à atividade laboral

O mundo laboral na contemporaneidade gera impactos significativos na saúde mental, culminando assim na saúde física dos trabalhadores. As diversas formas de globalização, financeira, inovações tecnológicas e principalmente pelas novas formas de gestão interferem diretamente na saúde dos trabalhadores em seus diversos contextos de atuação, incluindo na maneira em que se organizam coletivamente.

Franco et al 2010 aponta que as relações de trabalho são permeadas flexibilização e precarização social e que tais aspectos repercutem negativamente na saúde do trabalhador. Uma pesquisa realizada pela startup Closecare, aponta que as doenças psicoemocionais são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil, cujo atingiu recorde de concessão de auxílio doença em 2020 e destaca-se que será a principal até 2030. As organizações são de setores e portes variados e foram considerados os atestados com categorias F da CID-10, referente a transtornos mentais e comportamentais, foram avaliados quadros específicos de episódios depressivos, ansiedade e estresse.

Destarte, as pesquisas apontam que após a finalização dos encontros, os participantes dos grupos terapêuticos dispõem de habilidades para lidar com o estresse e ansiedade que possam ser causados pela atividade laboral, como também são capazes de ressignificar suas relações com sua ocupação profissional, a fim de encontrar bem-estar em sua realização.

REFERÊNCIAS

MOLITERNO, Ian Marinho de et al. A atuação do psicólogo com grupos terapêuticos. Cadernos de Graduação – Ciências Biológicas e da Saúde Fits. Maceió, 2012. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/460> Acesso em:  10  jun.  2022.

MORETTI, Luciana. Mindfulness na construção terapêutica do espaço comunicativo baseado na atenção conjunta ao corpo. Nova Perspectiva. Sistêmica, n. 60, p. 83-99. São Paulo, 2018. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-78412018000100007&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:  12  jun.  2022.

PARISI, Silvana. Separação amorosa e individuação feminina: uma abordagem em grupo de mulheres no enfoque da Psicologia Analítica. Tese (Doutorado). Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009.

VANDENBERGHE, Luc. SOUSA, Ana Carolina Aquino de. Mindfulness nas terapias cognitivas e comportamentais. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872006000100004> Acesso em: 06 jun. 2022.

ZIMERMAN, David et al. Como trabalhamos em grupo. Artes Médicas. Porto Alegre, 1997.

SILVA, Mariana Pereira da; BERNARDO, Marcia Hespanhol; SOUZA, Heloísa Aparecida. Relação entre saúde mental e trabalho: a concepção de sindicalistas e possíveis formas de enfrentamento. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 41, 2016.

HONORAT; Ludmila.Atestados médicos traçam raio-X da saúde mental e guiam ações nas empresas. ESTADÃO: São Paulo, 04 de Junho de 2022. Disponível em: https://linklist.bio/carreira_empreendedorismo>Acesso em: 15 jun. 2022

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A importância da prevenção do câncer de mama

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Com o intuito de conscientizar e alertar as mulheres sobre o câncer de mama celebra-se no mês de outubro a campanha intitulada Outubro Rosa, uma forma encontrada para divulgar informações e prevenir as mulheres sobre a doença, além de oferecer diagnóstico e tratamento.  Criado na década de 90, é considerado um movimento internacional, o qual o tem o laço rosa, como símbolo da prevenção ao câncer mama, que foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e entregue aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, Estados Unidos (EUA).

Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil o câncer de mama ocupa a primeira posição entre o público feminino no Brasil, sendo o que mais causa morte entre mulheres.  Somente este ano foi estimado 66.280 casos da doença, um aumento se comparado ao ano de 2019 que teve 18.068. Por isso faz-se necessário ter um diagnóstico precoce para o tratamento ser mais eficaz.  De acordo com o Inca, homens também podem ter câncer de mama, mas é rara, com aproximadamente 1% do público masculino afetado pela doença.

Fonte: encurtador.com.br/kCIN5

O que é Câncer de mama? É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, a qual forma um tumor que pode migrar para outros órgãos.  Segundo cartilha, divulgada pelo Inca para celebrar a sexta edição da campanha Outubro Rosa, deste ano, o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo o grupo de maior risco, mulheres a partis dos 50 anos de idade. Obesidade, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, não ter amamentado, parar de menstruar após são alguns fatores de risco da doença.  É importante ficar também atenta aos fatores hereditários, como histórico familiar de câncer de ovário e mama.

O Sistema Único Nacional de Saúde (SUS) oferece atenção integral à prevenção e ao tratamento do câncer de mama. Para receber atendimento, é preciso passar pelo diagnóstico precoce nas unidades especializadas. O Ministério da Saúde (MS) informou, que para diminuir as taxas de aumento do câncer de mama, incentiva a amamentação como forma de prevenção. Dados da pasta revelam que o risco de desenvolver câncer de mama diminui de 4,3% a 6% a cada 12 meses de duração da amamentação.

Fonte: Freepick

Sintomas do câncer de mama

Caroço endurecido, pequenos nódulos nas axilas e região do pescoço e pele da mama avermelhada são alguns dos sintomas da doença. Caso, a pessoa identifique alguma alteração é necessário ir ao médico para diagnóstico, por isso a importância dos exames de rotina no caso, a mamografia, radiografia das mamas.  Ademais, a atividade física para evitar o sobre peso e o sedentarismo é uma forma de prevenção, bem como evitar o uso de cigarros e bebidas alcoólicas.

Durante todo mês de outubro, todas as Capitais do Brasil irão realizar atividades relacionadas ao movimento Outubro Rosa. Procure informar quais serão as programações da sua região. Juntas, podemos vencer a desinformação e salvar vidas, por meio do diagnóstico precoce.

REFERÊNCIAS

Cartilha do Instituto Nacional do Câncer. Disponível em < https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//cartilha-mama-6-edicao-2021.pdf>. Acesso 29 set de 21.

Ministério da Saúde. Disponível em < https://bvsms.saude.gov.br/outubro-rosa-mes-de-conscientizacao-sobre-o-cancer-de-mama/>. Acesso 29set de 21.

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O que é o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)?

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Uma criança que tem Transtorno Opositivo-Desafiador é extremamente opositiva, desafiadora, que discute por qualquer coisa, que não assume seus erros ou responsabilidades por falhas e que costuma sempre se indispor com os demais de seu grupo ou de sua família de maneira a demonstrar que a cada situação será sempre difícil convencê-lo.

Os sintomas do TOD podem aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum entre os 6 e 12 anos. Essas crianças têm intolerância às frustrações, reações agressivas, intempestivas, sem qualquer diplomacia ou controle emocional. Elas costumam ser discriminadas, perdem oportunidades e desfazem círculos de amizades.

Não raro, sofrem bullying e são retiradas de eventos sociais e de programações da escola por causa de seu comportamento difícil. Os pais evitam sair ou passear com elas e muitas vezes as deixam com parentes ou em casa. Entre os irmãos, são preteridos, mal falados e considerados como “ovelhas negras”. São tratados como diferentes e mais criticados pelos pais.

Fonte: encurtador.com.br/ADM58

O Transtorno Opositivo-Desafiador necessita de acompanhamento profissional para que suas características sejam diminuídas e desapareçam. No entanto, é preciso dizer que quanto antes for descoberto, mais fácil será o controle da situação.

Caso a criança chegue à adolescência, o TOD pode evoluir para distúrbios que tornarão a situação ainda mais séria, como o surgimento do Transtorno de Conduta, por exemplo. Além disso, o abuso de álcool e outras drogas podem se intensificar.

As intervenções se pautam em psicoterapia infantil. O especialista vai analisar também o ambiente familiar em que a criança vive e qual a relação social que ela demonstra em situações que requerem sua participação em determinados meios.  A terapia para a família também não está descartada.

Fonte: encurtador.com.br/ckwEW

Vale dizer que a psicoterapia visa trabalhar aquelas situações em que a criança precisa lidar com alguma frustração (onde surgem os momentos de raiva e outros traços já mencionados anteriormente). A orientação dada aos pais tem o objetivo de ajudá-los no comportamento e nos métodos a serem aplicados dentro de casa.

* Luciana Brites é psicopedagoga, uma das fundadoras do Instituto NeuroSaber e co-autoria, com Clay Brites, do livro MENTES ÚNICAS.

Luciana Brites é especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação Ispe – Cae São Paulo. Além disso, é coordenadora do Núcleo Abenepi em Londrina.

Fonte: Divulgação

Clay e Luciana Brites são fundadores do Instituto NeuroSaber . A inciativa tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre aprendizagem, desenvolvimento e comportamento da infância e adolescência.

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Ansiedade: por um ansioso

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Olá! Sou uma pessoa ansiosa. Não sei se o que estou fazendo é válido ao contexto em que ele será inserido, mas é que me deu uma vontade insuportável de falar sobre mim.

Sou acadêmico de Medicina e venho aqui para falar de ansiedade e dos transtornos que ela nos causa no dia-dia.

Já são 01h07 da manhã. Já tentei dormir, mas não consegui, pois minhas ideias não param desde que pensei em escrever algo sob o ponto de vista do ansioso.

Forgiarini e Ricci et al (2010) definem a ansiedade como se segue:

A ansiedade é um estado de humor desconfortável, uma inquietação e uma apreensão interna em relação ao futuro. Manifestações estas que levam a respostas somáticas, fisiológicas e psíquicas.

Sparks, Taylor e Dyer (2000) associam a ansiedade ao temor, geralmente ligado à morte ou à incapacidade de realizar uma tarefa. Porto (2009), fala que a síndrome ansiosa é uma das principais síndromes psiquiátricas e que costuma ser acompanhada de sintomas físicos. Ainda segundo autor, a ansiedade pode apresentar-se através de sentimentos de desrealização e despersonalização, medo de morrer ou de ficar louco, entre outros sintomas. Kaplan, Sadock e Grebb (2003), falam que a ansiedade pode se dá de forma normal ou patológica, mas a intenção deste é falar sobre questões rotineiras da ansiedade.

O pensamento insistente é uma das características da ansiedade e se me perguntarem se sofro com transtorno de ansiedade, não saberia responder. Mas a verdade é que, quando fico ansioso, isso me causa muitos transtornos. Um exemplo: a preocupação com coisas que não preocupariam a maioria das pessoas me deixa – como se diz: “Um pé no saco!”. Não sei o nome do autor da máxima citada, mas ela reflete exatamente como me sinto: fico muito chato. Isso sem falar da expectativa irritante que me acompanha. Tenho ataques de coceira (É mole uma porra dessa?). E para que tanta caspa? A minha cara fica parecendo estar repleta de “pano branco” e, nesse período, ninguém chega muito perto de mim, com medo de ser infectado por algum fungo maldito.

Aliás, os sintomas orgânicos relacionados com a ansiedade são vastos e, por vezes, inusitados. Kaplan, Sadock e Grebb (2003) ainda listam no Compêndio de Psiquiatria algumas manifestações periféricas da ansiedade: diarréia, hiperidrose, palpitações, síncope, urgência urinária e outras.

Sinceramente, a impressão que me dá é que ninguém tá nem aí para a minha doença. Ninguém se importa em entender o ansioso –  e não estou falando de sentir pena – mas é que a ansiedade, para ser notada, tem de ser extrema. A pessoa tem que estar em quadros de pânico ou agorafóbicos (Casseta! Tenho que está quase morrendo para ser compreendido?).

Perceba só a diferença de quando se diz: “Estou muito ansioso!” ou “Estou deprimido”. O tratamento é totalmente diferente! A primeira situação, por vezes, é tratada como frescura; já na outra, o tratamento é mais acolhedor e carregado de atenção. Não estou dizendo que a depressão não deve ser vista com atenção. Ela é grave e deve ser tratada como tal quando, de fato, for DEPRESSÃO. Hoje, qualquer tristeza é confundida com ela, pois a depressão está muito banalizada. Mas o que eu tento dizer é que essa situação em particular nos remete ao jeito com que a saúde é tratada no Brasil: de forma meramente curativista.

A impressão que me cabe é que essa conversa de universalidade, integralidade e equidade, pregada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é conversa jogada fora. Principalmente a integralidade. As pessoas não querem se envolver no processo de adoecimento. Elas preferem te ver bem (saudável) ou ferrado (doente). Não percebo ninguém lutando pela manutenção da saúde mental, mas não raro vejo pessoas hospitalizadas em busca de uma “cura” milagrosa, quando não cabe mais a prevenção da doença. Em outras palavras, ninguém anda visitando um “quase doente”, mas se gasta tempo e dinheiro para ir ao velório de um ente querido.

Vale ressaltar que não estou criticando os movimentos psiquiátricos em si, esses foram e são importantíssimos para o SUS, pois acredito terem inspirado, por exemplo, a forma descentralizada com que a Estratégia de Saúde da Família trabalha hoje. Segundo Amarante (2007) esses movimentos, desde o final dos anos 60 e começo dos anos 70 quando de fato chegaram ao Brasil, lutam para que a atenção à saúde mental se dê mais no sentido da autonomia do que no da institucionalização. O que estou criticando é que, na prática, não se faz nada antes do indivíduo ter o diagnóstico de uma doença, como transtorno de ansiedade, no caso.

Para mim, o maior problema é lidar com as pessoas, com as quais eu geralmente me desgasto durante uma crise de ansiedade. Na verdade, não haveria necessidade de enfrentamento, pois tudo se resolveria por si só no dia seguinte ou horas depois. Mas a vontade de não deixar que nada de errado passe sem que seja citado é tão grande que -muitas vezes – ela me leva a demandas com pessoas que, geralmente, mais me ajudam do que eu a elas; ou com pessoas que julgo superiores a mim (meus pais e professores). Minha irritação já me causou algumas perdas (amigo, por exemplo). Sentimentos como inquietação psíquica, irritabilidade – por causa deste também já apanhei – falta de concentração e dificuldades com julgamento de terceiros são outros sintomas psíquicos que me deixam irritado. Kaplan, Sadock e Grebb (2003) também descrevem esses sintomas em sua obra.

O que espero desse trabalho é tornar possível a identificação de sintomas ansiosos e assim melhorar a convivência das pessoas. Espero que os amigos de pessoas que sofram com a ansiedade saibam reconhecer esses sintomas, de forma que os ansiosos tenham um tratamento mais justo, porque ficar ansioso não está na ordem da vontade: essa merda nos acompanha! Mas não se sintam obrigados a aguentarem o humor irritadiço do ansioso. De vez em quando vocês podem até mandar um “VAI SE FERRAR!”, desde que depois façam as pazes. O fato é que não se pode perder amigos sem que lhes seja dada a oportunidade de conhecerem essa tal ANSIEDADE.

Na real, a minha verdadeira intenção aqui é que um amigo, que há tempos perdi, possa encontrar este trabalho e, dessa forma, me perdoar.

Nota: o texto é resultado de uma atividade da disciplina de Psiquiatria, do curso de Medicina do ITPAC – Porto.

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