Live Pré-Caos 2021 aborda Políticas Públicas e Promoção de Saúde Mental

Compartilhe este conteúdo:

Com a condução do professor Sonielson de Sousa no dia 21/09/2021 às 19h30, foi apresentado na rede social Instagram o PsicoLive Pré-CAOS 2021, um evento demonstrativo meses antes do acontecimento de evento oficial anual chamado CAOS – Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia – que é articulado pelo CEULP-Ulbra e que o próximo ocorrerá entre os dias 3 e 6 de novembro de 2021.

A live teve como convidado o psicólogo Plácido Medrado, de atuação na psicologia social comunitária. Ele é especialista em docência no ensino superior e atua no Sistema de assistência social pela prefeitura de Porto Nacional – TO, assim engajando o seu conhecimento fazendo a apresentação do pré-CAOS com o título “políticas públicas e promoção de saúde mental”, sendo esta a primeira live de várias prévias até o mês do acontecimento do mesmo.

Fonte: Instagram Psicologia Ceulp

A saúde mental é um aspecto importante dentro da sociedade e de acordo com o psicólogo convidado no entendimento “saúde pública” os dispositivos de apoio na base comunitária como SUS (Sistema Único de Saúde), SUAS (Sistema único de Assistência Social), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência e Especialização em Assistência Social) e as redes de Educação detém sua forma sistemática para a saúde mental, então é necessário o entendimento do contexto social de cada indivíduo, de sua maneira de vida, o formato cultural e as garantias de direitos básicos que este cidadão precisa.

O psicólogo Plácido faz apontamentos na questão da política pública e usou como exemplo o órgão CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) no que faltam instrumentos básicos, serviços para a definição de recursos humanos, também informou da imensa importância que o profissional de psicologia obtém nesses serviços públicos, em que é obrigatório este profissional de psicologia.

Compartilhe este conteúdo:

Atuação no SUS e SUAS é tema de debate em Psicologia Comunitária

Compartilhe este conteúdo:

O debate foi uma das ações previstas no conteúdo programático

Aconteceu nessa sexta-feira, dia 27 de outubro de 2017, no Ceulp/Ulbra, um debate sobre a atuação do psicólogo no Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a partir da perspectiva comunitária. A ação promovida pela psicóloga e prof. Me. Lauriane Moreira na disciplina de Psicologia Comunitária, do curso de Psicologia da instituição supracitada, teve como objetivo contribuir na formação de psicólogos com compromisso social.

Lauriane Moreira afirma que “O SUS e o SUAS são conquistas do povo brasileiro, a partir de décadas de luta para garantia de direitos. A Psicologia Comunitária é fruto do engajamento dos psicólogos nessa luta a partir do compromisso social. E é fundamental trazer essa discussão para dentro da universidade para que os acadêmicos percebam que tais direitos, à saúde e à assistência social, são garantidos e conquistados todos os dias, no trabalho diário, e o psicólogo é peça importante na conscientização da população acerca disso em tempos que discursos de retrocesso nos permeiam”.

Nesse contexto, Gilstéfany Oliveira, acadêmica de psicologia que faz parte da turma de Psicologia Comunitária, explicitou que “O debate proporcionou um momento de reflexão sobre as políticas de assistência social e na saúde, num sentido de que a expressão da cidadania pode gerar mudanças que são necessárias ou até mesmo básicas, entendendo a saúde e a assistência como um direito social. É necessário que haja a problematização constante sobre a efetividade de nossa participação nas comunidades e na sociedade, para que tanto como civis ou enquanto psicólogos possamos nos aproximar das necessidades emergentes”.

Saiba mais

SUS –  Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Amparado por um conceito ampliado de saúde, o SUS foi criado, em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, para ser o sistema de saúde dos mais de 180 milhões de brasileiros.

http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/entenda-o-sus

SUAS – O Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um sistema público que organiza os serviços de assistência social no Brasil. Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e os recursos dos três níveis de governo, isto é, municípios, estados e a União, para a execução e o financiamento da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.

http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/o-que-e

Compartilhe este conteúdo:

Psicologia Comunitária e Política de Assistência Social: diálogos

Compartilhe este conteúdo:

Introdução

Os artigos Participação Social em Saúde: Contribuições da Psicologia Comunitária e Psicologia Comunitária (NEPOMUNECO et al, 2013) e, Política de Assistência Social: Diálogos Sobre Atuações em Comunidades (XIMENES; DE PAULA; BARROS, 2009) trazem suas discussões e participações relacionando contribuições teóricas e práticas da Psicologia Comunitária. No caso das políticas públicas de saúde, a participação está associada ao controle social que a população deve exercer enquanto sujeitos de direitos a partir da implantação do SUS e é nessa problematização que incorporamos conceitos e práticas da Psicologia Comunitária.

A Psicologia Comunitária é uma área da Psicologia Social da Libertação (GÓIS, 2005) que facilita os processos de desenvolvimento pessoal e coletivo em moradores/moradoras das comunidades. Bem como traça diálogos teórico-metodológicos entre a práxis de Psicologia Comunitária e a área da Assistência Social, especificamente em torno da proposta da Proteção Social Básica de fortalecimento da convivência social e comunitária no território onde vivem as famílias assistidas e assim, são apresentados os contornos da atual política pública de assistência social, situando elementos centrais da Proteção Social Básica.

Fonte: encurtador.com.br/hV157

Em meio a questões que envolvem a Proteção Social Básica e também a pluralidade da Psicologia, que tem como objetivo traçar diálogos teórico-metodológicos entre a práxis de Psicologia Comunitária e a proposta de Proteção Social Básica, no território onde vivem as famílias assistidas. A presença do psicólogo nas ações de Proteção Social Básica pode contribuir para ampliar as possibilidades destas, na medida em que permite uma compreensão mais subjetiva da realidade local, isto é, ver que as localidades são realidades profundamente humanas e simbólicas, sendo por isso um erro pensá-las somente em termos sociológicos e econômicos.

Desenvolvimento

A Participação Social é um tema presente em várias áreas das ciências. Na área da Saúde, esse conceito favorece a apropriação, por parte das pessoas, de processos que facilitem uma vida mais saudável e, também, contribui para o exercício da cidadania. A palavra participação faz parte do cotidiano das pessoas e é empregada com diversos sentidos. No caso das políticas públicas de saúde, está associada ao controle social que a população pode exercer enquanto sujeitos de direitos, a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Tomando como referência o contexto brasileiro, o próprio SUS fora gestado e construído historicamente mediante processos participativos e reivindicatórios.

A participação social em saúde, podemos inferir que as ocasiões de aproximação com a comunidade favorecem o exercício da cidadania junto aos envolvidos nesses processos. Na discussão da saúde como um direito social, Badziak e Moura (2010) apontam a participação popular como um elemento fundamental na definição e implementação das políticas públicas de saúde e na compreensão da saúde não somente no seu aspecto biológico como também nos aspectos políticos e sociais (XIMENES; DE PAULA; BARROS, 2009).

Fonte: encurtador.com.br/rFMX6

O psicólogo comunitário atua muito como transmissor de habilidades, treinando e supervisionando permanentemente as auxiliares de saúde, médicos, professores e membros da comunidade para atuarem como agentes de saúde mental. É claro que isso significa uma mudança profunda na formação atual dos psicólogos, preparando os para uma essa atuação comunitária (VASCONCELOS , 1987).

Psicologia Comunitária é, conforme Góis (1994, p. 43 apud XIMENES; DE PAULA; BARROS, 2009, p. 691):

Uma área da psicologia social que estuda a atividade do psiquismo decorrente do modo de vida do lugar/comunidade… Visa ao desenvolvimento da consciência dos moradores como sujeitos históricos e comunitários, através de um esforço interdisciplinar que perpassa a organização e o desenvolvimento dos grupos e da comunidade.

No contexto da participação social nas áreas da saúde, é imprescindível a importância da comunidade para o exercício de cidadania de sujeitos inseridos ao processo (PANDE; AMARANTE, 2011 apud NEPOMUNECO et al, 2013). A atuação do corpo social, em meio às políticas públicas de saúde resulta no desenvolvimento dos sujeitos e a potencialização destes no lugar onde vivem.

Tem como ênfase integrar recursos preventivos e promover a saúde mental de indivíduos de uma comunidade. Segundo Vasconcelos (1987) a relevância esta nas pessoas como seres sociais, no qual o conteúdo psicológico possui implicações, políticas, sociais, culturais e institucionais. O psicólogo comunitário atua na maior parte em áreas institucionais, “busca conhecer criticamente as instituições, permitindo identificar suas contradições, sua estrutura concreta e simbólica, no sentido de visualizar propostas de trabalho alternativas e realistas” (VASCONCELOS, 1987, p. 46).

Para Vasconcelos (1987) a atuação do psicólogo tem como principal a função de assessor, transmissor de habilidades e treinador de agentes da saúde mental. Cujo intuito é a desmonopolização gradual do saber, com a inserção da saúde mental na vida cotidiana e na cultura popular. O poder e intermitente e distribuído entre a população participante da comunidade.

Atividade Comunitária

A atividade comunitária, concepções sistematizados a partir da teoria da atividade, assume lugar de destaque nas práxis de Psicologia e é considerada referência para esse debate, por propiciar o desenvolvimento dos seus participantes e a potencialização da relação destes com o lugar onde vivem. Tal como conceitua a atividade comunitária realiza-se “por meio da cooperação e do diálogo em uma comunidade, sendo orientada por ela mesma e pelo significado, sentido coletivo e sentido significado pessoal que a própria atividade e a vida comunitária têm para os moradores da comunidade”.

Fonte: encurtador.com.br/mAN58

Agentes de uma comunidade realizam a favor em ações de rede cujo objetivo é a melhoria da qualidade de vida coletiva, considerando a pertinência da diversidade nesse processo. A importância de conhecer as atividades comunitárias já desenvolvidas no contexto onde se realiza a práxis do psicólogo se justifica porque analisando e vivenciando a atividade, chegaremos a conhecer não só o processo social e econômico de um lugar como também (e para o psicólogo é o principal) o que pensam os moradores, o que sentem e o que fazem no dia a dia em relação a si mesmos e aos outros (GÓIS, 2005, p. 90 apud XIMENES; DE PAULA; BARROS, 2009).

Por meio dessa perspectiva, é levando em consideração a importância dessas atividades, o psicólogo pode contribuir, para o fortalecimento das atividades já existentes na comunidade quanto promover a criação de novos projetos comunitários. A participação comunitária se dá com o aprofundamento da consciência, a prática cooperativa e o exercício do diálogo sobre as questões sociais referentes à vida na comunidade.

Se pensarmos a participação comunitária no contexto da saúde, devemos vislumbrar a construção de um sujeito morador sujeito morador (usuário do SUS) ativo, produtor de sua história, protagonista na construção da saúde pessoal e comunitária. Nesse sentido, o que se deve buscar é a construção de processos de trabalho capazes de fomentar e fortalecer uma atuação com a população, em que haja co-responsabilização e compromisso compartilhados entre a comunidade e a equipe de saúde (XIMENES; DE PAULA; BARROS, 2009).

SUS: (Sistema Único de Saúde), PNAS: (Política Nacional de Assistência Social), SUAS (Sistema Único da Assistência Social) e CRAS(Centros de Referência da Assistência Social)

O estabelecimento da participação da comunidade, como diretriz do SUS, e a institucionalização das Conferências Federal, Estaduais e Municipais e dos Conselhos de Saúde perpassam normas legais regulamentadoras da gestão e controle social do SUS. Diante do avanço de instâncias de controle social desse sistema, incluindo diferentes atores sociais no cenário das políticas de saúde e fomentando o desenvolvimento de práticas sociais democráticas, podemos concordar no entendimento de que avançamos na construção histórica de um sistema de saúde mais participativo.

Contudo se faz necessário problematizar as diversas formas de se efetivar essa participação, considerando os vários entendimentos desta e a dissonância, muitas vezes presente, entre os documentos oficiais e as práticas desenvolvidas.

Fonte: encurtador.com.br/egqr9

A PNAS/2004 organiza as ações da assistência social em dois níveis de proteção: Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE). A primeira caracteriza-se pelo atendimento a pessoas e grupos que estejam “em situação de vulnerabilidade social e destina-se ao desenvolvimento de ações que visam ao fortalecimento de vínculos sociais e ao desenvolvimento de potencialidades”. Já a segunda é responsável pelo atendimento a pessoas que estão “em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus-tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras” (BRASIL, 2005a, p. 37).

Os programas, projetos e serviços da Proteção Social Básica devem ser desenvolvidos, sobretudo, nos Centros de . Referência da Assistência Social (CRAS), cuja equipe mínima sugerida pelo Guia de Orientação Técnica – SUAS (Brasil, 2005b) compõe-se, basicamente, de psicólogos e assistentes sociais, além de apoios administrativos. Apesar de tal guia sugerir diretrizes metodológicas para o trabalho nos CRAS, não há uma orientação específica para cada categoria profissional (XIMENES; DE PAULA; BARROS, 2009).

As instituições e programas governamentais da área social constituem um segundo campo de atuação do psicólogo comunitário […] assim cada vez mais apelo a programas “participativos’’ visando ao desenvolvimento da comunidade. São programas vinculados a área da saúde (VASCONCELOS, 1987, p. 50)

Considerações finais

A pesquisa foi realizada com a leitura dos artigos, com a finalidade de desenvolver conceitos e ideias e conceitos sobre a prática de participação das atuações do psicólogo social e comunitário com as suas práticas voltadas para a saúde, e saúde mental, e seus sistemas relacionados às condutas comunitárias. Pode-se notar mediante os artigos estudados uma grande barreiras de interesses políticos e econômicos, já avaliados no setor da saúde, junto com a resistência social, cultural e moral, presente na sociedade em relação aos enfermos mentais, ou os considerados “anormais’’.

A grande crítica está em volta da ausência de profissionais capacitados nesses ambientes, e na ausência de profissionais ao trabalho multiprofissional. Percebendo-se porém uma grande insuficiência de conceitos teóricos e técnicos para a atuação em saúde mental e comunitária que seja conciliável com a realidade cultural e social de cada região ou município.

REFERÊNCIAS:

NEPOMUCENO, Léo Barbosa et al. Participação Social em Saúde: contribuições da psicologia comunitária. PSICO, Porto Alegre ,v.44, n.1,pp.45-44, 2013.

XIMENES, Verônica; PAULA, Luana; BARROS, João. Psicologia Comunitária e Política de Assistência Social: diálogos sobre atuações em comunidades. PSICOLOGIA CIÊNCIA E PROFISSÃO, Universidade Federal do Ceará, v.4, n.29, pp.686-699, 2009.

Nota: trabalho elaborado como requisito parcial de nota de Grau II da disciplina de Psicologia Comunitária do curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) sob orientação da prof.ª: Me. Lauriane Moreira.

Compartilhe este conteúdo: