Para tratar algo é preciso ter o diagnóstico de um profissional médico. Conhecer, saber, acreditar e aceitar também faz parte. No Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) o diagnóstico precoce ajuda no tratamento e na qualidade de vida do portador.
Independentemente da idade em que ocorre o diagnóstico, é vital tratar o TDAH, pois este é o apoio para o controle dos sintomas, para a qualidade emocional, além de dar forças para enfrentar as adversidades. Não existe uma cura, mas é possível melhorar a convivência no âmbito social, emocional e acadêmico. O tratamento se dá por meio do tripé de apoio: psicoeducação, psicoterapia e medicamentos.
Na psicoeducação envolve informação e orientação sobre o transtorno ao portador e à família próxima, chegando ao ambiente de convívio, principalmente a escola. Ajuda na conscientização e, muitas vezes, pode antecipar ou prevenir situações indesejáveis. Pode ser aplicada através de sessões grupais ou palestras ou materiais informativos.
Na parte de psicoterapia, envolve a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Comprovadamente, é a mais indicada para lidar com o emocional do portador, para ajudar vencer e driblar as dificuldades criando estratégias para o enfrentamento. Fornece também elementos necessários para as relações interpessoais e autonomia da pessoa, além de atuar no desenvolvimento de padrões de comportamentos e pensamentos.
Já os medicamentos, com prescrição médica, são utilizados para conter e melhorar os sintomas do TDAH. Ainda nos dias de hoje, eles são considerados como os “fantasmas”, pois há o medo da dependência química e dos efeitos colaterais.
Vale lembrar que há a fase de adaptação ou escolha do medicamento que melhor atenda cada paciente. Após este ajuste, o custo/benefício se faz presente. Medicar significa testar a resposta do paciente, pois como o transtorno é funcional, cada pessoa pode responder de uma forma diferente. Como disse uma vez Sam Goldstein, um renomado psicólogo americano: “o risco de não tratar é certamente maior que o risco do tratamento”.
Realmente, é uma escolha difícil, mas é preciso tentar fazer uso e buscar a adaptação aos medicamentos para saber se será bom o suficiente para suprir as inconveniências dos sintomas involuntários do transtorno, nem que seja por um tempo. Ressalto ainda que existe grande probabilidade de associação de outras comorbidades ao TDAH, onde há necessidade de tratamento concomitante.
Tudo o que ajuda a pessoa a conviver melhor consigo próprio, a aceitar sua condição física e emocional, bem como suas limitações, é bem-vindo.
Investir em bons hábitos também ajudam a equilibrar o físico e a saúde mental, como, por exemplo, a prática de exercícios físicos, de preferência aeróbicos, a boa alimentação, manter o sono equilibrado e praticar hobbies prazerosos e saudáveis.
Portanto, encare o tratamento do TDAH como um caminho mais iluminado que aumenta a confiança, empodera o contorno dos problemas ou desata os nós bem-feitos dos desafios, promovendo laços para uma vida mais leve e harmoniosa.
Na escola, há crianças que sentem como um turbilhão de coisas acontecendo ao mesmo tempo: são lápis e borracha que insistem em ficar no chão, papéis amassados que voam, ruídos nos corredores, o vento bagunçando as árvores, os carros buzinando, colegas de classe disputando atenção e um adulto falando coisas que o aluno não sabe, o tempo todo. Esses são os dilemas na vida de quem tem TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Apesar de serem bem comuns, esses detalhes do cotidiano são grandes desafios para a criança com TDAH. Os resultados logo aparecem: notas baixas, conversas paralelas e/ou não saber o que foi falado durante a aula, ter sentimentos confusos e misturados emocionalmente, além de usar o ambiente escolar para brincadeiras emocionantes.
Também é comum a criança receber punições dos pais quando eles não correspondem com resultados satisfatórios na escola. Por sua vez, os profissionais da educação também punem o aluno que não cumpre regras na sala de aula: quando não ficam quietos, andam e incomodam outros alunos ou interrompem a aula a todo momento.
A tendência dos pais e dos professores é advertir e irritar-se com eles, perdendo a paciência até chegar ao castigo. Isto leva a uma rejeição em sala de aula, na escola, entre os amigos e, às vezes, até na própria família. Os pais não entendem, trocam de escola e tudo se repete.
O sentimento da criança com TDAH é de impotência. Quando percebem que se esforçam ao máximo, mas normalmente com muitas falhas, desistem de tentar, ficam com baixa autoestima, ansiedade e passam a se desinteressar pelos estudos.
Cada pessoa tem uma expectativa, mas não podemos exigir de quem tem TDAH que atendam o que esperamos dele. Há uma diferença. Por exemplo, não é que ele não queira fazer do seu jeito ou como a sociedade espera. Ele não consegue atender esta satisfação. Porém, pode-se fazer de outra maneira, usando sua criatividade e habilidade para cumprir o necessário para seguir em frente.
Quando pais e professores utilizam o reforço positivo, ou elogios diante de progressos e pequenas conquistas, promove-se a autoestima e a pessoa com o transtorno passa a superar as dificuldades indo por outros caminhos que até então ninguém pensou em ir, mas que o levará por experiências positivas, com bons resultados.
Mesmo não tendo notas brilhantes em todas as matérias, as crianças com TDAH que tiverem boa autoestima, com muita motivação e incentivo apresentarão resultados satisfatórios, mesmo que estes sejam regulares no seu ponto de vista. O conjunto vale mais do que a própria obra!
É bom lembrar que não é uma questão de inteligência. Há comprovação científica de que quem tem TDAH pode ter inteligência normal ou até acima da média. A diferença é seu grande talento! O incentivo e o estímulo são a melhor ferramenta para o sucesso!
No documentário Take your pills é mostrado que os Estados Unidos são o país que mais diagnosticam jovens com TDAH, em média 11% deles são identificados com transtornos e a maioria faz tratamento por meio de medicação.
De repente você toma algo (medicamento, vitamina, energético), que melhora seu desempenho no trabalho, nos estudos, amplia suas habilidades no esporte e faz com que você seja bom em quase tudo que requer atenção ou foco. Esse é um dos efeitos da Ritalina, do Concerta e da Ritalina LA, medicamentos utilizados no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Sendo conhecidos como psicoestimulantes do Sistema Nervoso Central, e tendo como princípio ativo o Metilfenidado, a Ritalina pertence à família das anfetaminas, da qual são estimulantes mentais, assim são utilizadas para aumentar a concentração, a velocidade mental e a capacidade de execução das tarefas cotidianas.
Um dos processos cognitivos bastante utilizado pelo ser humano é a atenção, que pode ser definida segunda Lima (2005), como a capacidade do indivíduo responder a determinados estímulos que lhes são significativos sem prejudicar os demais. Dessa forma, o Sistema Nervoso é capaz de manter um contato seletivo com informações que chegam através de órgãos sensoriais, dirigindo atenção para aqueles estímulos relevantes e garantindo uma interação eficaz com o meio (BRANDÃO, 1995).
O processo de atenção é imprescindível para que o sujeito possa desenvolver a aprendizagem, bem como se relaciona com outros processos básicos como: inteligência, pensamento, memória, linguagem, sensação e percepção. Cuja função é fazer com que o indivíduo consiga identificar os estímulos dispostos no meio e possa ser capaz de se relacionar bem com ele, selecionando as informações, filtrando o que é pertinente e organizando as informações conforme a necessidade de serem utilizadas.
Fonte: encurtador.com.br/stD09
Logo, o ato de prestar atenção, independente da modalidade sensorial, aumenta a sensibilidade perceptual para discriminação do alvo, além de reduzir a interferência causada por estímulos distratores (PESSOA, et al, 2003).Em relação ao Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), as pessoas apresentam dificuldades em focar no objeto ou estímulo presente no ambiente, pois algumas áreas do cérebro são afetadas e consequentemente elas se comportam de modo distraído.
No documentário Take your pills é mostrado que os Estados Unidos são o país que mais diagnosticam jovens com TDAH, em média 11% deles são identificados com transtornos e a maioria faz tratamento por meio de medicação.
As medicações estimulantes como metilfenidato (MPH), um derivado anfetamínico, constituem-se nos agentes farmacológicos mais utilizados nos transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e podem propiciar alívio sintomático importante, com melhora comportamental e melhora de rendimento escolar (DAMIAN, DAMIAN, CASELLA, 2010).
O problema maior expresso no filme é o uso indiscriminado do remédio, pois alguns jovens possuem interesse em ter o transtorno, assim podem fazer uso da medicação e superar suas limitações e não apenas isso, eles acham interessante terem o desempenho melhorado com o uso dela, fazendo com que haja uma disputa, por exemplo, nas universidades. Não apenas para usufruir dos benefícios delas, mas principalmente pelo fato dela poder levá-los ao sucesso.
Outros estimulantes também são mostrados no documentário, como por exemplo a Benzendrina, também composta pela Anfetamina; no começo ela foi testada para ser utilizada como um Decongestionante Nasal, porém sua composição causava sentimentos de euforia, confiança, entre outras características. Depois de anos de estudo os cientistas perceberam o potencial do fármaco para outros problemas, empregando-o na Depressão e Obesidade; também criaram a Dexendrina para cuidar de modo mais profundo dessas enfermidades.
Fonte: encurtador.com.br/pqOS0
Na obra cinematográfica os profissionais falam de como funciona esses estimulantes enunciando que “os estimulantes são drogas que estimulam as pessoas, fazem elas sentirem animadas, despertas, e ficam alegres”. Eles ressaltam que existe dois tipos principais de estimulantes: a Anfetamina e o Metilfenidato, a primeira é o princípio ativo do Adderall e do Vyvanse, o segundo resulta na Ritalina e no Concerta.
Essas classes de estimulantes agem no Sistema Catecolamina do cérebro, apresentando -se em duas partes a Noraepinefrina (também conhecida como Adrenalina) e a Dopamina. Os dois agem liberando a Catecolamina ou bloqueia a recaptação delas, aumentando também a tolerância a dor. Isso faz com que os jovens passem mais tempo realizando coisas que consideram chatas, tomando mais consciência das coisas, selecionando estímulos mais adequados para seu contexto.
É importante ressaltar que o uso de medicamentos para auxiliar em um transtorno é algo válido, desde que a pessoa seja bem informada sobre como utilizar esses remédios, além dos benefícios como aumento da capacidade de concentração e melhoramento da performance em alguns aspectos da vida. É imprescindível que saibam também dos efeitos adversos como, dores de cabeça, taquicardias, insônia, aumento da pressão arterial, crises de ansiedade e até ataques de pânico.
No mais, tais medicamentos podem causar dependência química. Então é preciso orientar os pacientes sobre os efeitos da droga no Sistema Nervoso Central, como isso pode modificar de modo significativo o comportamento do indivíduo e pode também mudar a forma dele se relacionar com o mundo.
FICHA TÉCNICA:
Take Your Pills
Título original: Take Your Pills Ano produção: 2018 Direção:Alison Klayman Gênero Documentário País: Estados Unido
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, M. L. (Org). 1995. Psicofisiologia. São Paulo: Atheneu.
DAMIAN, D. DAMIAN. D.; CASELLA. E. Hiperatividade e déficit de atenção – O tratamento prejudica o crescimento estatural?. Arq Bras Endocrinol Metab. 2010;54/3.
LIMA, R. F. Compreendendo os mecanismos atencionais. Ciências & Cognição 2005; Vol 06: 113-122.
PESSOA. L.; et al. (2003). Neuroimaging studies of attention: from modulations sensory processing to down control. J. Neurosci., 15 (10), 3990 – 3998.
A atenção define-se pelo direcionamento da consciência e estado de concentração mental sobre determinado objeto. Caracteriza-se por selecionar, organizar e filtrar as informações, é um construto importante para alcançar a compreensão dos processos perceptivos bem como as funções cognitivas de modo geral. William James, em 1890 já falava sobre o caráter seletivo dos processos psíquicos onde nossos sentidos absorvem somente os estímulos que são do nosso interesse.
Para a psicologia, a atenção é uma qualidade da percepção que funciona como uma espécie de filtro dos estímulos ambientais, avaliando quais são os mais relevantes e dotando-os de prioridade para um processamento mais profundo. Por outro lado, a atenção também é entendida como o mecanismo que controla e regula os processos cognitivos. A partir das considerações feitas por William James outros modelos teóricos envolvendo a temática da atenção foram surgindo, e tinham o objetivo de determinar o momento onde os estímulos eram selecionados.
Foi então onde surgiu as teorias de seleção inicial e seleção tardia. A primeira defende que para os que os estímulos sejam selecionados não se faz necessário uma análise completa. Já a segunda teoria acredita que se faz necessária uma análise prévia dos estímulos para que sejam selecionados e processados de forma mais aprofundada pelas áreas corticais.
Fonte: encurtador.com.br/bmuNZ
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Alterações no funcionamento de neurotransmissores, tais como a dopamina, noradrenalina e serotonina como outra explicação da possível etiologia. Além disso, está envolvido nesses casos os sistemas dopaminérgicos e noradrenergicos. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, hiperatividade, impulsividade.
A partir das considerações feitas por William James outros modelos teóricos envolvendo a temática da atenção foram surgindo, com o objetivo de estudar, entender e diagnosticar o TDAH:
Cherry desenvolveu a teoria da “Atenção Auditiva Focalizada” que defende que um indivíduo seleciona e atende aos estímulos que tem interesse, ignorando os demais estímulos que não chegam a ser processados.
Broadbent desenvolveu a teoria do filtro que afirmava sobre uma capacidade limitada de atenção, onde somente os estímulos relevantes eram atendidos e processados. Ela recebeu esse nome por comparar o sistema atencional a um filtro, que se abre para as informações a serem atendidas e fecha-se para as que serão ignoradas.
Von Wright veio para refutar a ideia defendida pelas teorias anteriores de que as informações não atendidas eram excluídas absolutamente, pois acreditava na existência de um processamento inconsciente dessas informações não atendidas.
Treisman declarou forte contribuição a ideia de Von Wright, ao afirmar que os estímulos não atendidos ao invés de serem totalmente excluídos passavam por um processo de redução ou atenuação, ou seja, o processo de atenuação diz respeito a redução da interferência dos estímulos irrelevantes, sendo uma espécie de mecanismo de defesa do sistema atencional para não prejudicar os estímulos atendidos.
Após todos estes estudos é que foi possível estabelecer critérios para o diagnóstico do TDAH sendo pautados em critérios clínico-comportamentais, isto é, o diagnóstico é dependente da história clínica do paciente sendo DSM V mais utilizado neste processo. O tratamento do paciente com TDAH é complexo, multidisciplinar e condicionado por uma grande quantidade de fatores. Dentre eles, destaca-se a idade, o sexo, sintomas clínicos predominantes, ambientes familiar e escolar e nível socioeconômico.
Fonte: encurtador.com.br/koNS2
Andrade e Junior indicaram que os estimulantes, certos antidepressivos e a clonidina podem ser de grande utilidade para portadores de TDAH incluindo a farmacologia no TDAH e ressaltam a eficácia do tratamento combinado nesses transtornos. Os estimulantes são as drogas mais utilizadas, sendo considerados medicações de primeira escolha para o transtorno (Barbaresi et al., 2006). Os três estimulantes mais comumente recomendados para o TDAH são as drogas d-anfetamina (Dexedrina®), metilfenidato (Ritalina ®) e pemolina (Cylert®) (Biederman et al., 2004).
No Brasil, o único estimulante encontrado no mercado é o metilfanidato. “Segundo os autores, estas drogas não melhoram somente comportamentos relacionados aos transtornos, mas também melhoram a autoestima e o raciocínio. Clinicamente, os antidepressivos tricíclicos (ADT) são indicados nos casos em que não há resposta aos estimulantes e na presença de comorbidade com transtornos de tique ou enurese.” Atualmente a atomoxetina é uma nova opção farmacológica para o tratamento do TDAH recentemente aprovada pelo Food and Drug Administration ( FDA) nos Estados Unidos.
Fonte: encurtador.com.br/abHRZ
Trata-se da primeira droga não pertencente à classe dos estimulantes, oficialmente aprovada para tratamento do TDA/H em crianças, adolescentes e adultos. Seu modo de ação se dá pela inibição seletiva da recaptura de noradrenalina e dopamina (Byamaster et al., 2002).
Referências
JAMES, William. Princípios de Psicologia. [s. L.]: Henry Holt And Company, 1890. 1393 p.
Barbaresi, W. J., Katusic, S. K., & Voigt, R. G. (2006). Autism: A review of the state of the science for pediatric primary health care clinicians. Archive of Pediatric and Adolescent Medicine, 160, 1167-1175.
Biederman, J.; Faraone, S.V.; Monuteaux, M.C.; Grossbard, J.R. – How informative are parent reports of attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms for assessing outcome in clinical trials of long-acting treatments? A pooled analysis of parents’ and teachers’ reports. Pediatrics 113(6): 1667-1671, 2004.
BYMASTER FP, ZHANG W, CARTER PA, SHAW J, CHERNET E, PHEBUS L, WONG DT AND PERRY KW. 2002. Fluoxetine, but not other selective serotonin reuptake inhibitors, increases noradrenaline and dopamine extracellular levels in the prefrontal cortex. Psychopharmacology (Berl) 160: 353-361.
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Evento esclarece dúvidas sobre o TDAH
14 de agosto de 2018 Drumond Assessoria de Comunicação
Notícias
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Aula gratuita ajuda pais, professores e profissionais a compreenderem melhor o tema
As dúvidas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças e adolescentes ainda têm tirado o sono de muitos pais. Pensando nas famílias, o Instituto NeuroSaber vai promover a ll Semana Entendendo o TDAH, dos dias 3 a 10 de setembro. Totalmente online e gratuito, as aulas ministradas pelo neurologista infantil, Dr. Clay Brites, serão voltadas para pais, professores, cuidadores e profissionais da saúde e educação.
Durante o programa, serão respondidas questões como, por exemplo, o que fazer e como lidar com crianças e adolescentes com TDAH, a importância do diagnóstico, técnicas e intervenções, quais os tratamentos estão disponíveis, quais medicações são seguras entre outros.
Segundo Brites, o TDAH é considerado atualmente uma das condições médicas mais pesquisadas e posta à prova de evidências científicas. Levantamento feito pelo DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) acredita que o transtorno ocorre em 5% das crianças e 2,5% dos adultos.
Ainda de acordo com o estudo, o problema é mais frequente, na população geral, em meninos do que em meninas. Quando feita a comparação entre o público infantil e os demais, a pesquisa constatou que a proporção de TDAH se configura da seguinte forma: 2:1 em crianças e 1,6:1 em adultos.
Fonte: https://goo.gl/Ji8qmD
Preocupação de pais e professores
Estudos comprovam que crianças com TDAH têm mais riscos de dificuldades de aprendizagem e maior probabilidade de reprovação escolar. “E, futuramente, estão mais propensas a não conseguir entrar no ensino superior”, comenta o especialista.
Para piorar a situação, muitos pais, professores e cuidadores têm muitas dúvidas sobre como diferenciar o que é um comportamento normal ou anormal para a idade. Ainda por cima, há grande desconhecimento sobre o diagnóstico e o tratamento do TDAH. “Infelizmente, são diversos mitos envolvidos que precisam ser esclarecidos de uma vez por todas”.
– Caso não seja bem tratado, o transtorno pode causar diversos prejuízos durante toda a vida da pessoa, como problemas de rendimento no trabalho e nas atividades acadêmicas, severas restrições na autoestima, traumas, quedas e hospitalizações, desagregação familiar entre outros fatores – alerta.
Sobre Clay Brites:
Um dos fundadores do Instituto NeuroSaber, Clay Brites é formado em Pediatria e Neuropediatria pela Santa Casa de São Paulo. É membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), doutorando em Ciências Médicas pela UNICAMP e vice-presidente da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil e Profissões Afins (ABENEPI-PR).
Sobre a NeuroSaber:
O projeto nasceu da necessidade de auxiliar familiares, professores, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, médicos e demais interessados na compreensão sobre transtornos de aprendizagem e comportamento. A iniciativa tem como objetivo compartilhar informações valiosas para impactar as áreas da saúde e educação, além de unir especialistas do Brasil e do exterior.