Opressão e violência

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Haja vista que o adoecimento mental das pessoas trans advém muito das questões relacionadas a todo o contexto de marginalização e exclusão que essas pessoas sofrem. Então a psicologia e os profissionais de psicologia são extremamente importantes no processo de minimizar e atenuar esse sofrimento, e de ajudar que essas pessoas tenham um pouco mais de qualidade de vida durante a pandemia”.

O Portal (En)Cena entrevista a gestora pública Bianca Lopes, mestranda em saúde coletiva pela Universidade Federal de Goiás, pesquisando sobre o processo transssexualizador no SUS, atua como técnica de referência e Subcoordenadora para políticas para a população LGBT no âmbito da Secretaria de Saúde do Estado de Goiás.

A gestora e mulher-trans identifica em sua fala a relevância dos aspectos sociais da pandemia para a saúde mental das pessoas trans, aponta boas práticas de políticas públicas de saúde desenvolvidas no Estado de Goiás e indica a relevância do comprometimento da psicologia e dos profissionais de psicologia em conhecer conteúdos básicos e experiências das pessoas trans para saber tratar adequadamente esse público apoiando o acesso a direitos e a qualidade de vida.

(En)Cena – Considerando o seu lugar de fala de: mulher, gestora pública, gestora pública, mestranda em saúde coletiva, subcoordenadora para a políticas para a população LGBT no âmbito da Secretaria de Saúde em Goiás e usuária ativa das redes sociais: o que é ser mulher no Brasil, durante a pandemia da COVID 19?

Bianca Lopes – Se pensamos todo um legado da história do Brasil, em um país que tem uma história baseada na colonialidade, regado com culturas e imposições cristãs, machistas, patriarcais que fora de tempos pandêmicos já era opressor em relação à mulher e a sua condição de subserviência dentro da sociedade. Tido isso como um valor amplamente retroalimentado em todas as classes sociais, a pandemia se traduz como potencializador de opressão e de violência de todas as naturezas contra a mulher.

De tal forma que a pandemia veio mostrar que o vírus não é biológico somente, ele é social também, porque se observamos todos os contextos de vulnerabilidades que o país tem, ela está entrelaçada com a desigualdade de gênero e a violência de gênero que as mulheres em todos os seus recortes sofrem neste país. Então eu creio que ser mulher durante a pandemia no Brasil é um fator da mais de risco à vida dessas brasileiras.

Fonte: encurtador.com.br/brDJK

(En)Cena – Na sua opinião, como podemos compreender o sofrimento emocional das mulheres trans no Brasil?

Bianca Lopes – Penso que a pandemia, com tudo que ela trouxe de ruim, talvez o aprendizado que possamos tirar disso é que o capitalismo mostra suas piores faces quando olhamos para as diferenças sociais e o quanto isso nos afeta. O quanto a nossa sociedade está mal estruturada. O quanto a falta de justiça social vulnerabiliza e mata pessoas. Quantas vidas poderiam ter sido salvas, se o governo se preocupasse com a vida das pessoas de fato, tanto quanto com a economia do país, como se essas questões fossem ambivalentes.

(En)Cena – Como a pandemia pode afetar a saúde mental das mulheres trans?

Bianca Lopes –  O sofrimento emocional das mulheres trans e travestis neste país é carregar nos ombros toda a força do ódio e opressão que a desigualdade de gênero pode proporcionar, e que pode ser mil vezes potencializada nessas duas formas de identidade.

Vivemos no país que mais mata pessoas trans no mundo, em que essas mulheres são assassinadas simplesmente por serem quem são e expressarem suas identidades.

De uma maneira muito contraditória, esse mesmo país, que ostenta esse vergonhoso ranking de exterminador de mulheres-trans e travestis[1], é um dos maiores consumidores de conteúdo adulto que tem a temática trans. Isso reverbera como um sistema de marginalização que potencializa bastante a vulnerabilidade dessas pessoas em um contexto completamente estruturado na família, na escola, no mercado de trabalho formal. E isso influencia muito o adoecimento mental dessas pessoas, o desenvolvimento de transtornos depressivos, de ansiedade, compulsivos. A exclusão social e o isolamento social não é uma problemática para as mulheres trans de agora, durante a calamidade da COVID 19. O isolamento social para as mulheres trans e travesti sempre existiu. Elas sempre foram excluídas da sociedade. Então agora, a pandemia vem potencializar esse extermínio, porque antes elas só tinham a rua a noite para trabalhar e garantir sua subsistência, agora está mais potencializado ainda porque, em tempos de distanciamento social, uso de máscaras, de higienização das mãos a atividade de emprego que elas têm não faz o menor sentido. E se a gente pensa num apoio do Estado para que elas possam de alguma maneira manter sua renda e tentar manter a sua saúde íntegra sem se expor ao risco de contágio, a gente está falando de algo completamente inacessível. A exemplo disso o próprio auxílio emergencial que foi uma política cheia de restrição desde o início, haja vista que a maior parte da população trans que está nas suas, nem documentos têm. Então quem nunca foi enxergada continua sendo negligenciada como sempre foi. Então a falta de dinheiro implica em mais vulnerabilidade, mais exposição às violências e todo um contexto de abandono nas ruas. Outras precisam voltar para famílias que são opressoras e passam a sofrer outros tipos de violência dentro do seio da família. Então, não existe saúde mental que dê conta, que faça com que as pessoas se sintam em paz, tranquilas, em relação a toda essa pandemia social que a gente vive também.

Fonte: encurtador.com.br/jEJMO

(En)Cena –Na sua opinião, qual seria o caminho para as mulheres no pós-pandemia?

Bianca Lopes – Penso que, para as mulheres no pós-pandemia nós precisamos ter mais consciência de classe. Nós enquanto mulheres precisamos nos organizar e nos articular mais politicamente, fortalecer nossas classes. Conseguirmos reverberar consciência de classe, fomentar isso dentro da sociedade em todos os níveis, em todas as classes, para fortalecer e enaltecer a força da mulher como uma forma de revolucionar e promover mudanças, romper com paradigmas na nossa sociedade para que a gente possa um dia olhar para trás e perceber que pudemos caminhar um pouco com os aprendizados que tivemos durante a pandemia, para a emancipação da mulher. Para que nós consigamos diminuir um pouco mais essa diferença de gênero e romper um pouco mais com as garras nefastas do capitalismo e do machismo que tanto nos fere, nos rouba e nos corrompe enquanto seres plenos que somos.

Fonte: encurtador.com.br/oAB56

(En)Cena – Como funciona o seu trabalho como subcoordenadora para a políticas para a população LGBT no âmbito da Secretaria de Saúde em Goiás (SSG)?

Bianca Lopes – Meu trabalho é oferecer apoio técnico na estrutura e para os 243 municípios goianos para implantação da política nacional de saúde integral da população LGBT+, conforme ela está instituída desde dezembro de 2011 pela portaria ministerial. Eu ofereço apoio técnico, consultoria e capacitação para a Secretaria de Saúde em Goiás (SSG) e para os municípios em relação ao enfrentamento do preconceito institucional e sistêmico, no combate à discriminação pelas questões relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transsexuais. No que tange a temas como o respeito ao nome social, às especificidades relacionadas à linha de cuidados do processo transsexualizador. Condução dos processos técnicos burocráticos dentro das câmaras colegiadas de discussões dentro da estrutura de Estado. Além de promover a cooperação da gestão com as instituições de ensino e os serviços da linha de frente, tentando promover a articulação para que os profissionais e estudantes da saúde e áreas afins possam ter contato com a base conceitual e as experiências da população LGBT+ como parte da sua formação. Para que possam, no futuro, compreendendo o público em questão, de modo crítico reflexivo, não estabelecer dificuldades de acesso à saúde, mas promover o cuidado específico para que essas pessoas se sintam acolhidas nos serviços de saúde e, é claro, no SUS – Sistema Único de Saúde.  Então o profissional de psicologia e a própria psicologia se traduzem em instrumentos importantes para mitigar os efeitos negativos que a pandemia tem para a sociedade, mas sobretudo para a população trans que está mais vulnerável.

(En)Cena –   A partir das suas experiências neste trabalho, como você definiria os maiores desafios e as maiores conquistas em termos de políticas públicas para mulheres trans na atualidade?

Bianca Lopes – Atuando como gestora pública na Secretaria de Saúde em Goiás (SSG) o que eu avalio como grandes avanços em termos de políticas públicas que contemplem direitos e acesso à cidadania de pessoas trans, sobretudo de mulheres trans, destaco talvez a rede de ampliação do processo transsexualizador no SUS, tanto em serviços ambulatoriais quanto hospitalares. Considero um avanço muito grande a conquista do nome social, o decreto do nome social no estado de Goiás que existe desde 2016.

A participação na audiência pública da Defensoria Pública da União para a escrita da minuta do provimento que dá direito às pessoas trans de retificarem seus nomes, prenomes e gênero no registro civil no cartório, foi um momento histórico em que pudemos estar presentes, foi representativo, com muitos avanços.

Penso que todas as atividades que desenvolvemos até agora, os fóruns e as capacitações, em que a temática da população LGBT+, sobretudo as questões interligadas à identidade de gênero, como capacitação profissional contribuíram muito para o acesso dessa população à saúde no âmbito do Estado de Goiás.

Ainda temos outro avanço exclusivo no Estado de Goiás e referência nacional. Foi uma apresentação que fizemos no nosso plano estadual de saúde do quadriênio 2019/2023, por meio da Secretaria de Saúde, em que conseguimos colocar como prioridade um cofinanciamento estadual para que fomente que municípios possam implementar a política do processo transssexualizador de uma maneira descentralizada.

Mas ainda temos muitos desafios. A interseccionalidade ainda não é uma realidade muito concreta. Haja vista que precisamos fazer com que o reconhecimento das mulheres trans seja feito de maneira mais ampla dentro da estrutura técnico burocrática estatal. Os textos das políticas, das portarias, dos decretos, das notas técnicas contemplam de uma maneira sistematizada e reiterada os direitos que essa população tem. Mas os sistemas de informação e de reconhecimento de gênero ainda se baseiam muito ainda em sexo biológico. Isso ainda inviabiliza muito o acesso à cidadania e a direitos da população trans num âmbito geral.

Outro quesito de desafio são os reconhecimentos dos direitos sexuais reprodutivos das pessoas trans. Que isso seja resguardado sobretudo o direto de serem pais e mães. Que sejam respeitadas de acordo com sua identidade de gênero as condições dos homens-trans que sejam pais gestantes e as condições das mães-não gestantes, nos casais trans centrados.

São avanços para os quais ainda temos que caminhar muito investindo no fomento de pesquisas relacionadas à saúde da população trans que levem em consideração todas as questões relacionadas à saúde e à harmonização, as intervenções cirúrgicas a médio e longo prazo, as transformações bioquímicas que esses corpos terão ao longo do tempo. É preciso que invistamos mais nessas questões para que essas pessoas tenham mais qualidade de vida e segurança no seu processo de afirmação de gênero.

Fonte: encurtador.com.br/apqu5

(En)Cena –   Como a psicologia pode colaborar para apoiar pessoas trans, especialmente, durante a pandemia?

Bianca Lopes  – A psicologia sempre foi fundamental no processo de afirmação de gênero das pessoas trans. Principalmente para as pessoas trans que recebem o acesso a uma psicologia verdadeira, que acompanha, aconselha e faça uma escuta ativa para essas pessoas. Uma psicologia preparada e capaz de fazer esse acompanhamento. Haja vista que o adoecimento mental das pessoas trans advém muito das questões relacionadas a todo o contexto de marginalização e exclusão que essas pessoas sofrem. Então a psicologia e os profissionais de psicologia são extremamente importantes no processo de minimizar e atenuar esse sofrimento, e de ajudar que essas pessoas tenham um pouco mais de qualidade de vida durante a pandemia. A problemática maior diz que, apesar de nem todos os profissionais da psicologia terem habilidades para lidar com todas as questões que demandam da população trans, que não se esgotam apenas nas questões de identidade de gênero mas toda a completude e a complexidade que atravessa a vivência dessas pessoas, o distanciamento social, a suspensão de serviços de saúde não essenciais, que não estejam ligados à COVID 19, afastaram a maioria dessas pessoas dos serviços de saúde e dos profissionais que as acompanham. Foram poucos os serviços que conseguiram manter o atendimento por meios de telemedicina, ou de alguma maneira. Isso inviabilizou muito a continuidade desse processo. Mas os profissionais e serviços que conseguiram manter esse elo, essa assistência continuada, mesmo que a distância, com certeza mitigaram um pouco o impacto da pandemia na saúde mental das mulheres trans e são fundamentais para que essas pessoas tenham mais qualidade de vida nesse período tão difícil para todo mundo.

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‘Meu nome é Ray’ alerta para os desafios de uma criança trans

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Meu nome é Ray, filme lançado em 2015, dirigido por Gaby Dellal, estrelado por Elle Fanning e Naomi Watts, traz por enredo a vida de um menino transgênero e os desafios durante a caminhada de transição de sexo.

Fonte: encurtador.com.br/iwzES

Ramonna (Elle Fanning) nasceu menina em sua forma biológica, no entanto, aos quatro anos de idade não se identificava como uma menina, mas sim como um menino. Nesse momento, Ramonna não quis mais ser chamada por esse nome e passou a ser chamada de Ray.

O processo de identificar-se com o sexo masculino ou feminino é chamado de Identidade de Gênero. Neste, o corpo biológico não é determinante para a identificação, uma vez que o indivíduo pode nascer em um corpo biologicamente feminino, mas não se identificar com o sexo feminino, e sim com o masculino (SILVA; BEZERRA e QUEIROZ, 2015).

O papel dos cuidadores é de grande influência nessa caminhada, e Maggie (Naomi Watts) consegue transmitir toda a compreensão e conhecimento sobre o assunto na tentativa de ajudar seu filho. Tal suporte colabora muito para o alívio do sofrimento causado pelo preconceito que Ray vivencia na escola por parte de alguns alunos.

Fonte: encurtador.com.br/sHJS5

O grande desejo do personagem principal é conseguir iniciar o processo de transição do sexo feminino para o masculino, e para isso ele precisa do consentimento dos seus pais. E essa é umas das grandes questões que o filme ressalta, fazendo o telespectador refletir sobre o sofrimento que Ray passa por ter o destino do seu próprio corpo e percepção de si entregue nas mãos de outros.

Apesar de esse sofrimento ser genuíno, Ray ainda tem a possibilidade de tentar o processo de transição, o que muitas vezes não é a realidade das pessoas transgêneros que não tem acesso gratuito à transição, e/ou não podem pagar por ela.

As adversidades durante a jornada de obtenção da autorização dos pais mexem muito com Ray, que já se sente cansado de ter fingido ser alguém que ele não é. Tal consternação é representada por ele, em uma fala muito marcante à sua mãe, em resposta a pressão que ela dizia estar sentindo para assinar logo os papéis. Ele então verbaliza: “Uma decisão difícil? Para mim tem sido uma existência difícil!”.

As pessoas transgêneros não se sentem pertencentes ao corpo em que nasceram, experimentando um enorme desconforto em se verem dentro desse corpo, e relatam que a sensação é de despersonificação e falta de identidade. Muitas vezes elas alegam sentir repulsa e nojo por seus órgãos genitais, visto que o órgão não é representativo de como eles se veem como indivíduos.

Fonte: encurtador.com.br/sTUV4

Há também a recusa em performar os papéis de gênero do sexo biológico com o qual nasceram, sendo essa recusa motivo de preconceito e conflitos, tanto com os familiares como com pessoas desconhecidas que se sentem no direito de impor como essas pessoas devem existir no mundo. No filme, Ray não gosta de usar vestidos ou acessórios que são “delegados pela sociedade” como pertencentes ao sexo feminino, ele não possui cabelo comprido e se veste de forma compatível a maneira como se vê.

Mas o que é um papel de gênero? Como ele se constrói? De acordo com Grossi (1998) apud Sayão (2002, p.6) “(…) papéis de gênero são as formas de manifestação ou representação social de ser macho ou fêmea (…).” Essas formas são pré-estabelecidas pelos indivíduos que vivem na comunidade social em que estão inseridos, e a partir delas, eles esperam que todos os novos seres humanos que nasçam sigam essa forma de existir.

Mas então onde está a liberdade de escolha do que ser ou não ser? É por essa liberdade que Ray luta desde os seus quatro anos de idade, sofrendo imposições e cobranças de todos ao seu redor para que se comportasse como um menina.

A sexualidade humana e sua experimentação individual, diz respeito apenas ao próprio sujeito, dono de seu corpo e de sua existência. O teórico da Psicologia Fritz Pearls, já dizia sobre isso, Eu não estou neste mundo para viver as suas expectativas. E você não está neste mundo para viver as minhas. Você é você, e eu sou eu, e se, por acaso, nós nos encontrarmos, será lindo. Se não, nada se pode fazer.” Ray, assim como qualquer outro ser humano deseja ter seus desejos respeitados, independente se tais desejos estão ou não, dentro dos padrões estabelecidos como socialmente aceitáveis. 

FICHA TÉCNICA DO FILME:

MEU NOME É RAY

Título original:  3 Generations
Direção: Gaby Dellal
Elenco: Elle FanningNaomi WattsSusan Sarandon
Ano: 2016
País: EUA
Gênero:  DramaComédia 

REFERÊNCIAS:

MISKOLCI, Richard; PELðCIO, Larissa. FORA DO SUJEITO E FORA DO LUGAR: REFLEXÕES SOBRE PERFORMATIVIDADE A PARTIR DE UMA ETNOGRAFIA ENTRE TRAVESTIS. Gênero, Niterói, v. 7, n. 2, p.257-269, jan. 2017. Disponível em: <file:///C:/Users/gabri/Downloads/155-430-1-PB.pdf>. Acesso em: 08 jan. 2019.

SAYÃO, Deborah ThomÉ. A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES E PAPÉIS DE GÊNERO NA INFÂNCIA: ARTICULANDO TEMAS PARA PENSAR O TRABALHO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Pensar A Prática, Florianópolis, v. 5, n. 1, p.1-14, jun. 2002. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/43/39>. Acesso em: 08 jan. 2019.

SILVA, Rodrigo Gonçalves Lima Borges da; BEZERRA, Waldez Cavalcante; QUEIROZ, Sandra Bomfim de. Os impactos das identidades transgênero na sociabilidade de travestis e mulheres transexuais. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, [s.l.], v. 26, n. 3, p.364-372, 26 dez. 2015. Universidade de Sao Paulo Sistema Integrado de Bibliotecas – SIBiUSP. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v26i3p364-372. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/rto/article/view/88052/109664>. Acesso em: 08 jan. 2019.

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