Professor da Psicologia tem capítulo publicado em livro da UFT e UFRR

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O artigo tem como tema “Pós-Modernidade e vertigem existencial entre jovens”

O professor Esp. Sonielson Luciano de Sousa, que no curso de Psicologia ministra as disciplinas de Antropologia e Filosofia, além da disciplina institucional Sociedade e Contemporaneidade, acaba de publicar – em coautoria – um capítulo no livro “Media Effects: ensaios sobre teorias da Comunicação e do Jornalismo”, pela Editora Fi, numa parceria entre a Universidade Federal do Tocantins – UFT – e a Universidade Federal de Roraima – UFRR. A publicação foi organizada pelos professores doutores Gilson Pôrto Jr.; Nelson Russo de Moraes; Daniela Barbosa de Oliveira e Vilso Junior Santi, além de ter a apresentação do prof. Dr. Geraldo Gomes.

Fonte: goo.gl/7xQrLA

O capítulo escrito pelo professor Sonielson é intitulado “Pós-Modernidade e vertigem existencial entre jovens: influência da mídia pela teoria do enquadramento”, onde há um diálogo entre autores da Psicologia, Psicanálise e Comunicação Social.

A proposta do livro é debater as grandes interfaces da comunicação, tendo em vista que a sociedade vive momentos de busca do entendimento, tanto dos fatos sociais como da reorganização constante do seu tecido e dos papéis de seus atores. De acordo com a proposta da publicação, o momento contemporâneo desenrola, a cada dia, novas implicações acerca das angularidades degradantes ou edificantes em impactos diretos e reflexos dos desdobramentos da aplicação das mais diversas teorias da comunicação. A comunicação, assim, é tomada como seara do conhecimento que tangencia a humanidade em todos os seus afazeres, da gestão pública à gestão empresarial, do consumo ao diálogo familiar, das cores às manifestações estabelecidas pelas condições humanas, passando pela Psicologia.

Para ter acesso gratuitamente ao livro, em formato e-book, basta acessar o link https://www.editorafi.org/272opaje . No mesmo endereço também é possível solicitar a versão impressa da publicação. (Com informações da Editora Fi)

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CAOS: Pós-modernidade, mal-estar existencial e saúde psíquica dos jovens

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Nesta quinta-feira, 24 de agosto, ocorreu na sala 405 do Ceulp/Ulbra as sessões técnicas com apresentações de trabalhos acadêmicos, no Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS). Dentre as apresentações, houve o trabalho “Pós-modernidade e vertigem existencial entre jovens: panorama de autoviolência”, com autoria de Sonielson Luciano de Sousa (Ceulp/Ulbra).

Em referência a Freire Costa, Bauman e Birman, Sonielson diz que a pós-modernidade é marcada pelo enfraquecimento do estado enquanto instância mediadora hegemônica e lugar de diferentes cenários e modelos de educação e sociabilização nos núcleos parentais, gerando uma individualização que afeta a todos, principalmente os jovens, tornando-os descontentes e frustrados com as exigências para manter a originalidade e uma formação identitária adequada, que é inalcançável.

As antigas estruturas mediadoras aterrorizavam em sua onipotência, porém, criavam certo apaziguamento. Sai-se da geração de segurança para a valorização de hábitos que remetem à liberdade, provocando uma vertigem existencial e impactando sua saúde mental dos jovens, expressada nos índices de violência. Os jovens sofrem pelo excesso de possibilidades, em um cenário no qual os dispositivos de controle os colocam em protagonismo, enfraquecendo o núcleo parental imediato, isto, aliado ao contínuo movimento com que eles são submetidos e à ideia de trabalhar por progresso e autogerenciamento ininterrupto da vida.

Bauman (2007) e Birman (2013) assinalam sobre a sociedade de risco, onde nenhum indivíduo conta com a proteção do Estado e efetivamente todo problema das subjetividades associar-se-á a esta lógica. Atualmente, a aceleração não admite limites, responsabilizando os jovens por reciclar, revisar e reconstituir suas identidades. Trata-se de um movimento para, na esfera pública, demonstrar uma identidade compatível com as expectativas.

Quanto mais os jovens tentam ser diferentes, mais se assemelham no movimento com que mobilizam suas estratégias, uma vez que seguem a mesma estratégia de vida e usam símbolos comuns (BAUMAN, 2007, p. 26). A fragmentação pós-moderna em conjunto com as perdas de elementos que orbitavam em torno da política gera um panorama de ausência de mediadores, causando um mal-estar existencial, que requer atenção quanto à saúde psíquica destes jovens, sob pena de desaguarem à violência (BIRMAN, 2013).

A questão, portanto, não se resume às subjetividades e relações sócio-políticas, mas, em igual medida, entremeia um problema aparentemente de ordem individual, que ganha apelo de caráter ético, pois não se está apenas a falar das condições da saúde mental dos jovens contemporâneos, mas em como isso também pode afetar as gerações futuras, no campo da ética.

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