24 de maio de 2022 Beatriz Maranhão dos Santos
Relato
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Ali estava ela radiante, soltando seus cabelos e dançando como se fizesse aquilo pela primeira vez, mesmo eu a observando de pertinho ela estava tão entretida que nem podia ver minha risada de canto.
A senhora na minha sala, dançando alegremente, me fazendo pensar o que se passa ali? Ela dançava e cantava com tanto entusiasmo que a alegria contagiava o lugar. Eu me pergunto quantas histórias têm ali, são tantos anos vividos, quantas músicas cantadas? Quantas delas foram de alegria? Será que quando ela canta também chora?
Ela faz parecer que a vida é tão leve, que a música leva embora toda solidão, enquanto ironicamente dança sozinha. É como se essa dança fizesse com que anos de história passassem igualzinho uma retrospectiva de fim de ano na TV, mas a juventude segue sendo conservada ali, por alguns minutos da canção.
Ela me faz enxergar que a música é nada mais nada menos que, uma viagem no tempo. Ela canta uma letra que existia mesmo antes de eu nascer, mas tanto ela quanto a música estão ali e agora. Talvez a vida seja isso, se lembrar do passado com alegria ou com tristeza.
Cada um sabe dentro de si a emoção que se carrega, enquanto aqui e agora se aproveita o momento, a canção se conecta com o passado, criando memórias para o futuro. Mesmo que os próximos minutos sejam sentar no sofá e descansar, depois de se cansar em consequência de instantes radiantes. Pois a vida também tem seus momentos de pausa e respiração, para que então haja continuidade e amanhã ou depois novas outras canções.
Um dia, infelizmente essa senhora, não vai estar mais na minha sala, mas deixará comigo a certeza de que sempre estará eternizada em uma canção e no meu coração.A música é: palavras, tempo, momento, cura, contagia, transforma, transtorna, conecta e liberta. Agradeço pela senhora na minha sala, que me ensinou tanta coisa que sei, mas mesmo assim continuo a aprender…
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Expectativa de vida dos tocantinenses aumenta 3 meses e chega a 74,2 anos em 2019
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 26, as Tábuas Completas de Mortalidade para o ano de 2019. Conforme a projeção, a expectativa de vida ao nascer da população tocantinense ficou em 74,2 anos, abaixo da média nacional (76,6 anos), mas um acréscimo de 3 meses em relação ao valor estimado para o ano de 2018 (73,9 anos). Para a população masculina o aumento foi de 2 meses passando de 71,0 para 71,2, em 2019. Já para as mulheres o ganho foi um pouco maior, em 2018 a esperança de vida ao nascer era de 77,2 anos se elevando para 77,5 anos no ano passado. Com isso, a longevidade feminina no estado é, em média, 6,3 anos acima da dos homens.
As Tábuas de Mortalidade são provenientes da projeção oficial da população do Brasil para o período 2010-2060, que além de permitir que se conheçam os níveis e padrões de mortalidade da população brasileira, tem sido utilizada como um dos parâmetros necessários na determinação do chamado fator previdenciário para o cálculo dos valores relativos às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.
Considerando o cenário nacional, para ambos os sexos, a maior esperança de vida ao nascer pertenceu ao Estado de Santa Catarina, 79,9 anos, 3,3 anos acima da média nacional de 76,6 anos. Logo em seguida, Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais com valores iguais ou acima de 78,0 anos. No outro extremo temos o Estado do Maranhão, com esperança de vida ao nascer de 71,4 anos, e Piauí, com 71,6 anos.
Para os homens e as mulheres as maiores expectativas de vida ao nascer também pertenceram ao Estado de Santa Catarina, 76,7 e 83,2 anos, respectivamente, uma diferença de 6,5 anos em favor das mulheres. No caso dos homens, a menor expectativa de vida foi encontrada no Piauí (67,3 anos) e das mulheres, em Roraima (75,1 anos).
Considerando somente as Unidades da Federação da Região Norte, Tocantins registrou a segunda maior expectativa de vida da população feminina (77,5 anos), perdendo apenas para o Acre (78,4 anos), e a terceira maior da população masculina (71,2 anos), pois Acre (71,6 anos) e Amapá (72,2 anos) ocuparam as primeiras posições. Já para ambos os sexos, o estado apresentou a terceira maior esperança de vida ao nascer (74,2 anos).
Mortalidade infantil
A mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante indicador da condição de vida socioeconômica de uma região. A probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida no Tocantins foi de 14,5 para cada 1.000 nascidos vivos. Comparada a 2018 (14,9 por mil), a taxa ficou praticamente inalterada.
A menor taxa de mortalidade infantil em 2019 foi encontrada no estado do Espírito Santo, 7,8 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos vivos, e a maior pertenceu ao Estado do Amapá, 22,6 por mil. No Brasil, a taxa de mortalidade infantil para ambos os sexos foi de 11,9 por mil.
Idosos
No Tocantins, o valor da expectativa de vida dos idosos, ou seja, de 60 ou 65 anos, foi de 21,6 e 17,9 anos, respectivamente, isto quer dizer que o indivíduo aos sessenta e sessenta e cinco anos viveria em média 81,6 e 82,9 anos, no estado, respectivamente. Caso fosse do sexo masculino viveria em média 80,3 e 81,8 anos, já do sexo feminino 83 e 84,1 anos.
O Espírito Santo também foi o estado que registrou o maior valor da expectativa de vida nestas idades para ambos os sexos (24,4 e 20,5 anos respectivamente). No outro extremo temos Rondônia que apresentou as mais baixas expectativas de vida aos 60 e 65 anos (19,7 e 16,2 anos respectivamente).
Ainda nua do banho me enrolei na toalha e sentei no chão do quarto no espacinho que fica entre minha cama e o criado mudo, minhas juntas duras como pedra, precisava chorar mas não descia uma lágrima sequer.
Eu só travei.
Travei de novo.
O meu corpo gelado e o cabelo preso num rabo de cavalo minúsculo.
Depois do novo corte me sentia pesada como se carregasse um peso gigantesco em minhas costas curvadas para frente e doía tanto… doía demais.
Fiquei ali me perguntando quanto tempo demora para se curar um coração partido? Não obtive nenhuma resposta agradável. A verdade é que nunca curamos um coração partido, nada que se parte é de fato consertado. Fica tudo ali.
Se você quebra um jarro de flores e ainda assim insiste em tentar cola-lo, pode até ser que ele aguente novamente o peso da água limpa e das flores, mas a marca trincada continuará lá intacta, permanente, eterna.
O mesmo acontece com o para-brisa do seu carro que foi trincado por uma pedrinha numa estrada de chão, com um copo que bateu na ponta da pia enquanto você lavava a louça do almoço, com o corte da Gilette que você passou na perna…
Meus medos voltaram e estão me cobrindo de novo, cheia de incertezas, de dúvidas e perguntas sem respostas.
Nota: Homenagem a Baggio, o belo cão que por sete anos só nos fez encher de alegria, demonstrando em gestos um amor enorme. Assim como muitos outros cães, foi ceifado pela Leishmaniose.