CFP se posiciona a favor da descriminalização e legalização do aborto no Brasil

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STF discute liberação do aborto até a 12ª semana de gestação

O Supremo Tribunal de justiça (STJ) intensifica debate sobre a descriminalização e legalização do aborto no Brasil. O Debate é construído por pessoas favoráveis e contrárias a legalização. O aborto é proibido no Brasil respaldado pelo artigo 128, incisos I e II do Código Penal Brasileiro. Hoje o aborto só é permitido em três casos: feto anencéfalo, estupro e/ou que cause risco à vida da mulher.

De acordo com a Folha de São Paulo, em dez anos, o Brasil teve entre 9,5 e 12 milhões de abortos provocados. Sendo estimado que exista meio milhão de abortos clandestinos por ano no país e que provavelmente 50% tem complicações. Resultando em um gasto de R$ 500 milhões, pelo SUS, em uma década.

Diante do cenário, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) se posiciona a favor da descriminalização e legalização do aborto no Brasil. Em carta o CFP se posiciona: ‘A autonomia das mulheres sobre seus corpos deve ser ampliada para que as mesmas tenham condições de decidir ou não interromper uma gravidez. A Psicologia deve se posicionar agindo sobre as situações que favorecem situações de vulnerabilidade social e psicológica, que provocam intensas situações de sofrimento psíquico, como é o caso da manutenção de uma gravidez que não foi escolhida pela gestante’. A carta aberta pode ser lida na integra no endereço https://site.cfp.org.br/cfp-defende-descriminalizacao-legalizacao-aborto-brasil/ .

Fonte: encurtador.com.br/mopvC

Joice Reitz, acadêmica de Psicologia do CEULP – ULBRA, se posiciona: ‘Sou a favor da legalização do aborto por que percebo, com o estudo que tenho do assunto, que temos muito mais a ganhar com isso. Entendo o choque inicial que a proposta pode causar na população, mas basta parar um pouco para pensar e perceber que, além de maior autonomia feminina, a prática legalizada vem para melhorar questões de saúde pública, uma vez que a mesma permite toda uma estrutura para a mulher que deseja o aborto, com apoio médico (não de açougueiros clandestinos), psicológico e social. Não dá mais para fechar os olhos para este assunto. Todos sabem que a prática ocorre a todo o momento e em todo lugar. A legalização dessa prática não se trata de uma ação “demoníaca” e “pecadora” como muitos alegam (e cabe aqui ressaltar que o Estado é laico), mas se trata de uma ação que dá visibilidade para uma realidade triste, dura e camuflada. Nosso país precisa de representantes políticos e cidadãos que tomem decisões e tenham posturas e atitudes livres de suas crenças pessoais, que sejam capazes de pensar no todo, no coletivo, e não somente no próprio umbigo.“

REFERÊNCIAS

TUROLLO, Reynaldo. STF começa debate sobre legalização do aborto até 12ª semana de gravidez. Disponível em < https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/08/stf-comeca-debate-sobre-legalizacao-do-aborto-ate-12a-semana-de-gravidez.shtml > acessado em 03/08/2018.

COLLUCCI,Cláudia. FARIA, Flávia. SUS gasta R$ 500 milhões com complicações por aborto em uma década. Disponível em < https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/07/sus-gasta-r-500-milhoes-com-complicacoes-por-aborto-em-uma-decada.shtml acessado em 03/08/2018.

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Homem da sociedade ou da natureza?

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Com a rápida urbanização advinda do início do século XX, muitos utensílios foram criados para deixar o dia a dia mais prático, entretanto, ao invés das pessoas terem mais tempo livre e de qualidade, elas estão mais apressadas, preocupadas e ansiosas.

O homem na sua época de agricultor tinha que ter paciência para esperar o tempo da colheita, ficar atento aos sinais da natureza, já o homem urbano é muito imediato, consegue o alimento pronto com menos da metade do esforço que antes era feito, isso também o faz projetar essa praticidade e pressa em outras áreas de sua vida e deixa de estar conectado à assuntos relacionados a natureza pois não a reconhece como seu hábitat, deixando de se importar com o desenvolvimento sustentável e esquecendo suas origens.

Fonte: encurtador.com.br/aDNWZ

O crescente uso dos recursos naturais em prol do desenvolvimento tecnológico e econômico, é visto como algo bom, porque aparentemente traz benefícios a todos, mas é tudo um conto de fadas?

Com a ajuda da tecnologia o número de mortalidade infantil diminuiu, a medicina ficou mais eficiente, a comunicação mais acessível, mas, também contribui para o aumento da probabilidade de surgimento de transtornos psicológicos devido a correria, a necessidade de buscar sempre mais, cumprir prazos e responsabilidades, conciliar um emprego, cuidar da família, vida doméstica e se sobrar tempo, tomar uma cerveja depois do expediente.

Crises de ansiedade, pânico, depressão, estresse pós-traumático são patologias cada vez mais comuns e características desse século, causado em parte por esse novo modo de se relacionar, sendo consequências do meio em que se vive. Vendo a situação por essa perspectiva, o problema deixa de ser individualizado e passa a ser social, sendo questão de saúde pública.

Fonte: encurtador.com.br/chloC

Um ambiente equilibrado depende do bem-estar físico, mental e social, então o impacto do meio ambiente, muitas vezes subjugado nessa equação, é de suma importância à saúde mental.

Marquês de Sade, um escritor francês disse: “Antes de ser um homem da sociedade, sou-o da natureza”. Como exemplificação dessa frase, a Costa Rica é considerada o povo mais feliz do mundo, visto do ponto de sintonia com a natureza e sustentabilidade, e não sobre progresso econômico.

Apesar de parecer, esse texto não é um incentivo para abandonar a vida urbana e se isolar em alguma caverna, mas para valorizar o meio ambiente e preservá-lo, depois de termos usufruído por tanto tempo, afinal, é de onde viemos, onde estamos e o único lugar onde podemos ir.

Referências

Quem disse. Disponível em: <  https://quemdisse.com.br/frase/antes-ser-um-homem-da-sociedade-sou-o-da-natureza/55428/ >. Acesso em: 4 Ago. 2018.

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