Povos Indígenas lutam pela Derrubada do Marco Temporal PL 490/21 no STF

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Desde 2016 a votação da PL 490 vem sendo inúmeras vezes adiadas, querendo assim que os Povos Originários se cansem, nós somos conhecidos como um povo de luta e jamais desistimos, essa PL vem pra deixar nossos direitos fragilizados fazendo com que os fazendeiros, garimpeiros, grileiros e madeireiro invadam nossas terras, estamos lutando pelos territórios que ainda não estão demarcadas pelo governo e também as terras já demarcadas que correm sérios riscos de serem invadidas, e permitindo assim a invasão de territórios.

Cerca de 6.000 indígenas esteve em Brasília no mês de Agosto pelo Movimento “Luta Pela Vida” a maior mobilização indígena que já teve nesses últimos anos, e ainda estão acampados cerca de 4.000 indígenas, 150 povos estão para o Movimento “II Marcha das Mulheres”, e também estarão acompanhando o julgamento do Marco Temporal, sabemos o quanto é importante unirmos forças contra o retrocesso, nossa história começou antes de 1500, o contexto histórico se contra diz escritos nos livros de histórias de escolas.

Fonte: encurtador.com.br/GHMY1

Estamos lutando pelo futuro de nossas gerações, lutando pela vida, lutando pela terra, lutando pela sobrevivência dos animais, estamos lutando pela existência mundial, o pulmão do mundo está no Brasil e são as nossas matas, as nossas riquezas naturais, os nossos biomas, a nossa cultura, a nossa ancestralidade, nós indígenas desde o descobrimento de nossas terras, fomos dizimados, massacrados, explorados e quase extintos, somos um povo de resistência e por isso somos existência.

Se caso for aprovado no STF a PL 490, estarão não só aprovando um projeto de lei, mas estarão aprovando a entrada e a legalização destes fazendeiros, madeireiros, grileiros e garimpeiros se apossem e explorem de nossos territórios, por isso é de suma a importância e que a decisão do STF seja favorável aos Povos Originários, nosso futuro está na decisão do poder judiciário, que se faça cumprir a lei a ordem da Constituição Federal.

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Indígenas nos espaços urbanos e seus impactos

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Ser indígena hoje em dia tem sido completamente difícil, exige muita resistência, principalmente quando se trata de ocupar espaços urbanos. Há ainda forte preconceito e discriminação para aqueles que buscam um espaço diante da sociedade, ou melhor, para aqueles que buscam estabilidade social. Diante desse texto venho expressar meus mais sinceros sentimentos de tristezas à essa sociedade que diz apoiar nossas lutas, porém, superficialmente.

Por muito tempo me deparei com comentários ofensivos disfarçado de “brincadeira”, como: “indígenas não tem direito de falar”, “você só conseguiu entrar na faculdade porque é indígena”, “índio tem dinheiro, porque é bancado pela Funai”, “é indígena mas tem iPhone”, “índio é bicho preguiçoso”, “nem parece indígena, você é bonita” e entre outros inúmeros comentários completamente maldosos. Até quando teremos que passar o pano diante de uma realidade completamente prejudicial à nossa saúde mental?

Fonte: encurtador.com.br/moBKU

Até quando precisamos normalizar atitudes ofensivas levando na esportiva por serem ditas por pessoas próximas? Talvez você não tenha se encaixado diante desse contexto, mas eu te convido a refletir de que forma você tem agido diante dessas circunstâncias. Ser indígena em espaço urbano não necessariamente é abrir mão de sua cultura e costumes, mas sim abrir mão de seus medos, traumas, preconceitos e estando disposto a enfrentar a desvalorização cultural. Que a partir do momento que você lê esse texto, você possa se sensibilizar ao ponto de abraçar nossas causas indígenas, buscando respeitar nossos espaços e direitos, inclusive constitucionais.

Diante disso, para nós indígenas é de grande importância ocuparmos esses espaços, não apenas por buscar reconhecimento, mas sim em busca de recursos que possa nos qualificar, por exemplo à educação que instrumentaliza o indivíduo a ser um profissional qualificado e ético, que contribui não apenas para a nossa comunidade indígena como para a comunidade urbana. Enfim, a cidade também deve ser um local de afirmação dos direitos indígenas de forma que sejamos tratados com respeito em qualquer espaço que desejamos permanecer.

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Blink, de Olhos Bem Fechados

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O filme Blink, de Olhos Bem Fechados, de Stanley Kubrick, trata sobre a vida do médico Bill Harford (Tom Cruise) e sua esposa Alice (Nicole Kidman), curadora de arte. O casal vive o casamento perfeito até que, logo após a festa, Alice confessa que sentiu atração por outro homem e que seria capaz de deixar Bill e sua filha por ele.

O filme começa com uma cena bem peculiar: casal está se arrumando para uma festa e a câmera foca em Alice levantando do vaso e se limpando, enquanto o marido Bill se olha no espelho. A cena mostra como a relação do casal se tornou banal e carente de erotismo.

Em seguida, o casal vai a uma festa onde só há estranhos e Alice questiona o motivo de estarem ali e de serem convidados para aquele lugar anualmente. Visivelmente entediada, Alice sai de perto de Bill e embebeda-se. Um Húngaro se aproxima dela e desde o início dá indícios de seu interesse sexual por Alice. Ela aproveita, brinca e entrega-se ao jogo do flerte em que nada acontece, mas tudo é possível. O mesmo acontece com Bill, que flerta com duas modelos. Essas mesmas modelos convidam Bill para ir “onde o arco-íris termina”.

É importante observar que em uma conversa entre eles, no quarto do casal, ao ser questionado se sentia desejo sexual por suas pacientes, Bill demonstra, de forma pretensiosa, sua opinião sobe as mulheres, dando a entender que a natureza das mulheres faz com que elas não traiam ou sintam desejo fora do casamento. Alice fica ofendida por essa convicção do marido e tem uma crise de riso. Embora Alice pareça chocada com a própria revelação ao contar para Bill sobre seu desejo por outro homem, é como se ela desafiasse a constatação do marido, mostrando a ignorância dos homens ao acreditar que sabem como as mulheres pensam.

Quando Alice admite ter fantasias sexuais com um homem que conheceu ao acaso, Bill fica desnorteado e sai pelas ruas de Nova York assombrado com a imagem da mulher nos braços de outro. Ele encontra um velho amigo de faculdade que se tornou pianista e descobre uma sociedade secreta que pratica cultos sexuais. Ele iria tocar numa festa orgiástica, no entanto, teria que usar uma venda nos olhos, para não saber onde essa festa ocorreria.

Fonte: encurtador.com.br/ilBE0

Ele mostra a senha fornecida para adentrar o local ao colega e Bill acaba comparecendo a um dos encontros, em uma mansão afastada da cidade, e se envolvendo naquela trama mais do que esperava.

Há algo de ritualístico no baile. Algumas mulheres estão nuas, mas mascaradas, e se juntam aos homens, que estão fantasiados. Bill fica deslumbrado, ao mesmo tempo em que vê aquilo como uma brincadeira. Por algum motivo, logo ele se torna o centro das atenções.

Na cena, todos os personagens estão usando máscaras, mulheres nuas correm pela mansão, ao mesmo tempo em que os participantes se escondem uns dos outros para instigar ainda mais o prazer.

Durante o ritual, Bill se depara com uma série de situações peculiares na tentativa de atender a seus desejos de forma inconsequente, mas sua presença nos espaços acaba sendo sempre de um espectador deslocado que não consegue se entregar-se às experiências e afeta a vida de pessoas desconhecidas que buscam protegê-lo de suas próprias atitudes.

Na frente de todos os convidados, ele é exposto como um intruso. Os demais mascarados se colocam em volta dele, as portas de ambos lados se fecham e Bill é obrigado a tirar a máscara. Uma mulher se ofereceu em “sacrifício” para poupar o protagonista, entretanto, não é possível saber o que realmente houve com ela. O sacerdote então diz para Bill nunca mais voltar e nem falar nada a ninguém sobre o estranho evento. Caso contrário, as consequências seriam terríveis para ele e sua família.

Fonte: encurtador.com.br/oFHS8

No dia seguinte, ao ler o jornal, Bill se depara com a notícia da morte de uma mulher e descobre mais tarde que ela é a prostituta a quem ele prestou atendimento médico após ela ter uma overdose na casa do seu amigo Victor, a mesma que arriscou sua vida para salvar a pele do protagonista.

Bill estranha a situação e começa a achar que aquilo tem algo a ver com o episódio da noite anterior e tenta encontrar o amigo músico em sua pobre pensão, mas o recepcionista diz que ele chegou de manhã com dois senhores, fez as malas e se dirigiu à estação de trem e que parecia estar sendo vigiado pelos homens.

Ele tenta ir à casa onde tudo aconteceu, mas é impedido pelo porteiro com uma carta, avisando que, caso ele persista com a investigação, coisas ruins podem acontecer.

Confuso, ele volta para casa e encontra a máscara que estava usando na noite anterior ao lado de Alice, em seu travesseiro. Ele conta com remorso sobre os eventos da noite passada. Ela diz que os dois finalmente acordaram de um sonho.

Nesse sentido, é como se a memória e o sonho que Alice conta a Bill se afigurasse de forma mais real do que a experiência real de Bill, que acontece diante de nossos olhos. O que Bill vê com os olhos bem abertos é mais fantasioso do que o que Alice vê de olhos bem fechados. Enquanto Alice confessa abertamente seu desejo, Bill está mergulhado na sua confusão sexual. Alice tem desejos reais e está consciente deles, ao passo que Bill não sabe muito bem o que sente, a não ser a certeza de que ele, como homem, tem direito a estes desejos.

Fonte: encurtador.com.br/rwY57

Apesar da atitude ousada de Alice no início da narrativa, vemos muito presente a culpa católica, quando, perturbada, ela relata ao marido um sonho em que ela estava nua cercada por muitas pessoas e todos riem dela. Ela se sente invadida e tenta fugir, quando o tal húngaro sai sem roupa de uma floresta e o marido a encontra e diz que vai buscar suas roupas, momento em que ela se sente reconfortada. É importante observar que esse mal-estar, expresso pelo choro da personagem, está relacionado ao fato de o sujeito desejante buscar liberdade, ao mesmo tempo em que precisa abrir mão do seu desejo para manter seu casamento e a vida estável.

A fala de Bill também reflete uma culpa pelo que teria acontecido com ele diante dessa busca de atender aos seus desejos sexuais e o castigo iminente. Ele passa a ser perseguido por investigar a morte da moça que aceitou ser punida pela aventura na qual ele se envolve, a prostituta com quem ele não chega a manter contato sexual morre de aids, seu amigo é levado embora por pessoas que ele desconhece, sua vida é posta em perigo e ele se arrepende de ter adentrado um mundo que “não lhe pertence”.

Ao final do filme, ele conta à esposa os eventos da noite passada e eles se reconciliam, o desfecho dá a entender que a respectiva busca caminho do erotismo e do desejo pode provocar um movimento de purificação.

O filme Blink, de Olhos Bem Fechados, é baseado no livro Breve romance de Sonho, de Arthur Schinitzler, autor que teve forte influência de Freud, Lacan e Nietzsche.  O vazio da sociedade contemporânea, a solidão existencial e a interdição do desejo estão fortemente presentes na última obra de Stanley Kubrick.

FICHA TÉCNICA

Título: De Olhos Bem Fechados

Título Original: Eyes Wide Shut

Diretor: Stanley Kubrick

Roteiro: Stanley Kubrick e Frederic Raphael baseado em “Dream Story” de Arthur Schnitzler

Elenco: Tom Cruise, Nicole Kidman, Todd Field, Sydney Pollack

Produção: Stanley Kubrick Productions, Warner Bros., Hobby Films

Distribuição: Warner Bros.

Ano: 1999

País: Reino Unido, EUA

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O Sistema de cotas nas Universidade Públicas

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O sistema nacional de cotas indígenas do Governo Federal, tem em seu bojo três programas, o acesso, procedimentos para ser discente nas universidades, a permanência, bolsas para custeio das necessidades primarias e o sucesso que é formar dentro do tempo exigido dos cursos oferecidos com qualidade. Mas para que nossas universidades públicas cumpram verdadeiramente sua função republicana de Estado Nacional pluriétnico e multicultural, deverão refletir as porcentagens de brancos, negros e indígenas no país em todos os graus da hierarquia acadêmica: na graduação, no mestrado, no doutorado, na carreira de docente e na carreira de pesquisador. A implantação do sistema de cotas representou um avanço na promoção de uma maior equidade no acesso de estudantes indígenas. Sendo assim são poucas políticas efetivas de ações afirmativas para o sucesso dos acadêmicos indígenas. Hoje a política está centralizada apenas ao acesso à universidade e a permanência.

A política de acesso às cotas, chamadas políticas afirmativas reivindicadas pelo movimento indígena, e cedidas pelo governo Federal aos grupos discriminados e excluídos, é um reconhecimento para compensar as desvantagens devido à sua situação ao longo da história de etino discriminação e de outras formas preconceituosas sobre os povos tradicionais brasileiros. O acesso se realiza através dos seguintes procedimentos: notas do ENEM, efetivação da matrícula e entrega de documentos comprovando seu pertencimento étnico, após isso homologa-se o pedido do auxílio que é oferecido pelo MEC.

Fonte: encurtador.com.br/sEMZ5

A política de permanência, são programa de bolsas permanência-PBP/MEC, foi instituído pela Portaria nº 389 criado em maio de 2013, trata-se de um auxílio financeiro que tem por finalidade reduzir as desigualdades sociais, étnicas e contribuir para a permanência e a diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Política do Governo Federal em atenção aos indígenas e quilombolas, porém na universidade segue se uma lógica de coeficiente de rendimento, visto que em boa parte dos programas existentes na universidade o estudante só poderá concorrer à bolsa caso obtenha boas notas. Segue-se assim uma lógica meritocracia, a qual deixa de levar em conta a personalidade e as condições intrínsecas tradicionais dos estudantes de origem indígena, muitos não consegue acompanhar o modelo funcionalista da universidade.

A política de sucesso, almeja alunos formados dentro do prazo institucional, porém o sucesso dos discentes indígenas fica comprometido, pois há uma necessidade do programa de ação afirmativa para os discentes indígenas, em seu respectivo curso, para combater a evasão valorando os aspectos sui generis desde segmento. Outrora, não havia apoio é muitos discentes indígenas desistiram, devido não ter renda para se manter na cidade, somado a complexidade de sentir como se estivessem em um outro mundo vivendo uma outra realidade, sem apoio de adequar a exigência da realidade da sociedade. Os estudantes indígenas têm uma história de luta até conseguir adentrar a universidade. História que está tendo continuidade enfrentando os desafios que é a permanência e o sucesso destes estudantes na universidade. Vivendo em cidades, convivendo com pessoas de costume ou tradições diferentes, estes vêm resistindo pela força de luta.

Deve propor e construir ações que visem garantir o sucesso do aluno na instituição até a conclusão do curso. Neste sentido, a adoção de políticas voltadas para a assistência destes cotistas, como a concessão de bolsas de estudos, apoio psicopedagógico, alimentação e transporte, moradia tornam-se imprescindíveis. É necessário, ainda, desenvolver ações que visem o acompanhamento desses estudantes desde o seu ingresso até a conclusão do curso, de modo aperfeiçoar as políticas de ações afirmativas na instituição. Destaco a inobservância do Princípio da Dignidade da pessoa humana na produção de normas administrativa nos programas sócias para o referido segmento que resultem atender as reais necessidades no mundo fático dos discentes indígenas nas universidades públicas e nos demais espaços públicos.

Fonte: encurtador.com.br/jqGOX
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Enem: 6 dicas para aumentar o foco

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É muito comum se distrair enquanto estamos estudando. Quando estamos em casa, a mãe ou o irmão chama, o cachorro late querendo brincar ou a televisão ligada faz a gente dar aquela olhadinha e acabar perdendo o foco nos estudos. A prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), somando os dois dias de prova, dura dez horas e meia. Então, para ter um bom desempenho é necessário ter foco.

Muitas pessoas não sabem, mas a concentração é algo que a gente desenvolve. Nós, seres humanos, somos multifocais. Desde a pré-história, tínhamos que estar atentos a tudo. Hoje, continuamos a ter nossa atenção dispersa, uma vez que somos bombardeados por informações. Mas, claro, temos que ficar atentos, porque há momentos importantes, como os estudos, que exigem nosso foco completo. 

Em primeiro lugar, é muito importante planejar sua rotina. Pode parecer óbvio, mas, ao se organizar, você consegue aumentar o seu foco. Então, separe seus horários e determine suas tarefas para assim conseguir se concentrar melhor. Crie hábitos, planeje tudo com auxílio de agendas, planners ou aplicativos.

Outra dica é que é preciso ter cuidado com a sobrecarga. Ninguém é de ferro e se tem uma coisa que tira o foco é o cansaço. Então respeite seus limites. Separe entorno de duas horas para estudar aquela matéria e mais uma hora para fazer exercícios. A terceira técnica é fazer pausas. Entre uma matéria e outra, é importante que pare um pouco para respirar. Nesse momento, o cérebro absorve mais o que você aprendeu. Beba água e relaxe um pouco para voltar com mais foco para os estudos.

Fonte: encurtador.com.br/fjNXZ

Exercitar-se, é mais uma coisa que você deve fazer. É importante que separe um momento para se alongar, fazer uma meditação, esfriar a cabeça. O exercício é bom tanto para o seu físico quanto para o mental. Mais uma dica é encontrar seu método de estudo ideal. Não adianta alguém te indicar fazer mil exercícios de matemática, quando você aprende só de ver vídeos. Então, teste diversas formas de estudar e veja com qual aprende mais e da melhor forma. 

A última técnica é aproveitar a tecnologia. O Youtube e o Instagram têm vídeos e perfis dedicados para como se sair bem em provas e no Enem. Aproveite o celular e o computador para usar as redes sociais para estudar e aprender mais. Só tome cuidado para não se distrair e passar mais tempo vendo vídeos ou fotos e se distraindo do objetivo principal de tirar uma boa nota no Enem.  

Não desanime dos seus objetivos porque isso também pode tirar o seu foco. Cabeça erguida. Lembre-se sempre que o seu amanhã depende do que você faz agora. Dedique-se e estude, pois o resultado vem.

Fonte: encurtador.com.br/mqDGY
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O Estudante Indígena e a Universidade Pública

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Para falar do tema, precisamos observar alguns aspectos muito importante, começamos pela universidade pública, quem é, pra quem serve, qual a função da universidade pública para formação dos estudantes, por fim, quem são os estudantes indígenas, de onde veio e porque veio. Para tanto, estudamos alguns autores que falam do ensino público superior no brasil e contamos com a nossa própria experiência de como é o acesso à universidade, de como é a permanência e os motivos das evasões do estudante indígena.

A UNIVERSIDADE PÚBLICA NO BRASIL: sua criação, função e para quem se destina.

Em 1920, pelo Decreto nº 14.343, foi criada a primeira universidade do Brasil, a Universidade do Rio de Janeiro, segundo alguns estudiosos, a razão principal da Universidade teria sido a necessidade diplomática de conceder o título de doutor honoris causas ao rei da Bélgica em visita ao país (SOUZA, p. 51). Com a união da Escola Politécnica, a Escola de Medicina e a Faculdade de Direito, houve a estruturação da universidade, embora as instituições funcionassem de forma isolada, sem integração entre suas áreas. A Universidade do Rio de Janeiro era voltada mais ao ensino do que pesquisa, tendo caráter elitista (OLIVEN, 2002).

Podemos observar que a Universidade nasce para favorecer a um rei, não era a preocupação de dar uma educação superior aos brasileiros. Por isso, a finalidade destas instituições é favorecer a elite como podemos observar até nos dias de hoje. Vemos isto nas Universidades de hoje, onde quem estuda em escolas particulares tem maioria absoluta de aprovação nos vestibulares das Universidades públicas no Brasil.

Um aspecto que vale ser ressaltado em relação a criação da Universidade do Rio de Janeiro foi o destaque dado a sua criação, ganhando notoriedade via Associação Brasileira de Educação (ABE) e Associação Brasileira de Ciência (ABC). Os principais pontos enfatizados por essas entidades foram os conceitos e as funções desempenhadas pelas Universidades brasileiras, sua autonomia e o modelo de Ensino Superior a ser seguido em âmbito nacional (FÁVERO, 2006).

É uma universidade que é de propriedade pública ou recebe fundos públicos significativos por meio de um governo nacional ou subnacional (de estados, municípios etc), em oposição a uma universidade privada. No Brasil, existem algumas universidades públicas financiadas pelo governo federal (Wikipédia, a enciclopédia livre).

Observamos que as universidades públicas se mantem com verbas financeira da união, ou seja, é uma verba extraída dos autos imposto pagos pelo povo brasileiro, desde quem compra ou faz algum tipo de transação financeira, incluindo os consumidores até aos grandes empresários.

A Universidade pública tem a função de incluir toda a sociedade, seja em seu ensino ou em suas iniciativas de extensão e pesquisa. No ensino, é preciso pensar em uma modelo que seja inclusivo, garantindo o direito constitucional pela educação a brasileiros de todas as classes sociais.

Ainda a universidade deve oferecer um retorno imediato para a sociedade, seja convidando-a a ocupar este espaço tão importante, seja desenvolvendo inovação e criando as novas tecnologias que vão garantir do desenvolvimento econômico do país (EDUCAÇÃO. Universidades públicas. O que são, importância e lista de instituições).

Vemos que a universidade pública tem a função de incluir todo e qualquer cidadão e cidadã dentro de sua proposta de ensino superior, pesquisa e extensão, porém, foi preciso que uma Lei fosse aprovada para que de fato houvesse tal inclusão. A Lei 12.711, de 29 de agosto de 2012, diz que todas as universidades e institutos federais reservem 50% de vagas de cada curso para estudantes que concluírem o ensino médio em escolas públicas, é ai que entra o estudante indígenas e quilombola e demais estudantes pobres.

A atividade de ensino, responsável pela formação de profissionais de nível superior, é função exclusiva da universidade e de outras instituições de ensino superior, as denominadas IES. Promover ensino de qualidade afinado com os desafios da sociedade contemporânea é imprescindível (ASSOLINI 2015). A Entendo que estes desafios são diversos inclusive para a formação de seres humanos nos direitos humanos, não tão somente voltado para a competitividade.

Fonte: encurtador.com.br/hkwFO

QUEM SÃO E O QUE BUSCAM OS ESTUDANTE INDÍGENAS

Dentro deste contexto está o estudante indígena, quem vem desde o seu nascimento vivendo em comunidade, tudo que se tem é compartilhado, o que produz é para o bem de todos, onde não há o mais rico e o mais pobre, onde não há competitividade. Vindo de uma sociedade que os costumes são diferentes, culturas diferentes e línguas diferentes pois aprendem falar primeiro a língua materna a verdadeira língua brasileira para depois aprender a falar o português, chega na universidade e se depara com um mundo totalmente diferente do seu, onde o português é técnico e que ele demora um longo tempo para assimilar a nova linguagem e que muitas vezes não é compreendido na comunidade acadêmica e pelos professores.

Como todo e qualquer outro estudante, busca se qualificar em um curso de graduação e seguir em sua vida acadêmica, se profissionalizar, e todos que se formam de uma maneira ou outra ajudam seu povo com o conhecimento técnico e vivencia prática em suas aldeias, quer seja na área da educação, quer seja na área da saúde ou em outras áreas a fins.

Fonte: encurtador.com.br/emKX3

DO ACESSO E DOS PRECONCEITOS AOS ESTUDANTE INDÍGENA

O acesso do estudante indígena na maioria deles é através das cotas, não que ele não tenha a capacidade de competir na cota universal, más pelo direito que lhes dá a Leia 12.711 e também seria o mínimo para reparação da divida histórica que o Brasil tem para com os povos indígenas olhando o contexto geral desde a invasão dos portugueses em 1500. Porém, este acesso não lhes garante a permanência na universidade uma vez que as instituições ainda não têm claro e definido uma política de ações que afirme a garanta sua permanência. O que temos são algumas ações de apoio mitigatória que não sustenta o estudante indígena até o final do seu curso. A bolsa MEC no valor de RS 900,00 não é o suficiente para uma pessoa se manter na cidade.

Além de todas as dificuldades já sofridas por estes estudantes, ainda são discriminados, tem que provar todos os dias para a comunidade acadêmica inclusive para alguns professores que estão ali porque tem capacidade de estudar e se formar. O estudante indígena não é visto na universidade, não pode errar, pois ele é observado pelos estudantes não índios principalmente por ter entrado pelas cotas e por isso são acusados de ter tomado a vaga de alguém. Professores que simplesmente jogam a disciplinas no colo do estudante indígena e diz “se vira”, sendo que o professor está ali para orientar o estudante na hora que ele precisar. Todas essas dificuldades que passam os estudantes indígenas fazem com que muitos deles desistam do seu curso e voltam para suas aldeias, muito não aguentam a pressão que vem de todos os lados dentro da universidade.

É visível o sofrimento para quem fica e enfrenta essas dificuldades e isso é também o motivo dos mais dolorosos e que faz com que muitos ultrapassem o tempo regular de sua formação, fica parecendo que é falta de interesse de estudar e que muitas vezes se ouve esta frase “eles vieram, mas não querem estudar”, e isso acaba abalando o psicológico destes estudantes e acaba prejudicando em seus estudos.

Fonte: encurtador.com.br/ikmtN

Referências:

ASSOLINI, Aline. A universidade e suas funções. Disponível em:. https://www.revide.com.br/blog/elaine-assolini/universidade-e-suas-funcoes. Acesso em 8 de setembro de 2021.

Breve Histórico acerca da criação das universidades no Brasil. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/5/breve-historico-acerca-da-criacao-das-universidades-no-brasil. Acesso em 31 de agosto de 2021.

EDUCAÇÃO. Universidades públicas. O que são, importância e lista de instituições. Disponível em: https://fia.com.br/blog/universidades-publicas/. Acesso em 1 de setembro 2021.

Universidade Pública. Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_p%C3%BAblica. Acesso em 31 de agosto de 2021.

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