A Psicologia inserida no contexto prisional como aspecto relevante na transformação social

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A leitura do livro está diretamente associada a temática abordada, visto que a Lei de Execução Penal trata especificamente sobre os direitos relativos aos presos, respeitando os princípios constitucionais apresentados, possuindo o intuito de assegurar à interna saúde, educação, assistência e a remição. Então Avena (2014, p. 21) define a Lei de Execução Penal.

Buscando uma denominação para o ramo do direito destinado a regular a execução penal, a doutrina internacional consagrou a expressão Direito Penitenciário. No direito brasileiro, porém, essa designação revela-se em descompasso com os termos da L. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal – LEP), que, já em seu art. 1º, estabelece como objetivo da execução penal “efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado”.

Sabe-se que os princípios penais inerentes as mulheres mães e gestantes presentes na Lei de Execução Penal (LEP), atenta-se a necessidade do acompanhamento médico, principalmente relativo pré-natal e ao período pós-parto, estendendo-se ao recém-nascido, então as penitenciárias femininas devem possuir espaço para gestante e parturiente e também creche para crianças maiores de seis meses e menores de sete anos conforme definido na Lei de Execução Penal.

Fonte: encurtador.com.br/cjEQU

Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico.

  • 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido.

Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular

  1. a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).

Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa

Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: IV – condenada gestante.

Fonte: encurtador.com.br/wBF69

Então tratando-se da Lei de Execução Penal (LEP), deve atentar a permissão de prisão cautelar, mesmo que inexista sentença penal condenatória transitada em julgado. Por este motivo, vez que ainda não foi comprovada sua culpa ou dolo, é realizada a restrição de sua liberdade, objetivando a defesa social e processual. As prisões cautelares no ordenamento jurídico brasileiro atualmente são a prisão preventiva, prisão em flagrante e a prisão temporária.

Segundo Avena (2014, p. 56), “Fazer executar a sanção penal judicialmente imposta, sem descuidar da imprescindível socialização ou ressocialização, com vistas à reinserção social, constitui, em síntese, os objetivos visados pela lei de execução penal.”

O livro nos leva à discussão acerca de que no Brasil, o fator de ressocialização destacado no art. 10 da Lei de Execução Penal (LEP) encontra-se distante de ser cumprido na realidade dos cárceres brasileiros, na maioria dos casos observados as localidade definidas para o cumprimento das detenções são arcaicas, como também não atendem aos pré-requisitos das penas privativas de liberdade para que ocorra a ressocialização dos indivíduos ao seu término, devendo atentar-se para a falta de estrutura em relação ao atendimento familiar, principalmente entre mães encarceradas e seus filhos, tanto recém nascidos quanto em sua infância e adolescência, podendo gerar um sentimento de revolta em ambos e agravando ainda mais a situação à médio e longo prazo tanto para a mãe encarcerada quanto para o filho em formação.

FICHA TÉCNICA

Editora: Saraiva Jur; 5ª edição (3 de dezembro)

Autores: Carla Pinheiro (Autor), José Fabio Rodrigues Maciel (Coeditor)

Ano de publicação: 2018

Idioma: Português

Capa comum: 232 páginas

 

REFERÊNCIAS

AVENA, Norberto Cláudio Píncaro. Execução penal: esquematizado. 1. ed. São Paulo: Forense, 2014.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Regras de Bangkok: regras das Nações Unidas para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres infratoras. Brasília: CNJ, 2016.

INFOPEN – Sistema de Informações Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional. Disponível: http://www.justica.gov.br/news/mj-divulgara-novo-relatorio-do-infopen-nesta-terca-feira/relatorio-depen-versao-web.pdf . Acesso em: 12/04/2022 às 01:45.

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Estratégias Lúdicas: a inserção da criança com deficiência no ambiente escolar

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Sabemos que a inserção da pessoa com deficiência no ambiente escolar é um tema constantemente debatido no campo social, seja pela busca em entender como o processo se desencadeia, buscando agir pontualmente em situações emergenciais, inclusive pela busca de elencar aspectos relevantes na influência desta inserção no ambiente escolar.

O livro destaca por inúmeros fatores relacionados à inclusão da pessoa com deficiência no contexto escolar de maneira holística, onde o sujeito seja entendido por completo, entendido e respeitado. A atuação do psicólogo possui importância extremamente significativa na busca por tais objetivos e justamente por este motivo é tão importante falarmos acerca da temática abordada.

Importante salientar que a atuação do psicólogo nesse processo inclusivo possibilita a compreensão de fatores familiares e sociais na influência do desgaste ou desmotivação escolar, algo essencial quando se fala sobre sermos empáticos ao lidarmos com as dores e mazelas alheias.

Fonte: encurtador.com.br/sMS13

Precisamos discutir cada vez mais perspectivas sobre a mudança contínua de um cenário que têm gerado exclusão ao invés de promover a inclusão, e esse é um desafio diário no campo de atuação profissional, algo que precisamos despertar em todos os profissionais inseridos neste contexto, afinal a partir do momento em que verdadeiramente trabalharmos juntos então poderemos ser a iniciativa que o mundo precisa.

Interessante à discussão acerca desta temática, porquê de alguma maneira é extremamente necessário que desencadeemos uma ampla reflexão acerca da inclusão social, inclusive torna-se plausível mencionar que para isto devemos nos amparar em uma análise multiprofissional que seja capaz de compreender a pessoa com deficiência dentro do próprio contexto que esteja inserida, ajudando-a de forma eficaz e contundente.

Fonte: encurtador.com.br/btBFH

[…] a Escola pode melhor do que nunca e, em todo caso, pela única maneira concebível numa sociedade que proclama ideologias democráticas, contribuir para a reprodução da ordem estabelecida, já que ela consegue melhor do que nunca dissimular a função que desempenha. Longe de ser incompatível com a reprodução da estrutura das relações de classe, a mobilidade dos indivíduos pode concorrer para a conservação dessas relações, garantindo a estabilidade social pela seleção controlada de um número limitado de indivíduos, ademais modificados por e pela ascensão individual, e dando assim sua credibilidade à ideologia da mobilidade social que encontra sua forma realizada na ideologia escolar da Escola libertadora. (Bourdieu; Passeron, 1992, p. 175-176).

O livro em questão justifica-se em realizar um debate construtivo acerca deste assunto, onde consequentemente mostra-se junto a uma diversidade de ideias distintas, onde antes de qualquer opinião deve-se priorizar o bem-estar da pessoa com deficiência e a garantia de que haja minimamente respeito ao analisar e discutir a temática no âmbito social.

FICHA TÉCNICA

Autora: Kelem Zapparoli

Formato: 14x21cm

Idioma: Português

Capa comum – 2 de janeiro 2012

Páginas: 152

Ano de publicação: 1º edição – 2012 / 2º edição – 2014

 

Referência:

BOURDIEU, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro, WVA, 1997.

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A Psicologia sob a Perspectiva do Terceiro Setor na Proteção Infantil

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O livro Manuais da psicologia – vol. 3 – psicologia organizacional aborda alguns aspectos acerca da atuação do psicólogo na ONG de proteção infantil, visto que certamente é um tema de grande relevância nos dias atuais, destacando-se a importância de conhecermos o público alvo da instituição e quais são as pessoas que utilizam os serviços dessa instituição. Sabe-se que as pessoas que utilizam os serviços são crianças no processo de interação e socialização com as demais, isso se deve ao fato do rompimento das práticas de convivência uns com os outros.

Importante salientar que seja no espaço social ou familiar sabe-se que a cada dia que passa, o distanciamento familiar vem tomando cada vez mais esse espaço, devido a vulnerabilidade social em que as famílias se encontram, pela falta de diálogo e por estar sendo cada vez mais deixado de lado a imposição de regras e limites por parte das famílias.

A ONG em linhas gerais conta com um cenário de crianças e são analisados seus contextos familiares, tendo acompanhamento social na realização de visitas e atividades interventivas, assistindo essas crianças de maneira integrativa e humanizada, algo que as faz sentir melhores consigo mesmas e aptas a encarar as adversidades da vida. Netto afirma em seus achados que: o limite parece claro: nenhuma ação profissional (e não só dos assistentes sociais) suprimirá a pobreza e a desigualdade na ordem do capital. Mas seus níveis e padrões podem variar, e esta variação é absolutamente significativa – e sobre ela pode incidir a ação profissional, incidência que porta as possibilidades da intervenção que justifica e legitima o Serviço Social. O conhecimento desses limites e dessas possibilidades fornece a base para ultrapassar o messianismo, que pretende atribuir à profissão poderes redentores, e o fatalismo, que a condena ao burocratismo formalista (2007, p. 166).

Fonte: encurtador.com.br/ixyQ8

As crianças que se apresentam como público alvo nesse cenário se encontram com déficits econômicos, sociais e culturais, exigindo alternativas que venham ajudar essas famílias a mudar em à forma que estão vivendo se distanciando cada vez mais umas das outras, fazer com que percebam as consequências que acarretarão com esse novo modelo de vida que está sendo adotado e que compreendam a necessidade de mudança, para que consigam reverter essa realidade e com isso possam melhorar a qualidade de vida familiar.

Na atuação do psicólogo é preciso compreender que é preciso que a relação entre a demanda e a cobertura do atendimento esteja voltada para se compreender as consequências que a falta desses vínculos pode ocasionar, visto que, é notória nos dias atuais uma grande e preocupante falta de socialização, onde as pessoas estão cada vez mais se distanciando umas das outras, mesmo as que moram na mesma casa.

FICHA TÉCNICA

Título: Psicologia Organizacional – Coleção Manuais da Psicologia para Concursos e Residências (Volume 3)
Autores: Camila Ferreira Oliveira / José Bonifácio do Amparo Sobrinho / Laila Leite Carneiro / Roberta Ferreira Takei

Páginas: 296
Edição:
Ano: 2018
Editora: Sanar

REFERÊNCIAS

IAMAMOTO, Marilda V. Psicologia em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

NETTO, José Paulo. Desigualdade, pobreza e Psicologia. Rio de Janeiro: UERJ. Revista em Pauta. 2007. n. 19, p. 134-170.

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Coraline e a procura pela excelência

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Coraline é uma garota que acaba de se mudar para uma casa nova com os pais, o local é enorme, mas sua família é dona apenas de uma parte. A casa é muito antiga, e sofreu algumas reformas ao longo dos anos e foi dividida em apartamentos. Os outros apartamentos também estão ocupados, e Coraline conhecerá cada um de seus vizinhos.

Há algo de especial na nova casa, além de seus vizinhos mais peculiares, a casa também é um pouco estranha, mas sem dúvida uma das portas da casa é a mais inusitada, pois estar apenas de frente para uma parede de tijolos.  Bem, a explicação mais óbvia é que quando originalmente havia apenas uma porta, a porta era uma passagem entre um cômodo e outro da casa, mas com a reforma, uma parede foi levantada para separar os cômodos. Agora, do outro lado da parede de tijolos estão os apartamentos adjacentes, o único ainda vago. Mas será que esta explicação é verdadeira?

Os pais de Coraline na maioria do tempo estão muito ocupados e têm pouco tempo de qualidade para vivenciar junto a sua filha. A menina não possui irmãos. Para passar o tempo, ela gosta de vivenciar atividades que esteja ligada a explorar, constituindo se como uma garota que é curiosa. Assim possui gosto por explorar novos ambientes, sendo algo que a deixa muito alegre. Ela passa horas explorando a natureza, no entanto uma tarde chuvosa estraga sua atividade preferida de ser realizada ao ar livre, e ela não tem escolha a não ser continuar suas aventuras dentro de casa.

Coraline se sente frustrada no seu relacionamento com seus pais, não correspondendo as suas fantasias não correspondem às suas fantasias inconscientes de pais idealizados do mundo interior. Coraline tem que lidar com a frustração, a falta de liberdade e a raiva causadas pela insensibilidade e ressentimento desses pais, bem como as partes de sua vida deixadas para trás pela mudança, como amigos, escola e palco. Em que estágio de desenvolvimento ela se encontra: Coraline está entrando na puberdade e passando pelos conflitos típicos dessa fase. Essa transição gerou muita dor em Caroline. Entre suas observações, Klein (1932) observou que na adolescência, a ansiedade e as manifestações afetivas são mais intensas do que no período latente, constituindo um ressurgimento das descargas de ansiedade.

O relacionamento de Coraline com os pais, principalmente com sua mãe, o objeto que a frustra, é bem separada. Assim o ego se torna frágil, pois também pode ser separado ao passo pela busca da gratificação, podendo ser também ser a elaboração dos seus desejos pulsionais.

A porta que estava na casa que não dava para lugar nenhum a intrigava, mas até então era apenas mais uma porta antiga.  E sentido se só, curiosa e com instintos aguçados, a garota resolveu olhar novamente para a porta, pegou a chave que sua mãe guardava e a abriu. Para sua surpresa, a parede de tijolos sumiu, como se nunca tivesse existido. Uma exploradora como Coraline não podia perder a chance de vasculhar o apartamento ao lado, então ela se escondeu no corredor escuro à sua frente. Aos poucos, a garota notou algo familiar no ar e, ao sair do corredor ela percebeu que estava na sua casa, no mesmo local que estava antes de abrir a porta.

Coraline se sentia bastante confusa, aquela não era sua casa.  No entanto, ela ouviu a voz de sua mãe na cozinha preparando alimento, porém era estranho, pois sua mãe não costumava cozinhar. Assim quando ela adentrou na cozinha, ela conseguiu compreender. Essa não é a sua casa. Essa não é sua mãe. Essa é sua outra casa, e a mulher na sua frente é sua outra mãe. Depois outro pai. Porém não existia outra Coraline.  Sua outra mãe e seu outro pai tinham grandes botões pretos costurados nos locais dos olhos, o que era horrível. Eles tentam mostrar que, desde que ela os aceites e permita que outra mãe costure botões pretos em seu rosto também, eles podem ser uma família feliz com tudo o que a jovem sempre quis. Coraline sai para explorar, tudo se parece com seu mundo real, e os outros vizinhos, e mesmo que não pareçam reais, ela entende que são outra versão deles.

Nesse outro mundo, Coraline tem tudo que sempre desejou. Ela possui os pais ideal, sendo tudo permitido por eles, sua outra mãe é quase perfeita, ela faz comida gostosa, ama Coraline, brinca com ela, e o mais importante tem tempo para ela. Seus outros pais a levam para dormir, sua outra vida parece ser perfeita, nesse novo mundo tudo é oposto, revelando seu desejo em modelar seu país de acordo com suas expectativas.

Todo o local é muito estranho, como se fosse uma réplica do mundo real, com algumas partes inacabadas. Apesar dos esforços de seus outros pais para agradá-la, Coraline queria voltar para sua casa. Tornou-se muito difícil porque seus outros pais estavam relutantes em perdê-la.

A sua outra mãe procura convencer a Coraline a ficar com eles, no entanto tinha uma condição de deixar costurar botões em seus olhos. Assim Coraline entende que nesse mundo perfeito, não era o que ela esperava, pois se ceder a vontade de sua outra mãe poderia perder a noção da realidade. Sua outra mãe agora transparece que é um mostro, aprisionado seu país verdadeiro. Coraline estava muito apavorada, e cada momento naquele lugar aterrorizante a deixava com muito medo, mas foi preciso muita coragem para enfrentar o perigo à frente.

Coraline era uma garota corajosa e conseguiu salvar seus pais, e percebeu que o seu objeto de desejo ideal não poderia ser correspondido, e que era normal as pessoas possuírem falhas, pois sua família assim como ela não poderiam ser perfeitos.

FICHA TÉCNICA

Título Original: Coraline

Autores: Neil Gaiman

Editora: Intrinseca

Páginas: 148

Ano: 2002

 

REFERÊNCIAS

KLEIN, M. “A Importância da Formação de Símbolos no Desenvolvimento do Ego”. In: Amor Culpa e reparação e Outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago. 1930.

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Psiquiatria perinatal: diagnóstico e tratamento

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O livro Psiquiatria Perinatal Diagnóstico e Tratamento é livro de extrema relevância a ser discutido, especialmente pelo avanço constante acerca da investigação dos transtornos mentais da lactação e gravidez. Torna-se válido enfatizar nesse contexto a depressão pós-parto, visto que se tem uma diferenciação conceitual entre depressão pós-parto (DPP), baby blues e psicose puerperal, considerando que são termos utilizados no contexto deste estudo.

O livro discute de uma maneira dinâmica e clara todos esses conceitos, fator que por sinal leva-nos a perceber a necessidade de discutirmos cada vez mais acerca da Psiquiatria Perinatal. A manifestação da depressão pós-parto (DPP) acontece geralmente a partir das primeiras quatros semanas após o nascimento do bebê, alcançando sua intensidade máxima durante os seis primeiros meses posteriores.

Interessante observar que pode ser de intensidade leve, transitória ou agravar-se até uma neurose ou desordem psicótica. Os primeiros dias após o nascimento do bebê são um misto de sentimentos para as mães, sendo os hormônios os principais responsáveis por essa mudança.

Os sintomas da depressão pós-parto (DPP) iniciam como os sintomas do baby blues, más pioram cada vez mais quando não há procura de ajuda. A puérpera sente-se incapaz de cuidar do bebê, medo de machucar, exausta, nervosa, com vontade de sumir ou morrer. A (DPP) requer acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. (MORAES et al., 2006).

O baby blues é o distúrbio de maior frequência, é caracterizado por uma melancolia ocasionada pelas alterações hormonais que acontecem com a mãe após o parto, quando a produção de leite se inicia e os hormônios que estavam relacionados à gestação sofrem mudanças, não dar para prevenir, porém é um quadro passageiro que é caracterizado por hiperemotividade, estado de fragilidade, falta de confiança e de incapacidade para cuidar do bebê. É considerado um quadro leve e transitório, tendo remissão espontânea.

Os sintomas são: irritação, ansiedade, medo, vontade de chorar sem motivo, entre outros. Isso acontece devido às mudanças hormonais e também insegurança frente ao novo momento de vida. (SCHWENGBER; PICCININI, 2003).

FICHA TÉCNICA

Título Original: Psiquiatria Perinatal – Diagnóstico e Tratamento

Autores: Alexandre Augusto Jatobá Vasconcelos, Chei-Tung Teng

Editora: Atheneu -RJ

ISBN:  853880166X 9788538801665

Formato: Capa comum

Páginas: 176

Ano: 2010

REFERÊNCIAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual técnico pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Brasília (DF): MS; 2006.

MORAES, I. G. S. et. al. Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 65-70, ago. 2006.

SCHWENGBER, D. D., & PICCININI, C. A. O impacto da depressão pós-parto para a interação mãe-bebê. Estudos de Psicologia, Natal, v. 8, n. 3, p. 403-411, set. / Dez, 2003.

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Juntos pela conveniência?

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Estima-se que as pessoas buscam a felicidade e fazem escolhas de forma que contribuem para chegar a esse destino. Mas por que um casal que não consegue se dar bem insiste em continuar a relação? É comum que as pessoas próximas parem de perguntar se estão juntos ou separados, porque o vai e vem se torna tão rotineiro que quase ninguém mais leva a sério as dificuldades conjugais que o casal vivencia.

Nesse tipo de configuração de relacionamento algo pode estar faltando como o sentimento do amor, vínculo afetivo ou até mesmo um senso de dignidade. Pode se ter perdido a consciência do relacionamento e o equilíbrio que é necessário para manter ele. Outro ponto que pode também ocorrer é a perda da noção de identidade, pois suas personalidades podem se emaranhar uma com a outra 1.

Por vezes a irracionalidade toma conta do casal, que fica à mercê de suas particularidades ou disfunções. Assim ambos perdem sua conjuntura de indivíduos que têm poder sobre sua própria história, e permanecem em um estado de inconsciência sobre o seu relacionamento. Algumas vezes na relação pode alternar momentos de equilíbrio, no entanto esse período torna-se passageiro e logo volta a configuração de antes 2.

Alguns sujeitos que estão inseridos nesse tipo de relação, às vezes permanecem por considerar que fará bem ao seu parceiro, mesmo que se sinta desprezado por ele. A noção de que o rompimento pode ocasionar um grande sofrimento emocional pode ser uma grande influência no momento de não optar pelo término do relacionamento2.

Ainda assim, alguns especialistas acreditam que o principal motivo para evitar rompimentos é o medo de ficar sozinho. Muitas pessoas relutam em admitir que existem problemas insolúveis, ou preferem ignorar que seu parceiro é a verdadeira fonte de infortúnio. Outra razão pode ser que algumas pessoas pensam que, se terminarem o relacionamento, serão vistas como uns perdedores sociais, por não conseguir manter um relacionamento1.

Fonte: Pixabay

A separação em sua maioria vem seguida de sofrimento psíquico, mesmo que o sentimento do amor tenha acabado e não haja mais motivos para manter o relacionamento. É por isso que muitos casais insistem em tentar manter um relacionamento que acabam ficando juntos (as) porque, emocionalmente, não conseguem ficar sozinhos (as). É necessário o amadurecimento, mas passar por esse processo pode ser doloroso, e necessita de esforço1.

O benefício de manter a relação e que com isso não é necessário aplicar esforço devido ao processo de individualização que pode ser evitado. Renunciar um relacionamento é abrir mão de seus sonhos e planos com a outra pessoa. A viagem do ano que vem, a casa que vão comprar, o negócio que vão abrir depois da aposentadoria. Tudo desmorona quando a união declara seu fim. Para quem está separando, deve cancelar todos os planos para o futuro e recomeçar. Ter filhos é ainda mais difícil. Além de começar uma nova vida sozinho, você também deve conviver com seu ex-parceiro, além disso quando um dos parceiros depende economicamente do outro parceiro, tem se o medo de diminuir o padrão de vida 2.

 Há muitas razões para permanecer em um relacionamento que terminou. No entanto, manter uma união sem sentimentos pode ter consequências negativas, a começar por viver em constante insatisfação. Compartilhar a vida, inclusive renunciar a alguns desejos, só é possível com sentimentos mútuos um para com outro e desejo de permanecer juntos. Viver juntos pode se tornar um sacrifício quando um relacionamento termina. A insatisfação afeta o relacionamento e a vida familiar. Se não for tratada, ambos ficam em sofrimento e afetam aqueles ao seu redor.

Por outro lado, é preciso avaliar se a relação realmente acabou. Se ainda há sentimentos, pode ser viável tentar encontrar uma solução. A distância que os casais constroem pode ser resultado de falta de comunicação, expectativas irreais um do outro e conflitos não resolvidos. Dê atenção especial a essas questões e, em alguns casos, pode ser possível reconstruir o relacionamento. O companheirismo e a amizade podem até sustentar um relacionamento. Mas depende de qual é a expectativa de vida de cada um que está inserido no relacionamento.

No entanto, se todas as tentativas de construir a felicidade e a convivência agradável falharem, talvez o melhor a fazer é enfrentar a mudança, apesar de o fim de um relacionamento ser em sua maioria um momento de sofrimento, posteriormente pode ser o recomeço de muitas de possibilidades, e se colocar como prioridade pode ser essencial.

Referências

JABLONSKI, B. Até que a vida nos separe: a crise do casamento contemporâneo. Rio de Janeiro: Agir, 1991.

KASLOW, F.; SCHWARTZ, L. As dinâmicas do divórcio: uma perspectiva do ciclo vital. Campinas: Editora Psy, 1995.

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A família Bélier: a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como ferramenta de aprendizagem para o deficiente auditivo

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Através da análise do filme é possível perceber que o mesmo nos apresenta uma adolescente denominada Paula, que enfrenta questões comuns de sua idade, dentre elas os problemas e desafios na escola, brigas com os pais e amigos, mas trazendo em seu roteiro algo de extrema relevância a ser discutido.

Os seus pais e seu irmão são surdos sendo ela a responsável por traduzir a língua de sinais nas conversas com as pessoas que os cercam. A Psicopedagogia em linhas gerais é um campo extremamente amplo e valioso, afinal ao longo do curso foi algo que se tornou pouco a pouco cada vez mais evidente, inclusive sabemos que a audição é o órgão do sentido que possibilita a percepção de sons no ser humano, sendo que a mesma é o primeiro sentido a ser apurado antes mesmo de a criança nascer, além disso a audição é o principal canal pelo qual a linguagem e a fala são desenvolvidas, é primordial para o relacionamento humano independente de suas diferenças tornando de fato a inclusão uma realidade.

O modelo inclusivo sustenta-se em uma filosofia que advoga a solidariedade e o respeito mútuo às diferenças individuais, cujo ponto central está na relevância da sociedade aprender a conviver com as diferenças. A inclusão apresenta-se como uma proposta adequada, que se mostra disposta ao contato com as diferenças, porém não necessariamente satisfatória para aqueles que, tendo necessidades especiais, necessitam de uma série de condições que, na maioria dos casos, não têm sido propiciadas (LACERDA, 2006, p. 166).

Fonte: encurtador.com.br/bijxN

Apesar de todos os estudos históricos acerca da importância da Psicopedagogia nesse processo de construção e formação do indivíduo, é necessário salientar que diante disso é imprescindível que se criem leis para inclusão que seja eficaz de fato e assim gere igualdade, por isso a importância de a criança ser inserida no aprendizado de Libras desde muito pequena. Destaca-se a fala abaixo como aspecto a ser analisado no decorrer do presente trabalho apresentado:

Fundamentar a educação de surdos nesta teorização cultural contemporânea sobre a identidade e a diferença parece ser o caminho hoje. […] A modalidade da ‘diferença’ se fundamenta na subjetivação cultural. Ele surge no momento que os surdos atingem sua identidade, através da diferença cultural, surge no espaço pós-colonial. Neste espaço não mais há a sujeição ao que é do ouvinte, não ocorre mais a hibridação, ocorre a aprendizagem nativa própria do surdo. (PERLIN E STRÖBEL, 2008, P. 19).

O aprendizado de Libras desde estágios iniciais é de grande relevância para que busque uma educação que contemple suas necessidades, pois justamente isso implica em preparar os professores para que estejam comprometidos com a aprendizagem e o desenvolvimento, atentos para as diversidades de modo geral.

Dentro do próprio contexto psicopedagógico é importante discutirmos que é através dessa atitude e comportamento que se construirá uma sociedade solidária, consciente e preparada para conviver com as diversidades. A inclusão veio justamente ampliar as possibilidades para construir uma sociedade mais justa, dando oportunidades para todos de ocuparem seus espaços, buscando conquistar sua autonomia. Uma lição que não se encontra em livros ou nos bancos acadêmicos, como respeitar, entender e reconhecer o outro de maneira integral e humana.

Fonte: encurtador.com.br/kszJW

A partir do momento em que nos reservamos a discutir a temática abordada consequentemente fomos capazes de perceber de maneira ainda mais evidente que a nossa formação acadêmica nos faz refletir e concluir se estamos agindo de acordo com o que é moral e ético, ao psicopedagogo cabe promover a inclusão, diminuindo as barreiras intelectuais e sociais para que os sujeitos possam ter as mesmas oportunidades na sociedade e no mundo do trabalho.

Seguindo a mesma discussão, sabe-se que uma das conquistas dos deficientes auditivos foi o reconhecimento do bilinguismo, o direito de se manifestarem através de sua língua própria sendo está superior, um complemento para que o surdo se escolarize formalmente, fator de grande relevância no trabalho apresentado.

Compreende-se, portanto, que tais profissionais precisam estar preparados para lidar com o sujeito que necessita de uma atenção mais especial, inclusive que para isso é necessário que se criem estratégias e soluções que possam melhorar o convívio, sensibilizando, conscientizando e motivando os mesmos, para que os objetivos sejam alcançados por todos. Observe a fala abaixo como base de justificativa para a discussão apresentada:

Porém, os cursos de formação de psicopedagogos devem ter como finalidade, no que se refere aos futuros profissionais, a criação de uma consciência crítica sobre a realidade que eles vão trabalhar e o oferecimento de uma fundamentação teórica que lhes possibilite uma ação psicopedagógico eficaz (GOLDEFELD, 2002, p.68).

A partir dessa perspectiva é interessante ressaltar que a inclusão é acolher as pessoas sem exceção de cor, classe social, condições físicas e psicológicas. Recusar-se a ensinar é crime. As principais causas da deficiência auditiva nem sempre são identificadas, sendo que existem vários fatores que podem levar a essa perda, com isso é importante salientarmos alguns fatores relevantes, dentre os quais se destaca:

  • Causas pré-natais: Onde a criança adquire a surdez através da mãe no período de gestação, decorrentes de desordens genéticas ou hereditárias relativas a consanguinidade, ao fator Rh, a doenças infectocontagiosas, etc.;
  • Causas perinatais: a criança fica surda porque surgem problemas no parto como prematuridade, pós-maturidade, inóxia, fórceps, infecção hospitalar e outros;
  • Causas pós-natais: a criança fica surda porque surgem problemas após seu nascimento como meningite, remédios tóxicos em excesso, sífilis adquirida sarampo, caxumba, exposição contínua a resíduos ou sons muito alto, traumatismo craniano e outras. (STREIECHEN, 2012, p.17).

Apresenta-se ainda nos mesmos estudos que a Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, identifica a libras como a linguagem materna e mais usada pela comunidade surda do Brasil. Em 22 de dezembro de 2005 o presidente Luís Inácio Lula da Silva e o ministro da educação Fernando Haddad assinaram o Decreto nº 5.626 regulamentando a Lei nº 10.436, que dispõe sobre a linguagem Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Interessante destacarmos ainda que a libras é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão utilizada por pessoas surdas, inclusive ainda é evidente que possui um sistema linguístico de natureza visual-motora com estrutura gramatical própria, portanto uma língua autônoma.

 FICHA TÉCNICADO FILME

Título: La Famille Bélier (Original)

Ano produção: 2014

Dirigido por: Eric Lartigau

Estreia: 25 de Dezembro de 2014 (Brasil )

Duração: 106 minutos

Classificação: 12 – Não recomendado para menores de 12 anos

Gênero: Comédia, Drama, Música

Referências:

GOLDFELD, Marcia. A Criança Surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócia interativa. 2 eds. Editora: Plexos, 2002.

LACERDA, C. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência de inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Caderno cedes. Campinas, mai.-ago. 2006, v. 26, nº 69, p. 163-84.

Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989.

PERLIN, G. Identidades Surdas. In: SKLIAR, C. (org.). A Surdez um Olhar Sobre as Diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998.

STREIECHEN, Elisiane Manhoso. Língua Brasileira de Sinais: LIBRAS; ilustrado por Sérgio Streiechen. Guarapuava: UNICENTRO, 2012.

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Ter um corpo padrão para ser aceito?

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É socialmente aceito quando uma pessoa que está com sobrepeso ou não, e se recusa a comer um determinado alimento alegado que está de dieta. O uso indiscriminado de inibidores de apetite, geralmente anfetaminas, também não suscita maiores condenações. No entanto, esses tipos de comportamentos podem ser sinais de alerta de um problema global que atinge cerca de 4,7% da população do Brasil que já apresentaram sinais de transtornos alimentares, de acordo com levantamento da OMS, constando a maior incidência em mulheres jovens de 14 a 18 anos.

Os transtornos alimentares são uma verdadeira “epidemia” que assola as sociedades industrializadas e desenvolvidas, afetando principalmente adolescentes e adultos jovens. Quais são os sintomas dessa epidemia de humor? Geralmente, os pensamentos falhos e insalubres das pessoas com esses distúrbios são caracterizados por uma obsessão pela perfeição física. Na verdade, trata-se de uma “epidemia de culto ao corpo”, multiplicando-se em uma população mórbida preocupada com a estética e influenciada por mudanças psicológicas associadas a padrões corporais. É por isso que a incidência de distúrbios alimentares está aumentando perigosamente e começou a alarmar especialistas da área da saúde.

Fonte: Pixabay

Appolinário (2001) evidencia que a obsessão pela perfeição física se manifesta de muitas maneiras, algumas das quais bem diferentes. Existem distúrbios alimentares mais tradicionais, nomeados anorexia e bulimia. Porém, há outras condições que são estimuladas e desenvolvidas nas chamadas “culturas magras”. As pessoas com a condição, também ficam obcecadas com a forma do corpo e distorcem sua autoimagem a ponto de se sentirem gordas mesmo com 38 kg. O resultado é uma deterioração física e mental progressiva, desde sintomas inicialmente leves, como queda de cabelo, até complicações cardiovasculares, renais e endócrinas que podem ser graves o suficiente para resultar em morte. Excesso de cautela, medo da mudança, alergias e gosto pela ordem também podem ser umas das características de quem tem o transtorno alimentar.

IDA (2007) aponta que vários estudos epidemiológicos têm mostrado um aumento na incidência de alguns transtornos alimentares com o desenvolvimento de padrões de beleza femininos para corpos mais magros, como citado especialmente na anorexia e bulimia nervosa. Anorexia e bulimia parecem ser mais prevalentes nos países ocidentais e significativamente mais comuns entre as mulheres mais jovens, especialmente aquelas pertencentes a essas classes sociais mais altas, o que reforça sua associação com fatores socioculturais, razão pela qual alguns pesquisadores entendem os transtornos alimentares como síndromes estão culturalmente relacionadas. As síndromes relacionadas à cultura são um conjunto de sinais e sintomas limitados a determinadas culturas devido às suas características únicas os quais associada com aspectos biológicos, psicológicos e familiares geram uma preocupação exacerbada com o corpo, um temor descontrolado em engordar juntamente com uma ansiedade específica atrelada a mudança física corporal.

Appolinário (2001) aponta que a alimentação precária, aliadas a uma cultura de perda de peso, podem favorecer o aumento dos transtornos alimentares. E eles se tornaram mais comuns entre as mulheres, talvez por causa de uma cultura de emagrecimento mais forte entre elas. Sentindo uma vontade incontrolável de ser tão magra quanto as “top models” dos comerciais e da mídia presente todos os dias com glamour e sucesso. Mais importante ainda, as mensagens que são transmitidas a todo instante cultuam que ter o corpo magro é ter sucesso, e vivenciar o processo para você alcançá-lo apesar de ser por vezes uma experiência de muitas anulações, te torna uma pessoa esforçada.

Assim o impacto causado pela cultura da magreza torna-se extenso, podendo influenciar na forma que as pessoas se veem, fazendo as acreditar que o seu corpo não é ideal se não estiver dentro dos padrões, causando também um sofrimento psíquico que pode afetar diretamente a sua qualidade de vida. Desse modo, é necessário que seja normalizado o corpo real, com suas particularidades evidenciando que não existe uma perfeição corporal, e muito menos um padrão a ser seguido, até mesmo porque as pessoas são diferentes porque seria diferente com seus corpos.

Referências

OMS. Organização Mundial de Saúde. Relatório Mundial de Saúde. Brasil, 2021.

Appolinário, José Carlos e Claudino, Angélica. Transtornos alimentares. Brazilian Journal of Psychiatry [online]. 2000, v. 22, acessado 16 março 2022, pp. 28-31. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000600008>. Epub 24 Jan 2001. ISSN 1809-452X. https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000600008.

IDA, Sheila Weremchuk; SILVA, Rosane Neves da. Transtornos alimentares: uma perspectiva social. Rev. Mal-Estar Subj., Fortaleza ,  v. 7, n. 2, p. 417-432, set.  2007.Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 mar.  2022.

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Dormindo Com o Inimigo: uma análise acerca dos aspectos sociais e psicológicos na violência doméstica

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Sara e Martin aparentemente vivem um casamento harmonioso e cercado de laços afetivos, todavia ela sofre agressões constantes do mesmo, fator esse que levanta o questionamento cada vez mais constante da responsabilidade profissional e social nesse contexto. A princípio percebe-se a relevância de se discutir a violência doméstica no contexto das políticas públicas, frente à necessidade de que façamos uma análise do contexto histórico brasileiro, especialmente no que se refere entre os períodos de 1960 e 1980, dando maiores significados para as políticas sociais, em principal o olhar da Psicologia e a inserção de novos elementos na profissão que são de suma importância para a atualidade.

Assim sendo, faz se necessário traçar historicamente os caminhos da profissão no Brasil, neste sentido de reconstruir os laços, compromissos, tendências e vínculos estabelecidos com as classes sociais que explicam as marcas e desafios que a profissão enfrenta atualmente no que tange às demandas de violência doméstica contra a mulher. Observa-se aqui a data de 8 de março, juntos aos achados históricos:

O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX (Queiroz, 2000).

Fonte: https://url.gratis/FSInTK

Os serviços ofertados indiscutivelmente são imprescindíveis para que se obtenha êxito no atendimento às vítimas, inclusive pode-se destacar que a Psicologia no Brasil também surgiu a partir da questão social onde a sociedade passa a ser base de estudo, inclusive os seus comportamentos e aspectos cognitivos.

A importância da Psicologia no decorrer do seu contexto histórico, teve o intuito de atender as exigências postas aos profissionais, bem como atender às requisições do Estado, que visavam construir seu suporte teórico e ampliar seus referenciais técnicos, se distanciando da igreja que aparentava ser contra.

A Política Pública de Assistência Social está estabelecida nos direitos sociais da população em situação de risco social segundo definição da Política pública de Assistência Social. De acordo com o artigo primeiro das LOAS, a Assistência Social, direito do cidadão e dever do estado é política de seguridade social não contributiva, que provê os mínimos, realizada por intermédio de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento ás necessidades básicas

Interessante ressaltar que se nota, que é no mesmo período que acontece a maturidade da profissão, onde se tem centros de formação e pós-graduação que amplia o conhecimento dos estudantes e dos profissionais e quando decorre também a organização política da profissão.

FICHA TÉCNICA

Título original: Sleeping with the enemy

Ano produção: 1991

Dirigido por: Joseph Ruben

Gênero: Drama, Suspense

País de Origem: Estados Unidos da América

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. LOAS/1993 Lei orgânica da Assistência Social. Brasília, MPAS/ Secretaria do Estado de Assistência Social, 1999.

Ministério da Saúde. (2002). Violência intrafamiliar: orientações para a prática em serviço Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília, DF.

QUEIROZ, Fernanda Marques e DINIZ, Maria Ilidia-a, SERVIÇO SOCIAL, LUTAS FEMINISTAS E VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER em Temporais: Revista da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em serviço Social (ABPESS) / associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. – Ano 1, n. 1 (jan.jun.2000) – Brasília: ABEPSS, 2000.

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