CAOS 2022: acadêmicos participam de minicurso sobre habilidades sociais nas organizações

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Os acadêmicos do curso de Psicologia do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA) participaram na manhã desta terça-feira, 22, de minicurso sobre habilidades sociais nas organizações, ministrado pela psicóloga Ester Borges de Lima Dias. O evento faz parte da programação do Congresso Acadêmico dos Saberes em Psicologia (CAOS) 2022, que ocorre de 21 a 26 de novembro na Ulbra.

O minicurso abordou sobre as diferenças entre habilidades e competências sociais, aperfeiçoamento do desempenho de habilidades nas relações interpessoais, além da importância da aquisição destas  para a redução de problemas de comportamento e adoecimento e promoção de saúde mental nas organizações.

Para a ministrante, psicóloga Ester Borges de Lima Dias, o debate no âmbito educacional é importante para estabelecer relações saudáveis e produtivas. “Habilidades sociais na academia a partir da ideia de semear nas organizações é interessante porque a saúde mental nesse tempo, tanto pós-pandemia quanto nas relações interpessoais a partir da individualidade, tem na habilidade social uma via saudável de conversa, de convívio, aprender a comunicação, a empatia, o não julgamento e a trabalhar as identidades diferentes em convivência saudável. É um leque de possibilidades muito grande. O psicólogo deve sair com essa ideia dele mesmo ter em si essas habilidades para que possa dar ao cliente, à sociedade e onde for manifestar seu fazer profissional dentro dessa esfera da habilidade social”, ressalta.

Fonte: Arquivo pessoal

A acadêmica do 9º período de Psicologia, Ana Paula de Lima Silva, participa do seu último CAOS enquanto aluna e comenta sobre sobre a contribuição do workshop para sua futura atuação como psicóloga. “A minha experiência com esse minicurso foi para melhorar a minha prática e a nossa profissão é ligada ao público, então eu preciso trabalhar questões de habilidades sociais para que cada vez mais eu consiga acessar o outro, ter empatia e também saber o meu lugar de fala perante o outro”, expressa.

A edição deste ano do CAOS ocorre de  21 a 26 de novembro no Ceulp/Ulbra com diversidade de palestras, apresentações especiais do “Psicologia em Debate”, minicursos e mesas redondas a fim de informar e fomentar discussões que abrangem a importância da saúde mental no trabalho.

Ministrante

Ester Borges de Lima Dias é psicóloga formada pelo Ceulp/Ulbra em 2018 e pós-graduada em Avaliação Psicológica em 2022. Também é graduada em Música Sacra desde 1994, já trabalhou como instrutora/treinamento de pessoas no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de 2012 a 2018, na empresa Maqcampo/John Deere de 2019 a 2022 e atualmente é psicóloga na Psicotestes Livraria, localizada em Palmas.

Karen Keller Barra De Oliveira

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CAOS 2022 promove minicurso sobre Habilidades Sociais nas organizações

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O Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia (CAOS) de 2022, que tem como tema “Saúde Mental no Trabalho”, promoverá minicurso sobre habilidades sociais nas organizações na terça-feira, 22 de novembro, às 9h, na sala 407 do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/Ulbra).

Conduzido pela psicóloga Ester Borges de Dias Lima, formada pelo Ceulp/Ulbra em 2018 e pós-graduada em Avaliação Psicológica em 2022, o minicurso abordará questões acerca dos comportamentos que podem contribuir para melhorar a qualidade das interações sociais e resultar na promoção da saúde mental dentro das organizações.

Experiente na área, a ministrante também é graduada em Música Sacra desde 1994, já trabalhou como instrutora/treinamento de pessoas no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de 2012 a 2018, na empresa Maqcampo/John Deere de 2019 a 2022 e atualmente é psicóloga na Psicotestes Livraria, localizada em Palmas.

A edição do CAOS deste ano ocorrerá dos dias,  21 a 26 de novembro com palestras, apresentações especiais do “Psicologia em Debate”, minicursos e mesas redondas a fim de informar e fomentar discussões que abrangem a importância da saúde mental no trabalho.

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CAOS 2022: Palestra de encerramento aborda perspectivas para intervenção no mundo do trabalho

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Após uma vasta programação sobre saúde mental no trabalho, o Congresso Acadêmico de Saberes em Psicologia 2022 (CAOS 2022) será encerrado na sexta-feira, 25 de novembro, das 9h às 12h, com a palestra “Clínicas do Trabalho: perspectivas para intervenção no mundo do trabalho”, ministrada pela Professora Doutora Karine Vanessa Perez, sob mediação da Professora Mestra Muriel Corrêa Rodrigues.

A última palestra do evento, conduzida pela Doutora e Mestre em Psicologia Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), visa abordar os segmentos que envolvem as clínicas do trabalho com foco em perspectivas de intervenção considerando a promoção de saúde mental nas vivências dos sujeitos.

Karine Vanessa Perez possui ampla experiência na área em seu currículo, como: estágio Sanduíche na Université Catholique de Louvain-la Neuve, onde desenvolveu estudos sobre a Clínica do Trabalho na Bélgica e na França. Pós Doutorado na Université du Québec à Montréal. Docente do Mestrado em Psicologia Profissional da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). Integrante do Laboratório de Psicodinâmica do Trabalho (PPGPSI/UFRGS). Conselheira no campo da empregabilidade em Montreal (Canadá). Experiência na área de Psicologia do Trabalho, Clínica do Trabalho, Saúde Mental e Trabalho e Psicologia Social e Institucional.

Já a mediação ficará por conta da psicóloga clínica Muriel Corrêa Neves Rodrigues, professora no curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Mestra em Psicologia Clínica e da Saúde pela Universidade da Beira Interior, Covilhã/Portugal (2015).

Neste ano, a edição começa no dia 21 de novembro e segue até o sábado, 26, com o tema principal “Saúde Mental no Trabalho”. O evento promoveu palestras, apresentações especiais do “Psicologia em Debate”, minicursos e mesas redondas a fim de informar e fomentar discussões acerca da importância da saúde mental no trabalho.

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“Além da Sala de Aula”: afetividade no processo de aprendizagem baseada em Wallon

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Lançado em abril de 2011, com a direção de Jeff Bleckner, o filme Além da Sala de Aula é baseado em fatos reais e conta a história de Stacey Bess, que sonhou desde criança em ser professora e, aos 24 anos, enfrenta o desafio de lecionar pela primeira vez num projeto de ensino, em um abrigo para crianças em situação de vulnerabilidade social. O foco do filme está na relação que Stacey constrói com os alunos, formada com o alicerce da afetividade, que resulta em transformações biopsicossociais retratadas durante o longa.

Os desafios começam no momento em que a professora recém-formada chega para ministrar as aulas e se depara com um local totalmente inapropriado, com uma sala suja adaptada para ser a de aula, sem livros e estímulos visuais, sem iluminação, com partes da construção desmoronando e sem estrutura para a realização de atividades de ensino. Também há uma grande quantidade de crianças com variação de idade e falta de alimentação, o que dificulta a realização do trabalho. Ao perceber os obstáculos, Stacey pensa em desistir do projeto, mas decide transformar a vida e o processo de aprendizagem das crianças através da afetividade, relação professor-aluno e proporcionando recursos educacionais e de estrutura física mais adequados.

Segundo Wallon (1995), a criança “[…] atribui a emoção como os sentimentos, desejos e manifestações da vida afetiva, demonstra os sentimentos como um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano”. O teórico sustenta que as emoções possuem um papel essencial para o desenvolvimento da pessoa por inteiro como consequência de uma construção dos conjuntos motor, cognitivo e afetivo, o que resulta na aprendizagem original.

Dentre as contribuições da professora para as transformações biopsicossociais estão a reforma física na sala, construção de mural com conteúdos lúdicos, a disponibilização de alimentos para que as crianças possam comer para se concentrarem mais e o trabalho com cantos temáticos que retratam suas personalidades para expressarem suas emoções.  Além de conversar com os alunos focando na afetividade e considerando a subjetividade, Stacey também requer a participação dos pais, o que fortalece os vínculos afetivos e cria novos significados para o processo de ensino-aprendizagem de forma integradora.

Fonte: encurtador.com.br/nvAM0 – Foto: Reprodução/Rede Globo

A professora Stacey Bess proporcionou mudanças significativas na vida das crianças e seus familiares, utilizando a construção de uma nova sala de aula para fortalecer a participação dos alunos e a afetividade para influenciar no desenvolvimento biopsicossocial dos mesmos. A Teoria da Afetividade de Wallon veio questionar o ensino tradicional com seu autoritarismo, falta de criatividade, forte característica abstrata, exigindo um aluno passivo, sem personalidade, e sem levar em conta o caráter afetivo, social e político da educação, pois, a escola, como um fato social, deve: “refletir a realidade concreta na qual esse sujeito vive, atua e, muitas vezes, procura modificar”. (LAKOMY, 2003 p.60).

Na visão do construtivismo, desenvolvida pelo psicólogo e epistemólogo suíço Jean Piaget, a aprendizagem é um processo e resultado entre fatores biológicos, psicológicos e sociais construídos ao longo de experiências e vivências, sendo um movimento biopsicossocial. No filme, a afetividade presente na relação professor-aluno, a mudança no ambiente físico, a colaboração e a motivação proporcionaram a realização de atividades lúdicas, o que intervém no processo de aprendizagem e vivências das crianças.

Com as modificações que a professora viabilizou, fica evidente que o vínculo afetivo interfere e contribui com o processo de ensino-aprendizagem demonstrando que a afetividade é um fator potente no desenvolvimento humano de forma biopsicossocial. Na concepção de Wallon (1968), a afetividade é vista como uma linguagem, pois o ser humano se comunica com o outro desde sempre.

Portanto, durante diversos contextos do filme “Além da Sala de Aula” é perceptível o quanto a afetividade interfere e resulta em implicações para a educação das crianças. A influência da afetividade contida na relação professor-aluno no processo de ensino-aprendizagem, bem como fatores como motivação, paciência, consideração da subjetividade, adaptação à situação vulnerável, consciência de classe e o incentivo resultaram no crescimento biopsicossocial e educativo das crianças.

A afetividade, as emoções, a paixão e os sentimentos presentes nesses momentos afetaram de forma positiva e contribuíram para o processo de aprendizagem, o que deve-se considerar a importância não apenas dos conteúdos ministrados, mas a relação construída entre a facilitadora e as crianças. O olhar de Stacy interfere na sua atuação e, consequentemente, faz com que os alunos se sintam mais acolhidos, valorizados e desenvolvedores de suas capacidades. A afetividade e as relações tornam-se, portanto, ponte para a qualidade e transformações biopsicossociais no processo de ensino-aprendizagem entre o facilitador e o aluno, assim como defende a perspectiva da teoria do filósofo, médico e psicólogo pós-construtivista Henri Wallon.

FICHA TÉCNICA

Fonte: encurtador.com.br/ntyBQ

Título Original: Beyond the Blackboard

Título no Brasil: Além da Sala de Aula

Ano: 2011

Dirigido por: Jeff Bleckner

Duração: 95 minutos

Gênero: Drama

Classificação: Livre

País de origem: Estados Unidos da América

REFERÊNCIAS

GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil/Izabel Galvão. – Petrópolis, RJ ; Vozes, 1995. – (Educação e conhecimento)

WALLON, Henri. As origens do caráter na criança. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1995a.

LAKOMY, Ana Maria. Teorias Cognitivas da Aprendizagem. Curitiba: FACINTER, 2003.

Martins Tassoni, Elvira Cristina; da Silva Leite, Sérgio Antônio. Afetividade no processo de ensino-aprendizagem: as contribuições da teoria walloniana Educação, vol. 36, núm. 2, mayo-agosto, 2013, pp. 262-271 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Brasil.

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17º Congresso Brasileiro de Sistemas ocorre de 9 a 10 de novembro em formato on-line com sede na Unitins

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Na próxima quarta-feira, 9 de novembro, profissionais nacionais e internacionais de diversas áreas de conhecimento se reúnem na 17ª edição do Congresso Brasileiro de Sistemas, que tem como tema “Cibernética da sustentabilidade: design, transformação e aprendizagem”. Neste ano, o evento será on-line via Google Meet, sediado na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas, e segue até o dia 10 de novembro com palestras, mesas redondas, discussões e apresentação de trabalhos acadêmicos.

Coordenada pela professora da Unitins, doutora Juliana Mariano Alves, o foco da 17ª edição do congresso é a apresentação e o debate de forma transdisciplinar sobre possibilidades de inovação e soluções para questões que circundam a governança da sustentabilidade.

O reitor da Unitins, Augusto Rezende, fará a abertura da conferência às 8h30 do dia 9. Com o tema “Circularity and Sustainability”, a primeira palestra será ministrada pelo doutor Michael Bem-Eli, com moderação do doutor Markus Schwaninger, da Universidade de St. Gallen, na Suíça.

No primeiro dia, a programação contará na parte da manhã com apresentação de trabalhos da “Seção temática: Epistemologia e Pesquisa Sistêmica”, e à tarde com a palestra “Towards more sustainable and self-governed communities: Learning from Colombian case studies”, de Dra. Angela Espinosa (Emeritus Fellow, Reader in Cybernetics, University of Hull, Inglaterra) e moderação de Dr. Alejandro Ochoa Arias (Universidad Austral de Chile) e apresentação de trabalhos nas “Seções temáticas: 1. Inovação Sistêmica; 2. Sociologia e Políticas Públicas; 3. Epistemologia e Pesquisa Sistêmica”.

Já no dia 9, a programação inicia às 9h com a mesa redonda “Como a aprendizagem e a inovação social podem influenciar a transformação para a sustentabilidade?”, seguida de apresentações de trabalhos das “Seções temáticas: 1. Inovação Sistêmica e 2. Governança dos Recursos Comuns” e “Seções temáticas: 1. Tecnologia e Sistemas de Informação e Comunicação; 2. Inovação Sistêmica”. A finalização será dividida em três momentos, sendo o primeiro a palestra de encerramento, intitulada “Para além da transgressão e da linearidade: o projeto da cibernética”, ministrada por Dr. José S. Cabral Filho (Universidade Federal de Minas Gerais – UGMG); o segundo uma “Homenagem ao Pensador Sistêmico”; e o terceiro o encerramento e anúncio da sede do 18º Congresso Brasileiro de Sistemas. A programação completa pode ser conferida no site da Unitins: https://www.unitins.br/cbs/#programacao.

As inscrições podem ser feitas no site oficial do congresso neste link: https://www.even3.com.br/17cbs/. O valor é de R$ 30 para ouvintes e R$ 20 para alunos da Unitins.

Congresso Brasileiro de Sistemas

Fonte: Foto: Divulgação/ISSSBrasil
Link: http://isssbrasil.usp.br/isss/congresso-brasileiro-de-sistemas/

O primeiro Congresso Brasileiro de Sistemas foi realizado em 2005, na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP-USP), com o tema “Despertando a consciência para a visão sistêmica: perspectivas para o Século XXI”. Desde então, a conferência é elaborada anualmente com a participação de profissionais nacionais e internacionais com o intuito de abordar e difundir temas focados no pensamento sistêmico. Em 2022, é a segunda vez que a Unitins sedia o evento, sendo a primeira em 2013.

Referências

17º Congresso Brasileiro de Sistemas. Unitins. Disponível em: <https://www.unitins.br/cbs/>. Acesso em: 04 de novembro de 2022.

Congresso Brasileiro de Sistemas. ISSS Brasil. Disponível em: <http://isssbrasil.usp.br/isss/congresso-brasileiro-de-sistemas/>. Acesso em: 04 de novembro de 2022.

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Uma Advogada Extraordinária e a socialização de pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo

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A série sul-coreana “Uma Advogada Extraordinária”, lançada em julho pela Netflix, se tornou uma das mais vistas da plataforma no Brasil e no âmbito global e já está com sua segunda temporada confirmada pelo streaming, com lançamento previsto para 2024. Com uma memória fotográfica que impressiona o público, alto QI de 164 e um amor infinito por baleias que caracterizam uma função essencial no seu processo de pensamento, a trama apresenta ao telespectador o mundo das baleias de Woo Young Woo, uma advogada de 27 anos que foi diagnosticada com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na infância.

Caracterizado como um transtorno neurológico associado ao desenvolvimento, o TEA causa prejuízos na comunicação, interação social e comportamental. Segundo SCHWARTZMAN, “o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por alterações qualitativas e quantitativas na comunicação, interação social e no comportamento, em diferentes graus de severidade (SCHWARTZMAN, 2003, 2011; SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2013; APA, 2013).

O K-drama conta a história de Woo Young Woo, que se formou em Direito com o destaque de melhor aluna na renomada Universidade Nacional de Seul e, após vivenciar obstáculos e preconceitos para conseguir um emprego, começa a trabalhar em um renomado escritório de advocacia da Coreia do Sul e passa a enfrentar as dificuldades características do TEA no processo de socialização. No escritório, começa a ser vista como estranha, solitária, fraca e incapaz, sendo alvo de discriminação e perseguição.

Fonte: Divulgação Netflix

Ainda que siga uma característica romantizada das produções coreanas, a série busca explanar de forma respeitosa, sensível e educativa as características do TEA, como a repetição, seletividade alimentar, aversão ao toque, comportamentos repetitivos e restritivos, dificuldade em interações sociais e aversão à exposição ao barulho. Woo Young Woo possui inteligência elevada na área do Direito, sabe todas as leis e seus artigos na ponta da língua e tem obsessão por baleias, sendo, por muitas vezes, o único assunto que lhe interessa conversar, características da Síndrome de Asperger, um estado do espectro autista.

No desenrolar da série, a brilhante Woo Young Woo, à sua maneira com seu mundo de baleias e conhecimento esplêndido em assuntos que são suas especialidades, torna-se uma profissional essencial no escritório pela sua inteligência e seu olhar único para a resolução dos casos, geralmente percebendo detalhes que os outros advogados não constatam, o que a torna peça fundamental para a resolução dos casos, fazendo com que a empresa os ganhe nos tribunais.

A adaptação funcional da protagonista também está ligada à sua relação com o pai que a série retrata. Conforme ASSUMPCAO E SPROVIERI (2001), a forma como a família lida será influenciada pela aceitação, interpretação e pela maneira com a qual os indivíduos lidam com os desafios aos quais são submetidos. Um bom funcionamento psicossocial representa um bom quadro de equilíbrio na coesão e adaptabilidade. Ou seja, uma boa capacidade de adequação da família frente às situações potencialmente estressantes.

Temple Grandin / Fonte: encurtador.com.br/xFJN2

Baseada em fatos reais, a trama jurídica foi inspirada na cientista americana, zootecnista e psicóloga, Temple Grandin, que também foi diagnosticada com TEA na infância e ficou reconhecida mundialmente por revolucionar as práticas para o tratamento de animais em fazendas e abatedouros que sofrem com a agropecuária, lutando e contribuindo para maior bem-estar deles. Em uma entrevista, Temple Grandin disse: “eu penso em imagens, eu não penso em linguagem falada. A mente autista se prende aos detalhes” e defendeu que o mundo precisa de todos os tipos de mentes.

A adaptação pessoal e profissional da protagonista que a série explana conquista e envolve o público, causando um misto de emoções acerca das revelações e descobertas sobre a mãe, o amor e as relações. A mensagem que passa é que o maior objetivo é desconstruir preconceitos de forma empática, pedagógica e promover reflexão em relação a imprescindibilidade da inclusão.

Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” – Paulo Freire

Referências

SPROVIERI, M. ASSUMPÇAO JR, F.B. Dinâmica familiar de crianças autistas, Arquivos da Neuropsiquiatria, São Paulo, vol. 59(2-A): p. 230-237, 2001.

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