CAOS 2022 – Saúde mental dos trabalhadores da segurança pública

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O CAOS/2022, que iniciará em 21/11/2022, abordará diversos temas relevantes para o mundo acadêmico e profissional, dentre eles está a Saúde mental dos trabalhadores da segurança pública. Um dos pilares da sociedade moderna é o grau de segurança que se possui com o amparo estatal.

Na qualidade de defensor da segurança pública, o Estado, como um todo, tem o dever de garantir a ordem pública através de trabalhadores especializados em proteger a sociedade civil. Policiais, seguranças, guardas, peritos, agentes e mais tantas outras funções são ocupadas em órgãos públicos para proteger a todos.

Contudo, com a crueldade humana sempre encontrou espaço para se tornar cada vez mais brutal, sanguinolenta e sistematizada, o trabalho desses profissionais é considerado intenso, principalmente por lidar com situações de risco físico constantemente.

A intensidade do serviço desempenhado por estes profissionais é comparada aos níveis de guerras. A pressão, o estresse e os traumas que são interligados com a rotina profissional, acaba por tornar a saúde mental destes trabalhadores e defensores da segurança pública um assunto de extrema relevância social.

Um agente de segurança pública deve estar sempre alerta para possíveis ameaças e conseguir identificar, em momentos de crise, o que precisa ser feito, sem que haja um grande impacto social, ou seja, uma intervenção minimamente invasiva.

Fonte: l1nq.com/PVXVu

Para tanto, são necessários treinamentos intensos do corpo e mente, aperfeiçoar a mente para que estes trabalhadores possam trabalhar e manter a sanidade intacta, para servir e proteger.

 

REFERÊNCIAS

BICALHO, Pedro Paulo Gastalho de; KASTRUP, Virginia; e, REISHOFFER, Jefferson Cruz. Psicologia e segurança pública: invenção de outras máquinas de guerra. Psicologia & Sociedade [online]. 2012, v. 24, n. 1 [Acessado 18 Novembro 2022] , pp. 56-65. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000100007>. Epub 24 Abr 2012. ISSN 1807-0310. https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000100007.

BRITO, Divino Pereira de; e, GOULART, Iris B. Avaliação psicológica e prognóstico de comportamento desviante numa corporação militar. Psico-USF [online]. 2005, v. 10, n. 2 [Acessado 18 Novembro 2022], pp. 149-160. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-82712005000200006>. Epub 20 Out 2011. ISSN 2175-3563. https://doi.org/10.1590/S1413-82712005000200006.

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CAOS 2022 – Desigualdade de gênero e o empreendedorismo feminino: uma discussão atual

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O CAOS/2022, que iniciará em 21/11/2022, abordará diversos temas relevantes para o mundo acadêmico e profissional, dentre eles está a Desigualdade de gênero e o empreendedorismo feminino: uma discussão atual. Em um mundo que ainda encontra sinais fortes da pandemia do Coronavírus, a desigualdade de gênero se tornou mais acentuada na maioria dos empregos convencionais, sendo tópico de diversos debates e propostas políticas para sanar tal situação.

Ainda que a sociedade tenha tido grandes avanços sociais e tecnológicos, persistem em suas entranhas os males da depreciação da capacidade laborativa feminina, impondo-lhe um grau de recompensa inferior aos homens em áreas de atuação comum.

Lidar com a desigualdade sofrida pelas mulheres, tanto no âmbito social quanto profissional, é um passo extremamente importante para alcançar uma sociedade cristalinamente democrática.

Assim como a recompensa produtiva das mulheres é inferior nos empregos convencionais, há nítida dificuldade de valorização feminina no âmbito empreendedor. Em alguns casos, existe um grande apelo sexista, o que busca objetificar o feminino para satisfação de interesses masculinos.

Empreender, de modo geral, é uma tarefa árdua, contudo, se torna mais intensa para as empreendedoras femininas que buscam levar seu produto sem um apelo sexual produtivo, seja entre seus pares ou pelos próprios clientes. Caso não entre em segmentos totalmente voltados para o público feminino, haverá sempre este percalço na vida das mulheres que buscam manter a própria subsistência.

Fonte: l1nq.com/AbqFt

A conscientização desta diferença e valorização técnica tem sido pauta de diversas searas sociais e políticas, buscar igualdade da forma adequada é o caminho mais certeiro para a aceitação da população e a respectiva compensação remuneratória.

REFERÊNCIAS

BICALHO, Pedro Paulo Gastalho de; KASTRUP, Virginia; e, REISHOFFER, Jefferson Cruz. Psicologia e segurança pública: invenção de outras máquinas de guerra. Psicologia & Sociedade [online]. 2012, v. 24, n. 1 [Acessado 18 Novembro 2022] , pp. 56-65. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000100007>. Epub 24 Abr 2012. ISSN 1807-0310. https://doi.org/10.1590/S0102-71822012000100007.

BRITO, Divino Pereira de; e, GOULART, Iris B. Avaliação psicológica e prognóstico de comportamento desviante numa corporação militar. Psico-USF [online]. 2005, v. 10, n. 2 [Acessado 18 Novembro 2022], pp. 149-160. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-82712005000200006>. Epub 20 Out 2011. ISSN 2175-3563. https://doi.org/10.1590/S1413-82712005000200006.

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Entre todas as escolhas, prefiro ser feliz

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Recentemente fui indagada por uma conhecida sobre o que eu estava esperando para o futuro, muitos me apresentaram padrões e metas como condições de suas realizações. Percebi naquele momento que estava muito distante da realidade dos meus colegas.

Disseram-me que precisava escolher o que eu queria fazer, que eu deveria sacrificar boa parte da minha vida em prol do meu sucesso profissional. Disseram-me ainda que eu deveria escolher muito bem a pessoa que seria minha parceira, de modo que escolhesse alguém com riquezas que pudessem me sustentar.

Fonte: encurtador.com.br/cwTU1

Em boa parte do tempo não entendia a obsessão das pessoas em querer controlar minhas escolhas, me sentia diante de um cerco de opiniões alheias que ansiavam ditar as regras do meu comportamento. Muitas das vezes a pressão vinha de casa, meus pais me dando sugestões autoritárias e cada uma mais infeliz que a outra.

Em uma epifania percebi que seguiria um caminho triste e sem engajamento caso seguisse os desígnios de terceiros e, caso algumas de suas “ideias” dessem errado, somente eu arcaria com as consequências dos erros experimentados. Pus um ponto final em tudo, decidi que eu gostaria mesmo era ser feliz, feliz amorosamente, profissionalmente.

Por isso, busquei encontrar um verdadeiro amor, que estive disposto em se tornar um único ser comigo, busquei ainda trabalhar com aquilo que tinha como meu hobbie preferido, assim, além de fazer algo prazeroso pude receber por isso. A vida não precisa ser arduamente negativa para alcançar objetivos que sequer pretendem ser alcançados, podemos escolher a felicidade, mesmo que esta não esteja aparente no cotidiano de nossas vidas.

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Metaverso e novas tecnologias: estamos caminhando para imortalidade virtual

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Desde os seus primórdios a humanidade sonha em como seria a vida se ela fosse imortal, religiões pregam uma vida imortal em outro plano. Na ficção não é diferente, obras literárias, revistas em quadrinhos, desenhos, filmes e séries de televisão já abordaram o tema sobre diversas perspectivas.

A última forma de imortalidade que pude ter contato foi a descrita na série de Altered Carbon, produzida por Laeta Kalogridis, disponível na Netflix, em que as pessoas são basicamente cartuchos inseridos em um corpo orgânico, de modo que a troca do cartucho para um novo corpo proporciona uma vida quase imortal para aqueles que possuam recursos financeiros.

Fonte: encurtador.com.br/iqw18

Outra representação de imortalidade, que também só pode ser alcançada com plenitude pelos bem afortunados, é na série Upload, que, literalmente, salva todas as memórias de uma determinada pessoa insere em um avatar criado em um mundo virtual.

Aproveitando este gancho futurista, temos no nosso presente algumas tecnologias que podem chamar nossa atenção. Com o surgimento das tecnologias Blockchain e outras, surgiu também o Metaverso com a proposta de ser uma realidade virtual paralela ao mundo real, em que o indivíduo pode se projetar com suas especificações, tendo como proposta futura criar um ambiente totalmente imersivo em que a pessoa possa utilizar de todos os seus sentidos nesta realidade.

Cita-se também os jogos online que possui uma plataforma universal como Fortnite, World of Warcraft e tantos outros que possuem registros de cada personagem com todas as suas atribuições.

Cito aqui algo que muitas vezes passa desapercebido pela maioria das pessoas, vez que já se tornou comum, com o falecimento de uma pessoa, toda sua vida virtual ficará registrada nas mídias sociais que esta possuía conta. Vídeos e gravações já serão eternizados no mundo cibernético.

Isso leva a reflexão: será que um dia nossos dias se estenderão para algum tipo de Metaverso em que poderemos enganar a morte?

Os chamados tecno-futuristas, afirmam que alcançar a imortalidade virtual através de uma replicação cerebral em uma máquina de computação é algo que será alcançado exponencialmente caso a tecnologia continue avançando no ritmo atual.

Fonte: encurtador.com.br/fquxI

Porém, há diversos alertas sobre questões que são particulares e que, até o presente momento, não foram possíveis de serem quantificadas ou sequer criadas, somente repetidas através de comandos vazios, é o exemplo da própria consciência.

As inteligências artificiais criadas pelos humanos têm evoluído de forma significativa, algumas, inclusive, são capazes de enganar indivíduos e se passarem por uma pessoa e não uma sequência de códigos, porém, tal tecnologia tem o limitador de realizar os atos dentro do limite que lhes são permitidas, não tendo a capacidade humana de criação e inovação.

Desta feita, mesmo que estejamos próximos de uma imortalidade virtual, o caminho a ser perseguido será intenso e cheio de debates éticos que irão desacelerar a investida agressiva neste campo tecnológico.

REFERÊNCIAS

NASCIMENTO, A tecnologia está nos deixando muito próximos da imortalidade. Estadão. Disponível em: <https://link.estadao.com.br/blogs/alexandre-nascimento/imortalidade/> acesso em 12 out 2022.

MEIRELES, Cláudia. Empresa do metaverso propõe imortalidade por meio do modo Live Forever. Metrópoles. Disponível em <https://www.metropoles.com/colunas/claudia-meireles/empresa-do-metaverso-propoe-imortalidade-por-meio-do-modo-live-forever> acesso em 20 set 2022.

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Melancolia com doses de solidão

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Quando abri os olhos, vi somente a escuridão, meus braços e pernas não reagiam aos comandos, meu corpo inerte me deu a sensação de estar presa em um cadáver que já não anda mais. Busquei minha voz, mas esta não veio, tentei ouvir os sons, mas a cidade estava silenciosa.

Depois de horas, recuperei o controle sobre meu corpo, consegui levantar e me dirigir ao banheiro, me olhei no espelho e não reconheci o corpo que me encarava, era uma pessoa amargurada, solitária, abandonada, não havia marcas de expressões felizes, tudo em seu corpo acentuava a tristeza de sua mente.

Fonte: encurtador.com.br/fuBLX

Tive pena daquela pessoa, quando me dei conta de que eu me encarava, o sofrimento atingiu meu peito de maneira. Busquei meu celular, minhas redes sociais é o único lugar que encontro pequenas doses daquilo que algumas pessoas entendem como felicidade.

As afirmações e os elogios registrados nos comentários de minhas publicações me deixavam mais animada, porém, hoje, nada parecia me animar. Larguei o celular e voltei para a cama, fechei os olhos e implorei para perder o controle sobre meu corpo novamente e cair em sono profundo.

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Como eu gostaria que Zygmunt Bauman estivesse errado

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Certa feita me deparei com a obra de Bauman falando sobre a modernidade líquida, à primeira vista, dada a inexperiência crítica, achei pretensiosa demais as afirmações propostas pelo renomado autor.

Com o passar dos anos a ficha foi caindo, fui percebendo que Bauman nunca esteve tão certo quanto nos tempos atuais. O forte consumismo oferecido no capitalismo é um constante comparativo e fonte de inspiração para compreendermos a visão moderna da sociedade.

Antigamente, todo e qualquer produto era feito para durar, construções edificadas ainda nos tempos antigos e que duram até hoje são um grande exemplo disso. Assim como na antiguidade as construções visavam a durabilidade e profundidade dos significados, os relacionamentos sociais e amorosos eram feitos visando a durabilidade e consistência.

Fonte: encurtador.com.br/jorCI

Atualmente, no entanto, com a industrialização na produção de produtos, criou-se a cultura da fácil substituição de um objeto com defeito. Os produtos atualmente são feitos já com uma data de validade pré determinada, instigando o consumidor a adquirir o mesmo produto reiteradas vezes ou realizar a troca por um produto melhor.

Fonte: encurtador.com.br/iyzDW

Não muito diferente do que aconteceu no passado, atualmente as relações sociais estão sendo mantidas desta forma: Alguém te magoou? Pra quê perdoar, exclua esta pessoa da sua vida, é mais fácil. A visão consumista nos relacionamentos tem diluído cada vez mais o significado de amizade, amor, compromisso. 

Muitas vezes os indivíduos já começam uma interação social ou mesmo um relacionamento pensando em seu término ou já desejando comparar com o próximo, como um teste de produto, onde poucos buscam se aprofundar no universo do outro, compreender verdadeiramente algo, focando somente no imediatismo.

Infelizmente, o imediatismo tem guiado a sociedade a buscar incessantemente esta satisfação quase que instantânea dos seus desejos. 

Antigamente, para alguém ser colocado no posto de alguém notório, ou até mesmo ser conhecido publicamente demandava grande esforço e empenho, além de anos de trabalho árduo. Ser famoso outrora custava caro. Hoje, no entanto, um simples vídeo pode se tornar viral e mudar sua vida da noite para o dia, como é o caso do jovem da Luva de Pedreiro.

Fonte: encurtador.com.br/kwJPT

Não é de se estranhar, com isto, que a sociedade tenha perdido sua essência, músicas e obras cinematográficas já não são criadas com o intento de impactar a vida das pessoas, mas sim como produtos que podem arrecadar milhões caso sejam produzidas seguindo uma receita mágica que agrade a grande massa.

É por esta e outras razões que, infelizmente, Bauman sempre esteve completo de razão em suas obras.

REFERÊNCIAS

BAUMAN, Zygmunt; DONSKIS, Leonidas. Cegueira Moral a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Ed. Zahar. 2021. 

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Caso Amber x Depp: o panorama do atual cenário de violência doméstica

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Não é de hoje que a violência doméstica é presente na sociedade. Relatos de agressões verbais podem ser extraídos de uma época que isso sequer era entendido como uma forma de agressão contra o parceiro.

Na dinâmica do casal, o homem sempre esteve apontado como o algoz do relacionamento e o principal causador da violência doméstica. Esta situação é tão reiterada que na modernidade dos tempos, foram criadas diversas leis para coibir a reiteração dessas condutas.

A Lei Maria da Penha e a criação do tipo penal do Feminicídio são exemplos legais da proteção que é concedida pelo Estado em detrimento da mulher, que dada a sua vulnerabilidade física diante do homem, possui um resguardo legal superior a este.

Esta proteção não se limita ao Brasil, no mundo inteiro a sina se repete. O caso de Amber x Depp é o exemplo global mais recente que se tem sobre a violência doméstica. Tudo começou em meados de 2016 com publicações feitas pela atriz alegando supostas violências domésticas que havia sofrido e que, mesmo não indicando o nome do ator Jhonny Depp, atingiram a carreira do ator em cheio.

Houve uma crescente comoção e, à época, era o assunto mais comentado nas mídias sociais. O desfecho da história acabou tomando rumos totalmente distintos em 2022. Depois de uma árdua briga judicial, com diversas testemunhas sendo ouvidas e gravações de áudios que mostravam um comportamento agressivo por parte daquela que se dizia vítima, houve um choque global, muitos ficaram reflexivos sobre como uma mulher poderia ser a autora de violência doméstica também.

Amber, em uma das gravações ainda incita Depp a informar sobre suas brigas, dizendo coisas como “Vai lá, diga ao mundo: Eu, Jhonny Depp, um homem, sou vítima de violência doméstica. E eu fui agredido, e veja quantas pessoas vão acreditar ou ficar do seu lado. Por que você é grande e mais forte”.

A condenação recíproca de Jhonny Depp e Amber Heard no litígio norte americano trouxe à tona para o público geral que o comportamento agressivo não escolhe gênero, muito embora seja um terrível fato de que haja mais feminicídio do que “hominicídios”. 

Sendo diagnosticada como portadora dos Transtornos de Personalidade Histriônica e Borderline, Amber passou a ser vista pelos tribunais da internet, assim como pela corte estadunidense como uma pessoa instável e capaz de fazer os atos que lhe foram imputados, inclusive decepar o dedo do ator.

Fonte: encurtador.com.br/szBMU

A comoção resultante deste caso, evidenciou a quantidade de denunciações caluniosas que ocorrem em todo o país contra homens por parte de suas ex-companheiras que se diziam vítimas de agressões e até estupro. Situação que vem crescendo no Brasil, e abrindo os olhos do Poder Judiciário para observar quando há verdade na fala da pretensa vítima.

A reflexão principal, como dito, é de que não existe um lado próprio a ser defendido nestas situações. Sim, historicamente falando, as mulheres sofreram e ainda sofrem demasiadamente com a violência doméstica, mas, atualmente, já está sendo possível observar que esta balança não pende para um único lado.

Com as respectivas delimitações geográficas, cita-se o caso de um homem que foi vítima de cárcere privado por sua então companheira na cidade de Araguaína- TO, na qual o agrediu por 05 (cinco) dias ininterruptos dada a suspeita de traição.

Fonte: encurtador.com.br/fju16

Vendar os olhos para a violência doméstica sofrida pelos homens por parte de suas companheiras, é vendar os olhos para a verdadeira justiça. Não devemos banalizar e generalizar o comportamento masculino, tampouco tratar como situações raras e isoladas as agressões femininas, que, muitas vezes, ocorrem no campo psicológico.

Violência doméstica, assim como qualquer outro tipo de violência, independente do sexo ou orientação sexual, é crime passível de punição severa e privação da liberdade, devendo ser denunciada e apurada. Não podendo ser utilizada como arma para benefício de um único grupo. 

REFERÊNCIAS

SANTOS, Guilherme Geha dos; e MELLO, Gustavo Adolfo Ramos. Pacientes, problemas e fronteiras: psicanálise e quadros borderline. Psicologia USP [online]. 2018, v. 29, n. 2 [Acessado 21 Outubro 2022], pp. 285-293. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-656420170101>. ISSN 1678-5177. https://doi.org/10.1590/0103-656420170101.

BRASIL, Lei nº. 11.340, de 7 de agosto de 2006, (Lei Maria da Penha).

DESCONHECIDO. AF notícias. Homem mantido em cárcere privado pela esposa apanhava todos os dias: ‘eu não aguentava mais’. Disponível em: <https://afnoticias.com.br/central-190/homem-mantido-em-carcere-privado-pela-esposa-apanhava-todos-os-dias-eu-nao-aguentava-mais> acesso em 20 out 2022.

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Uma criança controla minha vida

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Todas as atividades básicas desenvolvidas por um adulto foram aprendidas ainda na sua primeira infância, como a alfabetização, caminhar, falar, tudo é aprendido ainda criança e somente aperfeiçoado com o decorrer dos anos. Esta é uma das razões pela qual a criança tem uma percepção de tempo distinta de um adulto, nessa fase da vida, tudo é novidade, tudo tem um impacto extremamente significativo e que irá definir sua vida como pessoa. Quanto mais complexa for uma habilidade, mais difícil será para a criança absorvê-la a ponto de entender todas as suas etapas e executá-la de forma eficiente.

Tal situação também se repete em outros aspectos da vida do indivíduo, a forma como o homem ou a mulher se porta na sociedade dependerá principalmente de como se deu a sua criação e desenvolvimento infantil. Assim como no campo das habilidades funcionais, no campo psicológico a percepção do infante sobre os eventos e a forma com que este lida (com ou sem o auxílio de seus guardiões), influenciará diretamente em sua personalidade, hobbies, vieses sociais, preferências musicais e literárias, definindo, literalmente os rumos de sua vida.

Literalmente, o adulto, na grande maioria das vezes, é o resultado das somas de suas experiências de vida, porém, no mais íntimo dos aspectos, suas reações sociais serão determinadas pelo seu inconsciente.

Leandro Karnal, assim como outros estudiosos defendem que o ser humano sempre terá traumas em sua vida que guiarão seu futuro. Partindo da premissa de que todo novo evento para uma criança é algo desconhecido por esta, pode ser entendido como um episódio traumático que está experimentando. A principal diferença será a intensidade e as consequências que estas situações irão representar posteriormente.

Fonte: Imagem de wayhomestudio no Freepik

O indivíduo que vivenciou episódios de abusos sexuais e psicológicos terá sua vida amorosa e, muitas vezes até social, determinadas pelo seu inconsciente que está ferido e se encontra em sofrimento, a criança interior pede socorro e, caso negligenciada, conduzirá o adulto por um campo emocionalmente deturpado e sem conexões lógicas.

Mas, ainda que a mulher ou o homem tenha tido uma infância saudável, irá agir de acordo com as percepções de sua versão infantil pois foi neste período de sua vida que adquiriu a base dos seus gostos e interesses pessoais. Para que ocorra uma mudança desta perspectiva é necessário grande esforço do indivíduo e suporte profissional para lhe auxiliar no processo de transformação.

REFERÊNCIAS

KARNAL, Leandro. O dilema do porco-espinho: como encarar a solidão. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

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Narcisismo e a personalidade histriônica nas redes sociais

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O imediatismo da internet é cada vez mais latente na sociedade, aquilo que era moda ontem, hoje já pode ser considerado cringe. Tendências mudam de direção tão rápido quanto os ventos do Oeste.

Por esta razão, tornou-se cada vez mais comum se deparar com vídeos e imagens extremamente chamativos que tem uma única finalidade, atrair para um indivíduo toda uma atenção midiática – seja positiva ou negativa (quem não se recorda da banheira de Nutella!?).

Falem mal ou falem bem, mas que falem de mim, tal frase se tornou comum, e até um mantra neste meio. Baseada na mitologia grega de Narciso, o Transtorno de Personalidade Narcisista carrega como característica a necessidade do indivíduo de preocupar-se e admirar sua imagem, buscando sempre atenção para afirmação daquela vaidade exacerbada.

Noutra banda, o Transtorno de Personalidade Histriônica completa o pilar do narcisista nas redes sociais. Nesta condição mental, o indivíduo utiliza seu corpo e suas características para ter atenção sobre si. Vestes extravagantes e chamativas ou com forte apelo sexual podem ser fortes indícios do histrionismo na vida de uma celebridade.

Fonte: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Nada obstante, é perceptível que esse comportamento é, de certa forma, incentivado pelos fãs destas celebridades que são sedentos por mais e mais conteúdos e das mais diversas formas possíveis.

Porém, nem tudo são flores. No mundo virtual as pessoas tendem a elevar e destruir carreiras com forte engajamento. Se tornou comum os movimentos de cancelamento nas redes sociais de atores e atrizes que dão opiniões consideradas polêmicas ou que possuam um cunho pejorativo.

Este é o ponto que torna possível diferenciar o narcisista do TPH nas redes sociais. No momento de crise de imagem, o narcisista tenta, a todo custo, manipular seu público para que voltem a ter uma admiração por sua pessoa, mesmo que isso vá contra seus princípios e ideologias. Todavia, portadores da TPH mantém seus comportamentos perante a crise, muitas vezes estes ainda incitam a discórdia, aumentando ainda mais as discussões e debates sobre este.

Com isto, é possível inferir que a presença destas pessoas no universo midiático e famoso é massivo, principalmente em seguimentos da moda onde as tendências de vestimentas são determinadas.

REFERÊNCIAS

GOMES, Alice Chaves de Carvalho; PEDROSA, Raimundo Benone de Araújo, e; TEIXEIRA, Leônia Cavalcante. Nem ver, nem olhar: visualizar! Sobre a exibição dos adolescentes nas redes sociais. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica [online]. 2021, v. 24, n. 1 [Acessado 19 Agosto 2022], pp. 91-99. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1809-44142021001011>. Epub 19 Abr 2021. ISSN 1809-4414. https://doi.org/10.1590/1809-44142021001011.

Barbosa, Caroline Garpelli, Campos, Erico Bruno Viana e Neme, Carmen Maria Bueno. Narcisismo e desamparo: algumas considerações sobre as relações interpessoais na atualidade. Psicologia USP [online]. 2021, v. 32 [Acessado 19 Agosto 2022] , e190014. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0103-6564e190014>. Epub 23 Ago 2021. ISSN 1678-5177. https://doi.org/10.1590/0103-6564e190014

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