Psicologia Organizacional: Ângela Rebouças atua na área há 32 anos

A psicóloga Ângela Rebouças compartilha de suas práticas profissionais e experiências no ramo a qual trabalha há 32 anos. Ela possui graduação em Psicologia pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, atualmente é diretora executiva da Rebouças Consultoria Empresarial Ltda, tem experiência na área de Psicologia Organizacional, com ênfase em Recrutamento e Seleção, realiza palestras, treinamentos e consultoria estratégica. A entrevista foi realizada pelas acadêmicas do curso de Psicologia do Ceulp/Ulbra, em colaboração com o (En)Cena.

(En)Cena – Conte-nos sobre sua formação acadêmica:

Ângela Rebouças – Me formei em Psicologia Clínica, em 1986, sendo assim, tenho 32 anos de atuação na área da Psicologia Organizacional. Na minha graduação tínhamos poucas matérias que focavam está área.

(En)Cena –Desde quando atua na área organizacional?

Ângela Rebouças – Desde a graduação, ou seja, já trabalhava em uma empresa e a mesma já me convidou para atuar na área.

(En)Cena – Já teve oportunidade de atuar em outras áreas da psicologia?

Ângela Rebouças – Oportunidade sim, mas sempre fiz a opção pela organizacional.

(En)Cena – O que te levou a optar por esta área da psicologia?

(En)Cena – Ângela Rebouças – O principal motivo foi o sustento da família.

Dentre as suas funções, o recrutamento e seleção é o mais lembrado pelos profissionais? Quais instrumentos utiliza para realizar este trabalho?

(En)Cena – Ângela Rebouças – Recrutamento e seleção é a maior demanda, ou seja, é o que mais aparece ou pelo menos é noticiada. Os principais instrumentos que utilizei na época em que trabalhava com estes métodos foi entrevista estruturada e testes psicológicos, dentre eles estavam o Paleógrafo, BPF, G-38. AC.

Quais outras funções desenvolve com a equipe?

(En)Cena – Ângela Rebouças – O Desenvolvimento de pessoas é o mais utilizado, no entanto na atualidade efetua o trabalho mais com os gestores ou lideranças. Acreditamos que o gestor pode interferir de forma positiva na equipe.

(En)Cena – Quais principais barreiras você encontra no seu dia a dia profissional?

Ângela Rebouças – Um dos principais entraves é a visão dos gestores, pois acham que investir na capacitação é gasto e não investimento, e às vezes perdem profissionais excelentes por não reconhecerem que há uma necessidade de investir nestes profissionais.

(En)Cena – Quantas horas semanais você se dedica a uma empresa? Possui outros empregos?

Ângela Rebouças – Na atualidade trabalho com projetos (consultoria), então dedico-me quanto tempo for necessário para a boa execução do mesmo. Não tenho outro trabalho.

(En)Cena – O que seu trabalho exige que você não aprendeu na universidade?

Ângela Rebouças – Dentre inúmeros fatores, posso elencar um que considero primordial, que é “lidar” com pessoas, ou seja, o que fazer para que as pessoas possam engajar-se no que se propuseram a fazer. Outro ponto que a faculdade não ensina é como gerir seu próprio negócio e os desafios que o mesmo oferece.

(En)Cena – O que você aconselharia aos acadêmicos que pretendem seguir essa área de atuação profissional?

Ângela Rebouças – Afirmo que quando você termina o curso, aí que você começa a aprender, devido durante a graduação você ter várias disciplinas e “aprender de tudo” e não focar em nada. Então aconselho que se deve focar em algo, ou seja, faça uma escolha em relação ao que você queira e se dedique a sua escolha. Outra sugestão é que se escolha um mentor para caminharem juntos, pois assim, o processo tende a ficar mais leve.

(En)Cena – Você considera que houve mudanças na psicologia organizacional desde a sua graduação até a atualidade?

Ângela Rebouças – Sim, na atualidade a presença do psicólogo é bem mais valorizada que anteriormente, no início da minha inserção no mercado de trabalho a atuação do psicólogo na organização era muito confundida com o trabalho de RH. Na minha opinião a área que mais evoluiu dentro da Psicologia Organizacional em especial na cidade de Palmas, foi em treinamento e desenvolvimento de pessoas, ou seja, na atualidade as empresas já estão mais dispostas a pagar por estes serviços. Outro ponto relevante é que as mesmas já estão solicitando a avaliação de desempenho com o propósito de acompanhar esses profissionais. Tudo depende do profissional e como ele se porta no mercado de trabalho.