Simone Magalhães: “Na psicologia, minha visão de mundo mudou radicalmente”

O (En)Cena entrevista a acadêmica de Psicologia do Ceulp/Ulbra, Simone B. Magalhães, nordestina, reikiana, 40 anos, casada há 15 anos, mãe de um casal de adolescentes. A entrevistada é formada em Educação Física pela Universidade de Pernambuco desde 2005, dois anos após se formar, casou-se e mudou-se para Palmas – TO. Aqui na capital do Tocantins Simone trabalhou com ballet clássico (crianças), dança (idosos) e Educação Física escolar. Após engravidar do primeiro filho, optou por parar de trabalhar fora de casa e se dedicar com exclusividade a criação dos seus filhos.

 

Confira este e outros detalhes na entrevista abaixo. 

 

(En)Cena – O que te motiva a fazer psicologia já em uma fase mais amadurecida da vida?  

Após dez anos dedicando-me à família, senti que era o momento de retornar ao mercado de trabalho, mas não me identificava mais com minha profissão. Entrei em processo terapêutico por alguns anos até que, em 2019, escolhi o curso de Psicologia. 

 

Qual a área de atuação você pretende focar depois da formação? 

Gosto da ideia da clínica, priorizando o público surdo, com atendimento em Libras. Gosto também da ideia de ensinar, dar palestras e poder contribuir para o conhecimento de outros colegas na área que pretendo me especializar.

 

Qual dica você deixa para quem pretende cursar psicologia? 

Daria o mesmo conselho que me dei quando decidi iniciar o curso: deguste da universidade, aproveite cada momento, tanto em relação ao conteúdo quanto as relações de amizade construídas durante o processo.

Que aspectos internos foram mobilizados em sua vida a partir do curso?  

Minha visão de mundo e relações interpessoais mudaram radicalmente, sinto como se tivesse retirado um véu do meu rosto que fazia com que eu enxergasse tudo meio embassado e, agora, sinto que enxergo o mundo à minha volta com mis clareza, nitidez.

 

Como é a experiência de conviver no curso com pessoas de diferentes idades e perspectivas? 

Tenho bastante facilidade de me relacionar com pessoas, independente da idade. Porém, ao encontrar pessoas da minha faixa etária no contexto da universidade, há a possibilidade de trocar experiências positivas e negativas, ocorrendo um acolhimento mútuo. 

Quais os maiores desafios enfrentados na pandemia relacionado à formação acadêmica? 

Meu maior desafio é conseguir conciliar a demanda familiar com as atividades do curso.

 

Qual mensagem você deixa para os nossos leitores? 

Entendam que todos nós, independente da idade, temos demandas além da Universidade. Ninguém conhece, de fato, a dor do outro, escolha treinar a empatia e paciência, que serão necessárias para a prática terapêutica, com os colegas de curso.