Dificuldades de aprendizagem na Educação Infantil do Povo Akwê-Xerente

O processo educacional nos anos iniciais de escolarização é o desafio da maioria das crianças, em que muitos encontram dificuldades de aprendizagem nas escolas, no qual as estruturas oferecidas, a tendência é de maior dificuldade. Com isso surgem questões a saber: O que fazer para ajudar crianças com dificuldades de aprendizagem? Como devem ser as infraestruturas das escolas que recebem as crianças com dificuldades de aprendizagem? As diferenças entre as crianças que não apresenta dificuldades e aquelas com dificuldades de aprendizagem?

As dificuldades de aprendizagem nas series iniciais torna-se para as crianças indígenas como desafio a ser enfrentado na escola. Onde a criança indígena tem o seu contato com a realidade totalmente diferente do que antes já vivido, com isso, pode ocorrer da criança indígena enfrentar barreiras com contato direto dentro de uma sala de aula. As dificuldades que podem levar as crianças a terem menos rendimento na escola são constatadas quando elas apresentam o desempenho baixo diante das tarefas exigidas. O processo de ensino e aprendizado envolve toda a sociedade, tanto a rural quanto a urbana.

Diante desse exposto, é importante identificar que dificuldades são estas e como os professores que atuam na educação escolar indígena pode se posicionar a fim de amenizar os impactos sentidos por crianças ao terem contato com novos elementos de ensino até então nunca vistos na cultura tradicional indígena.

Esses desafios encontrados por crianças indígenas, geralmente aparecem quando elas têm o contato direto com outra cultura diferente da sua, esse contato, por sua vez, pode acabar influenciando no desempenho dentro da sala de aula, desencadeando em problemas de aprendizagem.

Fonte: encurtador.com.br/oqs03

Conforme a pesquisa realizada por Melo e Giraldin (2012) as crianças indígenas têm mais de dificuldades de aprendizagem em língua portuguesa, pois estas são alfabetizadas na língua materna, uma criança da sociedade urbana tem mais facilidade por que já aprende desde pequeno a sua língua, já as crianças indígenas não, o primeiro ensinamento que elas recebem, vem dos pais, que são ensinamentos da própria cultura, passado de geração a geração. Durante cinco anos a criança indígena não recebe o conhecimento de fora, elas são livres, esses anos as crianças não têm contato com a escola. Melo e Giraldin (2012) afirmam ainda que as escolas indígenas xerente tende mais na valorização da cultura, da identidade cultural, na conservação da língua e ensinamentos ligados à sua cultura.

Um aspecto peculiar que Melo e Giraldin (2012) enfatiza é o fato das escolas xerente reelaboram constantemente o cotidiano dos moradores, pois os afazeres domésticos, as incursões no cerrado, a confecção de artesanato, o trabalho na roça, são mais privilegiados que os afazeres escolares em determinados períodos do ano.

Corrêa e Sarmento (2015) destacam que a educação assume um papel importantíssimo na vida da criança, sendo um dos maiores desafios de educadores e pais. Porém a mesmas autoras propõem que têm a possibilidade de tornar esta criança um sujeito autônomo, adquirindo sua liberdade moral e intelectual, isto é possível por meio da criatividade o que torna suas experiências significativas de satisfação, de autoria de pensamento e de fala, sendo sujeitos autores das suas próprias produções e personalidades.

Corrêa e Sarmento (2015) dizem que “a criança precisa encontrar significados e o porquê aprender a ler e escrever, sendo o princípio norteador para ocorrer esta aprendizagem” o professor deve auxiliar no encontro com esse sentido, para que o aprendizado não seja apenas algo imposto e uma prática vazia.

Fonte: encurtador.com.br/uBM08

REFERÊNCIAS:

CORRÊA, Juliana Queiroz Matos. SARMENTO, Tatiane Da Silva. Dificuldades de aprendizagem no processo de Alfabetização. Rio Grande do Sul: Revista pós-graduação: desafios contemporâneos v.2, n. 2. 2015.

GIRALDIN, Odair e MELO, Valéria M. C. de. Os Akwe-Xerente e a busca pela domesticação da escola. Campo Grande, MS: Tellus, 2012.

Mini Currículo: MAILSON WAIKAZATE XERENTE, acadêmico de pedagogia na Universidade Federal do Tocantins – UFT.