O estudo mostrou que durante o sono, o corpo trabalha na produção de hormônios que ajudam a combater infecções, estimulam o crescimento e reparam células danificadas.
Quando falamos dos grandes prazeres da vida, dormir vai ser a resposta de muita gente. Mas até que ponto o sono ou falta dele interfere em nosso bem estar? Pesquisa realizada pela Escola de Medicina de Harvard, nos EUA, aponta que as luzes LED emitidas pelos gadgets podem interferir no relógio biológico.
Um hábito muito comum entre jovens estudantes é ficar até bem tarde da noite navegando na internet, são redes sociais, filmes, séries dentre outros. Porém fazer com que o corpo reaja normalmente no dia seguinte é a maior dificuldade.
Caio Brum tem 18 anos e cursa engenharia civil, como sua universidade está em greve a rotina na internet vai até as três ou quatro da manhã todos os dias.
“Como eu não estou tendo aula (desde o início da greve) eu realmente fico até muito tarde na internet. Geralmente eu fico na Netflix assistindo series e filmes E de vez em quando vendo a vida alheia no Facebook, só por hábito. Só vou acordar na hora do almoço. Geralmente vou dormir umas 3, 4 horas da manhã. O que dá um tempo bom de sono, então acaba que o resto do dia eu nem fico muito afetado Não fico que nem um zumbi Mas em época que eu tenho compromissos de manhã eu não fico até de madrugada”.
Para o jovem a maior dificuldade é quando volta a rotina das aulas, até readaptar o organismo aos novos horários leva um certo tempo.
“Quando estou na transição de deixar de dormir tarde pra começar a acordar cedo não é fácil. Daí acaba que vou dormir lá para as 3 e acordo as 7. Aí eu fico realmente morto. E eu demoro pra criar essa disciplina, mas uma hora acabo acostumando. Mas ainda assim eu não consigo dormir antes da meia noite”.
Alguns estudos apontam que a expectativa de vida pode estar ligada ao tempo de descanso noturno. De repente aqueles minutinhos a mais na cama podem ajudar a melhorar a sua qualidade de vida. Um estudo feito pela Universidade Case Western Reserve, em Ohio, ouviu 1.240 pessoas sobre seu tempo e qualidade de sono. A pesquisa revelou que quem dorme de sete a oito horas de sono tem menos chance de desenvolver doenças como câncer.
O resultado da avaliação O estudo mostrou que durante o sono, o corpo trabalha na produção de hormônios que ajudam a combater infecções, estimulam o crescimento e reparam células danificadas. O resultado é de menor chance de desenvolver câncer. Enquanto dormimos, novos caminhos de aprendizado e memória são codificados no cérebro. Apenas o sono é suficiente para permitir que esses caminhos funcionem da melhor maneira possível.
O estudo mostrou ainda que ter uma boa noite de sono, ou seja, dormir sete ou oito horas, ajuda reduzir risco de doenças do coração e de acidentes vasculares encefálicos. Uma noite mal dormida pode elevar os níveis da pressão arterial e elevar o nível de inflamações ligadas a doenças do coração e calcificação das artérias do coração.
O sono também tem influência no ganho de peso. É durante o repouso que o organismo produz o hormônio responsável por transmitir ao cérebro a mensagem que você já comeu o bastante durante as refeições. Por outro lado, pessoas que não dormiram o suficiente têm o apetite mais estimulado. O metabolismo de quem dorme pouco é mais lento do que o daqueles que dormem mais de sete horas.
Caio reconhece que dormir pouco é ruim e diz que sua falta de disciplina não o ajuda.
“Eu queria muito criar disciplina pra ir dormir as 22 horas mas é muito difícil, tem muitas distrações E olha que na minha casa o hábito é de ir dormir as 10, 11 mesmo, mas por enquanto ainda não consigo”.
O sono para ser benéfico a saúde deve ser de sete a oito horas, mas dormir demais também não é muito saudável e pode indicar problemas como depressão.
Fonte: IDGNOW e Consultaclick