Os seminários clínicos e a formação acadêmica

No dia 22/08, na Semana Acadêmica de Psicologia do CEULP/ULBRA, ocorreram pela manhã os Seminários Clínicos. O principal tema desses seminários foi a psicoterapia, cujo intuito foi mostrar os avanços em cada ênfase, além de demonstrar a importância desta área na Psicologia.

A psicóloga Ana Carolina Peixoto apresentou um caso atendido na Clínica-Escola sob a perspectiva Sistêmica. O caso é de uma menina chamada Helena (nome fictício) que tinha nojo do pai, dos objetos, da sua casa e da vida em geral. Ela arrumava o seu quarto sozinha, pois não queria que alguém além dela mesma tocasse nas suas coisas. Ela só se sentava na sua cama devido ao nojo; tinha crises frequentemente e não se reconhecia como adolescente. Ao ter contato com alguém se irritava facilmente e tinha ataques de coceira. A relação familiar era muito conturbada, pois os pais tinham pouca expressão afetiva.

O pai alcoólatra agredia a mãe. A família era marcada pela Triangulação, onde só a mãe e as irmãs tinham contato e o pai era excluído. Ao mesmo tempo ela era o bode expiatório da família, tudo que ocorria descontavam nela.  Helena e a família começaram a fazer psicoterapia com objetivo de superar e compreender o motivo do nojo de Helena e para o equilíbrio familiar. Várias dinâmicas eram feitas, principalmente de comunicação, para poder superar a timidez de Helena. Logo após ocorreram os dois outros Seminários Clínicos, com a psicóloga egressa do CEULP/ULBRA Damaris Fernandes e a acadêmica Flor de Lyss Feitosa, com os ênfases na Sócio-Histórica e Psicanálise, respectivamente.

A importância deste evento é a possibilidade de perceber como a psicoterapia é algo grandioso. Uma situação tão simples, como nojo, que muitos podem dizer que não é nada demais pode se ver através desse estudo que houve muitos motivos que influenciaram esse problema da Helena. Por isso que o psicólogo não tem que ter a visão fechada e sim enxergar além daquela situação que o cliente/paciente está passando, pois algo tão nobre como lidar com o ser humano é procurar entender o que ele está passando. Ajudá–lo é recompensador. Embora nos dias atuais ainda haja preconceito e receio de procurar o psicólogo, fica claro que paciente e terapeuta podem identificar o motivo de uma dor emocional, trabalhando para que isso não se torne algo mais sério.

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Fonte: http://www.psiconlinews.com/2015/10/por-que-fazer-psicoterapia.html