Comecei primeiro com Letras na Universidade Católica de Goiânia, mas sempre tive uma vontade enorme de fazer Jornalismo. Fato é que meu destino seria mergulhar nas letras para me comunicar com o mundo. Quando estudava Letras, fiz algumas matérias de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás como aluna especial. Fiquei muito feliz na época. Morando em Goiânia tive que retornar para Miracema e fui tentar uma vaga na faculdade que tinha no Estado do Tocantins a UNITINS.
Não consegui ser aprovada, pois tinha surtado (expressão dada pelos Médicos Psiquiatras para quem tem Transtorno Mental), sim sou esquizofrênica e por vezes fico fora da realidade, mas tenho meus sonhos. Mais uma vez a tristeza tomou conta de mim. Mas, como não desisto fácil, superei o que tinha me afetado e fiz um concurso do Estado que passei e fui trabalhar no DETRAN. Na época enfrentei também obstáculos por causa da medicação controlada e outros pela saúde física. Nesse tempo, em 2000, engravidei. Estava trabalhando grávida só que estava pensando em voltar a estudar. Morando em Palmas, vi uma propaganda da Ulbra que teria vestibular para Comunicação Social. Tentei e fui classificada em vagas remanescentes. Fui chamada e comecei estudando Publicidade e Propaganda, pois ainda não existia o curso de Jornalismo, foi o tempo que esperei para ser lançado na Instituição, o que aconteceu um ano depois.
Solicitei transferência de Publicidade para Jornalismo e deu certo. Tinha 29 anos.
Com a bebê pequena tranquei a matrícula e voltei anos depois quando minha filha estava mais crescida. Retornando ao meu sonho, me sentia entusiasmada com o curso, confesso que o meu rendimento era maior naquele tempo. Hoje estou mais cansada. Me recordo que tinha uma matéria que era Introdução em Informática, hoje não existe mais essa disciplina na grade, e que eu tinha muitas dificuldades, pois o que predominava era a tecnologia. Confesso que ainda sou do tempo da máquina de escrever.
Continuei… Lutei.
Tive várias idas e vindas trancando a matrículas por motivo de saúde e/ou problemas com a família. Desde então, estou há 12 anos estudando na instituição. Hoje estou com 42 anos e se Deus quiser estou perto de terminar o curso dos meus sonhos. Curso esse que está em processo de extinção. Tenho bastante dificuldade e limitações. Acredito ter uma força muito grande que faz que eu permaneça firme e acreditando nos meus sonhos. Além de gostar do curso aqui do CEULP/ULBRA, em Palmas – TO, e da Instituição tenho o apoio da Coordenadora e dos Professores. Tenho também o apoio dos meus familiares. Estou grata.
Da primeira à última turma do curso, chegarei lá. Falta pouco!