Homofobia e Reorientação Sexual é tema de palestra de encerramento do CAOS

Ocorreu na última sexta-feira (24) a palestra de encerramento do CAOS, no Auditório Central do Ceulp, mediada pelo Dr. Em Ciências do Comportamento (UNB) Fábio Henrique Baía. A palestra fechou o evento com chave de ouro e teve como tema ‘Homofobia e Reorientação Sexual: o que a ciência diz?’.

Fábio iniciou explicando o ´´biscoito sexual“: o sexo biológico é o sexo cromossomático ou o sexo genital, automaticamente interligado a reprodução. A identidade de gênero é o sentir-se feminino ou masculino, independente da anatomia, um exemplo são os trans. Expressão de gênero está relacionado a forma como a pessoa se veste, se apresenta e age, um exemplo são os andrógenos. E por fim, a orientação sexual se refere ao que a pessoa sente e pensa sobre si, assim como sua afetividade e sexualidade, podendo ser heterossexual, homossexual e/ou bissexual.

Fonte: encurtador.com.br/xyGM4

O psicólogo informou sobre o perigo de pesquisas com intuito de reorientação sexual, visto que os danos são maiores que os benefícios. E frisou a importância da atuação do psicólogo, visto que é comum demandas relacionadas a sexualidade. Logo, a psicologia ´´deve contribuir com seu conhecimento para esclarecimento sobre questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações“, afirmou.

Outro ponto importante foi a explanação de características de pessoas homofóbicas, pesquisa realizada por Herek (1984). Algumas delas são: geralmente frequentam igreja regularmente e aderem à ideologias conservadoras; em geral são mais velhos e com menor educação; são menos capazes de identificar atitudes negativas (preconceituosas) em seus amigos, especialmente se forem homens; são menos permissivos sexualmente ou manifestam culpa ou negatividade sobre sexo.

Por fim, Fábio terminou com a seguinte frase de Pirula e Lopes (2019): ´´ou seja, quanto menos a população for seduzida a acreditar nesses tratamentos, melhor para gays, lésbicas, transgêneros e outras variantes, pois menor o risco de esses procedimentos serem oficializados por governantes mirando a opinião pública em busca de votos. Por isso, é bom que as pessoas saibam o que a ciência diz sobre homossexuais.“

 

Psicóloga egressa do Ceulp/Ulbra. Pós-graduanda em Terapia de casal: abordagem psicanalítica (Unyleya). Colaboradora do Portal (En)cena.