APP da Ulbra é novo aliado na prevenção à Covid-19

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Aplicativo traz protocolos de prevenção para instituições de ensino

Todos os setores da sociedade estão trabalhando para superar os desafios da epidemia do novo Coronavírus (COVID-19). Assim, o papel das instituições de ensino se mostra mais importante que nunca, trazendo a pesquisa e a inovação para um cenário de busca pela prevenção e contenção do vírus.

Nesse panorama, pensando na segurança não só dos alunos, professores e funcionários da Rede Ulbra de Educação, composta por escolas e campi universitários em cinco estados do Brasil, mas da comunidade como um todo, a Universidade desenvolveu o App UlbraXCovid. Com o aplicativo, é possível determinar quais medidas e precauções são necessárias, auxiliando no direcionamento dos protocolos de cuidados a serem adotados a partir de informações sobre as características das atividades presenciais a serem realizadas, em diferentes ambientes.

Fonte: encurtador.com.br/pJR18

A ferramenta é pioneira nesse tipo de conteúdo, foi desenvolvida a partir de um estudo que envolveu uma equipe multidisciplinar de especialistas — contando com profissionais e gestores dos setores pedagógico, especialmente o de ensino da área da Saúde, recursos humanos, jurídico, TI, comunicação e marketing e, inclusive, a pastoral — e  tem como objetivo oferecer os meios para que a segurança seja mais efetiva. “É uma forma de honrarmos o nosso compromisso institucional e contribuir para a proteção da sociedade e, ao mesmo tempo, oferecer mais tranquilidade operacional nas atividades presenciais. Tranquilidade com responsabilidade. A presencialidade vai acontecer, no momento certo, mas ela não é indicativo de relaxar a proteção das pessoas”, ressalta o professor Pedro Antonio González Hernández, diretor de Desenvolvimento Educacional da mantenedora Aelbra.

Aplicativo

O professor Jackson Gomes de Souza, da unidade de Palmas/TO, mestre em Engenharia da Computação, destaca que a ferramenta é o resultado de um trabalho realizado de forma conjunta, direcionado pela Comissão Gestão de Risco Coronavírus da mantenedora, que teve a atuação da Fábrica de Software dos cursos de Ciência da Computação, Engenharia de Software e Sistemas de Informação do Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp/Ulbra e das equipes responsáveis em Canoas/RS. De acordo com ele, o UlbraXCovid foi pensado baseado no conjunto de regras de prevenção ao Coronavírus que foi adotado pela Instituição.

“Antes de um estudante realizar uma atividade presencial, por exemplo, ele responde cinco perguntas e, com base nelas, o aplicativo indica qual protocolo ele tem que seguir. São quatro níveis e, conforme a descrição ou a característica da atividade, o aplicativo mostra qual deve ser adotado. Temos desde o verde, que é destinado para atividades mais simples, até o vermelho, para as que são mais restritivas.”

A ferramenta fornece informação de uma forma moderna, rápida e interativa, apresenta quais materiais e itens de proteção devem ser utilizados para cada situação, além de também disponibilizar o arquivo PDF completo de cada protocolo.

Comissão

A Comissão Gestão de Risco Coronavírus cuida da segurança da comunidade Ulbra em relação à pandemia da COVID-19, realiza os planos de contingência e traça estratégias para modificações estruturais que precisam estar prontas para um eventual regresso às atividades presenciais.

A presidente da Comissão, médica Miriam Silveira Heine, professora do curso de Medicina, afirma que, mesmo à distância, a Ulbra continua com o aluno. “Quando nós pensamos em retorno, sabemos da insegurança que isso vai causar, porque, em algum momento, nós vamos voltar, mas não será como era antes”, destaca.

Em relação ao aplicativo, Miriam ressalta a importância de disponibilizar a orientação adequada de maneira rápida. “É importante salientar também que cada dia estamos aprendendo sobre o vírus, assim a ferramenta também pode ser atualizada caso descobertas novas aconteçam.”

Para o professor do curso de Medicina, infectologista Claudio Marcel Bedun Stadnik, que também fez parte da construção dos protocolos de segurança e da ferramenta, é fundamental dispormos de informação confiável em um período repleto de incertezas.  “Nosso grande desafio foi transformar a informação científica em algo palatável para que pudéssemos simplificar o conhecimento, transformando dados técnicos em algo compreensível, isso não foi fácil”, declarou.

Disponível para baixar

O UlbraXCovid é gratuito e pode ser encontrado nas lojas de aplicativos compatíveis com Android e IOS. É importante ressaltar que, embora seja um conjunto de regras pensadas para funções realizadas nas escolas e campi da Ulbra, ele não necessita de login e senha, ou seja, ele é totalmente aberto e qualquer pessoa pode utilizar.

 Baixe o App:

– Android – clique aqui

– IOS – clique aqui

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A sua saúde mental pode ser monitorada?

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Os smartphones tornaram-se universalmente poderosos a ponto de caracterizem-se como sensores humanos. As câmeras funcionam como os olhos que apontam para todos os lugares, que tudo veem e registram e os fones são a voz e ambos ajudam na imersão ao mundo virtual. Com isso é possível identificar onde as pessoas estão, o que fazem e, às vezes, o que planejam.

Ir ao médico é uma atividade, para muitas pessoas, simples. No entanto, existem pessoas que por medo, pavor, bloqueio entre outros diversos fatores não conseguem ir a um consultório médico. Nos EUA, enfermeiros podem ver a vida de alguns pacientes com diabetes, mesmo quando eles não estão na clínica.

Esta nova maneira de manter o monitoramento sobre pacientes é um dos vários estudos de um aplicativo chamado Ginger.io. Uma vez instalado, a aplicação registra silenciosamente dados sobre um paciente e ajuda em diagnósticos simples[1]. Quando um paciente está deprimido, por exemplo, o seu padrão de comportamento muda, afetando a sua vida social. O Ginger.io identifica a mudança atraves de troca de mensagens e ligações. Ele usa o acelerômetro do smartphone e posicionamento global para medir onde, como e quando você se move [4].

App Ginger.io Fonte: ginger.io

Um dos hospitais que está testando Ginger.io é o Novant Health na Carolina do Norte nos Estados Unidos (EUA), que opera o Forsyth Medical Center e outros 13 centros médicos. Matthew Gymer, diretor de inovação da Novant, diz que seu grupo se aproximou da Ginger.io por causa do relatório de negócios[1].

O app está disponível para Android e iOS, e pode ser baixado por qualquer usuário nos EUA, no entanto só é possível ser ativado por membros vinculados ao hospital. O cadastro é realizado após a assinatura de um termo de compromisso, responsabilidade e confidencialidade.

Captura de tela do novo aplicativo do Ginger.io que conecta treinadores aos pacientes diretamente. Fonte: ginger.io

“Na minha empresa Ginger.io, temos sido capazes de rastrear meio milhão de pessoas com ansiedade e depressão, e reunimos mais de 600 milhões de horas de dados em muitas dimensões comportamentais” [2], é o que diz o Anmol Madan Co-Fundador e CTO do Ginger.io e complementa: “é um conjunto de dados tão grande e rico que permite usar o aprendizado de máquina para detectar padrões complexos de comportamentos que predizem quando um usuário pode precisar de ajuda” [2].

O Ginger.io oferece apoio emocional, ou seja, a qualquer momento o paciente pode solicitar um profissional da saúde disponível para conversa e ter retorno em menos de 60 segundos. Os pacientes são coordenados por médicos, treinadores, psicólogos, terapeutas e psiquiatras de alta qualidade. Todos disponíveis para vídeo chamada.

Os dados registrados pelo aplicativo são úteis para o automonitoramento e também para os diagnósticos dos médicos, visto que eles sinalizam ao usuário (e às pessoas cadastradas pelo usuário, como parentes e amigos) o que pode estar acontecendo e faz recomendações para que a pessoa altere esse comportamento irregular. Esse trabalho, às vezes chamado de “mineração da realidade”, mostrou que as mudanças em como as pessoas usam seus telefones ou onde elas vão pode refletir o início de um resfriado, ansiedade ou estresse [1].

Ambientes de monitoramento e coleta de dados do paciente. Fonte: ginger.io

A informação personalizada é, sem dúvidas, atualmente, um dos principais objetivos do mercado tecnológico. Ou seja, o objetivo é entender como é o comportamento do Francisco e tratá-lo como Francisco. Mas, até que ponto a privacidade do paciente é comprometida?

Aplicativos com essa função geram bastante polêmica. Invasão de privacidade, interferência da tecnologia nas relações sociais e o autodiagnóstico são os pontos mais questionados pelos críticos. A ciência lida com a vida humana e quando se trata de medicina é normal que um novo recurso seja bem criticado [3]. O Ginger.io é um dos apps que representa o que pode esperar dos avanços tecnológicos para o futuro.

Mas ficam os questionamentos: você se submeteria a tal tratamento? Aceitaria um ente próximo se sujeitar a tal monitoramento? Seria, esse método, uma forma de invasão de privacidade? Até que ponto é possível acessar as informações pessoais? Até que ponto abriríamos mão da nossa intimidade?

Os benefícios da utilização da tecnologia para o bem-estar de pacientes e da população em geral são incríveis e bem explorados pela mídia. No entanto, é fundamental que a segurança esteja sempre em primeiro lugar durante todo o controle dos sistemas. Desde os sensores, os envolvidos na manipulação dos dados até o processamento, pois ela é fundamental para a qualidade de vida dos atendidos.

Referências

[1] SIMONITE, Tom. BIG DATA GETS PERSONAL: SMARTPHONE TRACKER GIVES DOCTORS REMOTE VIEWING POWERS. 2016. Disponível em: <http://www.datascienceassn.org/sites/default/files/Big%20Data%20Gets%20Personal.pdf>. Acesso em: 19 out. 2018.

[2] MADAN, Anmol. ANMOL MADAN – MOONSHOTS. 2018. Disponível em: <https://www.anmolmadan.com/>. Acesso em: 14 out. 2018.

[3] MALTA, Pedro Henrique. GINGER.IO: O APP QUE MONITORA SUA SAÚDE MENTAL. 2017. Disponível em: <https://www.agenciabamboo.com.br/gingerio-o-app-que-monitora-sua-saude-mental/>. Acesso em: 02 out. 2018.

[4] KNIBBS, Kate. VOCÊ DEIXARIA UM APP MONITORAR A SUA SAÚDE MENTAL?. 2014. Disponível em: <https://gizmodo.uol.com.br/gingerio-app-saude-mental/>. Acesso em: 14 out. 2018.

Nota: Texto produzido na disciplina Gestão Tecnológica II, professora Parcilene Fernandes de Brito.

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Estratégias de Redução de Danos e Tecnologias Virtuais de Comunicação – (En)Cena entrevista Janaina Franco

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No dia 16 de fevereiro de 2015, foi lançado o primeiro aplicativo de redução de danos e voltado para o usuário de drogas do Brasil.

O aplicativo, ainda disponível apenas para Android, pretende ser uma ferramenta no apoio à Política de Redução de Danos. Foi desenvolvido por uma equipe formada por antropólogos, psicólogos, comunicador visual, design, dentre outros profissionais que se articularam para criar a ferramenta, já apelidado de App RD.

Para entender um pouco melhor sobre a iniciativa, o (En)Cena conversou com os psicólogos paulistas: Bruno Logan Azevedo e Janaina Franco, membros da Equipe App RD, que nos falou sobre a ideia e os resultados que a equipe espera alcançar.

(En)Cena – Como surgiu a ideia do aplicativo?

Janaina Franco – A ideia do primeiro aplicativo de redução de danos e voltado para o usuário de drogas do Brasil, surgiu de uma reflexão sobre formas alternativas de difundir o conceito de Redução de Danos. Considerando que foi a partir de 1984 que iniciaram-se mundialmente vários programas de Redução de Danos, podemos dizer que a RD é uma estratégia nova para com os usuários de drogas, então pensamos na praticidade e facilidade que um aplicativo proporcionaria na divulgação dessas informações. Até onde sabemos existem mais 2 aplicativos deste no mercado, um Americano e outro Francês, arriscamos em dizer que não só é o primeiro aplicativo de Redução de Danos no Brasil, como também na América Latina.

 

(En)Cena – Que resultados vocês esperam alcançar com a iniciativa?

Janaina Franco – Com o avanço da tecnologia, desejamos de forma simples e acessível promover o conceito de Redução de Danos, disponibilizando informações e assim contribuir para minimizar os danos associados pelo uso de drogas. Nosso objetivo a princípio seria ter 5 mil downloads no período de um ano, mas para a nossa feliz surpresa em menos de um mês já temos mais de 2.500 downloads.

(En)Cena – Qual público vocês pretendem atingir com o App RD?

Janaina Franco – Nosso público alvo tende a ser um público mais jovem, aqueles que usam ou não drogas, contudo é direcionado principalmente a usuário de todos os tipos de drogas, bem como familiares e profissionais da área da saúde.

 

(En)Cena – Qual a importância de trazermos a Redução de Danos para o ciberespaço?

Janaina Franco – Devido à extensão que conseguimos com novas tecnologias, acreditamos ser válido e eficaz utilizar todos os meios de divulgação para apresentar e promover a prática de redução de danos, e acompanhando a crescente necessidade de informações rápidas, ‘na palma da mão’ o App Redução de Danos torna-se fundamental na disseminação das informações e ampliação da visão sobre redução de danos e na qualidade de vida de pessoas que decidem experimentar droga em algum momento da vida, pessoas que usam recreativamente e até mesmo dependentes.

 

(En)Cena – A equipe já teve feedback de algum internauta que já utilizou o aplicativo como meio de obter informações sobre substâncias psicoativas?

Janaina Franco – Sim, desde o lançamento recebemos centenas de mensagens dos internautas de diversas partes do país. Nesse período tivemos avaliações positivas quanto à iniciativa e conteúdo disponibilizado. Através desses feedbacks recebemos também algumas sugestões. Vale ressaltar que a RD é um método construído junto e pelos próprios usuários de drogas.  Os usuários de drogas são corresponsáveis pela produção de saúde, em nosso aplicativo funciona da mesma forma.  Estamos em constante aprimoramento do App, e para isso contamos com a colaboração e sugestões dos usuários.

(En)Cena – Como foi o processo de criação do aplicativo?

Bruno Logan – Somos uma equipe de 5 pessoas, 3 psicólogos, 1 Comunicador visual e Design e 1 antropólogo, mas fora os desenvolvedores temos diversos colaboradores, que ajudam com textos, traduções, vídeos enfim… Os próprios usuários sempre mandam feedback por inbox na pagina do aplicativo no Facebook. Tentamos construir e escutando a maior quantidade de pessoas, para assim fazermos o melhor aplicativo para todos.

(En)Cena – A equipe recebeu algum incentivo do setor público ou privado para desenvolver o App?

Bruno Logan – Não, o projeto a princípio é muito mais uma ação de militância pela redução de danos, saúde e qualidade de vida dos usuários, que inclusive é prevista por lei, na lei de drogas do Brasil, mas que pouco recebe investimento pelo setor público. Estamos preenchendo uma lacuna que infelizmente recebe ainda pouco financiamento do poder público, que prefere investir em ações repressivas que historicamente já provaram que não funciona. Queremos dizer, se um usuário resolver usar alguma droga, proibir está funcionando? Não, então deveríamos no mínimo passar informações de cuidado para estes usuários e é isto que a equipe do App RD está fazendo.

(En)Cena – Estamos chegando ao final de nossa entrevista. Gostaríamos de agradecer a participação e parabenizá-los pela iniciativa. Para encerrar, como nossos leitores podem ter acesso ao aplicativo?

Bruno Logan – O aplicativo foi lançado no dia 16 de fevereiro para Android, pode ser baixado gratuitamente no Play Store (goo.gl/lBeXrP), muito em breve vamos disponibilizar o App para Iphone e Windons Phone.

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