Relações que literalmente dependem de “conexões”

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A revolução tecnológica digital mudou a forma de relacionar-se entre diversos ambientes, como as reuniões de trabalhos que passaram a ser feitas virtualmente, sem a necessidade de todos os envolvidos se encontrarem pessoalmente. No campo dos relacionamentos interpessoais, não foi diferente, os encontros passarem a ser intermediados por aplicativos de relacionamentos (apps), mais conhecidos como os apps de paquera.

Para Guimarães (2002) as inovações tecnológicas no campo da informática facilitaram mudanças comportamentais. “Refeições são entregues em casa, compras são feitas através do telefone, as idas ao cinema foram em grande parte substituídas pela diversão através do vídeo”.  Ou seja, “a terceirização dos serviços fez com que mais pessoas pudessem trabalhar em casa, comunicando-se com o mundo exterior através de seu próprio computador”. (Guimarães, 2002).

 Com a pandemia da Covid 19, o cenário exposto por Guimarães (2002) aumentou, já que pessoas do mundo todo tiveram que substituir o escritório, pelo sofá de casa, para a realização de atividades profissionais. Não foi só isso, as escolas passaram a ofertar aulas on-line, medidas adotadas para evitar a disseminação do coronavírus.  O mundo virtual tornou-se mais presente no campo interpessoal, e até mesmo as relações amorosas tiveram que se adaptar. Guimarães, Dela Coleta e Dela Coleta (2008), observam que “os bate-papos fazem com que o contato afetivo seja bem facilitado, principalmente para pessoas inseguras ou com problemas de socialização”.

Fonte: Freepik

Nessa perspectiva, Viera (2006) observa que, a internet tornou-se uma oportunidade de o utilizador avaliar potenciais parceiros românticos que de outra forma seria improvável de encontrar. Para o autor supracitado, o universo virtual possibilita que os adeptos usem diversos meios de comunicação, como forma de interagir com a pessoa do outro lado da telinha, antes de existir um encontro presencial.  Ou seja, é possível usar os meios virtuais, para ter uma noção se a pessoa pode ser compatível para um relacionamento futuro, ou ser apenas bons amigos.

Foi o caso da analista judiciária Paula Souza Sabatine e do engenheiro Guilherme Augusto Brandão Silva, que se conheceram no auge da pandemia, em 2020, e esse ano se casaram pelas redes sociais. A história de amor chamou à atenção dos veículos de comunicação social e virou notícia nacional. Em entrevista ao portal G1 notícias, Paula conta que conheceu o marido em um aplicativo de paquera, mas tinha resistência em conhecê-lo por desconfiança e precaução com a pandemia. Nesse tempo, segundo ela, ele foi embora para Holanda, quando a pediu em casamento. Paula e Guilherme Brandão se casaram, em Belo Horizonte, por procuração e coube ao sogro representar o noivo, que estava em outro país.

Apesar do romance que culminou em casamento dos mineiros Paula e Guilherme, é preciso ter alguns cuidados para não cair no golpe amoroso. Gennarini (2020) explica que a denominação estelionato sentimental apareceu pela primeira vez no processo do juízo da 7ª Vara Cível de Brasília – Tribunal de Justiça do Distrito Federal 87. Segundo ele, um homem foi condenado a restituir à ex-namorada valores referentes a empréstimos e gastos diversos efetuados na vigência do relacionamento no montante de R$ 101.537,71.

Fonte: Freepik

O estelionato é crime previsto no Código Penal, no artigo 171, o qual diz que obter para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo alguém ao erro. Infelizmente, esse tipo de crime, tem acontecido frequentemente, na esfera virtual, onde as pessoas costumam tornar-se mais vulneráveis por expor demais sua vida íntima.  Por isso, é necessário que os usuários tomem cuidado ao fornecer informações pessoais, por isso a cautela é imprescindível.

Gennarini (2020) enfatiza que um relacionamento amoroso deve ser pautado pela confiança, lealdade, honestidade e respeito de um para com o outro.  Diante disso, é importante tomar alguns cuidados ao relacionar-se com as pessoas virtualmente, e não ser tomado por um medo de conhecer alguém. Até porque a internet é uma ferramenta de uso diário, seja no ambiente de trabalho, familiar e social.

REFERÊNCIAS

Código Penal, Decreto Lei de Nº 2.848. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm> . Acesso: 06, de nov de 2021.

G1 Notícias. Pandemia faz noiva em BH se casar com o sogro. Disponível em <https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2021/10/05/pandemia-faz-noiva-de-bh-se-casar-com-o-sogro-entenda.ghtml>. Acesso: 06, de nov de 2021.

Gennarini, Juliana Camarigo. O estelionato sentimental, amoroso ou afetivo: ilícito penal ou apenas um ilícito civil? (2020) Disponível em <file:///C:/Users/Daniel/Downloads/1737-Texto%20do%20artigo-3220-1-10-20210505.pdf>  Acesso: 06, de nov de 2021.

Guimarães, J, L;  Dela Coleta, A, S; e Dela Coleta, M F. O amor pode ser virtual? o relacionamento amoroso pela internet. 2008. Disponível em <https://www.scielo.br/j/pe/a/R5cvWJVsKZLL4rsXMtz8bhS/?lang=pt&format=pdf> Acesso: 06, de nov de 2021.

Guimarães, G. M. (2002). Relações virtuais, Aurora de um novo pensar.

Vieira, Gaspar Vanessa. “Marcamos um encontro no mundo virtual?” – Vinculação, autocompaixão e saúde mental na utilização da internet para estabelecimento de relacionamentos íntimos. 2016. Disponível em <https://repositorio.ismt.pt/xmlui/bitstream/handle/123456789/687/Disserta%C3%A7%C3%A3o-Vanessa-Vieira.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso: 06, de nov de 2021.

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Análise do Comportamento aplicado ao uso de aplicativos digitais em sala de aula

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PSICOLOGIA, TECNOLOGIA & EDUCAÇÃO

A Psicologia é uma ciência que procura compreender o homem e seu comportamento. Essa, fornece subsídios para que o indivíduo saiba e/ou aprenda a lidar consigo mesmo e com as experiências da vida. Logo, ela se preocupa com o homem na sua totalidade, visto que esse indivíduo é entendido como um ser singular, único e especial, não apenas porque pensa, fala, ri, chora, cria, faz cultura, tem autoconsciência e consciência da morte, mas também porque o meio social é seu ambiente específico.

Contudo, em seu caminhar “ele deverá conviver com outros homens, numa sociedade que já encontra ao nascer, dotada de uma complexidade de valores, filosofias, religiões, línguas, tecnologia” (TELES, 1999). A Psicologia e a Tecnologia são duas esferas que se comunicam, se relacionam e se integram entre si, pois ambas são igualmente importantes para o processo de aprendizagem e desenvolvimento do sujeito.

Segundo Lima Júnior, (2007), a Tecnologia é definida como um reflexo ou extensão do modo operativo do pensar humano, capaz de elaborar abstrações dentro dos variados contextos encontrados transformando a si mesmo e o mundo ao seu redor. Ou seja, a relação entre o homem e a tecnologia é de um processo indissociável no qual o homem usa recursos materiais e imateriais para conviver em “harmonia”, ele cria, atua e se (auto)transforma. Vive em simbiose com este ser e estar no mundo tecnologizado numa busca constante por inovações e renovações cotidianas.

Aqui, tecnologia refere-se à forma específica da relação entre o ser humano e a matéria, no processo de trabalho que envolve o uso de meios de produção para agir sobre a matéria com base em energia, conhecimento e informação (OLIVEIRA, 2001). Assim, este é um texto de mão dupla, o homem em busca de criação e aprendizado, produto e produtor deste processo.  Logo, Psicologia e Tecnologia se dão em uma intersecção que se faz necessária na vida do homem.

Na Educação, a primeira função que psicólogos desempenharam no âmbito escolar foi a de medir habilidades e classificar as crianças quanto a sua capacidade de aprender. Era uma atividade extremamente segregadora, pois categorizaram e excluíram os alunos da possibilidade de vivenciar o processo educacional regular, propondo a elas métodos especiais de educação a fim de ajustá-los aos padrões de normalidade.

 

 

Ao longo dos anos atribuíram-se os problemas de aprendizagem no aluno e a sua incapacidade, ao invés de considerar os diversos fatores sociais que influenciam o ensino. A partir da década de 1980, essa visão começou a mudar, sendo que os aspectos históricos, econômicos, políticos e sociais passaram a ser vistos como constituintes de problemas de aprendizagem (LIMA, 2005). No entanto, ainda prevalece a medicalização do fracasso escolar, ou seja, o discurso em qual atribuem dificuldades do aluno a aspectos da saúde individual e não à educação (LIMA, 2005).

Segundo Martins (2003), o psicólogo escolar traduz metodologias e resultados em ação nas escolas, fornecendo condições de aprendizagem para que a escola possa tomar as melhores decisões enquanto programas educacionais. Em suma, pode-se dizer que o psicólogo escolar age como facilitador do processo de ensino-aprendizagem.

Para auxiliar na aprendizagem, vários autores defendem o uso de tecnologias como apoio pedagógico na escola. Aparatos tecnológicos tornam a experiência da aprendizagem mais prazerosa pelo contexto de diversão e o fato que a tecnologia faz parte do dia-a-dia do aluno. Os professores, que não cresceram neste contexto, enfrentam com isso um grande desafio ao se adaptar a essa realidade. Muitos não se adaptam e excluem a tecnologia da sala de aula por desconhecimento da utilização da mesma. Além disso, os aspectos pedagógicos não são bem conhecidos pelos educadores e, muitas vezes, ignorados.

Dentro do leque amplo de tecnologias disponíveis, há as Tecnologias da Informação e Comunicação Móveis e Sem Fio (TIMS). Entre as TIMS, temos o celular, um aparelho popular, com aplicativos que podem vir a ser utilizados em sala de aula como recurso pedagógico (BENTO; CAVALCANTE, 2013).

Existem várias formas de utilizar um celular em sala de aula, seja um celular simples ou um mais moderno. Com um celular simples pode utilizar a calculadora, o conversor de moeda, de comprimento, de peso, de volume, de área, e de temperatura, tem também. E os mais modernos possuem, além disso, diversos aplicativos, gravador de voz, câmera e a internet. Mas para que o uso de dispositivos móveis se torne um hábito comum em sala de aula, os professores necessitam de um treinamento para adquirir conhecimento sobre as mudanças que vêm acontecendo na era da tecnologia, e assim aproveitar melhor o celular como uma forma de educação e não só para comunicação (BENTO; CAVALCANTE, 2013).

Segundo Saccol, Schlemmer e Barbosa (2011),

 

se adotarmos uma concepção epistemológica de que o conhecimento é fruto de construção do indivíduo feita em colaboração com professores e colegas, devemos selecionar tecnologias que permitam interação intensiva entre as pessoas, por exemplo, por meio de ambientes virtuais que disponibilizem fóruns, chats, espaços para compartilhamento de projetos, arquivos de interesse comum (p.31).

 Assim, perseguimos como objetivo descrever os benefícios do uso de aplicativos digitais em sala de aula, a partir de conceitos e metodologias da Análise do Comportamento.

 

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E APRENDIZAGEM

 

 

O comportamento e os processos que influenciam o comportamento são o objeto de estudo da Análise do Comportamento. Skinner, que fundou o ramo Behaviorismo Radical, que gerou a Análise do Comportamento, enfatiza as consequências do comportamento que influenciam a frequência do mesmo e compreende o surgimento de comportamentos apenas em termos da interação do organismo com o ambiente (RANGÉ, 1995).  Esse comportamento, em qual o organismo age ou opera sobre o ambiente chama-se de comportamento operante.

A unidade de análise para este tipo de comportamento são as contingências tríplices, que mostram as relações funcionais, ou relações de dependência, entre o operante e o ambiente com o qual o organismo interage, utilizando dos termos evento antecedentes, comportamento ou resposta e evento consequente. Segundo Moreira e Medeiros (2007) os operantes (andar, pensar e etc.) geram consequências no ambiente e são influenciados por essas consequências. Em outras palavras, os efeitos do comportamento retroagem sobre o organismo.

Para Skinner, todo comportamento pode ser aprendido, e entende aprendizagem como “qualquer mudança relativamente duradoura do comportamento induzida pela experiência” (DAVIDOFF, 1983, p.158). Esse processo de aprendizagem ou condicionamento implica que a frequência de um comportamento é aumentada ou diminuída pela influência das consequências deste comportamento (DAVIDOFF, 1983). Por exemplo, o comportamento de estudar gera a consequência de obter notas boas, o que aumentará a frequência do estudo.

Para melhor entendimento do condicionamento operante, é preciso compreender as noções de reforço e punição. Reforço, de acordo com Davidoff (1983), é aquilo que aumenta a probabilidade de um comportamento ser apresentado novamente em situações semelhantes. Alguns reforçadores implicam a apresentação de estímulos, sendo reforços ou reforçadores positivos. Por exemplo, uma criança que limpou seu quarto e consequentemente recebeu uma balinha, é mais provável a limpar o quarto novamente no futuro. Outros consistem na supressão ou remoção de estímulos, sendo denominados reforços negativos.

 

 

Existem dois tipos de reforço negativo, sendo fuga e esquiva. Fuga ocorre quando o aumento da frequência de um comportamento acaba ou elimina uma consequência desagradável. Por exemplo, tampar os ouvidos para não escutar mais o barulho alto. Esquiva, por outro lado, implica que o aumento da frequência do comportamento evita a apresentação de uma consequência desagradável. Tomar injeção, por exemplo, para evitar uma doença.

Contudo, tanto reforços positivos quanto negativos irão aumentar a probabilidade da apresentação do comportamento ou resposta (SKINNER, 1953). Certamente há diferenças entre indivíduos quanto às consequências que são reforçadores. O que serve de reforço para um, não necessariamente é vantajoso para o outro. Por isso, quando se tenta entender o motivo de um comportamento, é preciso fazer este levantamento de contingências. Não pode simplesmente perguntar para a pessoa o que serve de reforço para ela, pois muitas vezes a relação entre a resposta e a consequência não é percebida por ela.

Outro conceito que está intimamente relacionado com reforço é punição. É exatamente o contrário do reforço, ou seja, é aquilo que diminui a probabilidade de um comportamento ser apresentado novamente em situações semelhantes. Novamente existem duas formas, sendo punição positiva e negativa. Fala-se de punição positiva quando a apresentação de uma consequência aversiva diminui a probabilidade de o comportamento ocorrer de novo. Por exemplo, passar mal por causa de uma comida e, portanto, não comer este prato no futuro. Punição negativa ocorre quando a remoção de uma consequência reforçadora diminui a probabilidade da resposta. Por exemplo, uma pessoa que dirigiu rápido demais, cuja carteira de habilitação foi prendida, pode não dirigir com alta velocidade mais no futuro (DAVIDOFF, 1983).

Resumido, à medida que o comportamento muda, pode-se dizer que se está aprendendo alguma coisa. Na Análise do Comportamento, estudar a aprendizagem é estudar o comportamento modificado e como as diversas variáveis afetam esse comportamento.

 

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E O USO DE APLICATIVOS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO

 

Fracasso na aprendizagem geralmente é fruto do procedimento e não de características intrínsecas a pessoa ou do meio. Para uma educação eficaz, precisa-se considerar alguns aspectos ou procedimentos. Em primeiro lugar, para uma aprendizagem eficaz, é necessário especificar o que se deseja ensinar. Os softwares dos aplicativos desenvolvidos com fins pedagógicos, já são baseados em certos objetivos (aumentar conhecimento de história, língua portuguesa). Os dispositivos que não servem apenas para fins educativos necessitam de um estudo prévio pelo professor, para que ele entenda as possibilidades do aparelho e possa construir um planejamento incluindo o uso do mesmo.

O uso de tecnologia não pode significar uma desculpa para não planejar a aula ou para simplesmente não dar aula, o aparelho serve apenas como auxilio no ensino. Ou seja, o recurso tecnológico nunca substituirá o professor (MOUSQUER; ROLIM, [s.d.]).

Em seguida, o aluno deve receber um reforço imediatamente após de apresentar o comportamento desejado. Aplicativos proporcionam a consequência (erro ou acerto) logo depois da ação do aluno, estabelecendo assim uma contingência de reforço ou punição. Enquanto o aluno, muitas vezes, não recebe o feedback necessário, ou o recebe muito tempo depois de executar a tarefa (correção de prova, atividade), diminuindo a efetividade do retorno.

Ao apresentar feedback, é importante reforçar apenas aqueles comportamentos efetivamente apresentados e não comportamentos parecidos. Por exemplo, elogiar o aluno apenas quando conseguiu completar a tarefa desejada. Reforçando comportamentos que não são os comportamentos-objetivos, aumenta a probabilidade de o aluno apresentar os mesmos novamente em futuras situações semelhantes, e não conseguir emitir as respostas realmente desejadas. Nesse sentindo, os softwares dos dispositivos móveis oferecem uma resposta imediata confirmando, ou não, o êxito da tarefa.

Além disso, é importante evitar situações que levem o aluno ao erro, pois podem se tornar estímulos aversivos e diminuir a adesão à tarefa. Como a maioria dos aplicativos funcionam em torno de um jogo, o aluno estará brincando e não se sente tão pressionado ao errar.

 

 

 

Outro ponto imprescindível é que pessoas aprendem mais facilmente quando o conteúdo é apresentado em pequenos módulos, recebendo um feedback imediato de acordo com o sucesso na realização da tarefa. Os softwares nesse processo podem facilitar a aprendizagem por proporcionarem um processo de progressão gradual, em qual o aluno somente avança para o próximo estágio quando domina o conteúdo anterior. Dessa forma, cada aluno progride no seu próprio ritmo: quem aprende a tarefa de forma mais rápido, avança mais rapidamente para o estágio seguinte. Ainda mais, devido ao fato de funcionar a partir da progressão gradual, o aluno acerta as questões com mais facilidade, já que o grau de dificuldade é menor.

Portanto, neste processo de uso de aplicativos é importante escolher cuidadosamente as situações antecedentes de ensino-aprendizagem, ou seja, o conteúdo, elementos e objetivos do aplicativo, já que, de acordo com Skinner (1953), para planejar uma consequência que almejamos, precisamos definir os estímulos ambientais que levarão ao comportamento desejado.

Por fim, ao utilizar os aplicativos, as respostas dos usuários serão registradas e fornecem ao programador muitas informações para realizar mudanças que possam melhorar o aplicativo. Então, ao mesmo tempo que os alunos aprendem com os aplicativos, também exercem uma influência e ajudam a definir novos conteúdos, metodologias etc.

 

PARA UMA REFLEXÃO AMPLA

 

Diante de tudo que foi exposto, é possível entender a importância de utilizar o máximo de recursos possíveis em prol da melhoria da aprendizagem e do desenvolvimento. É preciso compreender este processo para poder mudar o modelo educacional e só então avançar com ações de fato – o uso dos aplicativos digitais em sala de aula.

Alunos e professores precisam ser preparados para essa nova realidade, e então se concebe a aprendizagem não como uma ação individual, mas como uma atividade coletiva. Logo, com o trabalho de aquisições e cooperatividade de ambos é possível lidar melhor com a autonomia e com o respeito sabendo dos direitos e dos deveres de cada um.

Nessa relação da Psicologia com a Tecnologia, o educador passa a ter um papel fundamental de mestre que conduz seu aprendiz neste processo de vida, de construção e experimentação, produtos e produtores de relações, fornecendo ao aluno as condições ou estímulos necessários para que ele consiga construir o conhecimento.

 

 

 Referências:

AGUIAR, I.; PASSOS, E., A Tecnologia como Caminho para uma Educação Cidadã, [s.d.].

BENTO, M.C.M.; CAVALCANTE, R.S., Tecnologias móveis em Educação: o uso do celular na sala de aula, ECCOM, vol. 4, n. 7, [s.l.], 2013.

DAVIDOFF, L. Introdução à Psicologia. São Paulo: Mc GrawHill, 1983.

LIMA, A.O.M.N., Breve Histórico da Psicologia Escolar no Brasil. Psicologia Argumento, vol. 23, n. 42, Curitiba, 2005, p. 17-23.

LIMA JÙNIOR, A. S., A escola no contexto das tecnologias de comunicação e informação: do dialético ao virtual. Salvador: Eduneb, 2007.

MARTINS, J.B., A atuação do psicólogo escolar: multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em Estudo, vol. 8, n. 2, Maringá, 2003, p. 39-45

MOREIRA, M.B.; MEDEIROS, C.A. Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MOUSQUER, T.; ROLIM, C.O., A utilização de dispositivos móveis como ferramenta pedagógica colaborativa na educação infantil. URI, Santo Angelo (RS), [s.d.].

OLIVEIRA, M. Rita N. Sales. Do mito da tecnologia ao paradigma tecnológico: a mediação tecnológica nas práticas didático-pedagógicas. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, n.18, Set/Dez 2001, p.101-107.

RANGÉ, B. (Org.). Psicoterapia comportamental e cognitiva. Campinas, São Paulo: Editorial Psy, 1995.

SACCOL A.; SCHLEMMER E.; BARBOSA J. m-learming e u-learning– novas perspectivas da aprendizagem móvel e ubíqua. São Paulo: Pearson, 2011.

SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. 10.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1953.

TELES, Maria Luiza Silveira. O que é Psicologia. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1999.

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