Atividade física combate stress

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Já sabemos que a atividade física oferece vários benefícios para a saúde do indivíduo, como controlar o peso, diminuir o risco de doenças no coração, pressão alta, osteoporose, diabetes e obesidade. Além de melhorar os níveis de colesterol sanguíneo, aumentar a resistência muscular e a flexibilidade. Se os benefícios físicos são muitos, os impactos positivos na saúde mental também são. Exercícios trazem bem-estar mental, ajudam a tratar depressão, combatem a insônia e aliviam a ansiedade e estresse.

Em 2011, um estudo analisou 127 pessoas diagnosticadas com depressão e que não tinham nenhuma melhoria depois de serem tratadas com antidepressivos comuns. O estudo diagnosticou que 30% dos pacientes tiveram os sintomas de depressão reduzidos graças à atividade física. Segundo os pesquisadores, fazer exercício físico ao lar livro estimula os sentidos.

Em um estudo mais recente, um grupo de pesquisadores do Instituto da Ciência do Desporto da Universidade de Berna, na Suíça, concluiu que o esporte tem um efeito semelhante ao dos antidepressivos, pois estimula os mesmos movimentos do cérebro.

A atividade física ajuda a produzir serotonina, um neurotransmissor que atua no cérebro regulando o humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal, sensibilidade a dor, movimentos e as funções intelectuais.

“Sabemos que uma doença física pode ser a causa de problemas de saúde mental pelo que estar ativo, e, portanto, fisicamente em forma pode ajudar a manter a saúde mental”, afirma Beth Murphy, diretora de informação da organização de solidariedade para a saúde mental Min no Reino Unido.

Para Murphy, é importante determinar o tipo de exercício e a eficácia com que é praticado. “Há investigadores que demonstram que o exercício físico ao ar livre, conhecido como ecoterapia, estimula os sentidos de uma forma mais eficaz do que as aulas nos ginásios ou as atividades em zonas urbanas”.

O estudante de Psicologia Vitor Fontes Carneiro, diz que já foi muito sedentário, não fazia nada além de ficar o dia todo na frente do computador. Quando decidiu praticar exercícios, sentiu grandes mudanças em sua vida.

Quando decidi praticar atividades físicas senti muitas diferenças no meu corpo, não só mudanças fisiológicas, como perda de peso e maior disposição no dia-a-dia – acho que até a respiração melhorou -, como também mudanças mentais, de forma que praticando atividades físicas, isso me tranquiliza, me livra do estresse do cotidiano. Me sinto mais feliz quando me exercito, não só pela sensação de que estou prezando pela minha saúde, como meu humor fica muito melhor, então para mim seria uma forma de extravasar mesmo, afirma.

Ainda segundo o estudante, que malha, joga tênis e corre, fazer exercícios ao ar livre traz um bem-estar muito melhor do que atividades em ambientes fechados, como uma academia.

A sensação não é a mesma. Quando me exercito ao ar livre sinto mais um tom de naturalidade. Olhar ao redor e ver a natureza são uma das coisas que mais me passam tranquilidade. Considero isso como uma terapia, sem dúvidas nenhuma me sinto mais vivo, e com meus sentidos estimulados ao ar livre, conclui.

Para começar uma atividade física e manter, é muito importante uma boa orientação sobre alimentação, exercícios e outros hábitos saudáveis. Para iniciar sua atividade com mais segurança, consulte um médico e um professor de educação física; escolha as atividades que você realmente goste; selecione horários e opções compatíveis com seu estilo de vida; nos primeiros meses, objetive valores como prazer, sucesso na realização das atividades, satisfação pessoal etc.; incorpore a atividade física ao seu dia a dia: ande mais a pé, suba mais escadas, pratique mais esportes etc. e se possível, selecione as atividades que possam ser realizadas com seus amigos e/ou família.

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Minha experiência em trabalhos para Inclusão Digital de Idosos

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“A inclusão propõe uma ruptura dos paradigmas que já existem, a construção de um novo trabalho, um novo lazer, uma nova escola.” (Cláudia Werneck)

O projeto de extensão “Informática e Sociedade” dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação do CEULP/ULBRA atua no processo de “inclusão digital”, tendo como base a integração do aluno com a comunidade, de forma a criar uma contexto que propicie ações de responsabilidade social. Nele, os futuros profissionais têm a oportunidade de orientar e ensinar, tendo contato direto com uma diversidade de pessoas.

Chamo-me Leandro Andrade e tive esta oportunidade. Junto às minhas práticas de estudos no meu curso de Sistemas de Informação, dediquei parte do meu tempo para uma nova experiência: a inclusão digital para idosos.

Com o início dos trabalhos, comecei a perceber o real sentido de ensinar e aprender e os diferentes impactos que o conhecimento causa na sociedade. Quando você interage com outro ser, visando retirar suas dúvidas sobre um determinado assunto, você se conhece. Neste momento você trabalha e descobre o que sabe e o que domina. Dependendo do caso, conhece mais os seus limites.

Nos trabalhos de ensino para idosos, o coração enche de emoção. Em muitos casos, trata-se de alguém que não teve a oportunidade de aprender determinados conteúdos mais cedo, seja por questões econômicas ou por falta de apoio ou incentivo de amigos e familiares. O instrutor é quem passa a fazer parte da vida daquela pessoa, exponencializando o desejo (já latente) da busca por novos conhecimentos. Fica notável uma boa mudança na autoestima, um sorriso que nasce.

“Sempre tive vontade de aprender, mas nunca tiveram paciência pra me ensinar. Agora eu posso usar um computador só, já sei usar. Já vou poder fazer algum trabalho meu, na minha responsabilidade, agora eu mesma faço. Está abrindo a minha mente. Dá força, dá muita força pra gente, quero aprender muito mais ainda. Estou muito feliz.” Diz Maria Vicentina, de 73 anos.

O ensino da informática contribui para um maior acesso à informação e para uma maior autonomia. Aprendi que há várias formas de compartilhar esse conhecimento e que, muitas vezes, as limitações que observei nesse processo foram minhas.

O comprometimento e a seriedade do trabalho do instrutor com os alunos contribuem para o processo de formação. Isto gera confiança, esperança, interesse e tranquilidade por parte deles. Com o passar das fases, percebe-se que a prática do aluno com o computador, incentiva e gera estímulos que viabilizam o aperfeiçoamento de aspectos cognitivos, como atenção, percepção e coordenação motora.

O instrutor ganha um desafio novo, pois cada aluno forma um universo diferenciado, assim é preciso que as metodologias de ensino também estejam em constante movimento, sejam flexíveis. Se já não há mais lugar para o trabalho executado sempre da mesma forma, assim como mostra a crítica de Charles Chaplin em Tempos Modernos, então precisamos rever inclusive o processo de ensino e aprendizagem.

Hoje consigo entender melhor as barreiras e os desafios para o processo de aprendizagem. Sei que sempre é possível compartilhar o conhecimento, apesar das dificuldades da cada um. Entendo que podemos buscar novas formas de ensinar, há a possibilidade de encontrar métodos mais adequados a determinadas situações, conforme o ritmo de cada aluno.

Traz satisfação ver a alegria daquele que aprendeu algo novo. É muito bom saber que valeu a pena aprender. Não existe uma palavra que define tudo isto. É uma lição de vida, foi uma troca de experiência compensadora. Eles aprenderam comigo e eu também aprendi muito com eles.

“O conhecimento torna a alma jovem.” – Leonardo da Vinci

Agradecimentos:
Extensão do CEULP/ULBRA
Cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação do CEULP/ULBRA
Programa de Extensão “Informática e Sociedade”
Centro de Convivência dos Idosos

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